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    Engenharia

    “Sector da fiscalização padece de total ausência de regulamentação”

    A estratégia internacional da Cinclus leva a empresa a estar activa em três continentes distintos, de forma permanente. Ao Construir, Miguel Braga da Cruz explica que, desta forma, a empresa […]

    Pedro Cristino
    Engenharia

    “Sector da fiscalização padece de total ausência de regulamentação”

    A estratégia internacional da Cinclus leva a empresa a estar activa em três continentes distintos, de forma permanente. Ao Construir, Miguel Braga da Cruz explica que, desta forma, a empresa […]

    Pedro Cristino
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    A estratégia internacional da Cinclus leva a empresa a estar activa em três continentes distintos, de forma permanente. Ao Construir, Miguel Braga da Cruz explica que, desta forma, a empresa portuguesa de engenharia evita expor-se a três ciclos económicos negativos simultaneamente e aproveitar oportunidades nas dinâmicas de contraciclo. Numa perspectiva semelhante, o CEO da Cinclus apela a uma maior cooperação entre economias lusófonas, como garante de mais e melhores oportunidades para todos os envolvidos.

    Que balanço faz da actividade da Cinclus relativamente ao ano transacto?

    Efectivamente, o balanço que fazemos é positivo, na medida em que 2015 foi um ano que correu melhor do que 2014. O nosso volume de negócios cresceu 18%, os nossos resultados melhoraram muito significativamente. Tivemos, em 2014, resultados que, apesar de pouco negativos, não deixaram de ser negativos e, este ano, fechámos 2015 com resultados francamente positivos. Conseguimos consolidar a nossa actividade tanto a nível nacional como internacional. Crescemos no mercado interno e conseguimos manter, no mercado externo, apesar de toda a crise que se está a instalar a nível global. O mercado onde estamos a apostar mais significativamente é o brasileiro, que cresceu. Nessa perspectiva, foi um ano positivo. No que concerne à actividade comercial no mercado, 2015 não foi um ano assim tão positivo, apesar de ter sido um ano em que se verificaram sinais de retoma, quer na área do turismo, quer na área do imobiliário, que conheceu um dinamismo muito significativo. 2015 foi melhor que o ano anterior em termos do mercado imobiliário e da reabilitação urbana e 2014 já tinha sido o melhor ano desde o início da crise, em 2007. Apesar destes dois aspectos positivos, o ano passado foi o ano em que a actividade comercial foi mais baixa desde que há memória no sector da construção, sendo necessário recuar ao início da década de 2000 para encontrar paralelo em termos de actividade. Isto prende-se fundamentalmente com a redução do investimento público. No ano transacto, as adjudicações de obras públicas reduziram em cerca de 35%, relativamente a 2014 e, tendo presente que isto acontece sucessivamente desde 2011, significa que o nível de contratação pública desceu 57% desde então. Se medíssemos desde o ano em que não tivemos cá a “troika”, esse valor seria significativamente superior. Diria que andaria acima dos 60%. Isto são dados do Barómetro da AICCOPN, referentes a Fevereiro de 2016, portanto estamos a falar de uma contracção de mercado muito significativa. Assim, relativamente ao ano transacto, apesar dos contributos positivos das áreas do turismo, do imobiliário e da reabilitação urbana, os contributos negativos que advieram de outros sectores, nomeadamente a ausência de investimento público, ultrapassam-nos largamente.

    Essa queda de investimento público tem sido muito referida pelas principais associações do sector. Merece-lhe preocupação?

    Muita preocupação. Por exemplo, 2009 foi um ano em que houve um investimento muito significativo, devido a instruções de Bruxelas, para fazer face a um receio que havia de quebra e de queda dos mercados. O que acontece é que, se não era normal termos os índices de investimento que tivemos no passado, também não é normal termos os índices de investimento que temos actualmente. Tenho assistido a descrições de colegas e de amigos, ligados ao sector da manutenção em vários outros sectores, mas muito em particular no sector dos transportes, e o que está a acontecer é que estão a ser feitas coisas que são arrepiantes.

    A que se refere?

    Quando se começa a cortar nos investimentos de operação e manutenção, mais cedo ou mais tarde, algo cederá e, portanto, não me espantaria que um dia destes acontecesse um acidente semelhante ao da queda da ponte de Entre os Rios. Basta uma pessoa meter-se no comboio e fazer uma viagem do Porto a Lisboa, que sente a diferença da rodagem das carruagens em cima da linha.

    Por outro lado, o Governo anunciou há relativamente pouco tempo investimentos de milhares de milhões no desenvolvimento de infra-estruturas ferroviárias. Como vê essa medida?

    De uma forma extremamente positiva e também queria fazer esse contraste. Não obstante estar a sentir-se na economia alguns sinais de melhoria, estes sinais não são suficientes para que a economia retome. É preciso que haja uma inversão na ausência de investimento público e, naturalmente, esse investimento tem de ser decidido e aplicado em circunstâncias que sejam produtivas. Portanto, o investimento que está a ser anunciado pelo Governo – e por Bruxelas, com o Plano Juncker – assenta muito no transporte ferroviário e na articulação das plataformas com vários modos de transporte que, neste momento, ainda estão em falta. Assim, vejo esse anúncio de investimento como extremamente positivo porque, mais cedo ou mais tarde – e, na minha opinião, já começa a ser tarde – o Plano Juncker e a política monetária do Banco Central Europeu (BCE) têm de chegar ao terreno e nós, europeus, estamos a demorar demasiado tempo a resolver os nossos problemas. Estamos muito preocupados com outros problemas e facilmente deixamos de dar atenção a outros aspectos que acabam por ser adiados e, depois, não chegam a ser concretizados. A crise financeira iniciou-se nos Estados Unidos em 2008 mas o país já ultrapassou a crise e já está a crescer novamente, enquanto nós ainda estamos a braços com a crise que aí originou. Entretanto, já houve outras crises – a dos refugiados, a do terrorismo – a somar às que nós ainda vivemos. Portanto, é preciso ser mais pragmático e mais incisivo no tratamento das soluções e, efectivamente, é preciso implementar esses planos, em termos de investimento público que seja reprodutivo. A iniciativa é boa, mas é necessário que chegue ao terreno. Esses planos foram anunciados há mais de seis meses mas ainda pouco ou nada se sente. O programa Portugal 2020 é outro programa que considero muito positivo, mas foi anunciado pelo Governo em Novembro de 2014 e só agora se sentem os efeitos, mais de um ano depois. Assim, tanto no que se refere ao Portugal 2020, como ao Plano Juncker, e ainda o programa que o BCE vai lançar, e que está a começar a ser anunciado por Mario Draghi, no sentido de injectar dinheiro na economia, para evitar que a economia europeia entre em deflação. Não podemos esquecer-nos do exemplo do Japão, que entrou em deflação e levou mais de 20 anos para sair dessa situação.

