Gadgets trazem novas preocupações ao espaço público
Efeito Pokemon Go obriga especialistas a repensar as acessibilidades e segurança no espaço público
Ana Rita Sevilha
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Muitos são os desafios que se colocam ao nível do urbanismo quando se trata de desenhar e construir territórios públicos que assegurem segurança nas várias formas de mobilidade dos cidadãos.
Por exemplo, alertado por acidentes envolvendo jogadores de Pokémon GO, a empresa australiana Büro North, desenvolveu um conceito de semáforos para o chão, para evitar que pedestres distraídos com smartphones atravessem as estradas sem olhar.
Soren Luckins, director da empresa australiana disse à Dezeen que “quando o efeito Pókemon Go chegou a Melbourne, o número de pessoas que atravessava as estradas a olhar para o telemóvel foi surpreendente. Foi nessa altura que nos percebemos que tínhamos soluções e infra-estruturas redundantes que não se tinham adaptado ou evoluído para acompanharem as mudanças do comportamento humano”.
O sistema não é novidade por cá, garante ao CONSTRUIR, Fernando Lima Pacheco, arquitecto especialista em acessibilidade e segurança, referindo a existência de “avisadores” ao nível do chão em algumas zonas da cidade. Tratam-se de instalações interactivas que usam a tecnologia de captura de movimento e brilham a vermelho quando não se pode passar e a verde quando é seguro atravessar a estrada, explica.
Segundo Lima Pacheco, “o uso dos gadgets electrónicos tais como os smartphones ou os mp3 , trouxeram novas preocupações em matéria de segurança dos peões na utilização do espaço público. Esta nova realidade, produziu a implementação de medidas estratégicas que resultaram na necessidade de baixar a informação semafórica de trânsito, para o campo de visão dos utilizadores que caminham pelas vias pedonais, absorvidos pelos conteúdos destes dispositivos”.
Contudo, explica o arquitecto que esta mesma preocupação de segurança, “comunga com as expectativas e necessidades de pessoas com limitações visuais, ou outras sem limitações que em dado momento apresentam dificuldades na visualização e percepção da cor da informação ou por motivo de encandeamento solar”.
A título de exemplo, Lima Pacheco refere “os semáforos inseridos no pavimento, como redundância comunicativa aos semáforos instalados junto aos atravessamentos pedonais (solução instalada no Terreiro do Paço em Lisboa), ou informação luminosa instalada em inibidores de estacionamento /“pilaretes” (solução adoptada pela cidade de Pontevedra, em Espanha), são algumas das estratégias de comunicação preventiva de segurança, direccionadas para a inclusão de todos os cidadãos”.