Crescimento da Economia sem reflexo na recuperação do Sector
“No que respeita ao emprego, registou-se uma redução do número de trabalhadores do Sector ao longo dos três primeiros trimestres do ano, de 288 mil para 284 mil, ao contrário da evolução observada no emprego global da economia, que foi crescente ao longo do ano”, revela a associação em comunicado
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A Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas revelou esta terça-feira que a recuperação da economia atestada pelos números do Instituto Nacional de Estatística e referentes ao 3º trimestre, não têm reflexo na tão desejada recuperação do Sector.
A organização liderada por Ricardo Pedrosa Gomes adianta que o crescimento do PIB de 1,6% em termos homólogos e de +0,8% relativamente ao período anterior, o que equivale a 1,1% acumulado até Setembro, “continua a apontar para a ausência de recuperação da actividade do Sector”.
“No que respeita ao emprego, registou-se uma redução do número de trabalhadores do Sector ao longo dos três primeiros trimestres do ano, de 288 mil para 284 mil, ao contrário da evolução observada no emprego global da economia, que foi crescente ao longo do ano”, revela a associação em comunicado.
A FEPICOP acrescenta que os dados relativos ao consumo de cimento se mantêm em quebra face ao ano anterior, evidenciando que a recuperação da actividade da Construção não se faz sentir em todos os segmentos. “Ainda assim, a evolução muito positiva observada no licenciamento de construções novas, quer de habitação quer de edifícios não residenciais, deixa antever uma recuperação, no curto prazo, do nível de produção do segmento da construção nova de edifícios”, acrescenta a associação.
Também o valor das novas operações de crédito para aquisição de habitação, que atingiu os 4,2 mil milhões de euros até ao final de Setembro e registou um crescimento de 51% face ao mesmo período de 2015, é um indicador inequívoco da reanimação deste segmento.
Por seu turno, os valores conhecidos e relativos ao mercado das obras públicas apontam, de igual modo, para a recuperação da actividade, num futuro próximo, das empresas que se dedicam a estes trabalhos, dados os crescimentos de 23% e de 14% apurados até final de Outubro, respectivamente, nos valores das empreitadas de obras públicas lançadas a concurso e dos contratos celebrados.
“Importa realçar que o nível de actividade actual da Construção é tão baixo que mesmo uma assinalável variação percentual positiva não significará, no curto prazo, uma recuperação da produção do Sector para níveis considerados satisfatórios”, revela a FEPICOP.