Edição digital
Assine já
    PUB
    Engenharia

    “A Ordem dos Engenheiros não é um sindicato”

    Para Carlos Mineiro Aires, o critério de adjudicação ao preço mais baixo, patente no Código da Contratação Pública conduz a uma depreciação dos salários dos engenheiros e a situações de “dumping”

    Pedro Cristino
    Engenharia

    “A Ordem dos Engenheiros não é um sindicato”

    Para Carlos Mineiro Aires, o critério de adjudicação ao preço mais baixo, patente no Código da Contratação Pública conduz a uma depreciação dos salários dos engenheiros e a situações de “dumping”

    Pedro Cristino
    Sobre o autor
    Pedro Cristino
    Artigos relacionados
    2024 será um ano de expanção para a Hipoges
    Empresas
    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa
    Empresas
    Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024 já tem data marcada
    Imobiliário
    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  
    Engenharia
    Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais
    Imobiliário
    Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia
    Arquitectura
    Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€
    Imobiliário
    ‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%
    Imobiliário
    ‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024
    Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”
    Arquitectura

    Para Carlos Mineiro Aires, o critério de adjudicação ao preço mais baixo, patente no Código da Contratação Pública conduz a uma depreciação dos salários dos engenheiros e a situações de “dumping”. Em entrevista ao Construir, o recém-eleito bastonário da Ordem dos Engenheiros deixa a previsão de que um novo ciclo económico chegará eventualmente ao país e, nessa altura, Portugal poderá ter de importar serviços de engenharia, e revela também a sua ambição de rejuvenescer a associação profissional que lidera.

    Como analisa o actual paradigma da engenharia no país?

    O paradigma do ensino da engenharia e da profissão dos engenheiros alterou-se significativamente. Vamos primeiro ao ensino, desde logo com Bolonha, que colocou dois níveis de ensino, com graus de três e de cinco anos. Para o exercício de determinadas áreas de engenharia, três anos é suficiente mas, para outros, não são qualificações suficientes. Não podemos pensar que um engenheiro, com três anos de formação, tem capacidade para calcular um grande edifício, uma ponte ou uma estrutura mais complexa, porque não tem. A Ordem soube responder a este novo paradigma e hoje admite licenciados que, nos estatutos, estão com o nível E1, e admite os mestrados, com nível E2 – as pessoas com cinco anos de formação. Diga-se que, nos acordos internacionais que temos firmados, só são admitidos engenheiros com cinco anos de formação. Acomodámos na Ordem, os engenheiros com a licenciatura pós-Bolonha e temos pensada a forma para que estes possam depois passar de nível E1 para nível E2 através de experiência profissional e formação contínua. Mas, se for através de evolução académica, essa passagem é mais directa e mais racional. Entretanto foi criada uma ordem paralela, a Ordem dos Engenheiros Técnicos (OET) que, com o estatuto novo, pode admitir os mesmos profissionais. Isto é uma situação absolutamente inacreditável, bizarra, inqualificável, porque não faz sentido haver, numa mesma área, duas ordens profissionais, que admitem pessoas com as mesmas qualificações académicas e profissionais. Isto não faz sentido nenhum, portanto, nós somos muito claros em relação a isto: desde o momento em que passámos a admitir todos, não há razão nenhuma para que não se inscrevam aqui. Temos as quotas mais baratas, uma história e imagem de referência – é um facto que a sociedade olha para a Ordem dos Engenheiros como a referência da engenharia. Portanto, é natural que, com este entendimento, haja um natural fluxo dos membros para a Ordem dos Engenheiros e é isso que pretendemos. É um problema que o tempo se encarregará de resolver por si próprio. A seguir, tivemos a questão da crise económica, não portuguesa mas europeia e mundial, que nos levou a depararmos com um problema que é a falta de emprego, um problema novo porque estávamos habituados ao total emprego na designada “zona de conforto”. Há aqui uma altura muito conturbada onde os salários subitamente baixam e isso tem uma consequência. Quando há concursos públicos, nomeadamente para projectos, prestação de serviços e etc, aparecem dezenas de empresas e, quando o critério é o preço, mergulham de cabeça e é óbvio que isso tem um reflexo nos salários. É uma situação de “dumping” e deve ser combatida. A própria lei devia prever isso e, mais ainda, é até imoral e injusto que a lei permita que os salários de técnicos qualificados estejam abaixo de determinados níveis. Com isto tudo houve outra alteração, porque as pessoas habituaram-se a criar a ideia de que teriam de sair para o estrangeiro para arranjar emprego. Há uma mudança de mentalidades, entretanto. Desde logo, os jovens procuram avidamente fazer Erasmus, que é a primeira abertura que têm para contactarem com realidades novas, com outros países e outras pessoas. Hoje, o espírito desses jovens também já não está tão fechado como estava antigamente, no sentido de permanecerem nos seus países. Obviamente que a última coisa que desejo é que alguém tenha de sair do país, mas se alguém tiver de sair do país, que volte. Por outro lado, há uma nova realidade: efectivamente, o mercado não acomoda a produção de licenciados e mestrados que actualmente decorre. Mas não acomoda hoje e corremos o risco muito grande de termos que importar engenheiros no futuro próximo. Se a economia voltar a alavancar, haverá empregos. Aliás, segundo vários indicadores e observatórios, como o do Instituto Superior Técnico, apontam para uma empregabilidade quase a 100% na área da engenharia. No campo da engenharia civil, que será aquela área que, se calhar, no futuro próxima, fará mais falta, a empregabilidade média está nos seis meses.

