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    Engenharia

    “O grande desafio da investigação é o financiamento”

    João Ramôa Correia, docente do DECivil do Técnico, foi galardoado pelo International Institute for FRP in Construction (IIFC), com o Distinguished Young Researcher Award 2016

    Pedro Cristino
    Engenharia

    “O grande desafio da investigação é o financiamento”

    João Ramôa Correia, docente do DECivil do Técnico, foi galardoado pelo International Institute for FRP in Construction (IIFC), com o Distinguished Young Researcher Award 2016

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    João Ramôa Correia, docente do Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos (DECivil), do Instituto Superior Técnico, foi galardoado pelo International Institute for FRP in Construction (IIFC), com o Distinguished Young Researcher Award 2016. Em entrevista ao Construir, Ramôa Correia revela que vê este prémio como o reconhecimento do trabalho de toda uma equipa e também como a prova de que Portugal tem cartas para dar na área da investigação, apesar dos parcos recursos e da quebra do financiamento

     

    O que significa para si receber o prémio da IIFC?

    É, obviamente, um grande orgulho, que representa o reconhecimento não só do meu trabalho, mas, sobretudo, do trabalho de uma equipa. Quando o recebi, partilhei-o imediatamente com a minha equipa, com os meus alunos de doutoramento, com os investigadores de pós-doutoramento. Este trabalho deve-se, em grande medida, a eles. Este prémio foi uma boa prova de que, num país com poucos recursos, é, por vezes, possível fazer um bom trabalho.

    Que trabalho tem vindo a desenvolver no âmbito da conquista deste galardão?

    O prémio não distingue um trabalho em particular. Foi uma distinção do currículo e do conjunto de trabalhos feitos na área. O prémio é atribuído pelo IIFC e esta organização tem dois prémios: um que é uma medalha para séniores, pelos contributos de vida que deram à área e, depois, tem este prémio, destinado a “jovens”, até 40 anos e que, basicamente, o que tem em conta é a investigação – os projectos de investigação e o contributo para o avanço do conhecimento na área, aplicações práticas, valorizando muito o contributo para realizações, obras. Aqui no Técnico, felizmente, depois de alguns anos a fazer investigações de base, tivemos oportunidade de estarmos envolvidos em projectos de construções, em compósitos. Um terceiro aspecto considerado pelo IIFC relaciona-se com o contributo para ensino na área. Aqui, começámos a dar formação nesta área dos compósitos em engenharia civil. O último aspecto é a formação de jovens investigadores, com teses de mestrado e doutoramento.

    É o premiar de um longo currículo não só em investigação, mas ensino e também prática de engenharia…

    No meu caso, não será assim tão longo. Trabalho neste campo há 15 anos. Diria que é intermédio.

    Quais as vantagens dos compósitos reforçados com fibra?

    Estes materiais são encarados, na engenharia civil, como novos, mas já têm umas décadas noutras indústrias. Começaram por ser utilizados na indústria naval, também na aeronáutica, na indústria automóvel e, depois, noutras aplicações como raquetes de ténis, tacos de golfe, pranchas de surf, etc. É um material que é muito resistente, mecanicamente, mas claro que há diferenças em função dos “ingredientes” que lá colocamos e essa é outra das vantagens do material: nós podemos “engenheirar”, combinar diferentes resinas, diferentes fibras, que poderão ser orientadas em diferentes direcções, colocadas onde as queremos, o que o torna um material manipulável. Mas além da elevada resistência mecânica, como vantagens temos a leveza – são materiais muitíssimo mais leves do que aqueles com que costumamos trabalhar – e a vantagem que acho que tem sido crítica, determinante, na engenharia civil é a durabilidade. O grande impulso para a sua utilização na engenharia civil ocorreu quando começámos a ter grandes problemas de durabilidade, sobretudo em países que começaram a construir antes de nós, como os do Centro e Norte da Europa – na altura do grande “boom” da construção, a seguir à Segunda Guerra -, Estados Unidos e Canadá. Esses países, para além de terem uma construção em betão armado mais antiga do que a nossa, têm outro problema que são os sais anticongelantes, por causa da neve. Começou a aparecer uma quantidade significativa de pontes com problemas de corrosão e estes materiais passaram a ser vistos como uma alternativa muito importante para essa aplicação, pelo facto de ser mais durável.

    Tem uma aplicabilidade que cobre todo o espectro da construção?

    Estes materiais existem em várias tipologias. Temos uma primeira, que já é uma solução comercial standard, que consiste nos sistemas de reforço em CFRP – de carbono – e que já conhecida pela maior parte dos nossos projectistas. Não sei se todos se sentem confortáveis para utilizar esta solução, mas diria que muitos a utilizam com uma base regular. São laminados – ou em mantas – que barramos com uma camada de adesivo e colamos ao elemento que queremos reforçar. É uma solução que vem substituir uma outra solução alternativa de reforço com chapas metálicas por ser muito mais leve.

    É um material dispendioso?

