SIL optimista face a investimento recorde de 2015 explora sinergia entre imobiliário e turismo
Após um ano de investimento recorde no mercado imobiliário português, os responsáveis do SIL – Salão Imobiliário de Portugal crêem quem essa onda de optimismo será visível na sua 19.ª edição, que terá lugar entre os dias 5 e 9 de Outubro, em Lisboa
Pedro Cristino
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Após um ano de investimento recorde no mercado imobiliário português, os responsáveis do SIL – Salão Imobiliário de Portugal crêem quem essa onda de optimismo será visível na sua 19.ª edição, que terá lugar entre os dias 5 e 9 de Outubro, em Lisboa. “Obviamente que a performance bastante favorável do sector imobiliário português no ano passado vai reflectir-se no SIL”, afirmou ao Construir Sandra Fragoso, revelando que a organização do certame quer que esse optimismo se reflicta “de forma sustentada”. “Vamos ter mais empresas, vamos ocupar mais espaço e temos mais actividades”, acrescenta a gestora do SIL. No ano transacto, o SIL recebeu 53 mil visitantes, um número que, para Sandra Fragoso, “reflecte bem a retoma do sector”. Segundo a responsável do Salão, “há um crescimento e um interesse cada vez maiores” por parte de investidores – estrangeiros ou nacionais – no mercado imobiliário português, “tanto a nível da compra, como do arrendamento”.
Sinergias
Como pontos fortes da edição de 2016, Sandra Fragoso destaca a manutenção da sinergia com os restantes eventos, que se realizam em paralelo com o SIL – Intercasa, Lisboa Design Show e Vintage Festival. Os vistantes vão, segundo Fragoso, “beneficiar de quatro eventos em simultâneo, onde poderão formar sinergias”. Por outro lado, “há também a nossa cerimónia de entrega de prémios – os mais importantes do sector imobiliário”. No âmbito desta cerimónia, serão distinguidos “projectos, empresas, personalidades”, com a entrega de prémios-carreira nas áreas da arquitectura, da engenharia e da reabilitação. A gestora do SIL destaca também o International Meeting Point (tradução livre, ponto de encontro internacional). “Teremos no Salão todo um espaço de encontro, de networking, de reuniões B2B, entre as empresas expositoras e os investidores que vêm visitar o SIL”, explica, destacando que a organização do certame tem vindo a apostar “em marcar presença em eventos no estrangeiro”, com destaque para China, França e Brasil. “Se, por um lado, o grande objectivo é promover o imobiliário português nestes mercados, por outro lado, é convidar os investidores a visitarem o SIL”, reforça. No SIL, os visitantes terão à sua disposição “mais de 200 mil imóveis disponíveis para compra e para arrendamento”. No âmbito do certame, os eventuais investidores poderão visitar os referidos imóveis para um contacto mais directo. “Acreditamos que teremos mais de 100 investidores estrangeiros presentes no SIL”, admite Sandra Fragoso. A responsável pela gestão do evento sublinha ainda a importância das conferências que preenchem o programa do Salão, explicando que, “cada vez mais, o turismo e o imobiliário estão interligados e, por isso, a nossa conferência vai debater esse tema”.
Expositores aumentam 10%
Se os responsáveis do SIL contam com o aumento do número de visitantes, face ao ano passado, o aumento dos expositores já está confirmado para 2016. “Vamos ter cerca de 300 empresas no SIL, um incremento de cerca de 10%”, afirma Sandra Fragoso, revelando que “o ano passado já foi bastante bom”. “A nossa taxa de fidelização é elevada e as empresa que participaram o ano passado continuam a participar”, declara a gestora do SIL, revelando também que há também novas empresas a marcar presença este ano, e sublinhando a presença do Turismo de Portugal, que fará assim a sua estreia no Salão. O aumento de visitantes e de empresas expositoras no Salão Imobiliário tem, para Sandra Fragoso, na qualidade, segurança, e rentabilidade que o mercado imobiliário português demonstra aos investidores. Por outro lado, é também resultado das missões internacionais que a Fundação AIP realizou. “A Fundação AIP acredita que, de facto, todas as acções que realizámos – e continuaremos a realizar – contribuiram e vão continuar a contribuir para o aumento do investimento estrangeiro em Portugal”, reforça a responsável do SIL.
