Satélites da Trienal desafiam limites do território
Da Amadora à Trafaria, o programa de Satélites e Projectos Associados da 4ª edição da Trienal de Lisboa, desafia os limites do território
Ana Rita Sevilha
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Da Amadora à Trafaria, o programa de Satélites e Projectos Associados da 4ª edição da Trienal de Lisboa, desafia os limites do território. Nesta edição do CONSTRUIR, vamos abordar o programa de actividades Satélites, começando no Teatro Thalia, em Lisboa e terminando no Presídio da Trafaria, em Almada.
Do Teatro aos Paços do Concelho
O Teatro Thalia, em Lisboa, recebe nesta 4ªedição da Trienal de Arquitectura, uma instalação de trabalhos de vídeo de Cyprien Gaillard, “onde a arquitectura moderna é o suporte para uma interrogação sobre o tempo e os comportamentos humanos”, explica a Trienal. No seu trabalho, Gaillard combina estruturas e referêrncias clássicas da pintura e do paisagismo para dar corpo às narrativas visuais e sonoras dos seus vídeos. O resultado “é uma paisagem entrópica” que nos mostra como “o futuro é obsoleto”.
Questionando a possibilidade de um evento efémero como a Trienal, poder contribuir de uma forma duradoura para a cidade que o acolhe, todos os participantes de “The Form of Form” foram convidados a participar na exposição patente nos Paços do Concelho, escrevendo uma carta a Fernando Medina (Presidente da Câmara Municipal de Lisboa). As “Cartas ao Sr.Presidente” chegaram um pouco de todo o mundo com propostas concretas e perspectivas externas sobre a cidade.
Do Norte da Europa ao Movimento Moderno
Com curadoria do atelier Artéria, “The Power of Experiment” é um encontro em forma de workshop – exposição – publicação que reúne escolas portuguesas, norueguesas, finlandesas e suecas na Galeria Quadrum, em Lisboa. De acordo com a Trienal de Arquitectura, o projecto Satélite mostra como a arquitectura nórdica e portuguesa partilham a mesma tradição de adaptarem a arquitectura ao seu contexto, lembrando que a influência nórdica é reconhecida na arquitectura portuguesa a partir das viagens de Siza, Távora e Hestnes que experimentaram ao vivo as obras de Aalto, Asplund e Fehn.
O Palácio Pombal, também em Lisboa, recebe “Uma História Triangular”, com curadoria de Pedro Bandeira e tendo Eduardo Souto de Moura como participante. À luz da história da arquitectura, a figura da pirâmide evoca três obras distintas: a grande pirâmide de Quéops (2560 A.C.) em pedra, a pirâmide invertida em betão-armado de Oscar Niemeyer para o Museu de Arte Moderna em Caracas (1954) e a pirâmide de vidro de Ming Pei para o Louvre (1984).
Da Amadora à Trafaria
A Casa Roque Gameiro, na Amadora, tem patente a exposição “Os Limites da Paisagem” que conta com a participação de Manon Mollard, Nuno Cera e Plan Común e que resulta de uma chama de propostas no âmbito da Future Architecture Plataform. A mostra reflecte sobre temas como os limites entre a arquitectura e a paisagem e como a arquitectura pode contribuir para domesticar um cenário urbano tomado como negativo.
No antigo presídio da Trafaria é possível ver “Object – Project” que explora a ideia de que é através da identificaçãoo com objectos que a identificação com o outro é possível. Partindo da relação entre Lisboa e a Costa da Trafaria, a exposição identifica diferentes assemblagens logísticas que marcam o crescimento urbano da “outra banda”. Nesta mostra foram convidados a participar Tiago Mota Saraiva (ateliermob), Maria Guidici (Architectural Association) e Susana Caló (Escola Superior Artística do Porto), entre outros. A curadoria é de Godofredo Pereira.
Por último, “2016 – Ennials” é um ciclo de três debates – Veneza, Oslo e Lisboa – que reflectirá sobre os desafios que a arquitectura enfrenta e as configurações reais ou ficcionadas de eventos como a Trienal que este ano povoam de uma forma temporária a Europa.