2016: o ano da retoma do mercado de trabalho
Mafalda de Lima Vasquez Diretora Msearch O último trimestre de 2015 permitiu sustentar a ideia de que se torna necessário nas empresas passar uma imagem de maior otimismo e arrancar com projetos há muito pensados, mas em standby pelo extenso período de crise que vivemos. A nível nacional, o setor de engenharia, pela sua enorme… Continue reading 2016: o ano da retoma do mercado de trabalho
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Mafalda de Lima Vasquez
Diretora Msearch
O último trimestre de 2015 permitiu sustentar a ideia de que se torna necessário nas
empresas passar uma imagem de maior otimismo e arrancar com projetos há muito
pensados, mas em standby pelo extenso período de crise que vivemos.
A nível nacional, o setor de engenharia, pela sua enorme diversidade é controverso,
apresentando áreas com forte crescimento, e outras com estagnação e mesmo
decréscimo de projetos e consequentemente procura de profissionais.
Mantendo uma tendência positiva já patente nos últimos anos, o setor da indústria é
aquele em que se verifica crescimento e dinamismo, assente no peso nas exportações
que implica o reforço estratégico das funções de produção, qualidade e manutenção
como resultado do aumento de capacidade produtiva instalada, aumento de linhas de
produção e investimento técnico nas unidades fabris.
A área das compras pela sua intervenção direta nas poupanças de custos das empresas
continua a assumir uma enorme importância em todo o processo produtivo.
Também neste setor, 2016 será caracterizado pelo investimento em várias novas
unidades fabris por parte de grupos nacionais e internacionais em Portugal tanto a sul
como a norte em setores como o aeronáutico, automóvel, plásticos e moldes,
alimentar e tecnológico.
Pela sua especificidade geográfica, estes investimentos serão cruciais na captação de
postos de trabalho tanto ao nível indiferenciado como altamente qualificado que terá
como consequência o crescimento económico da sua zona de implantação,
determinantes em zonas como o Alentejo ou a zona Centro Norte onde parte destes
investimentos se irão verificar.
Alinhadas com este crescimento da indústria, a logística aparece como uma área de
destaque ao nível do reforço das posições de gestão dos armazéns, gestão de stocks e
funções de supply chain.
Com o aumento das exportações sentimos ainda uma constante na solicitação de
perfis de gestores de operações com experiência em transporte e tráfego marítimo e
terrestre.
O caso da construção merece a sua atenção dado que a par da estagnação que se
manterá em 2016 em Portugal, assistimos a uma queda acentuada dos projetos
também em Angola e Moçambique que nos últimos anos absorveram parte dos
profissionais neste setor.
Geografias como a América Latina, o Gana, Ruanda e Médio Oriente ganham assim
relevo em 2016 na procura destes profissionais.
Em Portugal destacamos a solicitação de engenheiros projetistas e arquitetos para
gabinetes de projetos com concursos nas geografias acima mencionadas.
Com o mesmo dinamismo há que destacar o setor imobiliário que manterá a sua
tendência de crescimento em 2016 com o aumento de investimentos imobiliários no
setor do turismo em Portugal
Segundo o Diário Imobiliário, 2015 foi marcado pelo maior número de negócios no
setor imobiliário com um volume de investimento de 1,2 mil milhões de euros que
protagonizaram as maiores operações dos últimos 10 anos em Portugal.
Dando um vislumbre de um novo ciclo, o setor da Agricultura aparece novamente na
análise das tendências de mercado, face ao franco crescimento a que assistimos neste
setor, com a intenção de cada vez mais empresas de bens de grande consumo e/ou
distribuição manterem um ciclo fechado de venda que vai desde a produção à
distribuição.
Aqui cresce a procura de profissionais que aliem um elevado conhecimento técnico e
operacional, a competências claras de gestão que permitam a obtenção de produções
intensivas de maior volume e qualidade e com as mínimas perdas possíveis por fatores
aparentemente controláveis.
Ainda que todas as projeções apontem para uma queda da taxa de desemprego em
Portugal a OCDE perspetiva ainda assim que em 2016 a taxa de desemprego se
manterá nos dois dígitos e que cerca de 12,3% estará à procura de trabalho.
Este cenário torna cada vez mais difícil para as empresas e para os profissionais
planearem as suas intenções pessoais perante as permanentes mudanças e
imprevisibilidade deste mercado em que vivemos atualmente.
Ganham assim cada vez mais as competências pessoais – soft skills – na necessidade
cada vez maior de trabalhar a mudança e adaptação rápida, a resiliência, a resistência
ao stress e a auto motivação, neste jogo de esforços comum por parte dos
intervenientes do mercado – empresas e candidatos em contrapor todas as tendências
quantitativas a uma capacidade de visualização de um futuro auspicioso ao mercado
de engenharia.
“A esperança é cheia de confiança. É algo maravilhoso e belo. É o motor da vida. É uma
luz na direção do futuro.” (Conrad de Meester)”