    O Governo tem mostrado que está a tentar impulsionar o sector da reabilitação urbana. É um sector que, dinamizado, poderá ter interesse para a Cinclus?

    Tem muito interesse, porque a Cinclus actua no sector imobiliário e, em especial, no sector da reabilitação, onde temos, de momento, muito trabalho. Temos vários contratos de reabilitação em Lisboa e também alguns contratos, em menor número e de menor dimensão, no Porto. O sector da reabilitação necessita de ser impulsionado em Portugal pois precisamos desesperadamente dele. Neste momento, verificamos que é um sector muito vibrante em Lisboa. Em Lisboa, o mercado imobiliário, em particular o da reabilitação, está a apresentar um grande dinamismo mas não tem paralelo no resto do país. Verifica-se algum dinamismo no Porto, com projectos em número e dimensão muito menores do que os projectos que existem em Lisboa mas pouco se vê no resto do país. Quem olha para o Centro Histórico de Coimbra, que é espantoso, vê que está completamente deserto. Portanto, é preciso manter, acarinhar e, inclusivamente, impulsionar as políticas que sustentem a reabilitação urbana, nomeadamente políticas de beneficiação fiscal a quem investe nesses sectores, e políticas de atracção do capital estrangeiro. Se, por um lado, 2015 foi o melhor ano desde o início da crise para o sector imobiliário, 80% do investimento e das transacções que se fizeram nesse sector no país, teve origem estrangeira. É exactamente disso que a nossa economia precisa. Temos de recapitalizar o país e as empresas e isso não pode ser feito sem a captação de investimento estrangeiro. Nessa medida, todas as políticas que possam ser tomadas, são bem vindas – a política dos “Vistos Gold”, a política do residente não habitual, as políticas de benefícios fiscais atribuídos a quem faz investimentos dentro das zonas de intervenção prioritária. É fundamental também que sejam complementadas, nomeadamente com políticas de relançamento do arrendamento urbano, e com políticas de incentivo ao estabelecimento de rendas controladas, de habitação com custos controlados, para que consigamos ter cidades equilibradas, com os vários níveis de estratificação social equilibrados, porque não podemos permitir que, de repente, um centro histórico que estava vazio e abandonado se transforme num centro histórico elitista onde só as camadas mais altas conseguem habitar, viver e usufruir. Temos de ter políticas públicas que permitam, de alguma forma, equilibrar os desequilíbrios que a lei do mercado introduz, sendo que eu, com isto, não estou a defender que se limite o funcionamento do mercado. O que estou a defender é que o Estado e as autarquias devem exercer a sua acção de reequilíbrio quando verificam fenómenos de desequilíbrio. Assisti à entrevista do dr. Fernando Medina, na SIC, e concordo inteiramente com ele, quando defende a introdução de políticas de solos e de políticas de arrendamento de custos controlados.

    Como se pode caracterizar, actualmente, o sector da fiscalização em Portugal?

    O sector padece de um mal que é a total ausência da regulamentação. Qualquer empresas pode exercer actividade neste sector, porque ele está completamente desregulamentado e isso introduz uma ausência de barreiras ao exercício da actividade que coloca uma pressão grande em todos os intervenientes neste mercado. Portanto, o que acontece é que, com a ausência de regulamentação e com um mercado em contracção – com reduzido número de oportunidades -, começamos a assistir a um fenómeno de “dumping” de preços e de canibalização do mercado que, necessariamente, conduzem a desfechos muito negativos, na medida em que as empresas começam a concorrer fundamentalmente pelo preço e isso leva à redução de salários dos profissionais do sector e de índices de desempenho e do nível de satisfação do serviço muito baixos, que acabam por ser reverter contra quem actua no sector. Os clientes, tendo uma má prestação por parte de quem contratam, concluem que não vale a pena contratar uma empresa de fiscalização porque conseguem fazer o mesmo trabalho sem contratar nenhuma empresa. Isto assiste-se fundamentalmente no sector público. No sector privado, quando um cliente contrata um gestor de empreendimentos, uma fiscalização de obra, define bem aquilo que quer e exige de quem contrata. Assistimos a uma maior preocupação no sector privado relativamente às práticas de “dumping” de preços e de preços anormalmente baixos. O mesmo não acontece no sector público, onde assistimos a um agravamento dessas políticas de “dumping” de preços e verificamos que, nos concuros públicos, o único critério de adjudicação é o preço, com uma agravante – cada vez mais são as empresas que praticam os preços anormalmente baixos e são cada vez mais os casos de clientes que aceitam as justificações para a utilização destes preços. Isto está a causar problemas graves no funcionamento do mercado. Felizmente, temos alguns clientes públicos que reconhecem isso e começam a não dar contributos nesse sentido, estabelecendo critérios de avaliação de propostas que não assentem exclusivamente no preço e valores-base para os concursos que sejam justos. O que se verifica, em muitos casos, é que o preço-base estabelecido é, já por si, demasiado baixo e, depois, há tradicionalmente algumas empresas que, independentemente do trabalho, do concurso e do cliente, apresentam um cêntimo acima do preço anormalmente baixo, apenas para não terem de justificar. Quando os clientes apresentam preços baixos estão a dar incentivos para que se pratique uma política de “dumping” de preços. Isso tem de se reflectir nas empresas porque, das duas uma, ou as empresas reduzem os salários que pagam aos profissionais, ou não cumprem com o cliente ou com os profissionais. Ou então assumem prejuízos, uma situação que é insustentável quando mantida com alguma duração. Efectivamente, sou algo crítico deste novo Código de Contratação Pública (CCP)- não que ele seja limitativo, pois é bastante flexível na sua aplicabilidade e, portanto, dá bastante margem de manobra ao cliente para que este organize os concursos como entender – uma vez que não permite uma série de circunstâncias que deviam ser consideradas. Não permite que seja avaliada a experiência curricular dos profissionais ou das empresas, não permite que os clientes levem em consideração o mau desempenho que tenham tido no passado com determinada empresa ou profissional e, portanto, o CCP acaba por ser bastante nocivo. No sector dos serviços de engenharia, já foram experimentados vários modelos e chegou-se à conclusão, já há bastante tempo, de que o modelo que melhor funciona para o mercado é o modelo em que o preço-base determina o valor mínimo e não o máximo, que é o que temos actualmente.

    De que regulamentação precisa este mercado tão particular?

    A regulamentação associada ao acesso e ao exercício da actividade. Para qualquer pessoa conduzir, tem de tirar a carta de condução e, mesmo assim, não fica habilitada a conduzir qualquer veículo. Na gestão de empreendimentos e fiscalização de obra, qualquer um pode fazer qualquer coisa. Necessitamos de mecanismos que impeçam ou penalizem o exercício do “dumping” de preços.

