Passivhaus Premium: o que tem a casa mais eficiente do Mundo
Trata-se de um projecto habitacional que será edificado em Ibiza, Espanha, que alcançará a mais alta de três categorias do conceituado certificado internacional de eficiência energética
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O conceito de eficiência energética entra numa nova era com a apresentação do segundo edifício a receber a certificação Passivhaus Premium, o primeiro para uso habitacional.
Trata-se de um projecto habitacional que será edificado em Ibiza, Espanha, que alcançará a mais alta de três categorias do conceituado certificado internacional de eficiência energética, que atesta que um edifício necessita de consumir muito pouca energia para obter um alto conforto interior e que a energia que utilizar provém de fontes renováveis.
Promovida pela companhia Terravita, esta habitação será implementada numa área de 210 metros quadrados e será abastecida por energia solar fotovoltaica, não necessitando de estar ligada à rede pública de electricidade nem de estar apoiada num gerador diesel.
De acordo com os promotores da iniciativa, “trata-se de um projecto pioneiro e inovador que desde a fase de projecto assenta em directrizes marcadas pelos mais exigentes critérios Passivhaus, desde logo procurando atingir a certificação Passivhaus Premium”. A certificação está agora dividida em três fases: Classica, que mantém os já “tradicionais” critérios de certificação, a Plus, que produz parte da energia consumida usando fontes como a fotovoltaica. Já o patamar Premium, esse é encarado como um patamar que fica para além das necessidades. Aqui há uma produção de energia superior à que é necessária, sendo que os promotores ou os projectistas, regra geral, apontam a um patamar mais avançado do que unicamente as considerações ecológicas ou económicas.
Mais além
O escasso aporte de energia de que precisará esta casa provém, integralmente, de fontes renováveis. Uma instalação solar fotovoltaica permitirá que não só não esteja ligada à rede pública como não necessitará de um auxiliar que recorra a combustíveis fósseis, fazendo uso apenas de um sistema de acumulação de energia que irá abastecer toda a casa mesmo nos dias em que o sol não espreita. O projecto utilizará igualmente uma tecnologia que permitirá aos habitantes programar os períodos de maior consumo energético durante o dia. Outro dos recursos “originais” deste projecto +e a fonte energética que será utilizada para climatização: a aerotermia. A aerotermia apresenta-se como uma excelente solução para quem pretende climatizar a casa recorrendo a energias renováveis. Permite aquecimento no Inverno, arrefecimento no Verão, aquecimento de águas sanitárias e ainda aquecimento de piscinas.
Em teoria, a aerotermia faz uso das “calorias” do ar, mesmo no Inverno. Para que o ar não contivesse nenhum calor, tinha que se encontrar a uma temperatura de zero absoluto (-273,15 ºC). Em teoria, isto significa que se podem extrair calorias até esse limite extremo. Nas nossas condições climáticas, as temperaturas exteriores raramente se encontram abaixo de -10 ºC. Esta fonte será utilizada para climatizar e aquecer/arrefecer a água. Para refrigerar o ar interior, os projectistas conceberam um sistema de tecto refrescante que pode ser usado pontualmente no Verão.
Estrutura de madeira
Segundo os promotores, o aproveitamento da energia do ar será feito com recurso a uma bomba de calor que funcionará com energia solar. A casa incorporará ventilação mecânica controlada, com fluxo duplo e recuperador de calor de alta eficiência. A casa desenvolvida pela Terravita combina as técnicas mais avançadas de construção sustentável com o traço arquitectónico de Ibiza. Sustentada por uma base de betão armado, a estrutura da casa da Terravita é feita de madeira, um material de construção com boas características isolantes, além de ser um recurso natural e renovável.