Proposta de Frederico Martinho vence C.A.S.A. pós-catástrofe
O objectivo do concurso era a implementação de uma unidade polivalente com funções administrativas e sociais num cenário pós-catástrofe que considerasse a realidade e as condicionantes intrínsecas destas situações
Ana Rita Sevilha
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A proposta assinada por Frederico Martinho foi a vencedora do Concurso C.A.S.A. pós-catástrofe. O júri justificou a escolha referindo que apresenta uma “ideia original, com grande versatilidade para as colinas e os possíveis condicionamentos topográficos. Processo de montagem pouco complexo e acessível à mão-de-obra não especializada, facilidade de montagem e desmontagem, transporte, reutilização e baixo custo. Objecto iconográfico, referencial no cenário urbano”.
Recorde-se que, ao Concurso – o segundo concurso temático de ideias do programa Escolha-Arquitectura -, concorreram 38 propostas. O objectivo do concurso era a implementação de uma unidade polivalente com funções administrativas e sociais num cenário pós-catástrofe que considerasse a realidade e as condicionantes intrínsecas destas situações, e que respondesse eficazmente a factores psicológicos e sociológicos associados à catástrofe, tal como a questões relacionadas com a escassez de recursos, durabilidade, preço, transporte e sustentabilidade. Como já havia sido noticiado pelo CONSTRUIR, o programa não considerou uma área específica, contudo a ideia era prever que fosse implementada na área metropolitana de Lisboa.
Por altura do lançamento do concurso, em nota de imprensa enviada ao CONSTRUIR, a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos recordou que, na sequência de uma catástrofe, a perda da habitação constitui uma das maiores preocupações, logo após a perda de vidas, sendo uma das primeiras exigências dos sobreviventes desalojados. Por este motivo, a importância significativa da arquitectura que decorrerá num cenário de escassez de recursos.
No Concurso foi ainda premiado com o segundo lugar a proposta de César Augusto Costa Marques, que de acordo com o júri tem uma “expressão formal interessante, praça octogonal em torno de uma antena de comunicação, que funciona como referencial de maior alcance em termos da sua percepção na paisagem.”
O trabalho de Simão Silveira Botelho obteve o 3.º prémio e segundo a organização do concurso, “pela identificação de lugares para a região de Lisboa onde pode ser construída, mostra grande flexibilidade e visão territorial. Explora com algum arrojo um sistema de paredes em fole e consegue, como resultado conjunto, um espaço visualmente marcante”.
O concurso de ideias C.A.S.A. pós-catástrofe (centro de apoio social e administrativo) foi promovido pela AML (Área Metropolitana de Lisboa) em coorganização com a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos.