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    “Trabalhar em reabilitação, na actual conjuntura, requer um exercício de fé e persistência”

    A primeira Área de Reabilitação Urbana do País, criada em Cacilhas, no Concelho de Almada em 2011, tornou-se um caso de sucesso. Cinco anos depois, a autarquia totaliza 7 ARU’s e espera tornar a zona do Porto Brandão, a mais recente, mais atractiva

    Ana Rita Sevilha
    Construção

    “Trabalhar em reabilitação, na actual conjuntura, requer um exercício de fé e persistência”

    A primeira Área de Reabilitação Urbana do País, criada em Cacilhas, no Concelho de Almada em 2011, tornou-se um caso de sucesso. Cinco anos depois, a autarquia totaliza 7 ARU’s e espera tornar a zona do Porto Brandão, a mais recente, mais atractiva

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    Ana Rita Sevilha
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    Data de 2011 a primeira Área de Reabilitação Urbana (ARU) do País, criada em Cacilhas, pela Câmara Municipal de Almada. Desde então, a autarquia conta com um total de sete – ARU de Cacilhas, Almada, Trafaria, Pragal, Cova da Piedade, Caparica e Porto Brandão -, que permitiram a reabilitação de 309 fogos, dos quais 111 estavam em estado devoluto e passaram a integrar, na sua maioria, o mercado de arrendamento após as obras.
    Segundo dados da autarquia, até Janeiro de 2016, o investimento privado na reabilitação de edifícios no Concelho de Almada, ao abrigo do Programa das Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), ascendeu aos oito milhões de euros, tendo a comparticipação municipal ficado nos 480 mil euros.
    Em entrevista ao CONSTRUIR, a vereadora com o pelouro das Obras, Planeamento, Administração do Território, Desenvolvimento Económico e Arte Contemporânea da Câmara Municipal de Almada,   explicou quais as estratégias e objectivos do município para a reabilitação urbana, quais as perspectivas para este ano em termos de investimento, os planos para o Porto Brandão e o que poderá beneficiar este sector de mercado com o projecto Lisbon South Bay

    Segundo dados da Câmara Municipal de Almada, até Janeiro de 2016, o investimento privado na reabilitação de edifícios no Concelho, ao abrigo do Programa ARU, ascendeu a 8 milhões de euros. Que perspectivas têm para este ano?
    Em cinco anos de vigência da ARU de Cacilhas, quatro anos das da Trafaria e Almada e dois anos e meio das ARU da Cova da Piedade, Pragal e Monte de Caparica e ainda da recentemente publicada ARU do Porto Brandão, estamos com um investimento privado na reabilitação do edificado de cerca de 8.000.000€.
    Em face das solicitações que estamos a ter, prevemos que até o final do ano corrente se ultrapassem os 10.000.000€ de investimento em reabilitação de edifícios.

    Que perfil de investidores procuram o Concelho?
    O perfil de investidores é muito variado.
    Desde o proprietário ou conjunto de proprietários que vêm no programa a possibilidade de reabilitar o seu edifício, habitando nele ou não, o investidor externo que reabilita para repor o edifício no mercado, na esmagadora maioria dos casos no mercado de arrendamento, ao investidor estrangeiro que em face da atractividade dos locais resolve investir, muitas das vezes para fixar a sua residência em Portugal ou em alternativa encarando o seu investimento como uma segunda habitação.
    A criação de alojamento local também se tem mostrado como um dos factores de alavancagem para muitas reabilitações.
    O facto de Almada se encontrar em muitos casos mais próximo do centro de Lisboa que muitas áreas localizadas na margem Norte, aliada à situação dos valores de compra e venda se encontrarem mais ajustados a valores de mercado, perspectiva a possibilidade dos investimentos assumirem margens de retorno mais compensadoras que em áreas concorrenciais e tradicionalmente mais atractivas.
    O esforço de desburocratização dos processos que assegura tempos de aprovação das candidaturas muito reduzido e o quadro de incentivos que foi assegurado em Almada que não tem paralelo em situações congéneres, constitui-se também num forte factor de atractividade.

    A primeira ARU do País foi criada em Cacilhas em 2011 e desde então foram criadas mais 6. Quais as principais estratégias de actuação destas ARU e quais os principais objectivos?
    Trabalhar em reabilitação, na actual conjuntura, requer um exercício que quase diríamos de fé e persistência. É abordar os potenciais candidatos, numa altura em que se restringem os investimentos de todo o género, e convencê-los de que vale a pena investir na reabilitação ainda que estivesse até aí longe do seu horizonte investir as suas poupanças ou assumir encargos em obras de conservação.
    Assumindo esta base de partida, desde a primeira hora o Município considerou isentar de todas as taxas municipais as obras candidatadas no contexto das ARU. Do mesmo modo assumiu prestar uma subvenção municipal a fundo perdido para todas as obras de reabilitação candidatadas em ARU à semelhança do que já fazia nos programas de apoio à reabilitação anteriores, RECRIA e RECRIPH.
    Para além destes dois aspectos, no fundamental têm sido mantidas metodologias de abordagem praticadas desde o primeiro ano de vigência da ARU de Cacilhas, encaradas em diferentes frentes, a saber:
    • Relação de proximidade.
    Entendeu-se necessário, se não mesmo imprescindível, estabelecer nos locais um atendimento privilegiado de primeira linha, com o objectivo de atender a todas as pretensões, esclarecer dúvidas, apresentar o programa e fazer o atendimento técnico necessário.
    • Informação.
    A informação reflecte-se em dois níveis que são determinantes para a operação: o conhecimento generalizado do programa e a informação sobre os aspectos específicos do mesmo.
    No primeiro caso, tem sido feito um esforço importante de divulgação através de informação escrita designadamente no Boletim Municipal, mas sobretudo através do contacto pessoal (porta a porta) com os proprietários.
    Quanto aos aspectos específicos do programa, considerando a complexidade inerente à compreensão dos aspectos ligados às subvenções, financiamentos, benefícios fiscais e procedimentais, é feita uma abordagem personalizada, analisando caso a caso, e explicando a cada interessado as vantagens do programa. Neste caso, a abordagem é feita em entrevista com cada proprietário e explicado no seu caso concreto os benefícios a que poderá recorrer e, sempre que possível, o estudo das vantagens financeiras de que pode usufruir.
    • Processo
    O processo de instrução das candidaturas foi simplificado ao máximo resultando na generalidade dos casos no preenchimento dos respectivos requerimentos no próprio serviço sem mais delongas.
    De forma a simplificar os procedimentos e clarificar os aspectos que se constituem como obrigações dos proprietários, é frequentemente elaborado um estudo de recomposição, alinhamento e cérceas que é, à priori, apresentado aos proprietários, constituindo-se esse estudo, em muitos caos, como elemento suficiente para se iniciar a respectiva obra de conservação ou beneficiação sem a necessidade de mais formalismos.
    Para os casos em que a natureza da obra exija a apresentação de processo de construção, têm-se aprofundado nos serviços camarários a metodologia de procedimentos que acelera estes processos, quer através do seu tratamento prioritário, quer pelo acompanhamento interno do seu encaminhamento administrativo.
    Um dos factores que se apresenta como a maior dificuldade na instrução das candidaturas às obras de reabilitação é a elaboração correcta das medições e orçamentos. É a partir destes dados que se faz o cálculo das comparticipações e dos valores praticados para a actualização dos arrendamentos após a conclusão das obras. De forma a obviar a esta dificuldade, é fornecida a cada candidato uma base de dados com descritivos dos trabalhos e dos preços unitários de mercado que têm vindo a ser praticados nas diferentes obras, com o objectivo de tabelar valores e tipificar os trabalhos. Esta base de dados serve de referência para todas as intervenções, ao mesmo tempo que funciona como um importante auxiliar para a instrução das candidaturas às obras.
    Em resumo, nas diversas ARU foram estabelecidas as metodologias de abordagem ao programa que passamos a descrever:
    a) Contacto directo com todos os proprietários dando a conhecer a existência do programa.
    b) Entrevista personalizada com todos os proprietários analisando caso a caso a adaptabilidade do programa a uma eventual candidatura, bem como procurando no concreto avaliar do ponto de vista económico a eventual operação de reabilitação.
    c) Elaboração de estudo de recomposição, alinhamento e cérceas dos edifícios de forma a esclarecer à partida quais as obras pertinentes em cada intervenção.
    d) Elaboração de vistorias prévias.
    e) Elaboração de mapa descritivo dos trabalhos com os respectivos preços unitários médios, facilitando assim a elaboração das medições e orçamentos de cada candidatura.
    f) Acompanhamento personalizado de cada processo com minutas tipificadas, geralmente preenchidas no acto da entrevista auxiliando e aligeirando ao máximo a instrução dos processos.
    g) Desburocratização do processo diminuindo tempos de demora desnecessários.
    h) Constituição nos serviços de prioridade máxima para processos de candidatura em áreas de ARU quer se constituam como comunicações prévias ou exijam licenciamento municipal.
    i) Estabelecimento de uma relação privilegiada e expedita entre os diversos serviços municipais intervenientes no processo.
    j) Informação e divulgação regular sobre o programa no boletim municipal e na página electrónica do município.
    k) Acompanhamento técnico periódico das obras em curso.
    É especialmente relevante que o tipo de investimentos que a ARU propicia, leva a que os proprietários encarem a reabilitação de uma forma mais abrangente encarando as obras a realizar de uma forma mais profunda saneando os edifícios globalmente e, consequentemente, melhorando significativamente as condições do edificado, contrariamente ao que muitas vezes se verificava nos programas anteriores onde na maioria dos casos se acudiam fundamentalmente às questões essenciais.

