As propostas no LNEC para a poupança de água e energia em hotéis
Com base nos cenários futuros das alterações climáticas e na análise dos consumos de electricidade, gás e água das unidades hoteleiras, os especialistas vão traçar níveis de referência, e propor medidas alternativas
CONSTRUIR
Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho
Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais
Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia
Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€
‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%
‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024
Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”
FEP traz a Portugal economista David D. Friedman
António Fragateiro assume direcção de Real Estate para Portugal do Numa Group
Habitação: Mais de 200 ideias integram nova versão da Carta Municipal
O Laboratório Nacional de Engenharia Civil desenvolveu um projecto que permite a análise dos consumos de energia e água em hotéis portugueses, com vista à implementação de um conjunto de medidas que permitam a adopção de medidas de poupança quer de recursos quer de dinheiro.
O estudo Adapt ACT, para a adaptação às alterações climáticas no sector do turismo, é um dos cinco projectos apoiados pelo programa Adapt, destinado a Portugal, envolve técnicos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e abrange 10 hotéis, em Lisboa e no Algarve, de oito grupos, que, no total, detêm mais de 100 unidades de quatro e cinco estrelas.
Com base nos cenários futuros das alterações climáticas, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), e na análise dos consumos de electricidade, gás e água das unidades hoteleiras, os especialistas vão traçar níveis de referência, e propor procedimentos alternativos ou adopção de outras soluções tecnológicas visando a eficiência e a poupança de recursos e de dinheiro.
Portugal, principalmente a zona costeira, é um dos países europeus mais vulneráveis às alterações climáticas, com o aumento da frequência de fenómenos extremos, como ondas de calor e concentração da precipitação em períodos curtos e espaçados no tempo. Os especialistas sabem que, em dias muito quentes, os edifícios aquecem e aumentam os gastos de energia para arrefecer os espaços, por exemplo.
Nestes períodos quentes, “podem existir problemas na prestação do serviço do hotel e claramente existe também um aumento da factura de energia, o que também vai colocar mais pressão sobre a rede de abastecimento de energia no ambiente urbano”, explica Armando Pinto, autor do projecto.
Por outro lado, referiu, com a tendência para a redução da água disponível, devido à baixa precipitação e à seca, “a grande aposta é na utilização de dispositivos eficientes para se reduzir as necessidades” deste recurso utilizado para o consumo dos clientes, mas também na manutenção dos edifícios e dos espaços verdes.
Assim, além das soluções tecnológicas, como a opção por energias renováveis, da solar à fotovoltaica, ou pela substituição dos equipamentos de ar condicionado por outros mais eficientes, o projecto Adapt ACT vai aconselhar vegetação mais adequada às condições climatéricas.
Os responsáveis do projecto tentaram abranger hotéis com diferentes estratégias, equipamentos, instalações, “uns melhores, modernos, outros mais antigos, e provavelmente menos adaptados”, uma amostra heterogénea que é relevante para a avaliação de diferentes tecnologias.