Garcia, Garcia constrói unidade industrial de 50M€ para a Eurocast
É a segunda unidade industrial que a construtora edifica para a multinacional francesa
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A Garcia, Garcia voltou a ser escolhida pela Eurocast – Grupo GMD para construir mais uma unidade industrial da multinacional francesa em Portugal, que representa um investimento de 50 milhões de euros.
A construtora especializada na construção de unidades industriais tem assim sob sua responsabilidade o segundo projecto chave-na-mão para a Eurocast – o terceiro do grupo gaulês em Portugal – nove meses depois de ter concluído a primeira unidade em Arcos de Valdevez. Neste âmbito, a construtora está a edificar “a maior fábrica do Grupo GMD” no Eco-Parque Empresarial de Estarreja.
Em comunicado de imprensa, a Garcia, Garcia explica que em ambas as unidades a sua participação começou na identificação e selecção da localização, assinando também os projectos de arquitectura e engenharias, além da execução. Esta unidade em Estarreja consistirá numa fundição injectada de alumínio para componentes automóveis e tem conclusão prevista para Dezembro próximo.
Em comunicado de imprensa, a administração da construtora destaca que a selecção da empresa se deve ao “elevado grau de especialização neste tipo de unidades, e cumprimento de prazos que, neste tipo de construção, são sempre muito rigorosos, já que uma derrapagem mínima redunda em perdas de milhares de euros”.
A empresa, que iniciou este ano os trabalhos de construção, refere que teve de concluir “em apenas três meses” 12 mil metros quadrados da área de produção, com o objectivo de satisfazer “as necessidades operacionais e produtivas da Eurocast”. A restante zona de produção terá de estar concluída em Outubro.
Solução estrutural em betão
Para concretizar a obra, a Garcia, Garcia definiu uma solução estrutural em betão, sendo que, “de forma a acelerar os processos construtivos e, assim, promover a rapidez da implementação estrutural da obra, toda a zona de produção será ocnstruída com recurso a estruturas de betão pré-fabricado”.
Por sua vez, e para “permitir a maximização da área útil interior e a eliminação dos obstáculos físicos estruturais nesta parte da área e produção, potenciando a flexibilidade e adaptabilidade do layout industrial às necessidades da empresa, foram definidos apenas nove pilares interiores”. A restante área produtiva – com 9 mil metros quadrados – foi preparada para receber pontes rolantes de elevada qualidade.
O rigor do processo e o equipamento produtivo exigiu “uma extensa rede de galerias técnicas subterrâneas com sete metros de profundidade e 680 metros de extensão”. “Estas galerias foram concebidas para enquadrar todas as redes técnicas e infra-estruturas de suporte à produção, assim como um inovador sistema de recolha e encaminhamento automático de matéria-prima não aproveitada para reutilização”, realça, em comunicado, a administração da construtora.
Segundo a mesma fonte, esta solução de construção “evidencia uma concepção que visa minimizar a pegada ambiental e incrementar a eficiência energética da unidade industrial”. Neste domínio, o grupo destaca ainda as soluções previstas para isolamentos térmicos e acústicos de elevada performance, sistemas de iluminação tipo LED e promoção de iluminação zenital. Esta unidade industrial será ainda equipada com um “avançado sistema de gestão de resíduos e estações de tratamento de efluentes próprias”.
O edifício desenvolve-se em três áreas funcionais distintas: social e administrativa, produtiva e técnica. No piso térreo, a zona de produção industrial subdivide-se numa área de 9 mil metros quadrados, onde serão implementadas prensas, e numa outra de 12 mil metros quadrados, já concluída, para maquinagem. “Funcionalmente operam num único espaço, apenas com compartimentações para espaços técnicos e pequenos gabinetes de apoio”, explica o comunicado.
O bloco social e administrativo, localizado a norte da unidade, organiza-se em duas áreas distintas – administrativa e social – divididas por duas pisos. Esta organização, definida em fase de projecto, permite “a sectorização funcional do edifício, com duas entradas distintas, promovendo a funcionalidade e adequação dos espaços”.