    Cacilhas é vista como um caso de sucesso. O que se pode retirar deste exemplo e replicar noutros?
    A Área de Reabilitação Urbana de Cacilhas têm-se revelado uma experiência extremamente gratificante, quer no que diz respeito aos resultados obtidos, quer na forma como tem funcionado a interacção e corresponsabilidade entre o município e os munícipes.
    A constante presença dos serviços e eleitos em contacto directo com todos os interessados é fundamental para o estabelecimento de um capital de confiança mútua e fundamental para o sucesso das operações.
    Com as abordagens personalizadas, analisando o caso a caso, levadas a efeito pelos serviços, tem sido possível que, em evidente contraciclo, se obtenham resultados muito significativos.
    Na abordagem da temática da reabilitação, na actual conjuntura social e económica, torna-se necessário inovar, criando novos paradigmas de relacionamento entre as entidades públicas e os privados.
    Os resultados obtidos assentam fundamentalmente na perspectiva de encarar o potencial investidor na reabilitação como um parceiro, assumindo o Município fundamentalmente um papel de facilitador e conselheiro, com o propósito último de concretizar as operações.
    O investimento em obra pública que se realizou na área de intervenção, assim como a sua localização geográfica, são também factores decisivos na atracção de investimentos externos, havendo aí a preocupação do município de assegurar a manutenção dos residentes, património imaterial fundamental de qualquer área histórica.
    O Município atento às vicissitudes do processo e à necessidade de criar dinâmicas de regeneração sedimentadas e sustentáveis no tempo, optou por complementar as intervenções de natureza física com outras de natureza cultural e recreativa, procurando reestabelecer e criar dinâmicas que conferissem ao local um forte sentido identitário e polarizador.
    Estas actividades que desde o dia da inauguração da obra de pedonalização, prolongaram-se por três meses e tiveram como objectivo conferir visibilidade à rua e à intervenção, reforçar a função turística e recreativa do espaço público e valorizar as actividades comerciais, em particular a restauração e similares.
    As dinâmicas criadas quer pela pedonalização da rua quer pela reabilitação de edifícios que durante todo este processo foram tendo um incremento significativo, aliadas ao programa de animação cultural e recreativa, foram pondo a área de intervenção na ordem do dia.
    Rapidamente se tornou-se evidente que na área de intervenção surgia não só o reflorescimento das actividades económicas instaladas, mas que também era significativa a capacidade de atracção de investidores externos quer no surgimento dum novo tipo de comércio qualificado quer em novos investimentos na reabilitação do edificado.
    A componente turística insipiente até ao início da intervenção sofreu um incremento significativo, sobretudo pela criação de unidades de alojamento local, cujo sucesso é hoje inquestionável.
    No programa “Espaços & Casas” da SIC foi transmitida uma reportagem sobre um estudo da “Confidencial Imobiliário”, acerca do mercado da reabilitação na margem sul, concluindo que os investimentos na reabilitação para arrendamento nesta área atingiam taxas de rentabilidade brutas de cerca de 10%, tornando-os mais atractivos do que nas zonas centrais de Lisboa, Oeiras ou Cascais.
    Torna-se por demais evidente que o surgimento das ARU em Almada, em particular da ARU de Cacilhas, são um contributo significativo para os resultados do estudo referido, sendo que as taxas de rentabilidade acima referidas só são possíveis com a aplicação do programa de incentivos vigente que contribui cumulativamente, de forma decisiva, para um ajustamento correcto a valores de mercado.
    Concluída que foi a obra de reabilitação da rua Cândido dos Reis, tornou-se evidente a criação de dinâmicas socioeconómicas e culturais importantes que funcionam como factores de motivação decisivos para a iniciativa privada na reabilitação do edificado.
    É por demais evidente o actual sucesso do comércio local, num primeiro momento ligado à restauração e bebidas e posteriormente com o surgimento de outro tipo de estabelecimentos e actividades impulsionados pela crescente atractividade da área.
    O crescente interesse na criação de actividades ligadas à hotelaria, designadamente no âmbito do alojamento local, sustenta-se na dinâmica entretanto criada que, aliada à situação geográfica da área de intervenção torna o investimento neste tipo de actividade particularmente atractivo.
    A requalificação do espaço público, a centralidade da zona, a crescente incidência de investimentos na reabilitação em detrimento da expansão urbana e a eventual alteração, a prazo, da conjuntura económica do país poderão ser factores decisivos para a criação de maiores dinâmicas.

    A fixação de população jovem nos centros históricos é uma das batalhas da regeneração urbana. Como é que a Câmara de Almada tem combatido a desertificação nas ARU?
    No contexto das ARU em Almada, já se procederam à reabilitação de 324 fogos dos quais 113 (cerca de 35%) se encontravam devolutos.
    Esta constatação revela o grau de desertificação a que os centros urbanos estiveram sujeitos, em face da política de expansão das cidades que proliferou até há bem pouco tempo.
    As ARU podem dar um contributo decisivo para a inversão desta realidade e em Almada esta inversão tem sido particularmente evidente.
    Por outro lado as tipologias em áreas históricas começam a responder de forma mais consentânea à realidade social e à estrutura familiar que se tem alterado significativamente. Cada vez mais há que dar resposta a agregados familiares mais pequenos, não raras vezes monoparentais e a uma população jovem que procura maiores centralidades, tipologias mais pequenas e economicamente mais consentâneas com as suas possibilidades.
    Os 113 fogos devolutos detectados foram reintroduzidos no mercado na sua esmagadora maioria no mercado de arrendamento.
    Tal facto, em Almada, tem permitido escoar toda a oferta sem grande dificuldade e responder ao público mais jovem que na maioria dos casos não tem condições para solicitar empréstimos para aquisição de casa própria.
    O programa “Porta65 Jovem” tem sido um contributo determinante para a fixação de população jovem nas ARU deAlmada.
    O facto de considerar prioritárias as candidaturas em ARU e nestas áreas majorar em 20% os incentivos prestados, tem permitido a que muitos jovens encarem a possibilidade de estabelecerem a sua residência nas áreas centrais das cidades.
    No caso concreto das ARU em Almada, considerando os fogos devolutos disponibilizados por via das reabilitações, podemos afirmar que em 18% dos casos foram solicitadas declarações para instruções de candidaturas à “Porta65 Jovem” e, consequentemente, pedidos de arrendamentos em ARU destinados a jovens.

