C.A.S.A. pós-catástrofe já tem vencedores
O júri justificou a escolha referindo que apresenta uma “ideia original, com grande versatilidade para as colinas e os possíveis condicionamentos topográficos”
Ana Rita Sevilha
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A proposta assinada por Frederico Martinho e Cláudia Franco foi a vencedora do Concurso C.A.S.A. pós-catástrofe. O júri justificou a escolha referindo que apresenta uma “ideia original, com grande versatilidade para as colinas e os possíveis condicionamentos topográficos” e também um “processo de montagem pouco complexo e acessível à mão-de-obra não especializada, facilidade de montagem e desmontagem, transporte, reutilização e baixo custo”. Em suma refere o júri, trata-se de um “objecto iconográfico, referencial no cenário urbano”.
Recorde-se que ao Concurso – organizado pela OASRS no âmbito do programa escolha-arquitectura -, concorreram 38 propostas, sendo seu objectivo a implementação de uma unidade polivalente com funções administrativas e sociais num cenário pós-catástrofe que considerasse a realidade e as condicionantes intrínsecas destas situações, e que respondesse eficazmente a factores psicológicos e sociológicos associados à catástrofe, tal como a questões relacionadas com a escassez de recursos, durabilidade, preço, transporte e sustentabilidade. O programa não considerou uma área específica, contudo a ideia era prever que fosse implementada na área metropolitana de Lisboa.
Por altura do lançamento do concurso, a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos recordou que, na sequência de uma catástrofe, a perda da habitação constitui uma das maiores preocupações, logo após a perda de vidas, sendo uma das primeiras exigências dos sobreviventes desalojados. Por este motivo, a importância significativa da arquitectura que decorrerá num cenário de escassez de recursos.
Proposta
Segundo a descrição da proposta a que a TRAÇO teve acesso, o projecto “foca-se em duas carências provocadas pela situaçãoo de catástrofe: a urgência da construção e a promoção de um sentido de comunidade”. Para isso a dupla de arquitectos optou por um sistema de andaimes “que permite uma construção rápida, barata e sem mão-de-obra especializada, para além da sua natureza modular tornar possível a sua repetição e expansão de forma a responder mais eficazmente aos desafios impostos”, explicam. O sistema, continuam, permite ainda “uma imagem que remete para o acto de construir”. “Elevando o sistema de andaimes, consegue-se marcar na paisagem os equipamentos de emergência ao mesmo tempo que neles se revêm os habitantes desprovidos de pontos de referência”.
Outras distinções
No Concurso foi ainda premiado com o segundo lugar a proposta de César Augusto Costa Marques, que de acordo com o júri tem uma “expressão formal interessante, praça octogonal em torno de uma antena de comunicação, que funciona como referencial de maior alcance em termos da sua percepção na paisagem.”
O trabalho de Simão Silveira Botelho obteve o 3.º prémio e segundo a organização do concurso, “pela identificação de lugares para a região de Lisboa onde pode ser construída, mostra grande flexibilidade e visão territorial. Explora com algum arrojo um sistema de paredes em fole e consegue, como resultado conjunto, um espaço visualmente marcante”.
O concurso de ideias C.A.S.A. pós-catástrofe (centro de apoio social e administrativo) foi promovido pela AML (Área Metropolitana de Lisboa) em coorganização com a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos.