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Procura supera oferta no mercado residencial de Vila Nova de Gaia
Falta de construção nova face à procura existente (“com excepção da primeira linha de mar) reflecte-se na escassez de oferta de produto novo no mercado imobiliário
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papa
Um estudo recente desenvolvido pela Predibisa sobre o mercado residencial de Vila Nova de Gaia, incidindo na zona com mais procura – Canidelo – conclui que a procura supera actualmente a oferta.
Segundo a consultora imobiliária, a falta de construção nova face à procura existente (“com excepção da primeira linha de mar) reflecte-se na escassez de oferta de produto novo no mercado imobiliário.
Com uma área de 168,46 quilómetros quadrados, Vila Nova de Gaia é, depois da Invicta, a zona com mais procura no mercado de habitação a Norte. É, de acordo com a Predibisa, o terceiro município mais populoso do país e o mais populoso da região Norte, com cerca de 302 mil habitantes, dos quais aproximadamente 180 mil são residentes urbanos.
Canidelo figura como a área com maior procura nesta zona, contando com uma população de 27.769 habitantes e registando uma média de três pessoas por família. Com base no estudo, a oferta imobiliária na zona de Canidelo representa cerca de 10,1% do mercado de Gaia. Por outro lado, a oferta residencial reflecte 82,19% da oferta imobiliária total desta localidade, sendo que 95,47% se destina à venda de habitação e 4,53% se encontra afecta a arrendamento.
Incidindo essencialmente no levantamento de valores relativos a apartamentos usados, o estudo constatou que, por exemplo, o valor médio pedido por um apartamento T4, na zona de Canidelo, pode variar entre 150 mil e 630 mil euros, aproximadamente. De acordo com o relatório, factores como uma localização consolidada ao nível de habitação, serviços e comércio, a proximidade às praias, assim como a existência de valências , tais como escolas, farmácias, centro de saúde, centro comercial, entre outros, tornam o local “bastante apetecível para quem pretende usufruir de uma óptima qualidade de vida”.
Esta zona beneficia também de boas acessibilidades rodoviárias, nomeadamente a proximidade à auto-estrada A1, bem como acesso directo à cidade do Porto, através de transportes públicos.
Relativamente à procura, o estudo conclui que o público-alvo é geralmente a classe média e a média-alta, “que investe para habitação própria ou para uma segunda habitação, recorrendo habitualmente ao financiamento bancário, com a compra do imóvel a não ter como fim o investimento”.
Outro aspecto é a opção por esta zona ser constituída por pessoas que trabalham no Porto e que a escolhem para segunda habitação. No acto de compra, são valorizados aspectos como bons acabamentos, design, existência de varandas ou terraços, de garagem, orientação solar e vistas de rio ou mar.
“Nesta zona de Gaia, qualquer projecto residencial que venha a ser desenvolvido será sinónimo de sucesso, não só pelas valências da localização, mas em particular pela grande procura existente, que não se reflecte na oferta, que é escassa”, afirma Rita Costas Seixas, arquitecta da Predibisa, responsável pelo estudo.