    A redução do IMI para 0,37% este ano, foi uma das medidas de incentivo da autarquia. Que outros benefícios existem para levar as pessoas a investir no Concelho?
    Para além da política de incentivos e subvenções já referida relativamente às áreas de reabilitação urbana, temos no nosso Regulamento de Taxas um conjunto de incentivos que passam pela isenção total do pagamento de taxa de urbanização para actividades ligadas à Investigação e desenvolvimento, de redução de cerca de 80% do pagamento de taxa de urbanização para as actividades ligadas ao Turismo e incentivos às empresas.
    Estamos também a organizar os Serviços Municipais para mobilizar uma capacidade de resposta célere na área de apoio à localização e desenvolvimento de investimento no Concelho, que muito em breve se tornará visível.

    No final de 2015 falou-se que a autarquia queria, à imagem do que tinha sido feito em Cacilhas, regenerar o Porto Brandão. Que planos existem para esta zona e em que ponto estão?

    Como é do conhecimento público a Câmara Municipal de Almada (CMA) tem em marcha um processo de revitalização dos núcleos históricos das freguesias do concelho, beneficiando da legislação, que possibilita a criação de Áreas de Reabilitação Urbana (ARU).
    Os objectivos estratégicos que a CMA tem vindo a definir para o território compreendido entre Porto Brandão – Fonte Santa – Monte de Caparica – Universidade e Vales adjacentes e a forma como pretende operacionalizar esta estratégia e dinamizar, sob o ponto de vista Social, Económico e Cultural este território, levaram à decisão da delimitação da 7ª Área de Reabilitação Urbana (ARU), a mais recente criada em Almada –a de Porto Brandão – que foi publicada em Diário da República em 19 de Fevereiro de 2016.
    Estão também em curso um conjunto de Projectos para a requalificação do Espaço Público desde a Universidade de Faculdade de Ciências e Tecnologia até Porto Brandão.
    Estes projectos decorrem do Concurso EUROPAN 12 (Uma competição europeia de projectos urbanos e arquitectónicos, que levam à sua implementação, realizada em parceria com os municípios europeus, autoridades locais e clientes), no qual a Câmara Municipal de Almada convidou os jovens técnicos a apresentar a sua visão para a zona de Porto Brandão e a sua área envolvente, incluindo o Campus Universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia, a enseada da Paulina, a Torre Velha, o Lazareto e a Capela de São Tomás de Aquino.
    O objectivo para este território, tal como aconteceu em Cacilhas, é o de em paralelo com a Estratégia de Reabilitação Urbana em curso, seja executada obra pública de requalificação deste eixo e da baía de Porto Brandão.
    Consideramos que é um território de grande potencialidade, com vistas fantásticas sobre Lisboa, uma pequena aldeia ligada à Capital pelo Cacilheiro, com um Património cultural por descobrir:
    A Torre Velha Monumento Nacional – fazia, em conjunto com a Torre de Belém, parte do sistema de defesa de Lisboa, o Lazareto – antigo Sanatório para quarentena (à data um dos maiores edifícios construídos na Península Ibérica), a tradição da Tanoaria, as gentes e costumes, os restaurantes e muito mais…
    Estamos a trabalhar para ter obra o mais rapidamente possível.

    O projecto Lisbon South Bay poderá ser uma mais-valia para a regeneração e reabilitação urbana no Concelho? Em que medida?
    Sem dúvida! Foi aliás o que motivou a presença da Câmara Municipal de Almada no MIPIM (Le Marché International des Professionnels de l’Immobilier), realizado em Cannes entre 15 e 18 de Março e que teve como objectivo captar investimento a nível internacional para a requalificação dos territórios da antiga Lisnave.
    A presença no MIPIM foi uma acção conjunta das Câmaras Municipais de Almada, Barreiro e Seixal juntamente com a empresa do universo Parpública, Baía do Tejo.
    É importante referir que “Lisbon South Bay” é uma estratégia de marketing territorial que visando a promoção internacional nos três territórios do Arco Ribeirinho Sul, não anula a identidade própria do território de Almada e em concreto da Frente Ribeirinha Nascente, onde se situam os Estaleiros da Lisnave.
    Neste território, está prevista a criação da “Cidade da Água” num plano de urbanização, aprovado e publicado em 2009, que contempla uma área de 115 hectares entre Cacilhas e a Cova da Piedade.
    Habitação, escritórios, comércio e serviços fazem parte do projecto “Cidade da Água”, que inclui ainda áreas de cultura e de lazer e onde está incluída uma marina e um terminal de cruzeiros que potenciam, em Almada Nascente, um espaço de desenvolvimento turístico.
    É a ambição de recuperar, para os Almadenses, o contacto com a margem do tejo, de regenerar um território que teve uma importância muito significativa na dinâmica económica do Concelho quando os Estaleiros da Lisnave estavam em funcionamento.
    É a perspectiva de colocar em evidência um território de grande valor natural e paisagístico, na relação com o Tejo e o mar da Palha, com Lisboa e o Terreiro do Paço à vista, ligando a Cova da Piedade e todo o Património histórico que ali existe e Cacilhas que desde sempre foi ponto de chegada e partida na ligação fluvial a Lisboa.

