Opinião: Remodelar é mais que uma tendência
“E desengane-se quem pense que os clientes privilegiam apenas o preço da sua empreitada. Hoje querem segurança, profissionalismo e garantia na sua obra”
CONSTRUIR
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João Carvalho,
Director-geral da Melom
Reabilitar, remodelar, reconstruir. Nunca como agora estas palavras tiveram tão presentes no léxico comum dos Portugueses. É ótimo andarmos pela cidade e vermos em todos os bairros, prédios inteiros com andaimes a sinalizar mais uma fachada recuperada, mas se estas “obras” se fazem com algum ruído exterior, são infindáveis aquelas obras de interior para dotarem as casas de maior conforto, de melhor estética e, acima de tudo, personalizadas a quem as habita. É sobre esta tendência que importa referir que cada vez mais Portugueses optam por fazer as suas obras com as novas empresas que têm surgido neste mercado especializadas em remodelações de interiores, acompanhadas por arquitetos, engenheiros e designers, que ajudam os clientes cada vez mais exigentes a terem o seu espaço renovado e único.
E desengane-se quem pense que os clientes privilegiam apenas o preço da sua empreitada. Hoje querem segurança, profissionalismo e garantia na sua obra. Optam por empresas com reputação no mercado, perguntam por referências, solicitam orçamentos detalhados, com quantidades, com preços por capítulos, comparam, analisam bem, e acima de tudo são exigentes obrigando assim à profissionalização deste sector para estar à altura destes novos clientes.
Longe vão os tempos em que o estereótipo do empreiteiro era de um homem que fazia obras. Hoje o novo empreiteiro é um gestor que antes de mais tem que gerir as expetativas do cliente, dando uma resposta profissional às necessidades que os clientes têm relativamente aos imóveis, juntando arquitetura, engenharias e design à equação.
Hoje quem mais requisita os serviços de obras é a mulher, gestora por excelência e exigente com todos os detalhes da obra. O maior número de intervenções, para além das remodelações gerais, recai primeiramente nas cozinhas, hoje espaço de refeições e de convívio, na e casas de banho, dotando as mesmas de maior conforto ao nível dos equipamentos.
O número de obras a fazer ainda é enorme em Portugal mas os profissionais deste sector têm um grande desafio pela frente: o de se adaptarem a um cliente que paga mais mas exige acompanhamento e explicações sobre a sua empreitada.
Não o poderíamos compreender melhor já que muitas vezes a obra de remodelação geral é o segundo maior investimento que se faz a seguir à compra da casa.