Timetric revê em baixa perspectivas de crescimento da construção britânica após “Brexit”
CIC prevê um crescimento de 2,8% para este ano, um resultado que representa uma quebra face aos 3,4% inicialmente apontados com base na assunção de que os resultados do referendo levariam à permanência do Reino Unido na UE
Pedro Cristino
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As implicações da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) – “Brexit” – para a indústria da construção deste país ainda estão envoltas num manto de incertezas, contudo, para o Construction Intelligence Center (CIC), da Timetric, existem “grandes riscos” para o crescimento deste sector, e “poucas ou nenhumas vantagens”.
Após o referendo decorrido a 23 de Junho, que ditou a vitória da campanha a favor da saída do país do grupo dos estados membros e a subsequente decisão de David Cameron de deixar o cargo de primeiro ministro, a consultora reviu a sua previsão de crescimento do sector da construção britânico para 2016.
Agora, o CIC prevê um crescimento de 2,8% para este ano, um resultado que representa uma quebra face aos 3,4% inicialmente apontados com base na assunção de que os resultados do referendo levariam à permanência do Reino Unido na UE.
Segundo as previsões do CIC, o ritmo do crescimento da indústria britânica da construção irá abrandar para 1,5% em 2017 (inicialmente a previsão apontava para um crescimento de 4%), reflectindo um acentuado declínio do investimento, enquanto o governo britânico se envolve num processo de dois anos para negociar a sua saída do mercado único.
Para a consultora, o “timing” da decisão do governo liderado por Cameron para invocar o Artigo 50 é “crucial no sentido de determinar exactamente quando estará o Reino Unido formalmente de fora da UE”. Todavia, o impacto negativo na confiança dos investidores, que advém da incerteza relativa ao comportamento da economia britânica fora do mercado único irá ter um grande peso na indústria da construção durante este período.
Segundo a Timetric, os investidores irão também adiantar-se à saída formal para assegurar a sua protecção de quaisquer impactos negativos e isto, provavelmente, significará a queda do número de novos projectos e a probabilidade de adiamento ou cancelamento de projectos existentes.
Partindo do princípio que o Reino Unido já não fará formalmente parte da UE em 2019 e que surgirá uma imagem clara que ilustre o ambiente negocial pós-UE, o investimento deverá crescer novamente, assim que novas oportunidades se tornem visíveis. Todavia, existem poucas perspectivas que suportem um impulso da actividade neste momento, uma vez que não se prevê que o país esteja numa posição forte para alcançar um acordo favorável com a União Europeia.