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    (Da esq para a dta): Rui Abreu e João Nina

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    Hydro produz primeiro lote de alumínio reciclado com pegada de carbono quase nula

    Produção utilizou 100% sucata pós-consumo, recuperada de produtos no final de vida útil, que pode ser considerada como sendo neutra em carbono quando reaproveitada através da reciclagem, para obter este primeiro lote de alumínio reciclado

    A fábrica de Avintes da Hydro, empresa do sector do alumínio, produziu o seu primeiro lote de alumínio reciclado “praticamente nulo em emissões poluentes”. Na produção, a Hydro utilizou como matéria-prima única sucata pós-consumo, recuperada de produtos no final de vida útil, que pode ser considerada como sendo neutra em carbono quando reaproveitada através da reciclagem.

    O alumínio é um dos metais mais utilizados no mundo, com aplicações em diversos sectores como a indústria do automóvel, a construção civil, o transporte, a energia ou a eletrónica. O processo de reciclagem de matéria-prima em fim de vida útil permite que seja reutilizado infinitas vezes, sem que perca as suas propriedades e consumindo apenas 5% da energia que se usa para produzir alumínio primário.

    Nas palavras de João Nina, responsável pela unidade de reciclagem da Hydro Avintes, “este é o primeiro lote de Hydro Recycled Low Carbon produzido na Hydro Avintes com 100%  sucata pós-consumo, sem adição de sucata de processo (pré-consumo) ou alumínio primário. Assim, podemos considerar que a sua pegada de carbono é quase nula, inferior a 0,5 kg CO2e/kg Al”.

    O responsável acrescentou ainda que “na reciclagem de alumínio, podemos considerar a sucata pré-consumo, que geramos no nosso próprio processo de extrusão e que não se tornou parte de um produto final, e a sucata pós-consumo, que pode ser parte de uma janela, um carro ou uma bicicleta usados, recuperada para ser convertida novamente em matéria-prima para a extrusão de perfis. Na Hydro, acreditamos que não podemos desassociar pegada do material, ou seja, a sucata pré-consumo não deve ser considerada descarbonizada, mas, ainda assim, contribui com a sua própria pegada ecológica para o processo de reciclagem”.

    Por outro lado, Rui Abreu, director de Metal da Hydro Extrusion South, destacou que “este é um marco no nosso esforço para oferecer soluções de alumínio mais sustentáveis com uma menor pegada de carbono, o que por sua vez irá melhorar o impacto ambiental dos produtos dos nossos clientes”.

    Este é mais um passo na estratégia de sustentabilidade da empresa, que se soma a outros, como o alcançado em 2023, na sua fábrica de Irurtzun em Navarra (Espanha), onde  foi utilizado, pela primeira vez no mundo, hidrogénio verde para produzir alumínio reciclado.

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    De acordo com Jorge Telles de Carvalho, consultant da Worx Real Estate Consultants, “os investimentos recentemente realizados pela MEAG nos seus edifícios estão perfeitamente alinhados com as tendências do mercado, reflectindo uma visão estratégica e compromisso com a excelência, e os resultados são já evidentes com estas duas colocações”

    A consultora imobiliária Worx foi a responsável pela colocação de duas empresas na Quinta da Fonte, o que reflecte a “constante procura” pelo Corredor Oeste.

    A primeira colocação correspondeu à expansão das instalações de uma entidade global em serviços de aviação executiva, que encontrou no edifício D. Sancho I – Q57 a resposta às suas necessidades de um espaço de escritórios com áreas maiores.

    A segunda colocação diz respeito à Blue Sites Telco, que procurava um espaço de escritórios num parque empresarial que pudesse oferecer “um melhor estilo de vida” aos seus colaboradores e, por isso, optou por arrendar uma fracção no piso 3 do Edifício D. Diniz – Q55.

    Este parque de escritórios dispõe dos mais variados serviços (ginásio, lavagem de carros, cabeleiro, entre outros) e restaurantes, e conta com mais de três mil lugares de estacionamento, incluindo lugares com carregadores eléctricos.

    Sendo a sustentabilidade um ponto-chave na Quinta da Fonte, a MEAG, proprietária de ambos os edifícios, tem vindo a efectuar nos mesmos diversas obras de melhoria, com objectivos como a redução da pegada ambiental, o aumento da eficiência energética e a otimização da gestão de resíduos. Além disso, a melhoria dos espaços exteriores contribuiu também para o aumento da sensação de bem-estar nestes edifícios de escritórios.

    De acordo com Jorge Telles de Carvalho, consultant da Worx Real Estate Consultants, “foi um prazer acompanhar de perto todo o processo de colocação destas duas entidades. Acreditamos que os investimentos recentemente realizados pela MEAG nos seus edifícios estão perfeitamente alinhados com as tendências do mercado, reflectindo uma visão estratégica e compromisso com a excelência, e os resultados são já evidentes com estas duas colocações”.

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    Investimento de 7,5M€ para novo museu em Albergaria

    No Dia Mundial da Água, o município de Albergaria-a-Velha apresentou o projecto do novo Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos, que irá ocupar as antigas instalações da Fábrica de Papel de Valmaior. O projecto tem um investimento previsto é de 7,5 milhões de euros

    O novo equipamento vai ser constituído por uma zona de acolhimento, núcleo museológico com espaço expositivo, depósito e arquivo (840 m2), sala de leitura, espaços técnicos, gabinetes de trabalho, um pátio interior e uma zona verde nas margens do Rio Caima. De acordo com o estudo prévio desenvolvido pelo AnC Arquitectos, vai haver ainda um espaço museológico relacionado com a actividade da fábrica e uma praça central exterior para o usufruto da comunidade, com uma construção bruta de 2300 m2. O novo equipamento vai ser constituído por uma zona de acolhimento, núcleo museológico com espaço expositivo, depósito e arquivo (840 m2), sala de leitura, espaços técnicos, gabinetes de trabalho, um pátio interior e uma zona verde nas margens do Rio Caima.

