Siemens inaugura nova sede em Munique
Multinacional germânica destaca que este é “um dos complexos de escritórios mais modernos e sustentáveis do mundo”,
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A Siemens anunciou a inauguração da sua nova sede, em Munique, na Alemanha, uma obra iniciada em 2010, na Wittelsbacherplatz, que contempla uma área de cerca de 45 mil metros quadrados.
Em comunicado de imprensa, a multinacional germânica destaca que este é “um dos complexos de escritórios mais modernos e sustentáveis do mundo”, conjugando, “em plena harmonia, a tradição da cidade com a modernidade e as características técnicas, de sustentabilidade e eficiência, que são apanágio da Siemens”.
Integrado na zona histórica da maior cidade da Baviera, o edifício “proporcionará um ambiente de trabalho moderno e inspirador para cerca de 1.200 colaboradores e terá ainda um espaço aberto a todos os cidadãos”.
Como característica distintiva da sua nova sede, a empresa sublinha o facto de ter sido pensada “para ser praticamente auto-suficiente”. “Comparativamente ao edifício anterior, gastará menos 90% de electricidade, menos 75% de água e diminuirá as emissões de CO2 em 90%”, destaca o comunicado do grupo, referindo ainda que esta nova sede será certificada com o selo de Platina pelo Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) e pelo homólogo German Sustainable Building Council.
Uma parte importante do sistema de controlo climatérico consiste na utilização da energia geotérmica. Neste contexto, são bombeados cerca de 100 mil litros de água por hora, ao longo de 70 quilómetros de canos na fundação do complexo, “aquecendo e arrefecendo o edificio consoante a estação do ano”.
Simultaneamente, um sistema eficiente de aquecimento e arrefecimento instalado no texto “garante temperaturas agradáveis dentro do edifício”, enquanto que a totalidade das fachadas viradas para os pátios interiores dispõem de janelas “de tamanhos generosos, permitindo uma considerável luz solar nas salas”.
A tecnologia incorporada neste complexo permite ainda a recolha de até 1,5 milhões de litros de águas pluviais no telhado para serem utilizados para descargas sanitárias. No telhado está também presente o sistema fotovoltaico, com capacidade para gerar cerca de um terço da energia necessária em todo o edifício.
A isto acrescem as tecnologias da própria empresa, como a plataforma Desigo, que recolhe e analisa os dados gerados pelo aquecimento primário, pela ventilação e sistemas de refrigeração distribuídos por todo o complexo e, automaticamente, optimizará as funções destes sistemas.
Para Jesper Friis, “um aspecto chave do nosso conceito geral de energia na nova sede não é apnas reduzir drasticamente o consumo de energia, mas também garantir que temos o máximo possível de electricidade gerada a partir de fontes renováveis”.
Segundo o responsável da área de Building Systems da equipa da Siemens Real Estate, “isto vai ajudar a empresa a atingir os seus ambiciosos objectivos no que toca a emissões de CO2”. Assim, conclui que a empresa pretende “tornar-se na primeira grande empresa a ter uma pegada de carbono neutra até 2030”. “Na realidade, a Siemens tem um plano para reduzir as emissões para metade até 2020”, revela.