Segundo trimestre registou um aumento global do risco na construção
“Brexit” e baixo preço do petróleo são alguns dos factores que têm influenciado negativamente a indústria da construção em várias geografias
Pedro Cristino
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A actualização do segundo trimestre do Índice de Risco da Construção (IRC), da Timetric, conclui que o risco aumentou globalmente, atingindo o “nível mais alto dos 11 trimestres desde que o IRC foi criado”.
Segundo os dados do relatório a média global de risco não ponderada subiu de 41,12 para 41,68 nos primeiros três meses de 2016. O risco acelerou tanto nos mercados emergentes como nas economias desenvolvidas, atingindo, no caso dos primeiros, uma pontuação de 49,37 e, no caso do segundo conjunto, 33,42, na actualização do segundo trimestre.
A Suécia permanece no primeiro posto (risco menos elevado), com o apoio do seu forte crescimento económico. Todavia, o mercado imobiliário “em célere ascensão” continua a originar “preocupaçõe de sobreaquecimento”, levando a pontuação do país a aumentar em 1,5 pontos. De acordo com a consultora os quatro primeiro países no índice – Suécia, Suíça, Estados Unidos e Singapura – registaram um regresso ao aumento do risco nesta última actualização.
Por sua vez, Reino Unido e Qatar registaram também aumentos nas suas pontuações de risco, resultantes do “downgrade” do seu rating para B1. De acordo com a Timetric, o perfil de risco do Qatar, que se tem vindo a degradar, reflecte “a deterioração da posição fiscal do país, devido aos baixos preços do petróleo e ao consequente impacto negativo que isto terá no investimento em infra-estruturas”.
Já o Reino Unido caiu seis lugares nos rankings, para a 15.ª posição, uma performance que segue o resultado do referendo do país referente à sua permanência na União Europeia, realizado no passado mês de Junho. O resultado que leva o país a deixar de ser um estado-membro criou “um alto nível de incerteza política e económica, não apenas no Reino Unido, mas também entre os maiores mercados da União Europeia”. Existe, segundo a consultora, uma preocupação crescente relativamente ao progresso de um conjunto de projectos de infra-estruturas de grande escala no país, dada a alteração da liderança do Governo.
No total, foram 34 os países que registaram agravamentos nos seus perfis de risco na actualização do segundo trimestre e a Timetric destaca que, apesar da recuperação dos preços do petróleo, estes continuam em “níveis baixos”, o que “continua a ter um impacto negativo nas economias e indústrias da construção em países exportadores de petróleo, especialmente nos do Médio Oriente”.