    “Será um espaço de enriquecimento cultural e também de preservação ambiental”, resumiu Delfim Bismarck, vice-presidente do município de Albergaria-a-Velha.

    A construção do Museu e Arquivo Histórico, será precedida da reabilitação do Rio Caima, numa extensão de 7 km, com a criação de cordões ecológicos, que respeitem o ecossistema da zona ribeirinha, bem como a construção de um trilho pedestre. A nora vai ser também reposicionada na margem, que terá um anfiteatro e uma área pedagógica com “jogos de água”, numa área que pretende estreitar a relação da comunidade com o rio. Os trabalhos deverão estar concluídos ainda este ano.

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    Antigo Seminário da Encarnação na Madeira reabilitado por 15M€

    O icónico edifício de 1905, que se encontrava em avançado estado de degradação, vai receber o International Sharing School – Madeira. A intervenção esteve a cargo dos arquitectos Saraiva e Associados e do estúdio dinamarquês Rosan Bosch Studio

    O Sharing Education Group anunciou que o International Sharing School – Madeira vai mudar-se para o antigo Seminário da Encarnação, um icónico edifício de 1905 que se encontrava em avançado estado de degradação.

    O investimento global, avaliado em 15 milhões de euros, vai permitir acolher o dobro dos alunos, dos actuais 250 para 500, e aumentar o corpo docente de 40 para cerca de 70 colaboradores.

    As obras tiveram início recentemente após várias semanas de trabalhos preparatórios, dotando o histórico edifício de todas as infraestruturas necessárias para receber uma escola do século XXI.

    As intervenções estão a cargo dos arquitectos Saraiva e Associados e do estúdio dinamarquês Rosan Bosch Studio, especialista em criar ambientes de aprendizagem diferenciadores, que trabalhou já com o Sharing Education Group na International Sharing School – Taguspark.

    O novo campus, que será inaugurado já em Setembro deste ano, tem como objectivo atrair mais famílias madeirenses para este modelo educativo inovador, tendo em conta que actualmente 60% dos alunos são estrangeiros e apenas 40% locais.

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    ‘Alpi’ de Armin Linke introduz os grandes temas da Trienal 2025

    O documentário combina uma série de tecnologias contemporâneas de processamento de imagem para esbater a fronteira entre ficção e realidade, lança o repto para a primeira apresentação em Portugal de How Heavy is a City? (Quão pesada é uma cidade?), a investigação conduzida desde finais de 2022 pela dupla britânica Territorial Agency para a 7ª edição da Trienal de Lisboa

    O documentário ‘Alpi’, de Armin Linke, fotógrafo e cineasta, que combina uma série de tecnologias contemporâneas de processamento de imagem para esbater a fronteira entre ficção e realidade, lança o repto para a primeira apresentação em Portugal de How Heavy is a City? (Quão pesada é uma cidade?), a investigação conduzida desde finais de 2022 pela dupla britânica Territorial Agency para a 7ª edição da Trienal de Lisboa.

    Após a exibição do filme, a curadoria da Trienal 2025 junta-se a Armin Linke para uma conversa que vai revelar as três principais linhas da investigação que moldam o programa do fórum internacional (2 de Outubro a 8 de Dezembro de 2025).

    Tendo como ponto de partida o “complexo conjunto de transformações contemporâneas da cidade e do seu contexto”, revelando uma nova figura emergente com uma magnitude planetária, a Trienal 2025 explora formas emergentes de cooperação e mutualidade, estabelecendo uma nova unidade para avaliar a arquitectura e reformular o seu papel enquanto motor de debate.

    “A Terra está a transformar-se: intensificações climáticas, novos modos de coabitação, esperanças, tecnologias e sistemas. No entanto, esta figura que está a emergir é uma figura sobrecarregada com as complexas convulsões da contemporaneidade: extinções, inércia, guerra e acumulação de poder. Como conceber projectos, imaginar novas cidades, construir em conjunto modelos diferentes? Estas são interrogações que multiplicam a pergunta que abre a Trienal de Lisboa como plataforma de investigação: Quão pesada é uma cidade?, refere a Territorial Agency.

    No quadro do programa New Temporality, apoiada pela União Europeia, este momento público antecede as sessões preparatórias com o conselho consultivo da próxima Trienal, onde se vai confrontar a dimensão planetária dos espaços humanos contemporâneos, e traçar os fluxos de informação, materiais e energéticos para idealizar caminhos para uma transformação da tecnosfera que seja de alta energia e elevada reciclagem.

    Esta investigação conta com a participação de Jan Zalasiewicz, geólogo, paleontólogo e estratígrafo membro do Anthropocene Working Group, de Francesca Bria (New European Bauhaus), John Tresch (The Warburg Institute), Lucia Pietroiusti (Serpentine London) e Matthias Hauser (Media Solutions Center).

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    ALMA development anuncia arranque do Essence no Porto

    Arrancaram as obras de construção do “Essence New Tradition”. O investimento superior a 30 milhões de euros tem a sua conclusão prevista para o 4º Trimestre de 2025

    A ALMA Development anuncia o início das obras do Essence, na zona oriental da cidade do Porto, empreendimento representa um investimento total superior a 30 milhões de euros.