    À imagem do Técnico, as outras universidades de referência têm registado procura pelos seus cursos de engenharia?

    Na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) está a acontecer o mesmo [que no Técnico]. Em Coimbra, como é do conhecimento público, a procura dos cursos de engenharia civil baixou brutalmente por parte de nacionais, pois continua a ter uma procura muito grande por parte de estrangeiros. É curioso que, correndo um pouco pelas escolas, se assiste a uma grande procura pelos estudantes estrangeiros para estas escolas, que é o que lhes permite sobreviver. Não há mal que sempre dure, nem bem que se não acabe e, um dia destes, teremos, com certeza, as coisas a tenderem para um novo equilíbrio. Agora, é importante salientar que, por estarmos a passar por problemas na empregabilidade dos nossos engenheiros, a última coisa que o país deve permitir é que se deixe de apostar na educação, na formação de engenheiros e que se crie a falsa ideia de que é mau ser engenheiro. A profissão de engenheiro é crucial para o desenvolvimento, crescimento e economia de qualquer país, portanto, isso seria um caminho perfeitamente suicida. Há que continuar a cativar os jovens, a mostrar a engenharia como uma profissão da maior imprescindibilidade para qualquer país e – mais ainda – uma profissão que, em muitos aspectos, tem uma responsabilidade social inerente muito elevada. Portanto, não podemos, de forma alguma pensar que, com um país que quer crescer e desenvolver-se pode abdicar do ensino da engenharia.

    Acha que a engenharia está mal vista, actualmente?

    Não é isso. Tenho assistido, nas redes sociais, que são, hoje, a ferramenta que os jovens têm para comunicarem entre si, a trocas de mensagens onde se refere que há engenheiros desempregados ou que têm de ir para o estrangeiro trabalhar. Aliás, é preciso vincar que os principais importadores de engenheiros portugueses não são os países da América do Sul ou de África. É a Europa – Reino Unido, em primeiro lugar, depois Dinamarca, Noruega, Holanda e Alemanha. O principal destino dos engenheiros portugueses é a Europa e, com as transportadoras aéreas “low cost”, estão a 50 euros de casa. Criou-se a ideia de que, por um lado, ir para engenharia envolve dificuldade em encontrar emprego. É falsa. Por outro lado, não se diz o mesmo da arquitectura, que tem um nível de desemprego muito maior, ou dos licenciados em Direito, que tem um nível de desemprego também muito maior. A engenharia tem uma visibilidade, enquanto profissão essencial no país, muito maior. A OE faz uma grande aposta em divulgar a importância da engenharia e dos cursos de engenharia. Temos jovens de excelência, muito cobiçados, temos pessoas muito bem qualificadas, pois os cursos têm, na generalidade, qualidade, e, por isso, é que os engenheiros portugueses são procurados e cobiçados. Qualquer engenheiro que se dê ao trabalho de fazer uma formação complementar na área da gestão fica com ferramentas que mais nenhum outro profissional consegue igualar.

    Como caracteriza as bases proporcionadas pelo ensino da engenharia no país?

    A preparação de base da matemática e da física proporciona uma ginástica mental e uma visão dos problemas de que só mais tarde nos apercebemos.

    Os jovens que vão para as universidades poderão não ter noção dessa preparação, que lhes poderá abrir outros caminhos além da profissão de engenheiro?

    A questão é bem colocada e estamos a fazer uma aposta junto do secundário para mostrar exactamente aos estudantes o que é ser engenheiro. Há uma transversalidade nesta profissão que permite que qualquer engenheiro que se evidencie acabe, inevitavelmente, em lugares de chefia, a fazer gestão. Mas ele tem um “background” e a visão do que é a produção e, depois, a visão do que é a gestão e isso dá uma capacidade única de gerir unidades produtivas. Há de reparar que, à frente de uma grande indústria, de um grande centro de produção, é muito raro não estar um engenheiro com formação complementar em gestão, porque um gestor, um economista, sozinho, tem dificuldades em ter essa visão transversal dos problemas que é inerente aos engenheiros.