    Nesta solução de CFRP já é mais barato. Há vários estudos que mostram que esta solução, mesmo em termos de custo directo, inicial, já é mais económica do que a solução alternativa em chapas metálicas. Neste campo, é um sucesso comercial, é uma solução que já é utilizada em larga escala. A segunda aplicação, que é aquela em que mais temos trabalhado no Técnico, são os perfis pultrudidos. São uns perfis que têm a forma das secções do aço, que têm sido utilizados para substituir o aço, tanto em construção nova como na reabilitação, em substituição de elementos degradados. Uma terceira solução que em Portugal é ainda pouco utilizada, mas que tem bastante potencial sobretudo para zonas corrosivas, são os varões para substituir varões metálicos dentro do betão armado. Tem a vantagem de não corroer. Aqui tentamos sempre distinguir duas coisas: uma delas é o custo inicial e a outra é o custo de ciclo de vida. É algo que nem todos os decisores têm em conta como deviam.

    É mais durável do que o aço?

    Sim. Contudo, pensava-se que estes materiais tinham uma durabilidade ilimitada, um pouco à imagem do aço dentro do betão armado – há um estudo interessante do início do século XX que diz que se encontrou finalmente uma forma de evitar a corrosão do aço: basta colocá-lo dentro do betão. Descobrimos agora que isso não é verdade, depois de termos gasto muito dinheiro em obras de betão armado. A última aplicação, em que também temos trabalhado bastante, são os painéis sanduiche, que já são utilizados na aeronáutica. São duas lâminas de FRP e, no meio, há um núcleo de um material isolante, ainda mais leve, como espumas poliméricas, por exemplo.

    Em que áreas tem sido aplicada essa solução?

    Esta solução tem sido usada em painéis de fachada de edifícios – menos estrutural – e também em tabuleiros de pontes e painéis para cobertura. Estamos a estudar uma solução destas para reabilitação de pisos de edifícios.

    Quais são os desafios que a investigação enfrenta, actualmente, no campo da engenharia?

    O grande desafio que temos neste momento, transversal a todo o país, é a questão do financiamento. É cada vez mais difícil obtê-lo. Há cerca de 10, 15 anos atrás, uma boa ideia e uma boa equipa teriam, com uma probabilidade de sucesso muito elevada, financiamento, fosse através dos projectos que a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) abria todos os anos, fosse através de projectos em colaboração com a indústria, financiados pela Agência da Inovação. O sistema universitário em Portugal cresceu muito, e na área da Engenharia Civil cresceu imenso, para dar resposta a necessitadas sentidas, na altura, pelo “boom” da construção e o financiamento foi diminuindo. Temos cada vez mais pessoas que fazem óptimos trabalhos a concorrer e temos cada vez menos dinheiro. Inevitavelmente, as taxas de sucesso são muitíssimo baixas. Estamos a falar de valores na ordem dos 5% a 10%, o que é muito reduzido. Acresce na zona de Lisboa uma outra dificuldade que é a impossibilidade de concorrermos a projectos da Agência da Inovação em igualdade de circunstâncias com as instituições das outras zonas do país, porque somos uma zona considerada rica. Só temos uma taxa de financiamento a 40% e é impossível para a universidade suportar os restantes 60%. Para além disso se formos ver as linhas temáticas do financiamento comunitário, o RIS3, na zona de Lisboa não há praticamente nada relacionado com a indústria, em geral, e com a indústria da construção, em particular. Por outro lado está-se a privar as indústrias de outras zonas do país da colaboração e “know-how” que existe nas universidades da zona de Lisboa. Antevejo uma terceira dificuldade, que penso que será igualmente grave, que é a diminuição do número de alunos. Isso vai ligar com a investigação porque nós, nos últimos anos, com os projectos que ganhamos, temos de contratar alunos de doutoramento e temos tido alunos excepcionais. Temos alunos óptimos a concorrer às bolsas que abrimos, e a investigação resulta disso – dos bolseiros e dos alunos de doutoramento que fazem os trabalhos e são responsáveis por levar esta área adiante. Com a redução do número e da qualidade dos alunos, a massa crítica vai diminuir.

    A diminuição de alunos tem afectado o Técnico?

    Antes da crise, estávamos numn regime relativamente estacionário. Entravam à volta de 1.500 alunos no sistema público, em Engenharia Civil. Com a crise, em dois ou três anos, o número de candidatos diminuiu para 250/300, portanto, mais de cinco vezes. Como é que essa redução se reflectiu? Em primeiro lugar, nos politécnicos. Secaram. Temos muito poucos politécnicos com alguma procura. Por sua vez, as universidades foram afectadas em Coimbra, no Minho, bem como a Nova de Lisboa. As escolas que mantiveram ainda um número considerável de candidatos foram o Técnico e a Universidade do Porto. Tivemos de reduzir ligeiramente o número de candidatos. Penso que, para o ano, o Técnico terá pouco menos 150, quando tínhamos 185. Agora, para mim, o que é dramático é a qualidade. Quando entrei aqui, a nota mínima era quase 16. Entravam 185 pessoas com média superior a 15 e, agora, a média é 12. E há ainda outra questão importante que é a vocação. Antigamente, os alunos que entravam tinham Engenharia Civil como primeira opção. Agora temos mais de metade dos alunos que não entraram na primeira opção. Vêm para Engenharia Civil, porque não conseguiram entrar para outros cursos.