    A empresa MAP Engenharia foi a escolhida para a execução da obra, que terá início nos blocos C e D e aproximadamente um mês mais tarde nos Blocos A e B. Com uma área total de construção de cerca de 10.300m2 acima do solo, o Essence é composto por 84 apartamentos com áreas generosas e amplas varandas, distribuídos por 4 blocos, e que variam entre o T0 e o T4 com rooftop.

    Com uma localização privilegiada no coração das Antas, o Essence “nasceu” no interior de uma antiga quinta no alto do “Monte Aventino”, rodeada de jardins com árvores centenárias. É um empreendimento imobiliário que se distingue pela sua arquitectura moderna, da responsabilidade do atelier OODA.

    Os edifícios apresentam uma composição arquitectónica apoiada num conjunto de pilares exteriores pré-fabricados de geometria irregular, mantendo um ritmo icónico e permitindo que, através da sua variação de espessura, a luz invada os espaços através das zonas envidraçadas.

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    Mota-Engil apresenta Declaração de Sustentabilidade

    O Grupo Mota-Engil publica pela primeira vez um Relatório Único, com toda a informação financeira e de sustentabilidade, reforçando desta forma o compromisso do Grupo definido no seu Plano Estratégico Building 26, em que a Sustentabilidade é um dos eixos principais

    A partir deste ano o Grupo Mota-Engil passa a incluir o Relatório de Sustentabilidade anual no Relatório Único. Carlos Mota Santos, Chairman e CEO do Grupo Mota-Engil reconhece que: “temos um grande caminho a percorrer, mas continuamos ambiciosos e com os olhos postos no futuro do nosso planeta, das pessoas e do negócio.”

    O Grupo Mota-Engil tem metas claras, estando focado na acção e na medição do respectivo impacto, estando também todas as empresas do Grupo empenhadas em contribuir para o cumprimento dos objectivos, mas com a plena consciência que o caminho só poderá ser feito em parceria com os stakeholders da Mota-Engil.

    Na estratégia do Grupo foram assumidos objectivos de ESG e as respectivas metas, com base nos tópicos considerados materiais para a Mota-Engil, alinhados com a Agenda 2030 das Nações Unidas, nomeadamente os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), reforçando-os com planos de acções específicos.

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    The Property Handbook destaca investimento na Hotelaria e Retalho

    A consultora CBRE e a sociedade de advogados Viera de Almeida acabam de lançar a 9ª edição do Property Handbook, que analisa o mercado nas vertentes de investimento e ocupação em Portugal. A análise destaca o peso dos sectores hoteleiro e retalho no investimento total em 2023

    A CBRE e a sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA) lançam a 9.ª edição do “The Property Handbook – a Real Estate Investment Guide”. Este documento tem como objectivo disponibilizar aos investidores um conjunto de informações sobre o mercado e o respectivo contexto legal e fiscal, que permitirá apoiar as suas estratégias de investimento e a sua tomada de decisão, no contexto do mercado imobiliário.

    A nova edição conta com uma análise de mercado nas vertentes de investimento e ocupação, para os segmentos de escritórios, comércio, logística, mercado residencial, sector hoteleiro, sector agrícola (Agribusiness) e residências sénior, um sector que tem revelado um elevado potencial de crescimento. Além disso, considera já as alterações trazidas pelo programa “Mais Habitação”, nomeadamente em matérias como o arrendamento acessível e os vistos gold e ainda o impacto do pacote de medidas “Simplex Urbanístico”, que entra agora em vigor.

    “Actualmente, sentimos no mercado imobiliário um momento de alguma instabilidade e incerteza provocadas pelo contexto socioeconómico global. No entanto, existem várias classes de activos que mantêm fundamentos sólidos e Portugal continua a ser um destino atractivo para investidores. A aposta da CBRE e da VdA neste documento permite dar informações necessárias e insights actualizados aos investidores, em especial os estrangeiros, para que possam responder rapidamente a algumas das suas questões e tomar decisões mais informadas”, afirma Francisco Horta e Costa, director geral da CBRE Portugal.

    Por sua vez, Miguel Marques dos Santos, partner, Real Estate & Planning da VdA, ressalva o interesse por parte dos investidores estrangeiros no mercado nacional. “Estamos convencidos que passámos de um ambiente de espera para um ambiente em que os investidores pretendem avançar com os processos e concretizar transacções. Este guia é um contributo da VdA e da CBRE para todos aqueles que queiram conhecer melhor o nosso mercado e estar mais preparados na altura de investir. Será certamente um contributo importante neste momento de retoma do mercado”, afirma.

    O documento mostra o abrandamento do mercado de investimentos em 2023, com o mercado português a registar uma diminuição de 50% do investimento imobiliário em comparação com o ano anterior. A entrada de capital em imóveis comerciais totalizou 1.600 milhões e os sectores de hoteleira e retalho foram os que captaram a maior parte do investimento (40% e 35%, respectivamente). O guia indica que este abrandamento que se tem sido sentido em termos de investimento resulta de investidores mais cautelosos e não pelo desempenho dos activos.