    Foi-lhe deixado um legado pesado?

    Um legado pesado não é. Cada pessoa tem o seu estilo, a sua maneira de ser. O meu antecessor, o engenheiro Matias Ramos, tal como o seu antecessor, o engenheiro Fernando Santo, têm o seu estilo, e eu tenho o meu. A nível da Ordem, sou uma pessoa com uma estrutura mental muito virada para um princípio que é o de que as coisas devem funcionar sozinhas e devem ter organizações autocomandadas. Eu gosto muito de arrumar as casas e uma das coisas que tenho em mente, agora no início, é arrumar a casa à minha maneira. A Ordem tem dois objectivos muito simples que são servir os membros e regular a profissão e tem de estar preparada para isso, com eficiência e com capacidade para o fazer. Evidentemente que há uma série de procedimentos e de obrigações que hoje temos e não podem ser descuradas. Recordo que a OE tem hoje uma tutela política e administrativa, que é o senhor ministro das Infra-estruturas, que está sujeita a auditorias do Tribunal de Contas e que, hoje, tem de cumprir regulamentos que antigamente não eram habituais aqui, como a questão do Código de Contratação Pública, o célebre CCP. Quando nos deparamos com um cenário novo destes, é óbvio que o comportamento e a forma de organizar e ter a Ordem controlada e monitorizada têm que ser outros. O legado, em si, é bom. Cada um teve a sua época. Tenho outras ambições e visões, que nunca escondi. Obviamente que isto não são críticas ao passado, são apenas melhorias e retoques em relação ao caminho que a OE tem vindo a percorrer. A OE tem uma boa imagem, a sociedade respeita-a e aos engenheiros e é nesse caminho que temos de continuar. Não podemos pensar que a Ordem é algo que subitamente poderá cair nas mãos de alguém que, de um dia para o outro, destrói os 80 anos de história que completamos este ano. Quando se tem 80 anos e se assiste à evolução que têm tido a investigação, a ciência, a engenharia e as tecnologias, é óbvio que a Ordem tem também de fazer esse percurso e adaptar-se paulatinamente. Uma das minhas grandes ambições é encher a Ordem de jovens. Quero-a rejuvenescida, interventiva, quero que os jovens comecem a participar na sua vida desde estudantes, que percebam porque a OE existe e como se podem servir dela e servi-la. Quero criar uma cadeia de pessoas de excelência que serão quem tomará conta disto amanhã. Temos o dever de entregar a Ordem a quem vem a seguir cada vez melhor do que a encontrámos. É o que me compete a mim fazer, e que os meus antecessores também fizeram. Em cada época há um passo e em cada pessoa uma maneira de estar e uma direcção. Admito que sou ambicioso em relação a determinados aspectos, mas não aponto nada a quem me antecedeu porque, com certeza, fizeram o melhor, e também lhe digo que, de qualquer forma, nos últimos seis anos, também estive envolvido na construção da Ordem.

    Relativamente à tutela política, vê isto como um passo em frente?

    Sinceramente, não é um passo em frente, nem um passo atrás. Segundo consta, era uma imposição da “troika”. Em termos de inconvenientes, só vejo um: há regulamentos da Ordem que antigamente eram automaticamente aprovados pela Assembleia de Representantes da OE e entravam em vigor e que, agora, depois de ir à Assembleia de Representantes, terão de ser homologados pela tutela. Se o acto de homologar consistir em estar de acordo com aquilo que a Assembleia, que é soberana e livremente eleita pelos engenheiros, é para nós indiferente desde que sejam rápidos e céleres a fazê-lo. Se o que se pretende é comentar e criticar os regulamentos que o Conselho Directivo propôs e que a Assembleia – o órgão máximo da Ordem – aprovou, aí já me questiono porque, na verdade, a regulação compete à Ordem, está-lhe delegada pelo próprio Estado e seria muito mau que os órgãos de Estado, neste caso o Governo, agarrasse no lápis azul ou encarnado e começasse a riscar aquilo que entendemos ser essencial para fazermos a regulação. Não temos atitudes corporativas, elitistas, pró-políticas ou contra governos. Queremos apenas ter as casas arrumadas e fazer, em condições, o que o Estado nos delegou sem pagar, que é a regulação da profissão. É preciso que os cidadãos saibam que a Ordem nunca recebeu um cêntimo do orçamento geral do Estado. A única coisa que queremos é que respeitem as decisões que os nossos melhores – os membros da Assembleia de Representantes – tomam. Quando se fala em homologar, para mim, é colocar uma assinatura, e não um contraditório ou uma discussão do que está já aprovado.

    E relativamente a vantagens?

