Hotelaria, reabilitação urbana e escritórios são os sectores com mais rentabilidade
. “Tudo depende, porém, do posicionamento e da valorização que for feita aos activos pelos investidores”, afirma o CEO da Worx, Pedro Rutkowski. “O potencial está todo lá, mas é preciso saber usá-lo”
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Hotelaria, reabilitação urbana e escritórios, serão os sectores do imobiliário com maior rentabilidade dentro de quatro/cinco anos. A conclusão é da Worx, a consultora que fez para a Troika a reavaliação dos activos imobiliários dos bancos, que indica onde há maior potencial no mercado nacional no seu mais recente estudo de mercado, o “WMarket 16”. “Tudo depende, porém, do posicionamento e da valorização que for feita aos activos pelos investidores”, afirma o CEO, Pedro Rutkowski. “O potencial está todo lá, mas é preciso saber usá-lo”.
Segundo a consultora, a hotelaria irá continuar a ser uma das áreas mais rentáveis do investimento imobiliário em Portugal durante os próximos cinco anos, sobretudo se os activos forem concebidos com versatilidade que o mercado irá exigir. Para a Worx, os condimentos necessaries para o sucesso são, “grande dimensão, posicionamento para a classe média/média-alta, possibilidade e de ser transformado em habitação temporária ou permanente”.
O estudo “WMarket 16” indica também outros caminhos pouco óbvios para investidores nacionais e internacionais, como o “enorme potencial de rentabilidade” que tem a reabilitação urbana ou a construção de edifícios para grandes escritórios em Lisboa e no Porto.
“Novos hotéis terão um futuro muito promissor se os investimentos não se limitarem à afirmação de Portugal como um destino turístico de massas competitivo. Será fundamental ajustá-los às necessidades de um mercado cada vez mais sofisticado, mais móvel e mais exigente”, afirma Pedro Rutkowski. “Por isso é também muito importante que o país aposte cada vez mais em eventos capazes de atrair um turismo de qualidade, como congressos e feiras internacionais, ou grandes produções de entretenimento como festivais ou organizações desportivas”.
A médio prazo, o maior potencial identificado pelo “WMarket 2016” para hotéis concentra-se em novas localizações com projectos destinados às classes alta e média-alta. Em Lisboa, por exemplo – indica o estudo – “em 2015 o preço médio por quarto subiu 11,1% quando comparado com 2014; a categoria de cinco estrelas foi a que mais contribuiu para este aumento, com um crescimento de 15,2% face a 2014”.
Perante o potencial deste mercado, a Worx alargou nos últimos anos a sua gama de serviços nesta área. “A nossa ‘expertise’ na área do turismo engloba empreendimentos de todos os segmentos, campos de golfe, centro de congressos, marinas e parques temáticos”, afirma o CEO Pedro Rutkowski.
Para além da hotelaria, o estudo da Worx identifica a construção de grandes escritórios em Lisboa e no Porto como investimentos com grande potencial de rentabilidade nos próximos quatro ou cinco anos. Ambos os mercados têm uma procura que não encontra oferta adequada, sendo que o Porto, como tem uma mão de obra mais barata do que Lisboa, tem uma procura muito específica para esta classe de investimentos.
Quanto à reabilitação urbana, o “WMarket 2016” identifica grandes oportunidades no centro das cidades, desde que os projectos sejam adequados às novas caraterísticas dos consumidores finais, quer em termos de habitação, quer em termos de lojas de rua.
“Todo o segredo está em saber identificar os activos, em reposicioná-los e em saber valorizá-los em função desse novo posicionamento”, afirma Pedro Rutkowski. “A sociedade portuguesa está a iniciar um período de mutação acelerada, muito marcado pela mobilidade geográfica e social. Por outro lado, no retalho urbano as zonas rentáveis de lojas de ruas começam a evoluir noutras direções”, refere o mesmo responsável.
Pedro Rutkowski conclui dizendo que, “estas são tendências que o nosso estudo identifica e que nos permitem ver claramente quais são os investimentos que vão ser mais rentáveis nos próximos anos se forem trabalhados da maneira certa”.