    No contexto internacional também se verificam estes desafios?

    Com excepção da América do Norte e do Médio Oriente, verificamos um arrefecimento da actividade em praticamente todas as geografias. Começamos a assistir, no mercado externo, a um aumento das dificuldades na obtenção de trabalho, ao aumento da concorrência e, nesse sentido, sentimos que o desafio aumenta no mercado internacional. Não são as mesmas dificuldades que sentimos em Portugal, pois cada geografia tem os seus próprios obstáculos, mas sentimos um arrefecimento muito grande nas geografias que, tradicionalmente, têm maiores afinidades com Portugal, nomeadamente os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), e isso está a afectar as empresas portuguesas. Não estamos a ser significativamente afectados por esse abrandamento, fundamentalmente porque temos pouca exposição a Angola e a África, no geral, e a expressão que temos no Brasil ainda é relativamente reduzida. Assim, estando a operar num nicho de mercado, e sendo esse mercado muito grande, acabamos por conseguir obter algumas oportunidades que nos permitem ir fazendo o nosso caminho, independentemente da recessão. Em Angola, não estamos a ser muito afectados pela crise que, infelizmente, se instalou, porque concluímos no país um grande projecto e só depois se abateu a crise – num momento de interregno. Isso fez com que nós, praticamente, não sofrêssemos nada com esta situação. Continuamos a estar presentes neste mercado, em que acreditamos muito – Angola é a segunda maior economia de África Subsaariana e, portanto, tem muitas riquezas e uma grande necessidade de estruturas e, a meu ver, tem um enormíssimo potencial. Há vários problemas internos a resolver, mas também vejo como muito positiva a ajuda que o país pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que, fundamentalmente, para além do apoio financeiro que pode dar, vai introduzir algumas regras de funcionamento de mercado e alguma transparência adicional que, seguramente, irão ajudar.

    Por outro lado, uma imposição por parte do FMI relativamente à diversificação da economia angolana poderá também significar novas oportunidades…

    Defendo que os povos lusófonos deveriam trabalhar melhor em conjunto e deveríamos dar as mãos também a quem fala espanhol porque, quem fala português e espanhol, cobre uma área muito significativa do globo. Se trabalhássemos melhor em conjunto, beneficiaríamos todos muito, uma vez que tiraríamos partido dos diferentes ciclos que afectam todas estas economias diversas. As crises representam oportunidades e esta representa uma grande oportunidade a esse nível. Estamos a abrir-nos ao investimento angolano, Angola deve abrir-se também ao mercado – e essa será, provavelmente, uma das imposições do FMI. As regras de mercado têm de funcionar e, se Angola estiver mais receptiva ao investimento estrangeiro, se tiver menos receio do controlo que o capital estrangeiro pode trazer, pode beneficiar enormissimamente. O investimento estrangeiro ajuda a diversificar a economia e Angola não tem de ter a dependência que tem do petróleo, pois tem um potencial agrícola, mineiro, agro-industrial e turístico enormes, que não estão a ser minimamente explorados porque não estão criadas condições suficientes de abertura, de segurança, de movimento de capitais que potenciem essa circunstância. Há aí um potencial muito grande por atender. Mesmo com o Brasil, a crise devia ser explorada também nesse sentido. Devíamos estreitar os laços com o Brasil, os brasileiros não devem ver-nos como uma ameaça, uma vez que não temos dimensão para ameaçar ninguém, mas podemos beneficiá-los enormemente por toda a experiência que temos em Portugal. Também aí, podemos ajudar a criar algum contraciclo entre geografias. Podíamos ter uma relação como a que o Reino Unido tem com os Estados Unidos.

    Uma espécie de “commonwealth” lusófona?

    Sim. Uma espécie de “commonwealth” em que todos beneficiem. Naturalmente que, para isto, é necessário existir tradição, transparência e uma série de regras que levam tempo a maturar e, esse, é um dos grandes legados que os britânicos deixaram às suas ex-colónias: um padrão de organização e de funcionamento que acabou por ser adoptado e seguido. Infelizmente, nós não conseguimos concretizar algo semelhante, mas ainda vamos a tempo. Há muito trabalho que tem sido feito nesse domínio, até pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

    A presença da Cinclus em Angola permitiu à empresa operar noutras geografias da região?

    Não chegámos a fazer isso. Estamos a trabalhar em Angola, para Angola. Neste momento, temos presença em Angola, no Brasil e no Perú. Estamos a olhar para outros mercados, nomeadamente Moçambique, Colômbia e Cabo Verde e não enjeitamos executar projectos noutras geografias, desde que a dimensão o justifique, que é o que está actualmente a acontecer connosco na Roménia. Apesar de a Cinclus já ter 33 anos, é uma PME relativamente à dimensão do mercado global. Iniciámos o nosso processo de internacionalização relativamente tarde, em 2009, o que significa que ainda não nos vemos na situação de utilizar uma geografia para alcançar outras geografias. Pode ser que não estejamos longe dessa situação, na medida em que estamos a redefinir a nossa estratégia para Angola e, portanto, este mercado pode passar a ser uma plataforma para chegar a outros mercados, mas ainda não estamos nesse ponto.

    Relativamente ao Brasil, a instabilidade política e as previsões de cenários de crise, preocupam-no?

    Naturalmente, preocupam-me, mas não achamos que haja motivo para alarme, tendo presente o poscionamento que temos nesse mercado. No Brasil, iniciámos a actividade com a aposta no sector privado e, portanto, estamos a actuar principalmente ao nível do sector dos centros comerciais e do sector imobiliário, focando-nos fundamentalmente em São Paulo. Como estamos num mercado com uma grande dimensão e concorrência, temos uma quota de mercado muito pequena. Por isso, não consideramos que existam motivos de alarme. Também estamos a fazer o nosso trabalho com uma grande contenção de custos ao nível do investimento que estamos a fazer e, portanto, com uma grande competitividade em termos do nível da relação qualidade-preço dos serviços que apresentamos. Consideramos que não há motivo de alarme mas, naturalmente, estamos apreensivos, porque sente-se claramente a contracção no investimento e a quase total debandada de investimento estrangeiro. Mas o Brasil é uma grande economia, com a capacidade de relançamento que as grandes economias têm. Contrariamente àquilo que está a acontecer neste momento em Portugal, onde, depois de aplicadas as medidas de austeridade, a economia leva muito tempo a recuperar, a economia brasileira, face à sua grande dimensão, tem uma capacidade de reacção igualmente grande. O Brasil já atravessou muitas crises, já teve picos negativos e positivos muito pronunciados, e a sua economia reage muito rapidamente, quer para o bem, quer para o mal. Estou convencido e esperançado que o Brasil vai ultrapassar esta crise com relativa rapidez. Aliás, são muitas as notícias a circular na imprensa, dando nota que este é o momento de investir no Brasil, nomeadamente no imobiliário. A maior aposta que estamos a fazer é no Brasil, sem dúvida.

