Arábia Saudita e África do Sul lideram projectos de energia na região MEA
Valor total da carteira de projectos para produção de energia nesta região corresponde a 876,6 mil milhões de dólares (792,4 mil milhões de euros)
Pedro Cristino
TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha
Century 21 Portugal espera “crescimento” nos próximos anos
A estratégia da MAP Engenharia, as casas impressas pela Havelar, o ‘novo’ rumo da Mexto e a TRAÇO no CONSTRUIR 503
Consumo de cimento aumentou 23,6% em Janeiro
Encontro de Urbanismo do CIUL regressa com ‘Há Vida no Meu Bairro’
Autódromo Internacional do Algarve desenvolve CER com SES Energia
Rita Bastos assume direcção da Sekurit Service e da Glassdrive Portugal
Dst ganha obra de 5M€ para Volkswagen Autoeuropa
IP conclui intervenção no Viaduto Duarte Pacheco
Hydro produz primeiro lote de alumínio reciclado com pegada de carbono quase nula
A Arábia Saudita e a África do Sul lideram o conjunto de mercados da região do Médio Oriente e África (MEA) em termos de construção de projectos de produção energética.
Segundo um relatório da Timetric, o valor total da carteira de projectos para produção de energia nesta região corresponde a 876,6 mil milhões de dólares (792,4 mil milhões de euros), sendo a Arábia Saudita e a África do Sul responsáveis pela maior parte deste valor, com “pipelines” de projectos avaliados em 275,5 mil milhões de dólares (quase 250 mil milhões de euros) e 167,4 mil milhões de dólares (151,3 mil milhões de euros), respectivamente.
Com base nos projectos registados pelo Construction Intelligence Center (CIC), o sector nuclear tem a carteira com o valor mais elevado – 367,5 mil milhões de dólares (332 mil milhões de euros), com a Arábia Saudita a ser responsável por 211 mil milhões de dólares (190 mil milhões de euros). As centrais a gás estão no segundo lugar, com um valor de 149,4 mil milhões de dólares (135 mil milhões de euros).
As renováveis estão a conquistar terreno em termos de se constituírem como alternativas ao investimento em combustíveis fósseis, com os projectos de energia solar a agregarem um valor de 126,5 mil milhões de dólares (114 mil milhões de euros), à frente das hidroeléctricas, com 46,1 mil milhões de dólares (41,6 mil milhões de euros) e das eólicas, com 20,1 mil milhões de dólares (18,1 mil milhões de euros).
De acordo com a consultora, a Arábia Saudita lidera nos sectores nuclear, de gás e de petróleo e é um dos três países na região – juntamente com Iraque e Zimbabwe – que investem no sector petrolífero. Uma vez que tanto a Arábia Saudita como o Iraque são grandes produtores de petróleo, este combustível constitui “uma parte crucial da estratégia de geração de energia” dos países.
Por sua vez, a África do Sul apresentou o maior investimento nas centrais a carvão, seguida pelo Egito, e encontra-se “historicamente dependente do combustível como um dos principais produtores de carvão”. Já o Egito não tem um historial de produção de energia a partir de carvão, mas planeia ter 15% da sua capacidade de produção energética abastecida por este combustível até 2030, embora permaneça ainda dependente do carvão importado.
Entretanto, a Nigéria ultrapassa os outros países no sector solar, com projectos avaliados em 39,5 mil milhões de dólares (35,7 mil milhões de euros). De acordo com a Timetric, isto deve-se, em grande parte, ao “substancial investimento” por parte do Governo nigeriano neste sector para ligar a sua população a uma fonte de energia.
“Apesar de os países no Médio Oriente e em África começarem a investir em combustível renovável, com países como a Nigéria a liderarem na energia solar, como o Quénia na geotermia, e a Etiópia nas hidroeléctricas, a produção de energia através do nuclear permanece uma parte significativa da estratégia da Arábia Saudita, África do Sul, do Irão e dos Emirados Árabes Unidos”, afirmou Neil Martin.
Para o gestor do CIC e economista-chefe da Timetric, “Gás, petróleo e carvão continuam a ter um papel significativo na estratégia energética para a maioria dos países estudados, dado que as necessidades energéticas do crescimento demográfico e do aumento da industrialização direccionam investimentos para estes sectores”.