Imobiliário como motor económico
Outro dos factores que tem contribuído de forma assinalável para o aumento do investimento no sector imobiliário nacional consiste nos vistos “Gold”, “uma política que existe em Portugal e em muitos países”. “No fundo, os mercados e os negócios estão em constante evolução e, em determinados períodos, surgem determinadas ferramentas, destinadas a vários países”, destaca Jorge Oliveira. Ao Construir, o director de Área de Feiras explicou que, “depois de uqm fluxo muito intenso de investimento chinês” no mercado imobiliário português, é normal que “surjam outras coisas, como o mercado francês sénior, ou o os residentes não-habituais”, que, por si, representam “oportunidades enormes”. Nesse sentido, um alvo importante para a edição deste ano do SIL é o mercado brasileiro “que está, neste momento, interessado em investir fora”. Para Jorge Oliveira, os mercados “são dinâmicos e, em determinadas alturas, há determinadas ferramentas que o país aproveita”. “Tem tudo a haver com o sentido de oportunidade no momento”, frisa o director de Área de Feira da FIL, destacando que “isso continua a ver-se no Salão”. Todavia, o mercado chinês mantém-se como “um mercado muito importante para a economia portuguesa, neste momento”. E esta importância não se limita ao imobiliário. “A verdade é que o imobiliário foi um pouco o motor de toda esta canalização de investimento para Portugal”, sublinha o responsável da FIL, explicando que “os modelos de investimento estão em constante mutação e Portugal teve a sorte de conseguir captar muito desse investimento e, daí, o grande salto que houve ao nível do investimento imobiliário”. Assim, é com “alguma ponderação e algum cuidado” que os responsáveis pela organização do SIL observam “o renascer de alguns promotores”, ajustando-se “à dimensão que o mercado vai exigindo, com um ou outro projectos que estavam parados e têm agora o seu início, ou com novos projectos”, que se devem muito a “esse investimento estrangeiro”. Para Jorge Oliveira, ao mercado imobiliário tem capacidade para influenciar outros negócios. “Os chineses vieram pelo imobiliário e já estão a intervir noutras áreas, tal como os franceses”, destaca, reforçando, assim, a importância do mercado imobiliário no país. “Esta interacção com o turismo, que é um dos pontos fortes do SIL este ano, reforça ainda mais a importância”, uma vez que a sinergia entre estas duas áreas “está a produzir cada vez mais efeitos na economia portuguesa”. Sobre o interesse dos investidores brasileiros no mercado nacional, o director explica que “o investimento é muito amigo da estabilidade”. “Portugal não tem a pretensão de ser a melhor coisa do mundo mas, neste momento, está bem posicionado” e “tal como estamos a conseguir capitalizar um pouco esta instabilidade que aconteceu no Norte de África e no mundo Árabe, também estamos a conseguir capitalizar alguma instabilidade nos países da origem do próprio investimento”. Assim, Jorge Oliveira explica que “quanto mais complicada for a situação para o investidor nesses países, maior potencial Portugal para captar esse investimento”. E o que está a acontecer no Brasil “é uma situação em que se verifica alguma estagnação da economia e, quando um país está em estagnação, quem investe tende a olhar para outros países”. Dada a cultura e a língua comuns entre ambos os países, seria expectável que o olha dos investidores brasileiros recaísse em Portugal. “O mercado brasileiro está no topo do investimento imobiliário em Portugal, porque já temos condições naturais e há uma interacção muito forte entre portugueses e brasileiros”, afirma Jorge Oliveira, acrescentando que Portugal “foi rápido a captar este investimento” originado no outro lado do Atlântico.