    Continuaremos a fazer a nossa aposta no Brasil e na América Latina, e permanecemos convictos de que África é uma boa alternativa. Temos que esperar por alguma estabilização, pois Angola está a conhecer algum momento de grande instabilidade, Moçambique também atravessa um momento de instabilidade, mas continuamos a acreditar que o continente africano detém grandes oportunidades. Todavia, o continente sul-americano, apesar de um maior nível de concorrência, continua a ter maior maturidade, representando oportunidades mais seguras. Isto não signfica que sejam mercados fáceis. A experiência que estamos a ter no Brasil e no Perú mostra-nos que são dois mercados bastante difíceis e muito diferentes. O balanço que faço do nosso investimento no Brasil é positivo.

    E o mercado peruano?

    Não lhe sei dizer se não é mais difícil que o brasileiro. É um mercado muito conservador, muito burocrata, com muito menor dimensão e menos oportunidades. Com outras dificuldades face ao Brasil, mas igualmente difícil.

    Na sua opinião, como é avaliada a engenharia portuguesa no mercado internacional?

    Somos muito conhecidos nos PALOP e em África, mas somos pouco conhecidos lá fora. Quem quiser fazer obras num país dos PALOP, recorre aos portugueses. O que acho é que, na grande maioria dos casos, quem não conhece a engenharia portuguesa, fica agradavelmente surpreendido quando trabalha com portugueses porque a qualidade da nossa engenharia é muito alta. Quando me cruzo com estrangeiros que trabalharam com empresas portuguesas, eles reconhecem a nossa competência e a nossa capacidade de adaptação. O balanço que fazem, normalmente, é bastante positivo. Infelizmente somos pouco conhecidos. Com a entrada da “troika”, a decisão que se tomou foi de deixar cair o sector da construção e a engenharia nacionais e pouco se fez para defender esse sector.

    Ao mesmo tempo, parte da opinião pública considera que é um dos sectores responsáveis pela intervenção da “troika” no país…

    Na minha opinião, essa é uma ideia infundada e indevida, porque quem criou o sobreendividamento no país não foi o sector da construção, mas sim a banca. Quem beneficiou, quem esteve à frente dos grandes projectos, da preparação e da armação dos grandes projectos de investimento público não foi o sector da construção. O sector da construção participou e incentivou, mas quem liderou os projectos foi o sector bancário que se financiou junto de outros bancos europeus e, portanto, o benefício nem sequer ficou em Portugal. Uma parte grande das construtoras esteve a trocar trabalho por dinheiro, não teve grandes lucros com isso. Quem efectivamente beneficiou foi o sector financeiro que conseguiu passar entre os pingos da chuva, não recaindo sobre ele o ónus de todos os desmandos que se fizeram. Esse ónus recaiu sobre o sector da construção, sem que tal se justifique.

    Que sectores podem apresentar impulsos importantes para o sector?

    Há outros sectores que estão a dar contributos também muito positivos: o do Turismo, com o aparecimento de inúmeros hotéis novos ou o da agricultura, onde as infra-estruturas de regadio são fundamentais, e deveriam ser intensificadas – veja-se os bons resultados obtidos com o Projecto do Alqueva. Hoje produzem-se bróculos no Alentejo! O sector da indústria, que necessida de ser muito incrementado e que, com o Portugal 2020 está a conhecer uma nova dinâmica, veja-se o “cluster” aeronáutico de Évora, o “cluster” automóvel e o “cluster” das bicicletas de Águeda, pouco conhecido mas com um percurso ímpar.

    A que atribui os Prémios PME Excelência que já distinguiram a Cinclus por duas vezes?

    Aquilo que nos distingue é, efectivamente, a nossa capacidade de organização e de garantir um nível de serviço com uma relação qualidade-preço que consideramos excelente. Esse é o maior desafio que temos pela frente. Independentemente da geografia onde desempenhamos o trabalho, independentemente da equipa que está a fazer o trabalho, independentemente do tipo de trabalho que esteja em causa – porque actuamos ao nível de qualquer tipo de edifício, de qualquer tipo de infra-estruturas de transporte e de meio ambiente – procuramos conseguir ter o mesmo nível de serviço e de desempenho. Isso só se consegue com procedimentos e rotinas de trabalho, com abordagens sistematizadas e com uma preparação e uma organização que levamos para os nossos projectos. É com grande satisfação que verificamos que, em Portugal, temos fidelizado praticamente todos os clientes com quem trabalhamos, fundamentalmente ao nível do sector privado, onde isso é difícil de fazer. O mesmo tem-se passado também no mercado externo. No final dos projectos, os clientes reconhecem que acrescentámos valor e que repetiriam a nossa contratação. Isso enche-nos de satisfação, especialmente se tivermos em conta que somos uma PME que está a fazer um enorme esforço no sentido de se adequar às novas condições de mercado em Portugal, ao mesmo tempo que investimos e fazemos o nosso percurso internacional.

    Qual será a estratégia da empresa para 2016?

    Este ano, prevemos que o nosso volume de negócios cresça, no mínimo, 10%, com um incremento de 20% na actividade internacional. Isto significa que cresceremos, lá fora, mais do que em Portugal, onde cresceremos menos de 10%. Mas é muito difícil fazer previsões nos dias que correm, porque as regras mudam com extrema rapidez, basta que ocorra um episódio anómalo. Isso dificulta as previsões, mas a estratégia que seguimos vai manter-se porque, em 2011, quando se abateu sobre o nosso país, e sobre o nosso sector da construção, esta crise, tomámos uma decisão que seguiremos rigorosamente e que se refere a estarmos permanentemente em três continentes diferentes, como forma de mitigar os ciclos e contraciclos que as várias economias têm, evitando estar em três ciclos negativos simultaneamente. Queremos continuar a ser um “player” de extrema relevânica em Portugal, e estamos a fazer o nosso percurso. Este ano já crescemos superámos o volume de negócios relativamente ao ano passado. Queremos estar na América Latina e estamos no Brasil e no Perú, onde o nosso volume de negócios está a crescer. Queremos estar em África e, neste momento, estamos a redefinir a estratégia e a fazer um compasso de espera para a poeira assentar, na medida em que as geografias onde estávamos, passam por alguns momentos conturbados. Estamos em Angola e temos tudo preparado para entrar em Moçambique, mas entendemos que ainda não é o momento. Estamos a preparar esse mercado à distância, mas estamos presentes através de um parceiro, e estamos preparados para abordar projectos de grande dimensão em qualquer geografia, desde que faça sentido. Mantemos a estratégia traçada, de apostar em África e na América Latina, continuamos a seguir a estratégia nos países onde já estamos presentes e, acima de tudo, mantemos a estratégia de rápida ajuda e adaptação às necessidades de mercado, no sentido de rapidamente virar a agulha se assim for necessário.