    Ao termos uma tutela, isso devia implicar uma proximidade no relacionamento [com o Governo]. Já tive ocasião de falar por duas vezes com o senhor ministro das Infra-estruturas e tudo indica que poderemos ter um diálogo perfeitamente assíduo e aberto, porque estamos cá é para ajudar e não para complicar.

     

    Sobre o autorPedro Cristino

    Pedro Cristino

    Mais artigos
    Artigos relacionados
    2024 será um ano de expanção para a Hipoges
    Empresas
    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa
    Empresas
    Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024 já tem data marcada
    Imobiliário
    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  
    Engenharia
    Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais
    Imobiliário
    Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia
    Arquitectura
    Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€
    Imobiliário
    ‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%
    Imobiliário
    ‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024
    Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”
    Arquitectura
    PUB
    Empresas

    2024 será um ano de expanção para a Hipoges

    A Hipoges atingiu 49 mil milhões de euros em activos sob gestão a nível global até ao final do de 2023, mantendo uma taxa de crescimento contínuo em todos os países onde opera e avançando no seu plano de crescimento estratégico

    CONSTRUIR

    O anúncio foi feito pelos líderes da Hipoges, Hugo Velez e Claudio Panunzio, durante o Town Hall 2024 realizado a nível global, que reuniu os quase 2.000 colaboradores que a Hipoges tem espalhados pelos seus 11 escritórios em Espanha, Portugal, Itália e Grécia.

    “Somos uma marca cada vez mais importante”, sublinha Hugo Velez. “O ano passado foi desafiante e 2024 também o é, mas continuamos a crescer, e fazemo-lo de forma sustentada e nos quatro países onde estamos presentes”.

    Claudio Panunzio refere que a Hipoges tem o desafio de “continuar a desenvolver as melhores práticas na gestão de activos”.”Ǫueremos concentrar-nos na nossa expansão internacional e tirar partido da nossa posição para continuar a crescer organicamente e também através de novas aquisições. Estamos actualmente a avaliar quatro ou cinco oportunidades de aquisição em Espanha, Portugal e Itália”.

    Durante o evento, a Chief Financial Officer da Hipoges, Marta Márquez, destacou a “clara tendência de crescimento” da empresa durante o ano de 2023, apesar do contexto de incerteza em que opera, o que lhe permite desfrutar de uma “sólida posição de mercado”.

    Já o Global Chief Operations da Hipoges, Juan Ramón Prieto, fez um balanço do desempenho da empresa em 2023, um ano em que “tivemos de superar grandes desafios devido à evolução da actividade jurídica e imobiliária em Espanha e Portugal”. Apesar dos atrasos nos prazos legais, da redução da quantidade de stock para venda e da queda das hipotecas, a Hipoges “conseguiu aumentar o volume de negócios e comercializar activos mais rapidamente do que o esperado, tanto em Espanha como em Portugal”.

    Durante o ano de 2023, a Hipoges reforçou as suas linhas de negócio e serviços, bem como a sua quota de mercado, através da criação de duas novas empresas e da aquisição de uma participação maioritária numa terceira: a KPI Hotel Management Solutions, especializada na gestão de hotéis e resorts, com presença em Portugal e Grécia; a Finanwin, uma plataforma de mediação hipotecária que opera em Espanha e Portugal; e a F&G, focada na gestão de documentação de activos financeiros.

    Durante a sua intervenção, Margarida Maia, Chief Services Officer, explicou que a equipa da Hipoges cresceu 15,8% em relação ao ano anterior, para 1.820 colaboradores no final de Dezembro de 2023 a nível global, e a empresa espera ultrapassar a marca dos 2.000 este ano. Foram abertos novos escritórios em Espanha, em Sevilha e na Corunha, e em Portugal, em Lisboa, existiu uma mudança para um novo escritório com uma capacidade mais adequada às necessidades da empresa.

    Durante o seu Town Hall 2024, a Hipoges avançou ainda as quatro grandes linhas do plano estratégico em que a empresa pretende alicerçar o seu crescimento: diversificação dos mercados geográficos e das linhas de actividade; aposta na inovação tecnológica; melhoria da eficiência e das margens de rentabilidade; e aposta na captação e fidelização de clientes.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    roca01

    Empresas

    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa

    Esta iniciativa representará uma redução de mais de 50 000 toneladas de CO2 equivalente por ano nas emissões provenientes do consumo de electricidade do Grupo

    CONSTRUIR

    O Roca Group, líder mundial em design, produção e comercialização de produtos para a casa de banho, anunciou um contrato de compra de energia renovável a longo prazo (PPA – power purcha-se agreement), que terá vigência de dez anos, de 2025 a 2035, ligado às novas instalações solares Trévago I & II, situadas na província de Sória, em Espanha.

