Mercado imobiliário tem um peso cada vez maior na economia global
Com base no mais recente estudo “Global Cities 2015”, da Knight Frank, sobre o mercado imobiliário, a Worx conclui que o investimento neste sector “ganha cada vez mais relevo na economia global”. “Após o “boom” da crise financeira que muito afectou este sector, este é agora um mercado rejuvenescido e mais abrangente”, refere a consultora… Continue reading Mercado imobiliário tem um peso cada vez maior na economia global
Pedro Cristino
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Com base no mais recente estudo “Global Cities 2015”, da Knight Frank, sobre o mercado imobiliário, a Worx conclui que o investimento neste sector “ganha cada vez mais relevo na economia global”.
“Após o “boom” da crise financeira que muito afectou este sector, este é agora um mercado rejuvenescido e mais abrangente”, refere a consultora imobiliária em comunicado, explicando que surgem cada vez mais nichos de mercado que “ganham força pelo aumento da procura, duração dos contratos e consequente segurança para os investidores”.
Neste âmbito, a Worx realça que clínicas, lares de terceira idade e também residências de estudantes “ganham relevo”. “O envelhecimento da população, o aumento da população universitária e o aparecimento de novas indústrias que apresentam necessidades próprias, enquadram-se numa nova oferta diversificada, interessante para os fundos”, refere.
A empresa explica que, com menos activos disponíveis no mercado, os existentes ganham potencial com reabilitações ou remodelações totais e, “à falta de activos interessantes, os investidores adquirem activos com retornos reduzidos mas que, na actual conjuntura, em que a oferta nova e em “pipeline” é mínima, acabam por ser a única solução”.
Neste cenáro, os governos estão a ter um papel “fundamental” ao facilitarem e criarem incentivos à entrada de investimento estrangeiro, como no caso do mercado indiano, em que a legislação foi alterada no ano transacto, no sentido de regular a entrada de capital estrangeiro no país, estimando a consultora que o mercado tenha valorizado em 100 mil milhões de dólares (93 mil milhões de euros) a médio prazo.
Outro exemplo consiste nas alterações às permissões concedidas às companhias seguradoras da China e Tailândia para investimento em imobiliário internacional, em 2012 e 2013, respectivamente. “Desde então, seguradoras chinesas fizeram a sua prospecção e detêm 220 mil milhões de dólares (206 mil milhões de euros) para investir”, enquanto que o foco das tailandesas recai em cidades importantes dos Estados Unidos e em Londres.
Nos Estados Unidos, a lei de 1980, de limitação ao investimento estrangeiro, resulta em “apenas 17% de investimento internacional, valor baixo quando comparado com a Europa, com 50%, e o Reino Unido, com 60%”. A Worx sublinha que uma reforma nesta medida “impulsionará certamente para o dobro o investimento estrangeiro nas principais cidades como Nova Iorque e São Francisco”.
Por sua vez, Austrália e China acordaram recentemente um compromisso de livres trocas entre ambos que “prevê resultados muito promissores”.
A consultora imobiliária verificou também que a “recente atracção por viver nos centros das cidades” está a gerar oportunidades para “aglomerar no mesmo activo retalho, hotelaria e escritórios e, deste modo, responder de forma positiva às necessidades das pessoas”. Este investimento traduz-se numa “redução interessante do risco”, uma vez que o sucesso de uma das vertentes “tenderá a atrair sucesso para todo o projecto”.
Neste contexto, os Estados Unidos lideram a lista de onde provém a maioria do investimento fora de fronteiras nos últimos anos, com 100 mil milhões de dólares, “80% dos quais na Europa, principalmente em Paris e Londres”. No Pacífico, o investimento rondou os 18 mil milhões de dólares, dos quais 66% destinaram-se a escritórios.
No mercado chinês, a consultora destaca, no primeiro semestre deste ano, a aquisição do complexo de escritórios e retalho L’Avenue, em Shangai, pelo valor de 814 milhões de dólares, por parte da americana Blackstone. Por sua vez, o investimento chinês, “mesmo com as suas limitações internas, continua a aumentar fora de fronteiras, contando já com 24 mil milhões de dólares em imobiliário comercial nos últimos dois anos”.