    Que perspectiva para o futuro?

    As perspectivas para o futuro são cada vez mais incertas. Essa é a tendência que se vem intensificando ao longo do tempo. O grau de previsibilidade tem-se reduzido, o que agudiza a necessidade de maior e mais rápida adaptabilidade. Mas, por outro lado, esse problema afecta todos e as medidas que estão a ser implementadas através do Portugal 2020, do Plano Juncker e de outros programas em preparação, com vista ao relançamento da economia global, permitirão abrir novas perspectivas.

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    Guilherme Antunes Ferreira assume área de Value and Risk Advisory da JLL

    Guilherme Antunes Ferreira, que transita da  Whitestar está encarregue de liderar e implementar a estratégia para a área de Value and Risk Advisory da JLL em Portugal

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    A JLL anuncia uma nova contratação para reforçar o crescimento do seu negócio em Portugal. Guilherme Antunes Ferreira acaba de integrar a consultora para assumir um cargo de director do Departamento de Avaliações, uma área de negócio que alcançou um volume de negócios recorde em 2023 e prestou serviços a alguns dos mais emblemáticos activos imobiliários do país.

    Guilherme Antunes Ferreira será responsável por liderar e implementar a estratégia da área de Value and Risk Advisory em Portugal, a qual abrange os serviços de avaliações, due dilligence comercial e risk advisory, um novo serviço, focado em credores e investidores, com o objectivo de ajudar os clientes da consultora a medir e monitorar riscos por meio de tecnologia de ponta e dados de proprietários. Esta linha de negócio da JLL presta serviços quer a portfólios quer a imóveis únicos, bem como a projectos de promoção imobiliária, incluindo activos consolidados e de desenvolvimento nos mais diversos sectores de imobiliário. O novo director de Avaliações vai gerir uma equipa multidisciplinar que integra 10 profissionais.

    “A área de Value and Risk Advisory é estrutural para a nossa actividade. Contar com um profissional como o Guilherme, que tem 20 anos de experiência nesta actividade, e nos traz uma visão e know-how na perspectiva de cliente, é um trunfo muito importante para a empresa. Vai ajudar-nos a fazer crescer o negócio, a fortalecer na nossa relação com os clientes, quer a nível nacional quer internacional, e a continuar a entregar níveis de serviço de excelência”, refere Carlos Cardoso, CEO da JLL,

    Licenciado em Engenharia do Território pelo Instituto Superior Técnico e Pós-Graduado em Gestão e Avaliação Imobiliária pelo Instituto Superior de Economia e Gestão, o novo director de Value and Risk Advisory acumula cerca de duas décadas de experiência no sector imobiliário, com especialização nas áreas de avaliação, gestão e planeamento estratégico. No âmbito do seu percurso profissional, desempenhou um papel essencial em diversas transacções, colaborando com fundos, banca e seguradoras. Possui também uma vasta experiência em termos de gestão e avaliação de portfólios. Guilherme Antunes Ferreira iniciou a sua carreira em 2000, trabalhando desde 2006 em empresas ligadas ao sector imobiliário. Transita da Whitestar, onde desempenhava funções de director de Portfolio Management, Valuation and Asset Strategy.

    “Estou empenhado em manter o percurso de crescimento desta área de negócio e voltar a quebrar recordes este ano. Temos uma equipa altamente qualificada e preparada para uma resposta multissectorial, apoiada numa excelente plataforma de informação e tecnologia de ponta. Vamos expandir a actividade e devolver um serviço de excelência a quem confia em nós”, afirma Guilherme Antunes Ferreira, Head of Value and Risk Advisory da JLL

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    Este é o segundo hotel inaugurado este ano sob a insígnia InterContinental Hotels Group (IHG), que se junta assim ao Holiday Inn Beja, inaugurado em Agosto, e ao Holiday Inn Express Évora, cuja abertura está prevista ainda para este ano

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    O Grupo Mercan Properties inaugura esta terça-feira, dia 17 de Setembro, o novo Holiday Inn Express Porto-Boavista, o seu mais recente empreendimento, sob a insígnia InterContinental Hotels Group (IHG), que representa um investimento de 21 milhões de euros e vai permitir gerar 32 postos de trabalho directos.

    Localizado no coração da zona de negócios e entretenimento da Invicta, o Holiday Inn Express Porto-Boavista afirma-se como um novo complemento para a cidade. Próximo da rede de transportes que liga toda a cidade do Porto, assim como a região Norte, o novo hotel do Grupo Mercan Properties foi idealizado para servir os viajantes que venham em trabalho, ao mesmo tempo que se afigura como a escolha ideal para quem escolhe o Porto como destino turístico, dada a proximidade a vários pontos culturais da cidade como a Casa da Música e o Mercado do Bom Sucesso.

    Com 91 quartos, um restaurante e zona de bar, o hotel contará com a gestão hoteleira da AHM – Ace Hospitality Management, empresa do grupo especializada na gestão de empreendimentos hoteleiros.

    Este hotel é parte do projeto de reabilitação urbana que o Grupo Mercan Properties tem desenvolvido na região do Porto, onde já tem em funcionamento oito hotéis e mais três em construção.

    “O Porto foi a nossa casa, quando em 2015 chegámos a Portugal. Foi aqui que começámos a desenvolver os nossos primeiros projectos e é aqui onde temos encontrado mais oportunidades de reabilitação urbana. O Holiday Inn Express Porto-Boavista pretende oferecer um novo serviço à cidade, estando localizado numa área maioritariamente empresarial, mas também com uma grande oferta cultural e turística. Estamos, por isso, muito contentes com esta inauguração e com este contributo que nos é possível continuar a dar à cidade do Porto.”, disse Jordi Vilanova, presidente do Grupo Mercan Properties em Portugal.

    O novo Holiday Inn Express Porto-Boavista é o segundo hotel inaugurado este ano sob a insígnia InterContinental Hotels Group (IHG), que se junta assim ao Holiday Inn Beja, inaugurado em Agosto, e ao Holiday Inn Express Évora, cuja abertura está prevista ainda para este ano.

