Recuperação na Construção só no segundo semestre, segundo a FEPICOP
De acordo com a análise de conjuntura da associação liderada por Ricardo Pedrosa Gomes há, ainda assim, sinais animadores para que o segundo semestre possa ser de inversão destes indicadores
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“Os indicadores da actividade da Construção mantêm-se a um nível decepcionante”. É deste modo que a Federação Portuguesa da Industria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) classifica os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, segundo os quais o Índice de Produção da Construção continua a evoluir de forma negativa, tendo registado uma quebra superior a 4% durante os dois primeiros meses do ano, enquanto o consumo de cimento caiu 7% no mesmo período.
De acordo com a análise de conjuntura da associação liderada por Ricardo Pedrosa Gomes há, ainda assim, sinais animadores para que o segundo semestre possa ser de inversão destes indicadores. Para a FEPICOP, as perspectivas de evolução futura são positivas, com a procura dirigida ao Sector a recuperar, tal como indica o crescimento observado no licenciamento de novas construções e o significativo acréscimo registado pelo valor dos concursos públicos promovidos face ao ano passado. No que respeita ao mercado residencial é de destacar o aumento de 10% no número de fogos novos licenciados até Fevereiro de 2016 e a subida de 8,6% na área licenciada para esse fim no mesmo período.
Já o crédito novo concedido para aquisição de habitação continua a evoluir de forma expressiva (+53% em Janeiro), embora o montante concedido mensalmente se encontre ainda longe dos valores alcançados em períodos anteriores (347 M€ concedidos em Janeiro de 2016, face a 1.582 M€ concedidos 10 anos antes, em Janeiro de 2006). Ainda assim, o número de fogos transaccionados em 2015 subiu 27% face a 2014, alcançando os 107 mil (mas apenas 20% dos quais eram novos).
Relativamente ao licenciamento de edifícios não residenciais a recuperação é ainda mais significativa, com um crescimento de 22% até Fevereiro, após uma queda de 2,3% ao longo de 2015. Também os indicadores associados ao mercado das obras públicas apontam para uma realidade actual menos favorável do que o previsto, mas com sinais positivos quanto ao desenvolvimento futuro da actividade ligada a este tipo de trabalhos. Assim, tendo o valor dos contratos celebrados até ao final de Março caído 36% face ao período homólogo, observou-se, nesse trimestre, um acréscimo de 24% no valor dos concursos de obras públicas promovidos, o que permite antecipar um aumento, ainda em 2016, da actividade deste mercado.