    A entrada em funcionamento das instalações de produção solar Trévago I e II está prevista para Julho de 2025. Estas instalações contam com uma capacidade de 86,84 MWp. Do total da capacidade, 80% destina-se ao Roca Group e prevê-se a produção de 120 GWh de energia limpa anualmente, o que corresponde ao volume necessário para abranger o consumo eléctrico de todas as operações do Grupo em território europeu.

    Os projectos estão a ser desenvolvidos pela Bruc Energy, uma empresa de produção de energia renovável, e contou-se com a consultoria jurídica da Baker McKenzie, por parte do Roca Group, e da Allen & Overy, por parte da Bruc, assim como com o apoio estratégico da Schneider Electric, através dos respectivos serviços de consultoria em PPA, no que respeita à coordenação de todo o processo.

    Este processo representará uma redução de mais de 50 000 toneladas anuais de CO2 equivalente, o que corresponde ao consumo de energia do Grupo na Europa. Trata-se de mais um objectivo atingido no plano de descarbonização do Roca Group que se vem juntar à recente entrada em funcionamento da primeira fábrica de produção de louça sanitária neutra em emissões de carbono a nível mundial. O Grupo acumula já uma redução de 39% nas respectivas emissões directas de CO2 equivalente e de 47% na respectiva intensidade energética entre 2018 e 2022, aproximando-se do objectivo de reduzir para zero as emissões líquidas em 2045.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    Paulo Caiado, presidente da APEMIP

    Imobiliário

    Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024 já tem data marcada

    Arrancaram esta semana as inscrições para a Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024. Esta é a segunda edição do evento, que decorreu pela primeira vez em Julho do ano passado. A Convenção decorre a 4 de Julho, no Grande Auditório do CCB.

    CONSTRUIR

    “Habitação” é o tema desta segunda edição e abordará entre outros, os modelos de trabalho, as tendências internacionais, sustentabilidade e crescimento económico, a IA na mediação, novas construções,; reabilitação urbana, políticas de financiamento, smart cities e demografia.
    A iniciativa, destina-se a participantes de todo o sector e conta com a presença de importantes players do mercado, nacionais e internacionais. As inscrições estão abertas até 30 de Junho.
    “Num momento em que os temas relacionados com o sector imobiliário estão na ordem do dia, acreditamos que é muito importante trazer estes tópicos a discussão, com especialistas, para analisar as dinâmicas e futuro do setor”, explica Paulo Caiado, presidente da APEMIP. “Este tipo de iniciativas são essenciais para o sector, pois existe a oportunidade de reunir todos os interessados deste núcleo na a reflexão sobre pontos fulcrais para o futuro do imobiliário”, acrescenta Paulo Caiado.
    Ao longo do evento, serão realizadas apresentações por parte de oradores de diferentes áreas do setor, existirão também mesas de debate entre especialistas nacionais e internacionais e ainda alguns momentos de networking.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Engenharia

    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  

    As novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de RCD

    CONSTRUIR

    A construção do Heliporto, da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e da recuperação da cobertura do Pavilhão Feminino da mesma unidade de saúde contam com fiscalização da Prospectiva.

    As três novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a prestação de serviços inclui a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de resíduos de construção e demolição.

    Planta cobertura Pavilhão Feminino

    No caso concreto da substituição da cobertura do Pavilhão Feminino a obra incidirá, primeiramente, na demolição do telhado existente, passando-se, em seguida, para a construção da estrutura metálica do telhado, assim como a execução do novo telhado e colocação de caleiras e tubos de queda de águas pluviais.

    Planta implantação Heliporto

    Para a construção do Heliporto e das Escadas de Emergência, a empreitada passará pela construção de estruturas metálicas, a ampliação de núcleos de escadas e elevadores em betão armado, assim como as instalações hidráulicas, eléctricas e mecânicas, passando, depois para as infraestruturas aeronáuticas.

    Planta UCI Neurocriticos

    Já a construção da nova UCI para Neurocríticos, o processo envolve a fase de arquitectura, com as estruturas, instalações eléctricas, telecomunicações, instalações mecânicas e infraestruturas hidráulicas, assim como todas as valências necessárias para a segurança contra incêndios.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais

    Os activos localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa contam com a comercialização, em co-exclusividade, da CBRE e da JLL

    CONSTRUIR

    As consultoras imobiliárias CBRE e JLL comercializam em regime de co exclusividade os dois activos industriais/logísticos do Grupo IPG localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa e que em conjunto totalizam 51 mil metros quadrados (m2).

    O activo em Vila Nova da Rainha/ Azambuja, com uma infraestrutura completa e pronta a usar, dispõe de uma área total de 36.289 m2, e cerca de 1.500 m2  de área bruta de construção existente,  contando ainda com sete mil m2 de telheiros. Este imóvel encontra-se estrategicamente localizado na zona prime da logística da Grande Lisboa.