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    Construção

    Centro de Atletismo de Famalicão avança até final do ano

    O projeto de execução prevê a construção de uma pista de atletismo, com oito corredores e relvado interior, bancadas e vários edifícios de apoio, balneários, assim como a construção de todos os arranjos exteriores fora do perímetro da pista, que incluem um percurso de aquecimento em saibro e respetiva iluminação, bancada descoberta, parque de estacionamento e arruamentos

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    A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão aprovou a adjudicação da construção do futuro Centro de Atletismo, um investimento superior a 6,2 milhões de euros que vai dotar o concelho de um equipamento desportivo de vanguarda, apto para a prática de 23 disciplinas da modalidade. A autarquia quer agora colocar a obra no terreno até ao final do ano. O processo aguarda apenas o visto prévio do Tribunal de Contas.

    “É um grande projecto, muito ambicionado por nós, pelos famalicenses e pelos atletas” assinalou o Presidente de Câmara, Mário Passos, no final da Reunião de Câmara.

    “Ainda recentemente, a propósito dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, ouvimos os atletas reivindicarem mais e melhores condições para que possamos alcançar mais sucessos desportivos e este equipamento pretende dar precisamente esse contributo, pelas excelentes condições que vai oferecer para a melhoria da prática desportiva e para que possamos alcançar os êxitos que tanto ambicionamos”, acrescentou o autarca.

    O equipamento vai nascer num terreno com cerca de 30 mil metros quadrados localizado em Talvai, na zona norte da cidade.

    O projecto de execução prevê a construção de uma pista de atletismo, com oito corredores e relvado interior, bancadas e vários edifícios de apoio, balneários, assim como a construção de todos os arranjos exteriores fora do perímetro da pista, que incluem um percurso de aquecimento em saibro e respectiva iluminação, bancada descoberta, parque de estacionamento e arruamentos.

    Recorde-se que Famalicão é o concelho com mais atletas federados no distrito.

    “O projecto teve vários constrangimentos, mas nunca baixamos os braços e soubemos ultrapassar barreiras”, disse ainda Mário Passos, convicto de que o equipamento “vem qualificar o território e colocar Famalicão na vanguarda desportiva, criando condições de eleição para a modalidade”.

    A obra tem um prazo de execução de 645 dias.

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    Arquitectura

    Especialistas reúnem-se em Faro para discutir novos usos das açoteias e dos telhados

    Nos dias 3 e 4 de Outubro, o Congresso European Creative Rooftop Network, recebe arquitectos, designers, investigadores, economistas, consultores de planeamento urbano, decisores municipais e artistas para debaterem o potencial dos telhados em nome da sustentabilidade urbana e criar pólos de biodiversidade

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    São nove os parceiros europeus oriundos de Portugal, Alemanha, Bélgica, Chipre, Espanha, França, Holanda, Irlanda e Suécia, que depois de quatro anos a colaborar no projecto Europa Criativa, se reúnem agora num congresso que tem a sustentabilidade urbana da Europa como tema principal.

    Explorar o potencial das açoteias ou telhados, espaços amplos e inexplorados na maioria das cidades, é o objectivo do Congresso ECRN, no qual arquitectos, designers, investigadores, economistas, consultores de planeamento urbano, decisores municipais e artistas vão partilhar ideias com o público, nos dias 3 e 4 de Outubro. O evento, inteiramente em inglês, realiza-se na Fábrica da Cerveja, em Faro, e a entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia e limitada aos lugares disponíveis.

    Os desafios climáticos e sociais que se avizinham nas próximas décadas podem ser minimizados com pequenos gestos e soluções criativas que passam pelo aproveitamento dos telhados, seja na criação de hortas e jardins, seja na divulgação cultural ou na aposta em espaços de trabalho e multifuncionais. Alguns exemplos de práticas levadas a cabo e o seu impacto na comunidade local serão apresentados. E, com os olhos no futuro, vão discutir-se ideias criativas para transformar os roofscapes europeus em pólos de biodiversidade.

    Participam, entre outros, o especialista em sustentabilidade urbana, Eytan Levi (França), que vai apresentar “O plano para transformar telhados de zinco de Paris em jardins”; Léon Van Geest, o director do Rotterdamse Dakendagen, o Festival de Rooftops de Roterdão que, em 2019, recebeu cerca de 22 mil visitantes em 65 telhados; a representante do projecto PAKT, na Antuérpia, Adje van Oekelen, que transformou um telhado industrial num espaço dedicado à agricultura biológica que envolve a comunidade local e em espaços de coworking e áreas sociais; o artista Larsen Bervoets, que pintou mais de 6 mil metros quadrados de telhados em seis cidades – Faro, Roterdão, Nicósia, Amesterdão, Antuérpia e Gotemburgo –, em 2023, envolvendo ativamente os moradores e as comunidades locais.

    De Portugal, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, vai debater o papel do poder local na criação de novos paradigmas ambientais e económicos, enquanto a coreógrafa e intérprete de dança contemporânea Carolina Cantinho fala da residência artística em que participou na Antuérpia, no âmbito do ECRN.

    Durante os dois dias do evento, vão decorrer mesas redondas, palestras, apresentações de projectos e oportunidades de networking.

    No âmbito do evento, estão previstas visitas guiadas que, com o tema “Descobrir o Potencial dos Rooftops em Faro”, irão dar a conhecer o património histórico e a arquitectura de um ponto de vista diferente, e, ao cair da noite, algumas açoteias da capital do Algarve vão ser o palco de momentos culturais. Há, aind,a três exposições para visitar sobre os projectos da ECRN, as cidades aderentes e os parceiros e a Nomad Academy ECRN, que desafiou nove estudantes ou jovens profissionais a desenvolver projectos originais para a utilização dos telhados em paisagens urbanas europeias, que são agora revelados ao público.

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    Sonepar anuncia nova marca com soluções completas de iluminação

    Fundada em Estocolmo, a LIT by Cardi é especializada em soluções profissionais de iluminação para aplicações comerciais e industriais, que agora está disponível nas lojas e no online da Sonepar

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    A Sonepar Portugal anuncia o lançamento da sua marca global exclusiva LIT by Cardi, especializada em soluções profissionais de iluminação para aplicações comerciais e industriais, que passa a ficar disponível em qualquer uma das 13 lojas Sonepar físicas e online.

    Fundada em Estocolmo, LIT by Cardi é profundamente influenciada pela sua herança escandinava, adoptando uma abordagem minimalista à iluminação, reflecte 40 anos de experiência e conhecimento no sector. Esta marca foi criada com o objectivo de oferecer simplicidade e eficiência, apresentando uma gama concisa de luminárias testadas e aprovadas, prontas para serem instaladas directamente da caixa.

    Desenhada para profissionais, LIT by Cardi proporciona soluções completas para as necessidades de iluminação de designers e instaladores, garantindo qualidade e facilidade de uso em todos os seus projectos.