    Por outro lado, é uma formação que permite aos licenciados trabalharem além da área da engenharia civil…

    É daqueles cursos de largo espectro que permite trabalhar não só na engenharia civil – que é, por si, uma área muito larga – mas em áreas como gestão, na banca, em consultoria, em seguros, na indústria. Isso vem, naturalmente, da organização do curso, da capacidade de formação de problemas – “problem setting” – e de resolução dos mesmos que os alunos acabam por adquirir e da capacidade de trabalho associada a bases muito fortes de física e matemática, útil em muitas áreas.

    Acha que falta aos estudantes conhecerem essa vertente do curso para concorrerem mais a Engenharia Civil?

    Sim. Falta muito. A Engenharia Civil sempre foi uma área apelativa, que não precisou de fazer publicidade e de mostrar as coisas boas que existem e que se fazem. Nós estamos a despertar para essa necessidade e isso tem de ser reforçado, e tem de ser uma aposta, talvez da Ordem dos Engenheiros, que já tem feito esforços nesse sentido. As universidades estão também a despertar para essa necessidade.

    Preocupa-o a redução da procura nesta área?

    Preocupa-me até certo ponto. Não era sustentável termos 1.500 candidatos para Engenharia Civil todos os anos. Tivemos um volume muito grande de obra que era necessária para desenvolver o país, mas não podíamos continuar a alimentar a economia de uma forma artificial, com mais obras públicas que não eram necessárias. Mesmo na área privada, as necessidades de habitação estão, em grande medida, satisfeitas. Agora é cuidar do que existe. Em termos de racionalidade da economia, não fazia sentido estar a gerar todos os anos 1.500 engenheiros civis para depois irem para o desemprego. A procura dos alunos ajustou-se à necessidade do mercado. Não sei é se essa redução não terá sido demasiado elevada face àquilo que talvez venha a ser necessário daqui a uns anos, em termos de engenharia civil. Há quem diga que, daqui a uns anos, teremos falta de engenheiros civis. Possivelmente teremos, a muito curto prazo, uma quantidade maior de engenheiros civis a reformarem-se do que novos engenheiros civis a entrarem no mercado.

    Com os desafios que referiu, a investigação na área da Engenharia Civil permanece dinâmica?

    Sim, muito dinâmica. Surpreendentemente, em face das condições económicas do país e da redução do financiamento, temos tido resultados absolutamente extraordinários. Não só o Técnico, mas a Engenharia Civil, em geral, em Portugal. Temos áreas de excelência, em que somos muito bons a nível internacional. Num dos rankings mais importantes a nível internacional – o de Taiwan – classificámo-nos como a oitava melhor escola europeia, 36.ª no mundo. Se dividíssemos o financiamento per capita desse ranking, não tenho dúvidas que estaríamos muito próximos dos três primeiros lugares. De facto, com Minho, Porto e Coimbra, temos investigação de excelência por todo o país.

    Existe uma rede nacional de colaboração entre as universidades para a investigação?

    As colaborações são feitas, sobretudo, a nível individual. São investigadores em diferentes escolas, com interesses comuns. Houve uma iniciativa de sucesso que promovemos no Técnico, em colaboração com outras escolas, que foram os programas doutorais. Conseguimos financiamento através da FCT para um programa doutoral em construção eco-eficiente, que junta Técnico, Minho, Coimbra, Porto, Universidade Nova de Lisboa e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil que conseguiu 36 bolsas de doutoramento em quatro anos. É um bom exemplo de como se pode fazer colaboração entre diferentes universidades.

    Como se poderá cativar mais alunos para esta área?

    Há dois aspectos diferentes. Um deles é a necessidade que o país tem da profissão de engenheiros civis e aí penso que não vamos precisar da quantidade de engenheiros civis que precisávamos antigamente. O segundo ponto é a qualidade do curso. Sendo um curso que permite formar não só pessoas para trabalhar em engenharia civil, mas também pessoas para trabalharem noutras áreas, devemos ter a preocupação de torná-lo tão cativante quanto possível e melhorar a sua qualidade. Aqui sou um pouco conservador porque acho que já oferecemos um produto com muita qualidade. Temos de ter alguma reserva em introduzir mudanças drásticas no curso mas isso não quer dizer que não haja melhorias que possam ser feitas. Há claramente campo para melhorar, quer em termos de conteúdos, quer em termos de forma. Em relação aos conteúdos, acho que há áreas que têm de ser reforçadas. São necessidades actuais, como a questão da reabilitação. Houve uma melhoria, mas ainda deve ser reforçada a formação nessa área, como na área da sustentabilidade e da energia, e ainda a componente de gestão e de empreendedorismo. Depois há outros aspectos mais formais, como a ligação à indústria, ou a formação prática dos alunos durante o curso. É incipiente na generalidade dos cursos. Quando fiz Erasmus, era uma prática, em Paris, os alunos fazerem todos os verões, sem excepção, um estágio. Era obrigatório, fazia parte do currículo. Aliás, a redução de alunos, aqui, também facilita a introdução dessa componente na formação. É uma forma de promover a aproximação das universidades às empresas. Há escolas que têm feito isso, com bons resultados, o que mostra que, se as escolas derem o primeiro passo e convidarem as empresas para receberem os nossos alunos, a resposta será positiva. Outro aspecto que também acho que deve ser melhorado é o reforço da formação científica dos alunos. Para, durante o curso, permitir a integração de alunos nas equipas que fazem investigação nas universidades. Há alunos que têm, de certeza, todo o interesse em passar aqui um mês integrados numa equipa de investigadores e de alunos de doutoramento, a colaborar nas actividades em curso. Há ainda outro aspecto muito importante: flexibilizar o curso. Se olhar para os currículos da generalidade dos cursos de Engenharia Civil, verá que são muito rígidos. Os alunos têm muito poucas opções livres durante o curso. São encaminhados para um currículo com um conjunto de cadeiras até ao fim do terceiro ano. Escolhem um perfil, com opções muito limitadas, e só no quinto ano conseguem ter ali duas escolhas de cadeiras que podem fazer. Por exemplo, a Universidade de Eindhoven, nos Países Baixos, foi confrontada com uma redução drástica da procura nas engenharias em geral e teve de fazer um esforço enorme para repensar a oferta aos alunos e uma das conclusões a que chegou foi precisamente de que os cursos eram demasiado rígidos. Os alunos que tivessem interesse por fazer cadeiras de outras áreas diferentes não tinham essa possibilidade. Neste momento, no currículo da generalidade dos cursos de engenharia da Universidade de Eindhoven, apenas um terço é obrigatório. Os alunos têm a possibilidade de escolher dois terços das cadeiras – naturalmente com balizas, com alguma orientação.

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    Desenvolvido pela Finangeste, o edifício, em plenas Avenidas Novas, em Lisboa, conserva a fachada original. Além da venda, a mediadora acompanhou e apoiou o arquitecto no desenho e concepção do projecto

    A consultora imobiliária especializada no segmento luxo, Quintela e Penalva, acaba de anunciar o fecho de vendas do projecto residencial D’Avila. Desenvolvido pela Finangeste, investidor institucional que actua no mercado português há mais de 40 anos, o D’Avila foi um “enorme sucesso comercial”.

    O envolvimento do departamento de empreendimentos da mediadora foi significativo, tendo iniciado com o apoio ao arquitecto no desenho e concepção do projecto, desde o ajuste de plantas à introdução de amenities adaptadas em função das necessidades do mercado e à coordenação da criação integral do branding e infopack do projecto.

    Segundo Jorge Costa, COO da Quintela & Penalva, “o D’Ávila é um excelente exemplo de como o nosso departamento de empreendimentos, e o trabalho de desenvolvimento em estreita colaboração com os promotores, contribui para o sucesso comercial dos projectos e para a satisfação dos clientes”.

    Recuperado a partir de um edifício antigo, em plenas Avenidas Novas, em Lisboa, o edifício conserva a fachada original que, conjugada com a “leveza e simplicidade” da arquitectura contemporânea, apresenta um “cariz muito especial”.

    Os interiores foram projectados para oferecer o “máximo conforto”, enquanto as áreas comuns são onde os residentes podem aproveitar para desfrutar do spa e do ginásio.

    O D’Avila dispõe de 22 apartamentos, de tipologias T1 a T3, dos quais fazem parte duas penthouses duplex. Todas as unidades são “espaçosas e funcionais”, com vãos envidraçados, do chão ao tecto, e quartos todos em suite.

    O sucesso do D’Avila mostra, segundo Francisco Quintela, CEO da Quintela e Penalva, parceiro em Portugal da Knight Frank, “que Lisboa continua a estar no radar dos investidores e que os produtos de qualidade têm procura garantida”.

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    Com um investimento de quase 1,3 M€, a obra contempla a construção de seis núcleos necessários para instalação de 10 novos elevadores no bairro Padre Cruz e todas as intervenções necessárias associadas

    O programa de reabilitação dos bairros municipais de Lisboa ‘Morar Melhor’ apresentou esta sexta-feira, dia 26 de Abril, uma nova empreitada, no Bairro Padre Cruz. Com um investimento de quase 1,3 milhões de euros, acrescido de IVA, o projecto prevê a instalação de 10 elevadores em edifícios localizados na Rua Rio Sado e na Rua Rio Guadiana que vai beneficiar 201 fracções e aproximadamente 500 moradores.

    Está considerada na empreitada a construção de seis núcleos necessários para instalação de 10 novos elevadores e todas as intervenções necessárias para cumprimento da legislação de segurança, segurança contra incêndios, acessibilidades, iluminação, electricidade e ventilação. Serão, ainda, construídas duas rampas para assegurar o acesso necessário em dois dos lotes.

    “Tendo em conta o número de pessoas idosas que aqui habitam, esta intervenção responde a uma necessidade que há muito tinha sido identificada e à qual conseguimos agora responder. Esta instalação é totalmente nova, o que eleva ainda mais a importância deste investimento e o impacto na qualidade de vida dos moradores”, refere Fernando Angleu, presidente do Conselho de Administração da Gebalis.

