“Casa de Campo” de André Eduardo Tavares ganha Prémio IHRU 2015
O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) só atribuiu, este ano, um prémio, tendo os restantes distinguidos levado para casa menções honrosas
Andreia Teixeira assume cargo de Project Management do Grupo Openbook
CE atribui 245M€ em subvenções a projecto de hidrogénio em Sines
Município de Paredes investe mais de 64,3 M€ em habitação com apoio do PRR
IP lança concurso de 77M€
Knauf apresenta nova identidade corporativa
Financiamento especializado atinge máximo histórico
Greens Vilamoura assinala cerimónia de Pau de Fileira com 70% já comercializado
Novo crédito à habitação regista crescimento de 26,1% até Fevereiro
Preços das casas aceleram nos primeiros meses de 2024
Sierra renova espaço de restauração no Centro Vasco da Gama
O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) só atribuiu, este ano, um prémio, tendo os restantes distinguidos levado para casa menções honrosas. O projecto turístico que reabilitou a aldeia de Trebilhadouro, em Vale de Cambra, foi o grande vencedor da edição deste ano da iniciativa que reconhece intervenções na área da reabilitação urbana.
A obra desenvolvida a partir do projecto do arquitecto André Eduardo Tavares foi a única a ser distinguida com um prémio, tendo as restantes “premiadas” recebido menções honrosas. O júri do IHRU, liderado por Teresa Gouveia, e que, nesta 27.ª edição, não encontrou, nas restantes categorias, qualquer projecto que merecesse levar o troféu para casa. Restauro e Recuperação da Igreja e Torre dos Clérigos, no Porto, a Conservação e Restauro das Sete Fontes – Sistema de Abastecimento de Água à Cidade de Braga do século XVIII, em Braga, o Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte receberam Menções Honrosas na categoria “Reabilitação de Edifício”, enquanto a Requalificação do Território de Alburrica – Passadiço dos Moinhos de Alburrica, no Barreiro, recebeu Menção Honrosa na categoria “Reabilitação ou Requalificação de Espaço Público”.
O conceito
A aldeia do Trebilhadouro localiza-se na vertente Poente da serra da Freita, em Vale de Cambra, a cerca de 625m de altitude. A sua posição estratégica permite-lhe uma visão privilegiada do território circundante nomeadamente a Ria de Aveiro.
Em 2011, Trebilhadouro foi classificado como “Aldeia de Portugal” integrando um conjunto de aldeias com quem partilha interesse histórico e patrimonial.
Trata-se de uma aldeia de pequena dimensão, onde as construções se implantam segundo um percurso central que atravessa toda a povoação.
As construções são de pequena dimensão, maioritariamente com dois pisos, em alvenaria de pedra com estrutura da cobertura e pisos intermédios em madeira e cobertura em telha cerâmica.
Trata-se de casas modestas com áreas exíguas e de construção rudimentar salientando-se a qualidade do conjunto arquitectónico, da sua implantação no território e não tanto pela qualidade arquitectónica individual.
A aldeia encontrava-se numa situação frágil, as construções em ruína possuiam poucas memórias do seu passado, tornou-se necessário rescrever um.
Com base no existente e com uma análise do edificado na região, chegou-se a um princípio de intervenção onde se procurou recuperar a linguagem arquitectónica característica destas construções. As ampliações pontuais seguiram o princípio construtivo primitivo, tanto a nível material como no seu desenho.
Pretendeu-se uma imagem coerente e homogénea para o conjunto das casas intervencionadas. O tamanho da aldeia não permite uma grande diversidade e contraste de linguagens.
O programa moldou-se à compartimentação primitiva, privilegiando-se a leitura do espaço interior na sua totalidade concentrando espaços de serviço em pequenas “caixas”. Procurou-se preservar a escala reduzida das casas como memória e sempre que necessário, reproduziram-se as proporções destes espaços.