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    “Schneider Charge” traz carregamentos inteligentes para o mercado doméstico

    Schneider Electric lança em Portugal a estação de carregamento doméstico inteligente para veículos eléctricos (VE) para casas unifamiliares

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    A Schneider Electric anuncia o lançamento do Schneider Charge, uma estação de carregamento doméstico inteligente para veículos eléctricos (VE) para casas unifamiliares. O Schneider Charge permite uma instalação mais rápida e fácil para os electricistas, e que os utilizadores façam uma melhor gestão da energia da sua casa, melhorando a eficiência, a utilização e a segurança em geral.

    O Schneider Charge oferece aos proprietários controlo total sobre o carregamento dos seus veículos eléctricos. Baseando-se em tecnologia aberta, pode gerir-se através da aplicação Wiser da Schneider Electric ou de qualquer outra aplicação, integrando-se totalmente com todos os sistemas de gestão de energia doméstica (HEMS, na sua sigla em inglês). Isto impulsiona a eficiência e a poupança de custos e permite aos utilizadores tomarem decisões inteligentes sobre a utilização da energia doméstica, quer estejam em casa ou de forma remota.

    Ao operar e optimizar o sistema de carregamento através de uma única aplicação, os utilizadores conseguem mais controlo e personalização. A solução é capaz de medir o consumo de energia dos electrodomésticos, directamente com um interruptor inteligente ou um dispositivo de cablagem inteligente, proporcionando aos clientes monitorização em tempo real e informações sobre o seu consumo de energia. Isto vai ajudá-los a compreender o que causa os seus custos energéticos, para que possam alterar os seus comportamentos e reduzir as facturas. Ao mudar automaticamente as cargas para fora dos períodos de pico e desligar os dispositivos durante as horas de ponta, o carregamento é intuitivo quando as tarifas de eletricidade são mais baixas e a partir da fonte de energia mais sustentável.

    “O Schneider Charge permite controlar e reduzir a quantidade de energia necessária para carregar veículos eléctricos em casa. Esta solução é flexível, robusta, económica e com uma instalação simples, proporcionando facilidade sem precedentes aos instaladores, e comodidade aos proprietários de casas,” afirmou Nadège Petit, chief innovation officer da Schneider Electric. “Os veículos elétricos são um passo fundamental no caminho para a descarbonização, mas precisamos da infraestrutura necessária para apoiar uma adopção mais ampla, e precisamos de o fazer de uma forma que alivie as pressões existentes na rede e maximize a eficiência energética. O Schneider Charge faz ambas as coisas, dando aos proprietários o controlo total sobre o carregamento de veículos eléctricos como parte de uma solução integrada de gestão de energia doméstica e capacitando-os para tomarem decisões mais rentáveis e sustentáveis relativamente à utilização de energia em casa.”

    Instalação e experiência simplificadas
    Segundo a empresa, o Schneider Charge pode ser instalado em menos de cinco minutos, o que é 24 vezes mais rápido do que o habitual tempo de instalação de duas horas dos carregadores de veículos eléctricos. Os electricistas e instaladores poupam tempo e simplificam tanto a instalação e o comissionamento, com um sistema concebido para a interoperabilidade. O sistema pode ser montado em qualquer superfície de parede, independentemente do espaço e do tipo de cabo. As três configurações diferentes que apresenta significam que a instalação é fácil, independentemente da origem do cabo, seja por cima, por trás ou por baixo.

    A configuração flexível através das aplicações Wiser ou eSetup da Schneider Electric oferece uma interface simples e orientações na aplicação para electricistas. A plataforma assegura acesso fácil ao suporte local ao longo de todo o ciclo de vida, desde a avaliação à manutenção.

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    IDEA Spaces entre os melhores espaços de cowork segundo a The Tallys

    O IDEA Spaces a ser distinguido pelo terceiro ano consecutivo no ranking The Tallys. A empresa é a única portuguesa no ranking, ocupando o 67º lugar e subindo 21 posições face ao ano passado

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    O IDEA Spaces foi distinguido pelo terceiro ano consecutivo como um dos 100 melhores espaços de cowork a nível mundial. A empresa é a única portuguesa no ranking, ocupando o 67º lugar e subindo 21 posições face ao ano passado.

    “É com muito orgulho e felicidade que vemos o IDEA Spaces a ser distinguido pelo terceiro ano consecutivo no ranking The Tallys. Esta é uma conquista de toda a comunidade IDEA que, com as suas pessoas, dinâmicas e valores partilhados, alcança feitos como este e consegue superar-se e inovar diariamente” afirma Diogo Fabiana, chief innovation officer & sócio do IDEA Spaces.

    O Tally Workspace é uma plataforma de trabalho flexível que permite às pessoas e equipas encontrarem e reservarem instantaneamente espaços de trabalho em várias localizações. O júri do ranking refere que o IDEA Spaces conta com “um espaço de trabalho sofisticado e central em Lisboa, que oferece fácil acesso a transportes e uma gama de equipamentos modernos”.

    Fundado em 2014, o IDEA Spaces conta com quatro localizações em Lisboa, totalizando 15.000 m2 com uma taxa de ocupação que ronda os 85%. A comunidade é composta por mais de 3500 membros e 380 empresas, um aumento de 63% face ao ano anterior. O sucesso deste ecossistema de cowork está nas conquistas dos seus membros, entre os quais se destacam a FlixBus, Betclic, Reuters, Too Good to Go, entre outros.

    As empresas podem encontrar um ambiente com várias dinâmicas internas que apostam no bem-estar dos colaboradores, formação e oportunidades de network, contando ainda com uma rede de benefícios e programas que pretendem alcançar um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Até 2025, a empresa vai investir cerca de 2 milhões de euros em infraestruturas, decoração e tecnologia.

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    Marmomac 2024 recebe mais de meia centena de empresas portuguesas

    A 58ª edição da Marmomac, a feira internacional dedicada à cadeia de produção de pedra natural, receberá, entre os dias 24 e 27 de Setembro, mais de 1400 expositores de todo o mundo em Verona, Itália. Portugal volta a destacar-se como um participante de peso, com a presença de 57 empresas

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    A 58ª edição da Marmomac, a feira internacional dedicada à cadeia de produção de pedra natural, receberá, entre os dias 24 e 27 de Setembro, mais de 1400 expositores de todo o mundo em Verona, Itália.

    Portugal volta a destacar-se como um participante de peso, com a presença de 57 empresas, 34 das quais apoiadas através do projecto conjunto de internacionalização da ASSIMAGRA, ocupando uma área total de 1800 metros quadrados.

    Esta participação acontece pela quarta vez consecutiva sob a marca sectorial StonebyPORTUGAL, que tem vindo a comunicar de forma robusta a qualidade e excelência da pedra e empresas portuguesas, defendendo a imagem do sector e de Portugal nos mercados mais exigentes.