    Esta empreitada faz parte de um conjunto de 58 que compõem o Plano de Reabilitação acordado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Gebalis e que teve início em 2023. Até ao final de 2024 estarão concluídas as primeiras obras de reabilitação dos bairros 2 de Maio, Açucenas, Alfinetes, Boavista, Bom Pastor, Condado, Flamenga, João Nascimento Costa, Padre Cruz, Rego e Telheiras Sul.

    Considerado o maior investimento realizado na habitação municipal desde o Programa Especial de Realojamento (PER), o ‘Morar Melhor’ inclui intervenções de fundo em 478 edifícios, impactando 8614 frações, e reabilitação directa de 1545 fogos habitacionais.

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    Reabilitação Urbana abranda ritmo de crescimento

    Os dados obtidos no último inquérito realizado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, AICCOPN, junto dos empresários do sector que actuam no segmento da Reabilitação Urbana revelam abrandamento do crescimento do nível de actividade

    De acordo com os dados obtidos no inquérito realizado pela AICCOPN, observa-se um abrandamento da tendência de crescimento do índice Nível de Actividade, que registou em Março, um crescimento de 1,4%, em termos homólogos, Já o índice qualitativo referente à evolução da Carteira de Encomendas observou um decréscimo de 3,3%, face ao apurado no mesmo mês de 2023.

    Relativamente à Produção Contratada, ou seja, quanto ao tempo previsto de laboração a um ritmo normal, no mês de Março, fixou-se em 10,3 meses, o que corresponde a um aumento em relação aos 8,5 meses registados em Março de 2023.

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    EDIH DIGITAL Built com apresentação pública

    O consórcio do EDIH DIGITALbuilt vai realizar o primeiro evento de apresentação pública, no próximo dia 30 de Abril na sede da Ordem dos Engenheiros. O projecto tem como objectivo contribuir para aumentar a competitividade, sustentabilidade e eficiência do sector AEC e aumentar a eficiência da administração pública na temática do ambiente construído

    Financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência, DIGITALbuilt é um European Digital Innovation Hub (EDIH) que unifica três clusters na temática do ambiente construído: arquitectura, engenharia e construção, recursos minerais e ferrovia. Conta com a parceria do BUILT CoLAB, de Centros de Interface Tecnológica (ITECONS, StoneCITI, Centro de Competências Ferroviárias e INESC TEC) e com outras entidades de suporte (FI GROUP e FNWAY).

    Este EDIH, irá disponibiliza às PME e à administração pública, quando aplicável, serviços de transformação digital, capacitação, inclusão digital, apoio à procura de financiamento e de intermediação, serviços de incubação de PME e diagnósticos de maturidade digital. Tem como objectivo contribuir para aumentar a competitividade, sustentabilidade e eficiência destes sectores e aumentar a eficiência da administração pública na temática do ambiente construído.

    No painel de Oradores, encontra-se confirmada a participação do deputy head da unit “Digital Transformation of Industrial Ecosystems” na DG CONNECT da Comissão Europeia, Gaspard Demur e da vogal do conselho de administração da ANI, Sílvia Garcia.

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    @Miguel Nogueira e Filipa Pinto

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    Porto: Infraestruturas desportivas com investimento superior a 17 M€

    Através da GO Porto, a Câmara do Porto, investiu nos últimos seis anos no alargamento e renovação de uma dezena de infraestruturas polidesportivas da cidade

    tagsPorto

    A aposta do município do Porto na saúde e desporto acessível para todos foi reforçada com mais de 10 obras dedicadas à prática de exercício físico. Entre empreitadas já inauguradas, em curso ou ainda em projecto, o investimento supera os 17 milhões de euros, em zonas distintas da cidade, como Ramalde, Lordelo do Ouro, Paranhos ou ainda Campanhã.

    Entre as principais infraestruturas novas da cidade, é de realçar a empreitada do Campo Municipal do Outeiro, em Paranhos, num investimento municipal na ordem dos 5,5 milhões de euros, divididos por aquisição de terrenos, custos de projecto, empreitada e fiscalização.

    Com a construção das instalações desportivas, bancada com 510 lugares, edifício de apoio e respectivos acessos de circulação, a cidade deixou de ter campos pelados para a prática do futebol e devolveu ao histórico Sporting Clube da Cruz, assim como a outros clubes do Porto, um espaço de jogo digno.

    De forma a abranger mais modalidades e mais adeptos de um estilo de vida saudável, o Parque Desportivo de Ramalde/ INATEL, que está sob gestão da Ágora – Cultura e Desporto do Porto, oferece, desde 2017, uma pista de atletismo com seis corredores e um campo de relva homologado para a prática de futebol de 11 e de râguebi.

    Em 2019, foi inaugurado o Skate Park de Ramalde, dentro do complexo desportivo, onde crianças, jovens e adultos têm pela primeira vez um espaço onde podem aventurar-se nesta modalidade. Dois anos depois, a GO Porto avançou com a ampliação do espaço e a construção de um bowl.