    No segmento da hotelaria, em 2023, foram alcançados novos recordes. Os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 30 milhões de hóspedes e 77 milhões de dormidas, reflectindo aumentos anuais de 13 % e 11%, respectivamente. A cidade de Lisboa ganhou 20 novos hotéis no ano passado e para 2024, já estão previstos outras 20 unidades. O Porto ganhou mais de 10 novos hotéis em 2023 e em 2024 estão já previstos outros 15. Já no mercado de retalho, em 2023, a análise destaca que foram inaugurados três retail parks e foram ainda abertas 93 lojas em Lisboa e 67 no Porto.

    Por outro lado, o guia mostra também como, em 2023, foram vendidas menos 24% de casas face a 2022 e para 2024, prevendo que a trajectória de preços se mantenha em crescimento, com a possibilidade de ajustes devido a um enfraquecimento do mercado de vendas, impulsionado pelas taxas de juros.

    Por último, este guia explora a vertente de Agribusiness, identificando as principais culturas por cada região e o potencial associado às mesmas. É mencionada a diversidade do solo e destacado o Alentejo como maior sistema de irrigação no país, bem como Vale do Tejo e Centro de Portugal.

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    Grupo Navarra apresenta Sistema Minimalista N25500

    O Sistema Minimalista N25500 apresenta excelentes resultados de eficiência térmica e acústica, posicionando-se como produto preferencial em projetos de arquitetura em que as considerações estéticas e de luminosidade se assumem como como elementos fundamentais

    É um sistema de caixilharia de correr, com vista em alçado de apenas 21 mm ao centro, permite, através da utilização de vidro estrutural, a execução de vãos de grande dimensão.

    O Sistema apresentou muito bons resultados nos ensaios, ao nível da permeabilidade ao ar, na estanquidade à água e resistência ao vento. É um Sistema com vista de apenas de 21 mm, o que permite elevados níveis de luminosidade.

    Em resposta às tendências da arquitetura contemporânea, o sistema permite a realização de vãos com enchimentos até 38 mm, onde a vista de 54 mm nas ombreiras, soleiras e padieiras se incorpora na construção, resultando em elevados níveis de luminosidade, sem descurar a funcionalidade. A integração da caixilharia nos sistemas construtivos enfatiza a relação entre o interior e o exterior, possibilitando uma vista ilimitada, inclusivamente no ângulo de abertura total do vão em remates de canto.

    O sistema minimalista N25 500 irá oferecer um sistema de piso integrado, ocultando toda a parte inferior do caixilho, criando uma harmonia entre o caixilho e a arquitetura.

    Com apenas 12mm de vista de trilho, o acabamento é possível remover para facilitar a limpeza e manutenção. Oferece um sistema de drenagem das águas pluviais.

    representação do sistema minimalista N25500

     

    Para os fabricantes de janelas, este sistema destaca-se pela simplicidade na montagem

     

     

    Soluções ecológicas para uma construção e arquitetura mais sustentáveis

    O caráter de sustentabilidade dos produtos Navarra® é potenciado pelo facto do alumínio ser um produto 100% reciclável, por sucessivas vezes, reduzindo os consumos energéticos da obtenção da matéria-prima em 95% – e da necessidade praticamente inexistente de manutenção.

    Existe um esforço contínuo na procura de soluções que promovam o desenvolvimento sustentável do Grupo, refletindo-se na responsabilidade ambiental e social.

    O cumprimento com rigor de procedimentos e a utilização das mais avançadas tecnologias no processo de extrusão e tratamento de superfície de perfis de alumínio, garantem certificações e licenças de utilização de marcas internacionais na área da qualidade, ambiente e de processos produtivos.

    Conheça todas as soluções de alumínio para arquitetura https://navarraaluminio.pt/arquitetura/produtos

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    Fundo Príncipe Real vende edifício na Avenida da Liberdade

    Num processo de venda off market, o fundo concretizou a venda com a assinatura do CPCV em Dezembro de 2023. A venda será finalizada durante o ano de 2024, num negócio intermediado pela Savills Portugal

    O projecto de reabilitação Alegria One do Fundo Principe Real e desenvolvido pela Eastbanc Portugal foi vendido a uma SIC (ex-SICAFI), num negócio intermediário pela Savills Portugal.

    Num processo de venda off market, o referido fundo concretiza a venda do Alegria One com a assinatura do CPCV em Dezembro de 2023, sendo que a transacção resultou de um forte interesse por parte dos investidores na aquisição do edifício. A venda será finalizada durante o ano de 2024.

    O Fundo manterá a sua estratégia de aposta na reabilitação de edifícios para diferentes usos, principalmente no seu bairro de eleição, o Príncipe Real.

    “O Alegria One é o mais recente testemunho do nosso compromisso com a excelência e inovação na reabilitação urbana, tendo gerado bastante interesse por parte de investidores nacionais e internacionais. Estamos contentes por ter alcançado mais este marco e continuaremos a desenvolver e procurar novas oportunidades para aumentar e diversificar o nosso portfólio de projectos, bem como criar espaços que inspirem e beneficiem as cidades e as suas comunidades locais.” refere Tiago Eiró, CEO da EastBanc Portugal.

    Localizado na esquina entre a Avenida da Liberdade e a Praça da Alegria, o Alegria One, com projecto de Souto de Moura, é uma referência arquitectónica, com uma área total de construção de 2.800 m2 distribuídos por sete pisos.

    Actualmente, o edifício encontra-se totalmente ocupado, contando com inquilinos como a Dior, que escolheu este espaço para abrir a sua primeira loja em Portugal, a Dentsply Sirona, a Faber Ventures e a Portugal Homes, do grupo Harland & Poston.

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