Falta de escritórios de qualidade “pode ser grave para a economia”
Managing partner da Cushman & Wakefield Portugal explicou que,se as empresas não encontram espaço disponível na capital portuguesa, poderão descartar o mercado nacional
Pedro Cristino
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Para Eric van Leuven, a falta de escritórios de qualidade em Lisboa “pode ser grave para a economia”.
Na apresentação dos resultados de 2016 da Cushman & Wakefield (C&W), o managing partner da consultora imobiliária em Portugal explicou que,se as empresas não encontram espaço disponível na capital portuguesa, poderão descartar o mercado nacional.
“Acho que não sentimos isto ainda em 2016 mas, a continuar assim, vai ser impeditivo de algum crescimento económico”, salientou van Leuven. Segundo este responsável, a falta de espaços de escritórios de qualidade em Lisboa relaciona-se, em grande parte, com “a falta de financiamento para promoção”, bem como com a falta de terrenos disponíveis e rendas baixas. “Com base nessas rendas, fazer promoção é arriscado”, acrescentou, referindo também a necessidade de “músculo financeiro” e de “paciência” para estes processos.
“O processo é longo”, referiu, sublinhando também a existência de investidores “escaldados com a crise anterior”, que levam à situação de escassez de espaços de escritórios de qualidade em Lisboa”. Ao mesmo tempo, este impacto negativo previsto na economia portuguesa constitui uma das razões “pelas quais estamos convencidos de que as rendas terão de subir”. Relativamente às perspectivas de novos espaços no curto e médio prazo, Eric van Leuven explicou que “há alguns projectos, mas nada para entrar no mercado em 2017, e muito pouco – se alguma coisa – em 2018”.
Nas palavras do managing partner, os grandes projectos concretos que se desenvolvem actualmente na capital portuguesa são a terceira torre do Colombo, o Metrópolis e o projecto de Alcântara. A aguardar investidores encontram-se os terrenos da Feira Popular, bem como os que estão à volta do Braço de Prata.
Por sua vez, Marta Esteves Costa sublinhou que os imóveis de qualidade são absorvidos mal chegam ao mercado, “o que é um reflexo de que existe falta de oferta e potencial para construção”. A directora do departamento de Research & Consultoria da C&W explicou ainda que um dos critérios que as grandes multinacionais têm sempre em conta reside na disponibilidade de escritórios. “Se não há disponibilidade, Lisboa pode ser praticamente descartada”, concluiu.