    Neste momento, está a decorrer a segunda fase da empreitada neste Parque Desportivo, que engloba um novo campo de jogos de futebol e râguebi, com um edifício de apoio com bancada coberta, um recinto para as práticas de atletismo e de zonas de tiro ao arco. Esta última empreitada está orçada em perto dos 4,9 milhões de euros.

    A Piscina Municipal Engenheiro Armando Pimentel, da responsabilidade da empresa municipal Ágora, voltou a abrir portas, totalmente equipada e requalificada. Num investimento municipal a rondar os 2 milhões de euros, esta intervenção permitiu colmatar um conjunto de deficiências de carácter estrutural no interior e exterior do edifício.

    De forma a fomentar a prática de exercício físico na aprendizagem das crianças da cidade do Porto, o Município investiu, ainda, cerca de 400 mil euros na requalificação de 10 infraestruturas exteriores de seis Escolas Básicas: EB 2/3 António Nobre, EB 2/3 Areosa, EB 2/3 Manoel de Oliveira, EB 2/3 Pêro Vaz de Caminha e EB 2/3 Leonardo Coimbra.

    Entre as várias intervenções, contam-se novos pisos e equipamentos para diferentes modalidades desportivas: futebol, basquetebol e andebol, contribuindo assim para a integração social destas comunidades.

    Durante o primeiro trimestre de 2024, arrancaram também as obras na bancada do Campo do Viso, e nas infraestruturas elétricas do Estádio da Praia. Esta primeira empreitada, estimada em 215 mil euros, pretende requalificar a bancada existente, com vista à melhoria das condições de conforto, segurança e circulação.

    Já o Estádio da Praia, a maior infraestrutura desportiva sazonal gerida pela Ágora e que funciona há 15 anos com diversas competições e atividades, está a ser reabilitado ao nível do equipamento eléctrico e torres de iluminação, com um valor de empreitada de 79 mil euros.

    Com arranque previsto para o segundo semestre de 2024, o Campo Municipal de Campanhã, um novo equipamento desportivo com implantação em terreno entre a Rua de Justino Teixeira e as piscinas municipais, ainda carece do visto do Tribunal de Contas.

    Com uma área que ascende aos 17 mil metros quadrados, o espaço abrange um campo de jogos com bancada coberta, além de um edifício de apoio e novo arruamento com lugares de estacionamento. Este novo complexo desportivo tem um valor de empreitada na ordem dos 4,6 milhões de euros.

    Ainda em contratação de projeto encontra-se a Zona Desportiva Oriental, em Campanhã. Designada por Espaço Radical Zona Oriental, trata-se da construção de um parque de desporto com a instalação de um skate park, pump track, estações de street workout, basquetebol e escalada.

    Também em fase de contratação de projecto, a GO Porto tem ainda em mãos a construção de um novo complexo desportivo no Campo Municipal da Ervilha, que serve o Futebol Clube da Foz, com três campos de futebol com relvado sintético, bancada, balneários, ginásio, edifícios de apoio para áreas administrativas e arranjos exteriores.

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    Mapei leva nova gama de produtos à Tektónica

    A Mapei irá marcar presença de 2 a 5 de Maio no evento anual dedicado ao sector da construção, com a apresentação de uma nova linha de produtos dedicada ao segmento da reabilitação

    O fabricante mundial de produtos químicos para a indústria da construção marcará, uma vez mais, presença na Tektónica, uma feira que considera estratégica para divulgar soluções, estabelecer contactos estratégicos e acompanhar as mais recentes tendências do mercado.

    Em destaque nesta edição estará a sua nova linha Mape-Antique, uma gama completa de argamassas compostas por cal e eco-pozolana uma gama de produtos, completamente isentos de cimento, dedicadas à consolidação e reabilitação da alvenaria de edifícios de valor histórico e arquitectónico, realizados em tijolo, pedra, tufo ou alvenaria mista.

    Os produtos da gama Mape-Antique têm características físico-mecânicas muito semelhantes às das argamassas para alvenaria e rebocos utilizadas no passado, razão pela qual resultam mais compatíveis com qualquer tipo de estrutura original.

    Ao mesmo tempo, têm elevada resistência físico-química às acções agressivas, ambientais (chuva ácida, gelo-degelo e gases poluentes) e internas à alvenaria (sais solúveis e humidade). A maioria dos produtos Mape-Antique possui elevados valores de transpirabilidade e, no caso dos rebocos desumidificantes, de porosidade. Graças à sua estrutura macroporosa, são capazes de favorecer a evaporação da água presente na alvenaria muito mais do que as tradicionais argamassas para reboco de base cimentícia ou de cal-cimento. Este processo permite que as estruturas húmidas sequem, ou evitem a ascensão capilar de humidade, o que proporciona um maior conforto habitacional. Além disso, se estiverem presentes na alvenaria sais solúveis, estes cristalizam dentro dos macroporos, sem produzir tensões no reboco que o possam degradar.