    Já o activo de logística localizado na Trofa, sendo igualmente uma oportunidade de investimento altamente vantajosa na zona Norte, conta com uma área de 14.300 m2 de terreno e 3.250 m2 de área bruta de construção existente, e possui ainda um logradouro que permite uma possível conversão tanto numa área de estacionamento, como num espaço de armazenamento ao ar livre.

    A localização deste imóvel destaca-se, também, pela proximidade aos transportes públicos, bons acessos e proximidade às áreas industriais de Santo Tirso, Trofa e Maia.

    Para Nuno Torcato, director da Industrial e Logística na CBRE Portugal, a chegada destes dois activos ao mercado representa uma oportunidade de negócio “excepcional” para operadores logísticos na região Centro e Norte do País, “considerando a falta de produto disponível com tamanho considerável e excelente localização, bem como com características desta qualidade”.

    Também Mariana Rosa, head of Markets Advisory na JLL, destaca a “localização estratégica e características de qualidade” destes dois imóveis, considerando tratar-se de “uma oportunidade única para os operadores logísticos”.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Arquitectura

    Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo e o engenheiro Fernando Santo. Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24

    CONSTRUIR

    As cinco décadas de democracia vão estar em destaque, esta quarta-feira, dia 24 de Abril, na Ordem dos Arquitectos e que visa abordar a temática da habitação durante este período.

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo, e o engenheiro Fernando Santo. Foi também convidada a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Machado Santos (presença a confirmar).

    Este será a primeira de uma serie de iniciativas que a Ordem dos Arquitectura organizar com o objectivo de “pensar e mostrar como evoluiu a habitação em Portugal nas últimas cinco décadas e o que falta fazer”.

    Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24, celebrando em simultâneo os 25 anos da Ordem dos Arquitectos e os 50 do Portugal democrático.

     O programa Habitar Portugal 74/24 vai, durante os próximos meses, continuar a analisar as questões da habitação em Portugal, através de uma equipa de comissários, que coordenada pelo arquitecto César Lima Costa, seleccionará obras emblemáticas neste período, pela sua arquitectura e também pela relevância estratégica para o País.

    Prevê-se, também, uma exposição itinerante, que terminará em 2026 na Capital Mundial da Arquitectura, em Barcelona.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€

    O desempenho do Pestana Hotel Group em 2023 acontece num contexto de investimento de 85 milhões de euros na renovação e aquisição de novos hotéis e na aposta em empreendimentos turísticos

    CONSTRUIR

    O Pestana Hotel Group divulgou esta terça-feira os resultados financeiros de 2023. A receita do grupo atingiu os 557 milhões de euros, representando um aumento de 23% face ao ano anterior. O grupo apresentou ainda um EBITDA de 189 milhões de euros e registou um resultado líquido de 105 milhões de euros em 2023.

    O crescimento das receitas foi impulsionado pela hotelaria, que representa 67% da receita total do grupo, mas também pela área imobiliária, que opera sob a marca Pestana Residences, e que conta com um peso de 16%. As outras actividades do grupo, incluindo golfe, Pestana Vacation Club e Empresa de Cervejas da Madeira, contribuíram com 17% da receita.

    Além do desempenho financeiro sólido que tem vindo a consolidar ao longo de décadas, o Pestana Hotel Group registou, em 2023, um nível de satisfação de clientes de 87,8%, reflectindo a qualidade do serviço e o compromisso do grupo com a experiência do cliente.

    De acordo com o CEO do Pestana Hotel Group, José Theotónio, “Os resultados de 2023 reflectem a forte aposta que temos vindo a fazer nas nossas pessoas, mas também na redução da pegada de carbono e na melhoria da eficiência energética assim como no elevado investimento na transformação digital. Estamos comprometidos em continuar a crescer de forma sustentável, melhorando continuamente as condições das nossas pessoas e a qualidade dos serviços, proporcionando experiências únicas aos nossos clientes”.

    Crescimento de 20% nas remunerações e encargos

    De destacar, em 2023, o investimento realizado nas pessoas, que reflecte a política do grupo em reconhecer e recompensar o empenho dos seus colaboradores, com um crescimento de 20% nas remunerações e encargos, representando um aumento de mais de 19 milhões de euros face a 2022.

    A política salarial do Pestana Hotel Group tem sido historicamente de reforço da remuneração e dos benefícios dos seus colaboradores, tendo-se registado em 2023 um aumento médio de 12% nas remunerações base. A participação nos resultados resultou ainda numa média de dois salários extra por colaborador, totalizando 7,5 milhões de euros.

