Mota-Engil desconhece justificação para queda da cotação das suas acções
Empresa liderada por António Mota salienta que, durante o quarto trimestre, se registou, na Europa, em África e na América Latina, “um fluxo positivo em termos de recebimentos”
Pedro Cristino
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No seguimento da suspensão da cotação das suas acções, por parte da CMVM, após uma queda superior a 20%, a Mota-Engil emitiu um comunicado no qual afirma desconhecer “qualquer facto que possa minimamente justificar o comportamento da cotação da sua acção”.
Na nota enviada ao regulador de mercado, a construtora frisa que a conjuntura económico-financeira mundial, “em especial em alguns mercados onde o grupo opera”, revelou ser “muito difícil” durante 2015. Contudo, a empresa liderada por António Mota salienta que, durante o quarto trimestre, se registou, na Europa, em África e na América Latina, “um fluxo positivo em termos de recebimentos que permitiu a redução assinalável dos níveis consolidados de endividamento entre final de Setembro e final de Dezembro”.
“Embora se trate de um resultado normal em face da sazonalidade verificada da dívida do grupo, é importante registar que, de forma global, quase todos os países contribuíram para esta performance, com especial destaque para Moçambique, México, Polónia, mas também Angola, República Checa e Portugal”, continua a mesma fonte.
Neste contexto, a construtora refere que tem também implementado a política de refinanciamento da sua dívida, em linha com o seu plano, “com várias operações concluídas durante o quarto trimestre de 2015 e já durante os primeiros dias de 2016”. A política em causa tem como objectivos primordiais a redução do custo e o aumento da maturidade média.
Por outro lado, a Mota-Engil afirma que teve de adaptar-se aos impactos da crise mundial nas diferentes regiões e disso resultou já o “aumento assinalável da actividade na América Latina que, pela primeira vez, em Novembro, ultrapassou em volume de negócios a região de África”.
Segundo a empresa, esta adaptação ao contexto externo tem também consequências em termos organizativas, “estando, neste momento, a ser preparada uma alteração orgânica e de gestão ao nível das subholdings que apoiam na coordenação da actividade de cada uma das referidas regiões”, com vista a alinhar ainda mais os objectivos do grupo com “a realidade e o contexto específicos dos mercados”.
Por sua vez, o Expresso atribui esta performance em bolsa à queda do preço do petróleo, ressalvando que a Mota-Engil “tem as suas operações mais importantes em mercados africanos e da América Latina, muito expostos ao petróleo”.
Citando um gestor da XTB, o semanário refere que o levantamento das sanções internacionais impostas ao Irão significa um aumento da oferta desta matéria-prima, pressionando ainda mais a descida do preço do barril de petróleo.