Venda de casas aumenta em todas as regiões do país
À imagem do reforço da actividade do mercado de compra e venda de casas, os preços também sobe, aumentando pelo 19.º mês consecutivo, em Junho.
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A mais recente edição do Portuguese Housing Market Survey (PHMS), elaborado pela Confidencial Imobiliário (Ci) e pelo Royal Institute of Chartered Surveyors (RICS), conclui que, em Junho, a venda de casas subiu “ao ritmo mais elevado desde Setembro do ano passado”.
Segundo os dados deste inquérito mensal, registaram-se aumentos do volume de transacções “em todas as regiões analisadas, nomeadamente Lisboa, Porto e Algarve”. As expectativas apontam agora para um aumento ainda maior da venda de casas ao longo do próximo trimestre em todas as regiões.
À imagem do reforço da actividade do mercado de compra e venda de casas, os preços também sobe, aumentando pelo 19.º mês consecutivo, em Junho. Nesta área, as expectativas são, também, “bastante positivas, com os inquiridos a anteciparem um aumento de 3% no preço das casas a nível nacional nos próximos 12 meses”.
O Algarve é o mercado onde se prevê um aumento de preços mais acelerado (4%), seguindo-se Lisboa (3%) e Porto (1,5%).
Segundo o director da Ci, “os mediadores continuam a afirmar que a procura internacional se mantém como o principal factor para suportar as suas expectativas” e Portugal “parece estar no local certo para beneficiar da incerteza que afecta os outros mercados e das vantagens fiscais que oferece aos investidores”.
“Obviamente que tal não se verifica em todos os mercados, estando particularmente a impulsionar a região de Lisboa (incluindo o próprio concelho de Lisboa)”, acrescenta Ricardo Guimarães, referindo, contudo, que outras localizações “estão a começar a aparecer nos radares dos investidores estrangeiros, o que vai permitir que surjam mais oportunidades noutros locais”.
Por sua vez, Simon Rubinsohn destaca que “o aumento da confiança dos consumidores, a flexibilização das condições de crédito e a melhoria constante do mercado de trabalho estão a suportar o crescimento da actividade no mercado imobiliário”.
“Além disso, as perspectivas mantêm-se sólidas, embora muito vá depender da força da economia e se a recuperação consegue ganhar impulso”, frisou o economista sénior do RICS.