    A importância da sustentabilidade no sector da hotelaria

    Com um investimento de 12 milhões de euros previsto até 2025, o grupo está empenhado em reduzir o impacto das suas operações no meio ambiente, e desenvolver uma estratégia integrada e assente em cinco pilares – energia, água, resíduos, fornecedores e mobilidade.

    Nesse âmbito, o Pestana Hotel Group tem vindo a implementar o projecto Carbono Zero com resultados muito positivos, reflectindo-se numa diminuição de 11% nas emissões de carbono nos últimos três anos.

    Até 2030, a meta do grupo é de redução de emissões de carbono em 37% face a 2019, objectivos ambiciosos que envolvem vários projectos, tais como a implementação de um sistema de monitorização dos consumos em todos as unidades Pestana, a instalação de painéis fotovoltaicos ou os projectos de circularidade da água, como a dessalinizadora localizada em Alvor e a utilização de águas residuais da ETAR da Boavista no Algarve para rega de campos de golfe.

    Renovação e novos projectos

    A renovação de hotéis ou a aquisição de empreendimentos representou, em 2023, um investimento do grupo de 85 milhões de euros. O Pestana Hotel Group renovou os hotéis Pestana Vila Lido Madeira e Pestana Blue Alvor Beach, e adquiriu o empreendimento turístico Vila Sol, em Vilamoura, no qual já detinha a gestão operacional do hotel e do respectivo campo de golfe. Em Lisboa, o grupo concluiu a construção e abriu a Pousada Alfama e o Pestana Rua Augusta. Para este valor de investimento contribuíram ainda vários projectos na área imobiliária nas regiões do Algarve, Costa Alentejana e Madeira.

    A sustentabilidade do negócio tem sido uma prioridade do grupo ao longo dos mais de 50 anos da sua História. Ao longo de 2023, tendo em conta a volatilidade das taxas de juro, o grupo optou por amortizar antecipadamente empréstimos com taxas variáveis, mantendo a estratégia de taxas fixas, com impacto muito positivo na sua posição financeira que resultou numa evolução favorável do rácio de Dívida Líquida/EBITDA, actualmente com um valor inferior a 1, contribuindo assim para a solidez financeira do Pestana Hotel Group.

    Resultados que permitiram, já no início de 2024, prosseguir com a expansão do Pestana Hotel Group, fortalecendo a presença do grupo nos Estados Unidos, com a aquisição do Pestana Orlando Suites – Lake Buena Vista e prosseguir com o desenvolvimento dos projectos em curso, nomeadamente a construção do eco-resort Pestana Dunas, em Porto Santo e do Pestana CR7 Paris.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    ‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, que deverá estar concluído no início de 2025. Até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três empreendimentos

    CONSTRUIR

    O condomínio ‘The Nine’, localizado em Vilamoura, abre portas ao andar modelo, numa altura em que a comercialização atinge os 50%. Nuno Banha, director da Vilamoura Properties, explica que “O The Nine junta-se ao Natura Village, vendido em quase 50%, e ao Vilamoura Parque, que neste momento tem apenas cinco unidades para venda. Estes projectos são muito diferentes entre si, em termos de localizações, tipologias, dimensões e preços, mas todos reflectem a qualidade da oferta de habitação que existe em Vilamoura, seja para viver, passar férias ou investir”.

    Promovido pela Norfin, sociedade gestora da Vilamoura Lusotur, o empreendimento foi projectado a pensar no “máximo aproveitamento solar”, todas as salas são viradas a Sul e prolongam-se para o exterior em jardins, varandas e rooftops privados, com áreas amplas, entre os 19 metros quadrados (m2) e os 166 m2.

    Próximo do campo de golfe, da praia e da marina e a apenas quatro minutos de distância do centro, o ‘The Nine’ conta com 48 apartamentos, dos quais 39 são T2 e nove T3. Os quartos são maioritariamente em suite, com roupeiros e closets generosos e o condomínio oferece, ainda, duas piscinas e uma zona lounge exclusiva, além de estacionamento subterrâneo privado, com postos para carregamento de veículos eléctricos.

    “Neste condomínio, cada detalhe foi cuidadosamente concebido para elevar a experiência dos ocupantes. Trata-se da fusão perfeita entre design contemporâneo e funcionalidade, oferecendo um estilo de vida dinâmico e espaços meticulosamente planeados para maximizar o conforto e a conveniência”, considera Henrique Rodrigues da Silva, COO da Norfin SGOIC.

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, sendo que até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três. Ainda em fase de construção, o projecto deverá estar concluído nos primeiros meses de 2025.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    ‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024

    Um dos maiores eventos de Management e Marketing da Europa reunirá mais de 3.500 quadros médios e superiores para refletir sobre o Futuro das Organizações

    Brand SHARE

    De 2 a 4 de julho de 2024, o QSP SUMMIT está de volta sob o mote ‘Rethinking Organizations’. Com foco nas organizações e no futuro do trabalho, mais do que nunca, é tempo das organizações refletirem sobre inovação, adaptação e transformação.