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    Passivhaus Portugal com programa extenso na Tektónica

    A Passivhaus Portugal marca mais uma vez presença na Tektónica. Juntando num espaço próprio vários dos seus parceiros e criando várias dinâmicas de workshops e conversas em contínuo. Uma oportunidade para conhecer melhor este padrão que é também uma certificação

    Em conjunto com os parceiros em exposição, a Passivhaus Portugal construiu um programa de workshops práticos contínuos, com apresentação de soluções, formas de aplicação, resolução de problemas, e muito mais. Entre workshops poderá também assistir à apresentação de projectos Passivhaus e algumas conversas entre stakeholders da área.
    De notar que o sector da eficiência energética é o que mais vai crescer nesta edição da Tektónica. Não será por acaso. A procura de soluções de habitação, residencial e de escritório, que geram poupança ao mesmo tempo que garantem conforto, saúde para os seus habitantes, e protecção para o meio ambiente, está a crescer.

    “Porque é que em Portugal, um país com um clima ameno, temos de viver com maior desconforto dentro de nossa casa ou do escritório onde trabalhamos, do que alguém que vive num clima frio? Não faz sentido. E isso é algo que entre a classe profissional é já óbvio e começa a tornar-se também para o público em geral. O padrão Passive House dá resposta a todas as questões de conforto, saúde e eficiência e, em Portugal, de forma até mais simples do que, por exemplo, na Alemanha, uma vez que falamos do único padrão no mundo que é quantitativo e rigoroso. E esta é uma das mensagens que levamos para a Tektóncia”, afirma João Marcelino, presidente da Passivhaus Portugal.

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    OASRS apresenta conferência “As Brigadas de Abril”

    No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, a Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos recordou o estabelecimento e a acção do Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) na conferência “As Brigadas de Abril”

    O aprofundamento das pesquisas sobre o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL), corpo de especialistas criado em 1974 para desenhar e pôr em marcha soluções habitacionais para a imensa população dos bairros de lata, barracas e casas degradadas de Portugal, em coordenação com associações de moradores e os seus recursos eventualmente disponíveis, levou o arquitecto e investigador da CEAU-FAUP Ricardo Santos a afirmar-se espantado pela dimensão, heterogeneidade e desenvolvimentos do “processo”.

    Presente na sessão organizada pela Secção de Lisboa e Vale do Tejo “As Brigadas de Abril”, que decorreu no dia 23 de abril, na sede da Ordem dos Arquitectos, o arquitecto contextualizou o SAAL como um “processo”.

    “As pessoas não falam em projecto, começava antes da intervenção e continuava depois do projecto, com alta participação popular, a ideia de democracia directa, o controlo pelo povo, ao serviço do qual estavam os técnicos”, destacou.

    O SAAL registou 170 operações iniciadas, a construção de 76 bairros e o envolvimento de 42 mil famílias entre 1974 e 76, ano em que passou para a alçada das autarquias. “Só em Lisboa houve intenção de construir 17 bairros, sete chegaram à construção, dois foram terminados”.

    A arquiteta Lia Antunes, a preparar uma tese sobre a intervenção das mulheres no SAAL (no Darq-UC e Centro Interdisciplinar de Estudos de Género do ISCSP), destacou o papel das moradoras dos bairros de lata, a sua tomada da palavra como a primeira ideia de cidadania, a sua organização e o conhecimento sobre os fogos existentes, sobre as casas que seriam necessárias e sobre a composição das famílias. “As mulheres preparavam as palavras de ordem para as manifestações”, sinal da consciência da sua condição e da vontade reivindicativa.

    Quanto às técnicas, o seu papel é significativo, como foi o caso da arquiteta Ana Salta e de Manuela Madruga (da Brigada Técnica, nome das equipas técnicas do SAAL, maioritariamente com jovens arquitetos e estudantes, que viriam a elaborar planos e projetos e a diagnosticar as situações habitacionais) no Bairro Esperança de Beja; com Nuno Portas, a arquiteta Margarida de Souza Lobo tinha esboçado um modelo de intervenção multidisciplinar e de habitação evolutiva para o bairro de lata da Quinta do Pombal; a socióloga Isabel Guerra, que trabalhou nos bairros sociais de Setúbal, “em janeiro de 74 já tinha apresentado uma proposta para o Bairro da Liberdade que antecipava o SAAL”; “as assistentes sociais foram a cola do processo”, com presença diária nos bairros mediando conflitos, respondendo aos inquéritos sobre as condições físicas dos bairros, e sobre necessidades e desejos das populações. Houve também “uma dimensão internacional” com participação de técnicas de outros países e muitos outros exemplos de compromisso, de “urgência, intensidade, generosidade” podiam ser dados.

    Justamente sobre a “intensidade” dos trabalhos e da vivência que os caracterizou falou Adelaide Cordovil, assistente social e elemento da equipa do SAAL no Fonsecas-Calçada. “Já lá vão 50 anos, era tudo muito intenso. Estava a destapar-se uma panela de pressão?”. Adelaide Cordovil explicou que as pessoas acreditavam no que podiam transformar, tinham essas vontade e energia, aprendiam umas com as outras e tinham ideias claras e fundadas do que precisavam para as suas casas.