    A presença na Marmomac constitui uma oportunidade estratégica para as empresas portuguesas se posicionarem no epicentro do sector a nível internacional, permitindo-lhes estabelecer ligações com outros profissionais, explorar novas tendências e tecnologias, e consolidar a sua presença global como líderes na indústria da pedra natural.

    Esta acção é apoiada pelo Compete 2030, Portugal 2030 e União Europeia, através do FEDER, sublinhando a aposta do Governo na dinamização e internacionalização do sector da pedra natural.

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    Alegro Montijo

    Imobiliário

    Ceetrus vende Alegro Montijo por cerca de 180 M€

    Segundo Benjamin Top, portfolio director da Ceetrus, esta operação “está em linha com a estratégia de desinvestimentos em activos maduros”

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    A Nhood assessorou a Ceetrus, em colaboração com a RPE & JLL, na venda do centro comercial Alegro Montijo. Uma operação cujo volume da transação rondou os 180 milhões de euros. A Nhood vai continuar a gerir o Alegro Montijo para a Lighthouse Capital.

    Com uma área bruta locável de mais de 62 mil metros quadrados (m2), Alegro Montijo, localizado no Montijo, no distrito de Setúbal, beneficia de excelentes infraestruturas e de uma área de influência de 270 mil habitantes num raio de 20 minutos.

    “Esta é mais uma transacção gerida com sucesso pela equipa de Capital Markets da Nhood, em conjunto com a RPE e a JLL e que confirma a procura dos investidores por activos de retalho atractivos em Portugal e é mais uma prova da nossa capacidade de gerir transacções de M&A”, afirma Federico Valentini, global head of Capital Markets da Nhood, que também esteve envolvido na operação.

    “Esta alienação segue o nosso plano de desinvestimentos em activos maduros que provaram a sua relevância. Este programa está em linha com a nova estratégia de activos da Ceetrus que visa reforçar a transformação dos nossos espaços e realocar os nossos investimentos em projectos de elevado valor acrescentado, em toda a Europa, incluindo Portugal”, acrescenta Benjamin Top, portfolio director da Ceetrus.

    “Estamos a atingir o nosso objectivo de vendas em toda a Europa, demonstrando o desempenho e a resiliência dos nossos activos que os investidores procuram. Estamos confiantes na qualidade dos nossos activos e continuamos abertos a novas parcerias com proprietários que queiram contribuir para a melhoria dos territórios connosco. Já alienámos vários activos este ano e vamos acelerar nos próximos anos, tal como anunciei em Março passado”, reforça Étienne Dupuy, CEO da Ceetrus.

    “Esta transação demonstra a força da procura dos investidores por centros comerciais portugueses com bom desempenho. No geral, a RPE espera um volume total de investimento de mais de €1BN em transações de retalho em Portugal, em 2024, 70% superior aos €580M registados em 2023 e à média de 3 anos de menos de €300M por ano, desde 2020”.

    “O forte desempenho do mercado ao nível dos ativos, com as vendas a excederem largamente os níveis de 2019, o financiamento mais ativo por parte dos bancos, juntamente com um mercado em maturação e um contexto económico atractivo, está a resultar num sector de investimento de retalho renovado e dinâmico, com os investidores internacionais a serem a força motriz por detrás de muitas das transacções em curso. Quaisquer que sejam os volumes finais do final de ano, o que é claro é que o mercado de retalho em Portugal está de novo na moda”, finaliza Bill Judge da RPE Capital Markets.

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    Imobiliário

    Venda de casas cresce 3,3% no Verão para 34500 fogos

    Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, refere que a recuperação sentida na procura de habitação, se deve em grande parte à descida das taxas de juro a partir de Junho e à entrada em vigor das novas medidas públicas para habitação

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    O período do Verão confirma a recuperação sentida na procura de habitação desde a Primavera e exibe um novo aumento da venda de casas. De acordo com a Confidencial Imobiliário, entre Junho e Agosto terão sido transaccionados 34.500 fogos em Portugal Continental, mais 3,3% do que os 33.400 contabilizados no segundo trimestre do ano.

    Recorde-se que, depois de um início do ano com nova quebra nas vendas (-3,1%), o segundo trimestre recolocou as transacções de habitação em terreno positivo, apresentando um aumento trimestral de 5,1%.

    As projecções da Confidencial Imobiliário são elaboradas a partir das transacções de habitação reportadas ao SIR-Sistema de Informação Residencial, as quais se baseiam nos Contratos-Promessa de Compra e Venda (CPCV) realizados com intervenção de empresas de mediação imobiliária.

    A redução das taxas de juro a partir de junho e, no contexto nacional, a implementação das novas medidas políticas para a habitação, incluindo os benefícios dirigidos aos jovens com menos de 35 anos que entraram em vigor em agosto, estimularam a recuperação da procura observada nos últimos meses, e definitivamente confirmada no Verão.

    “Os primeiros meses do ano foram marcados por uma relativa instabilidade. Por um lado, apesar de não subirem, as taxas de juro tiveram um comportamento mais conservador do que o previsto e demoraram a descer. Por outro lado, ao nível doméstico, houve um aumento da incerteza não só fruto do quadro de eleições vivido como, mais tarde, sobre como e quando chegariam ao mercado as novas medidas políticas para o sector. Este contexto acabou por condicionar as decisões da procura, levando ao adiamento de investimentos e travando a recuperação da procura”, começa por explicar Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

    “Naturalmente que uma melhoria da conjuntura, com o início das descidas de juros e a entrada em vigor das medidas públicas dirigidas a este setor, especialmente as que mais afetam os jovens, tiveram efeitos positivos sobre a procura, o que é visível no aumento das vendas”, refere ainda o responsável.

    Os preços de venda mantêm a sua trajectória ascendente em Agosto, apresentando um aumento de 7,7% face a Agosto do ano passado e de 0,9% face ao mês anterior, conforme o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário. Em qualquer dos horizontes, estas variações são superiores aos registos de Julho, quando a valorização homóloga foi de 7,5% e a mensal de 0,1% e sugerem que as subidas dos preços voltam a acelerar.

    A Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa) é a região mais cara, com vendas a uma média de 2.937€/m2, seguida pelo Algarve, com um preço médio de 2.882€/m2. Na Área Metropolitana do Porto (AM Porto), as vendas concretizaram-se por uma média de 2.372€/m2.

    As vendas aumentaram em todas as regiões no período em análise, com crescimentos de 3,2% na AM Lisboa (10.275 fogos) e no Algarve (2.500 fogos), e de 3,8% na AM Porto (5.800 fogos), relativamente à actividade registada no segundo trimestre.

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