“Já duplicamos a facturação do ano passado”
Os altos volumes de investimento que têm entrado no mercado imobiliário português têm-se feito sentir no negócio das mediadoras imobiliárias, como atestam os responsáveis da Engel & Völkers
Pedro Cristino
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Presente em Portugal desde 2006, a Engel & Völkers, mediadora imobiliária de origem alemã, está a aproveitar o recente impulso do fluxo de investimento imobiliário no mercado nacional e tem tudo a postos para expandir a sua actividade para o resto do país, marcando, para isso, presença no SIL2016.
“Centro de Lisboa renasceu”
Ao CONSTRUIR, Vera Kendall destacou que esta empresa tem 40 anos, “é líder de mercado na Alemanha” e que só há três anos é que investiu na expansão da marca em Portugal. “Nos últimos anos, o que tem estado a acontecer é que, de norte a sul, estamos a começar a ter franchisados e o objectivo é ocupar o país inteiro”, explica a expansion manager da Enger & Völkers em Portugal. O modelo de franchising desta marca no país é feito por zonas, todavia, o modelo de “cross-selling” adoptado facilita o negócio da empresa, mediante a interligação das suas várias lojas, que passam entre si os clientes consoante o destino da aquisição que pretendem fazer. “Um cliente que entre, por exemplo, numa loja em Madrid, mas que queira comprar uma casa em Lisboa, é transferido para a loja de Lisboa e os nossos agentes especializados nesta cidade seguem o cliente e os responsáveis de Madrid recebem depois uma comissão sobre essa venda”, explica Kendall, referindo que o facto de a Engel & Völkers ter “700 localizações no mundo inteiro faz com que a máquina comece a funcionar muito mais rapidamente, para quem compra um franchising, do que se investirmos numa imobiliária local, onde estamos limitados ao mercado e aos clientes locais”. De momento, esta marca germânica tem 10 lojas em Portugal mas, segundo Vera Kendall, a marca terá ainda este ano mais uma loja no Porto e está a tentar fechar a licença para Oeiras, “a única licença que falta ocupar na zona da grande Lisboa”, cujo centro se tem revelado a zona mais rentável, em termos de negócios, para este agente imobiliário, dadas as “muitas reabilitações”. “O centro de Lisboa renasceu”, declara a responsável pela expansão da Engel & Völkers em Portugal. Dinâmica semelhante tem o centro da Cidade do Porto. “Depois temos o caso de Cascais e o Estoril, zonas pequenas mas que reúnem o interesse de franceses e ingleses devido à segurança e às vantagens fiscais” que, de acordo com Vera Kendall, estão a trazer muitos estrangeiros para o país. “Há muitos a investirem na Comporta como segunda habitação, há muita gente a vir viver para a zona da linha de Lisboa e, depois, há os investidores que, até há pouco tempo, investiam apenas na zona de Lisboa e, hoje, já investem muito no norte do país também”, explica. “Neste momento, estamos a viver a melhor fase dos últimos anos”, revela.
Investimento estrangeiro “determinante”
O investimento recorde que teve como alvo o mercado imobiliário português o ano transacto fez-se sentir na actividade da Engel & Völkers, conforme testemunhou Manuel Neto, managing partner desta marca em Portugal. Nas suas palavras, isto fez-se sentir no número de vendas e foi um investimento “expressivo a nível geral”. “Aumentámos significativamente a nossa facturação e, simultaneamente, aumentámos o número de lojas”, revela Neto. Para esta performance da Enger & Völkers em Portugal, o investimento estrangeiro “tem sido determinante, até nesta nova fase do mercado imobiliário” “A própria situação dos “Golden Visa” deu um primeiro empurrão nesta nova fase e agora há diversas dinâmicas para quem quer vir para Portugal e o próprio turismo está a chamar atenção para o país”, explica o managing partner, para quem o imobiliário nacional “tem um bom nível de qualidade”. Manuel Neto revelou também ao CONSTRUIR que a empresa já duplicou a facturação do ano passado, e que a dinâmica se encontra num bom momento. “Vamos ver onde vamos parar”, afiança o mesmo responsável.