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    2024 será um ano de expansão para a Hipoges

    A Hipoges atingiu 49 mil milhões de euros em activos sob gestão a nível global até ao final do de 2023, mantendo uma taxa de crescimento contínuo em todos os países onde opera e avançando no seu plano de crescimento estratégico

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    O anúncio foi feito pelos líderes da Hipoges, Hugo Velez e Claudio Panunzio, durante o Town Hall 2024 realizado a nível global, que reuniu os quase 2.000 colaboradores que a Hipoges tem espalhados pelos seus 11 escritórios em Espanha, Portugal, Itália e Grécia.

    “Somos uma marca cada vez mais importante”, sublinha Hugo Velez. “O ano passado foi desafiante e 2024 também o é, mas continuamos a crescer, e fazemo-lo de forma sustentada e nos quatro países onde estamos presentes”.

    Claudio Panunzio refere que a Hipoges tem o desafio de “continuar a desenvolver as melhores práticas na gestão de activos”.”Ǫueremos concentrar-nos na nossa expansão internacional e tirar partido da nossa posição para continuar a crescer organicamente e também através de novas aquisições. Estamos actualmente a avaliar quatro ou cinco oportunidades de aquisição em Espanha, Portugal e Itália”.

    Durante o evento, a Chief Financial Officer da Hipoges, Marta Márquez, destacou a “clara tendência de crescimento” da empresa durante o ano de 2023, apesar do contexto de incerteza em que opera, o que lhe permite desfrutar de uma “sólida posição de mercado”.

    Já o Global Chief Operations da Hipoges, Juan Ramón Prieto, fez um balanço do desempenho da empresa em 2023, um ano em que “tivemos de superar grandes desafios devido à evolução da actividade jurídica e imobiliária em Espanha e Portugal”. Apesar dos atrasos nos prazos legais, da redução da quantidade de stock para venda e da queda das hipotecas, a Hipoges “conseguiu aumentar o volume de negócios e comercializar activos mais rapidamente do que o esperado, tanto em Espanha como em Portugal”.

    Durante o ano de 2023, a Hipoges reforçou as suas linhas de negócio e serviços, bem como a sua quota de mercado, através da criação de duas novas empresas e da aquisição de uma participação maioritária numa terceira: a KPI Hotel Management Solutions, especializada na gestão de hotéis e resorts, com presença em Portugal e Grécia; a Finanwin, uma plataforma de mediação hipotecária que opera em Espanha e Portugal; e a F&G, focada na gestão de documentação de activos financeiros.

    Durante a sua intervenção, Margarida Maia, Chief Services Officer, explicou que a equipa da Hipoges cresceu 15,8% em relação ao ano anterior, para 1.820 colaboradores no final de Dezembro de 2023 a nível global, e a empresa espera ultrapassar a marca dos 2.000 este ano. Foram abertos novos escritórios em Espanha, em Sevilha e na Corunha, e em Portugal, em Lisboa, existiu uma mudança para um novo escritório com uma capacidade mais adequada às necessidades da empresa.

    Durante o seu Town Hall 2024, a Hipoges avançou ainda as quatro grandes linhas do plano estratégico em que a empresa pretende alicerçar o seu crescimento: diversificação dos mercados geográficos e das linhas de actividade; aposta na inovação tecnológica; melhoria da eficiência e das margens de rentabilidade; e aposta na captação e fidelização de clientes.

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    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa

    Esta iniciativa representará uma redução de mais de 50 000 toneladas de CO2 equivalente por ano nas emissões provenientes do consumo de electricidade do Grupo

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    O Roca Group, líder mundial em design, produção e comercialização de produtos para a casa de banho, anunciou um contrato de compra de energia renovável a longo prazo (PPA – power purcha-se agreement), que terá vigência de dez anos, de 2025 a 2035, ligado às novas instalações solares Trévago I & II, situadas na província de Sória, em Espanha.

    A entrada em funcionamento das instalações de produção solar Trévago I e II está prevista para Julho de 2025. Estas instalações contam com uma capacidade de 86,84 MWp. Do total da capacidade, 80% destina-se ao Roca Group e prevê-se a produção de 120 GWh de energia limpa anualmente, o que corresponde ao volume necessário para abranger o consumo eléctrico de todas as operações do Grupo em território europeu.

    Os projectos estão a ser desenvolvidos pela Bruc Energy, uma empresa de produção de energia renovável, e contou-se com a consultoria jurídica da Baker McKenzie, por parte do Roca Group, e da Allen & Overy, por parte da Bruc, assim como com o apoio estratégico da Schneider Electric, através dos respectivos serviços de consultoria em PPA, no que respeita à coordenação de todo o processo.

    Este processo representará uma redução de mais de 50 000 toneladas anuais de CO2 equivalente, o que corresponde ao consumo de energia do Grupo na Europa. Trata-se de mais um objectivo atingido no plano de descarbonização do Roca Group que se vem juntar à recente entrada em funcionamento da primeira fábrica de produção de louça sanitária neutra em emissões de carbono a nível mundial. O Grupo acumula já uma redução de 39% nas respectivas emissões directas de CO2 equivalente e de 47% na respectiva intensidade energética entre 2018 e 2022, aproximando-se do objectivo de reduzir para zero as emissões líquidas em 2045.

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