    Mediante um leque abrangente de tópicos a serem explorados em torno da temática principal ‘Rethinking Organizations’, desde a importância crescente da agilidade, liderança, gestão de talento e cultura organizacional, até a questões de inovação, o impacto da IA no mundo do trabalho e as grandes tendências do futuro em certas áreas de negócio. Serão ainda alvo de debate alguns tópicos essenciais, entre eles: a importância da estratégia e da data, as tecnologias de integração de equipas, o reskilling e upskilling das equipas, o bem-estar organizacional, e outras matérias de interesse.

    Entre as primeiras novidades está Linda Hill, professora da Harvard Business School e etnógrafa americana com uma carreira distinta, especialista em desenvolvimento de liderança e inovação, mas mais nomes como Costas Markides – Professor de de Estratégia e Empreendedorismo, o especialista em tendências Rohit Bhargava, a data expert Christina Stathopoulos, entre outros, já foram anunciados. No total, o evento contará com aproximadamente 98 gurus, especialistas e profissionais das mais diversas áreas.

    O QSP SUMMIT conta também com uma área de exposição com mais de 130 marcas envolvidas e apresenta novos palcos este ano, adicionando mais sessões e novas áreas de partilha de conhecimento.

    Para mais informações ou aquisições de passes, pode consultar o website oficial do evento, em www.qspsummit.pt.

    Sobre o autorBrand SHARE

    Brand SHARE

    Mais artigos
    Arquitectura

    Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”

    Do inquérito realizado aos profissionais destaca-se a exigência de 1300 euros de salário de entrada, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, melhor retribuição às horas-extra e ao estabelecimento de carreiras, com propostas distintas para projectistas e para técnicos especializados

    CONSTRUIR

    Com o objectivo de “discutir e aprovar as primeiras tabelas salariais” para a arquitectura, o sindicato do sector convoca os profissionais para uma assembleia geral a realizar no dia 1 de Maio na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Arquitectura (SINTARQ) no Porto.

    Para a concretização e aplicação deste seu caderno reivindicativo, o SINTARQ lançou duas iniciativas. Desde Junho de 2023, uma campanha de entrada em empresas para contactar trabalhadores e criar as primeiras estruturas sindicais nesses locais de trabalho. E no final do ano passado, um inquérito que permitiu aferir as expectativas profissionais de quem trabalha em arquitectura e confirmar, uma vez mais, o retrato de precariedade e indignidade transversal no sector, cujos resultados definitivos serão divulgados em breve.

    Da campanha de entrada em empresas, resultou a criação de doze estruturas sindicais em locais de trabalho, algumas das quais com processos reivindicativos em curso. A expectativa é a de que a aprovação do Caderno Reivindicativo agora em Maio sirva de sustentação a esses processos e ao surgimento dos primeiros Acordos de Empresa em Arquitectura.

    Do Inquérito às expectativas profissionais destacamos a ampla adesão dos trabalhadores inquiridos à exigência de 1300 euros de salário de entrada, à redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, a horas-extra com melhor retribuição e maiores restrições, e ao estabelecimento de carreiras como instrumento central à elevação dos salários e ao combate à discriminação e ao assédio.

    A título de exemplo, 94% dos inquiridos defende uma carga horária semanal até 35 horas; a expectativa salarial mediana de um trabalhador com cinco a dez anos de experiência é de 1800 euros e 80% dos inquiridos declara fazer horas extra, metade dos quais sem receber qualquer compensação por isso. Segundo dados preliminares deste Inquérito, um trabalhador em arquitectura vê-se espoliado, no mínimo, em 500 a 800 euros por ano em horas extra não compensadas.

    O Caderno Reivindicativo que será submetido à discussão propõe duas tabelas salariais: uma para projectistas e outra para técnicos especializados, dividindo-se em carreiras profissionais de assistente, júnior e sénior. A progressão atende aos anos de experiência ou às funções efectivamente desempenhadas, independentemente da antiguidade. Estarão também em discussão os critérios que determinam essa progressão e que servirão para contrariar a transversal estagnação de carreiras.

    Além dos salários, carreiras e horário laboral, propõem-se reivindicações-base noutros vectores tais como: direitos na parentalidade, regulação do teletrabalho, dias de férias, garantias de segurança e saúde no trabalho e formação profissional certificada.

    É o culminar de um processo com cerca de um ano e que contou com dez reuniões abertas de discussão realizadas em Braga, Coimbra, Porto, Lisboa e Setúbal, e que agora se encerra neste último Plenário Nacional no Porto.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2021 CONSTRUIR. Todos os direitos reservados.