Flag of Angola painted onto a grunge brick wall
De olhos na diversificação
Ao CONSTRUIR, o administrador para a área comercial da Somague Angola explica que o caminho passa por manter, “dentro do possível”, toda a organização montada
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A construtora Somague vai construir, em consórcio com a empresa Quantum, as novas oficinas para manutenção das unidades múltiplas diesel do Caminho de Ferro de Luanda (CFL), por 87 milhões de euros. A informação consta de um despacho presidencial de 2 de Dezembro, autorizando a construção e apetrechamento destas oficinas, que visam assegurar a manutenção e assistência técnica ao novo material circulante – composições que não
necessitam de locomotiva separada – a adquirir pelo Estado para o serviço do CFL. As novas oficinas a construir em Luanda, lê-se no mesmo despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, permitirão garantir a “reparação e conservação” destas novas DMU (unidades múltiplas diesel), para “garantir a exploração segura e eficaz dos serviços de transporte ferroviário no troço Bungo-Baia”, ou seja a componente suburbana da linha do CFL, que com 428 quilómetros chega ainda até à província de Malange (longo curso).
Os comboios do CFL transportam anualmente mais de três milhões de passageiros, de acordo com números daquela empresa pública. O contrato para a construção e apetrechamento das oficinas das DMU está avaliado 12.863.154.792 kwanzas (86,6 milhões de euros), tendo sido adjudicado ao consórcio formado pela Somague Angola e Quantum.
Define ainda mais 385,8 milhões de kwanzas (2,6 milhões de euros) para a fiscalização da obra, pela empresa GIBB Consultores de Engenharia, e 643,1 milhões de kwanzas (4,3 milhões de euros) para a componente de gestão do projeto, pela empresa Transfric.
Ao CONSTRUIR, o administrador para a área comercial da Somague Angola explica que o percurso da empresa ao longo dos últimos anos é “deveras positivo”. Carlos Vilar recorda que “a Somague realizou grande parte das obras que permitiram melhorar as condições sociais , educacionais e económicas de Angola, como sejam: aeroportos, hospitais, edifícios de vária ordem, escolas secundárias, campus universitários, obras para a cultura e banca nacional, a
participação na construção de barragens, de habitação e serviços ,etc.”. Questionado sobre o caminho a traçar nos próximos anos pela Somague revela que o caminho passa por manter, “dentro do possível”, toda a organização montada, No entender de Carlos Vilar, as prioridades passam também pela manutenção, dentro do possível, das relações preferenciais com autoridades nacionais e grandes empresas públicas. “Atenção ao mercado privado, de momento bastante retraído. Participar nas obras estruturantes que se avizinham para sectores como a energia, água, aeroportuário, indústria, etc., que irão permitir a diversificação da economia”, acrescenta.
O administrador para a área comercial da Somague Angola considera que o momento que se vive em Angola é muito complicado, “tendo em conta a exiguidade de um plano de investimentos públicos e a escassez de moeda forte para fazer face às importações, o que limita, em muito, a nossa actividade, assim como o pagamento aos quadros e mão de obra no exterior”. Para aquele responsável, “cada vez mais terá que se recorrer (responsabilidade de Angola e agenciadas por nós) às linhas de crédito, dentro dos acordos e convénios com vários países, e outros financiamentos externos que, a serem realizados, resolverão grandemente as dificuldades atrás descritas”. “Estamos confiantes de que Angola ultrapassará a breve trecho as dificuldades presentes”, confessa Carlos Vilar.