“O mercado começa a revelar um optimismo moderado”
O director da Tektónica adianta ao CONSTRUIR as novidades para o evento deste ano que terá uma forte aposta na reabilitação. Jorge Oliveira sublinha que “este novo ciclo de crescimento da Tektónica já teve inicio na edição de 2014″
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Para Jorge Oliveira, a Tektónica espelha a iniciativa das empresas que actuam neste sector. Para o responsável da Feira Internacional de Construção e Obras Públicas, “as empresas de materiais de construção têm cada vez mais cuidado em desenvolver os seus produtos de maneira a serem mais competitivos para o mercado da reabilitação
Que expectativas tem a organização para a edição deste ano da Tektónica?
A Fil no Parque das Nações vai receber de 4 a 7 de Maio deste ano uma Tektónica muito revitalizada com muitos expositores novos, com muitos expositores que regressam após alguma intermitência na sua participação, pelo que vamos ter mais produtos, mais inovação, mais soluções à disposição dos nossos visitantes.
Notamos também uma motivação mais forte por parte dos nossos parceiros, na dinamização de actividades para profissionais portugueses e estrangeiros, pelo que estamos bastante satisfeitos com o trabalho conjunto que temos feito com os nossos expositores, associações , media partners e todos quantos estão envolvidos na Tektónica, fazendo dela ao longo dos anos o evento nacional de referencia para o sector da construção.
Asseguram, desde logo, um crescimento de 30% no numero de empresas presentes face ao que foi a Feira de 2015. Em que é que assenta este crescimento?
Conforme já referi vamos ter muitas empresas novas, e sobretudo a materialização do crescimento de algumas áreas que finalmente tem forte expressão na Tektónica como a reabilitação e regeneração urbana, a eficiência energética, construção sustentável, impulsionadas pelas novas obras quer para habitação, para comércio, para actividades turísticas, sobretudo nas grandes cidades. Por outro lado, começam também a surgir alguns sinais de novas obras publicas. Tudo isto conjugado, faz com que o mercado comece a revelar um optimismo moderado, e as empresas tenham a percepção que a Tektónica é o melhor local para fazer crescer os seus contactos e negócios. Com este crescimento este ano, temos também mais possibilidades de trazer mais compradores internacionais e de países diferentes, absolutamente fundamentais para os negócios das nossas empresas exportadoras.
Importa também salientar que este novo ciclo de crescimento da Tektónica já teve inicio na edição de 2014, sendo, no entanto, agora bastante mais visível.
Quais são as grandes novidades na edição deste ano?
A principal novidade é de caracter geral e tem a ver com o aumento significativo das actividades promovidas pelos nossos expositores, indicando que vamos ter bastantes novidades para o mercado. Em termos mais específicos direi que as “Jornadas Tektónica da Construção Sustentável na Lusofonia” no dia 4 de Maio pelas 15 horas será um momento novo e importante, onde os países da CPLP apresentam os seus projectos para o sector da construção, e a engenharia e arquitectura mostram o seu papel preponderante para a qualidade desses mesmos projectos. A aposta nos países do Golfo com acções sobre o Qatar os Emirados Árabes Unidos ou a Arábia Saudita vem reforçar o potencial das nossas empresas junto deste mercado extremamente importante para o sector da construção, engenharia e arquitectura. Novidade este ano é também a presença de uma grande missão de mais de 20 empresários de Marrocos, organizada pela Câmara de Comercio e Industria de Casablanca com o apoio da Aicep, resultante do intenso trabalho que temos feito com o mercado marroquino. Claro que temos de juntar outras iniciativas já apanágio da Tektónica como o espaço inovação, a exposição Portugal Constrói com a presença das nossas melhores empresas exportadoras, os prémios Tektónica, a Academia Tektónica , ou as apresentações técnicas, que fazem da feira um momento de grande debate e de grande crença no futuro.
Que papel poderá ter a Reabilitação no que será a Tektónica de 2016?
Podemos afirmar neste momento que efectivamente a importância da reabilitação urbana para a actividade da construção em Portugal é uma realidade e o grande motor dos projectos em curso. As empresas de materiais de construção têm cada vez mais cuidado em desenvolver os seus produtos de maneira a serem mais competitivos para o mercado da reabilitação impulsionado pelo sector do turismo que se mantem em alta e de uma cada vez maior tendência para habitar prédios reabilitados nos centros das cidades.
Equipamentos como as gruas, andaimes, betoneiras ferramentas e outros, tem também agora uma nova oportunidade de fazer crescer os seus negócios à “boleia” dos projectos de reabilitação e regeneração urbana.
No lançamento do evento apontam um conjunto de países que, pelo menos até então não tinham sido referidos em particular, nomeadamente Espanha, Itália, Costa Rica, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Como justificam estrategicamente a referência a estes países? Que importância poderão ter as empresas nacionais nestes mercados?
Os convidados estrangeiros da Tektónica são sempre oriundos dos países em que se prevê Portugal tenha neste momento mais oportunidades de conseguir negócios. Mercados como Espanha ou Itália começam novamente a ser interessantes para as nossas empresas, pelo que voltamos a incentivara a vinda de compradores. Quanto ao médio oriente é uma aposta clara , um trabalho que a Fundação AIP desenvolve em conjunto com a Camara de Comércio e Industria Árabe Portuguesa durante todo o ano e que vai ter durante a Tektónica um dos seus expoentes. O mercado dos Estados Unidos vai estar bastante bem representado este ano, pelo que a Tektónica tudo fará para reforçar as nossas exportações para o mercado norte americano. Os mercados internacionais sofrem muitas transformações e são também o espelho da volatilidade da economia, pelo que nós em conjunto com as empresas a Aicep e outras entidades, temos de estar sempre atentos a essa evolução e apostar nos países que possam trazer mais retorno no curto prazo. Convém realçar que todas as economias que estavam muito dependentes da exportação de petróleo e outras matérias primas, diminuíram drasticamente a sua capacidade de importa como por exemplo Angola ou a Venezuela.
A organização da Tektónica tem tido, nos últimos anos, um papel importante também em países como Angola. Que poderá significar para as empresas e para a organização de feiras naquele país o pedido de apoio ao FMI por parte das autoridades angolanas?
O mundo tem sido ultimamente afectado por muitas crises sobretudo crises nos sistemas financeiros. Nesse particular o FMI e outras instituições tem sentido necessidade de intervir em muitos países como foi o caso também de Portugal. Angola teve de beneficiar também dessa intervenção do FMI para consolidar as suas contas. A intervenção do FMI em Angola mostra por outro lado que a comunidade internacional acredita no potencial da economia angolana, o que por arrasto pode vir a ser bom para as nossas empresas que lá investem ou para lá exportam. Angola representa uma fatia muito importante dos negócios internacionais das nossas empresas, pelo que é importante esta intervenção do FMI para dotar o país de meios financeiros para continuar a sua modernização e desenvolvimento.