Os verdes questionam Governo sobre falta de acessibilidades na Baixa-Chiado
Desde a abertura desta estação, em 1998, está prevista a construção de um elevador de acesso desde o átrio até à superfície
Ana Rita Sevilha
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O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, “sobre a razão pela qual ainda não foi construído o elevador de acesso entre a estação da Baixa-Chiado e a superfície, garantindo uma efectiva acessibilidade plena aos utentes, em particular aos que têm mobilidade reduzida ou condicionada, previsto desde 1989, data em que esta estação foi inaugurada”.
Em nota de imprensa enviada ao CONSTRUIR, o Grupo Parlamentar recorda que o Metropolitano de Lisboa “representa um dos mais importantes operadores de transportes de passageiros da cidade de Lisboa, tendo a sua rede actual uma extensão de mais de 40 km, num total de 56 estações, das quais seis são estações duplas e de correspondência. Do total de estações, apenas 30 possuem uma verdadeira acessibilidade plena, entre o átrio e a superfície, para utentes com mobilidade reduzida ou condicionada”.
Como lembra a mesma fonte, a estação da Baixa-Chiado ainda não é uma dessas estações com acessibilidade plena e, nas suas duas saídas, existe um total de doze lanços de escadas rolantes, “que avariam com frequência durante longos períodos de tempo”.
Segundo o Grupo Parlamentar, desde a abertura desta estação, em 1998, está prevista a construção de um elevador de acesso desde o átrio até à superfície, sendo que para tal fim, “a empresa adquiriu em 1996, ainda antes da entrada em funcionamento da estação, um edifício de seis pisos na Rua Ivens, para ali instalar uma boca de Metro onde se previa ser instalado um elevador de acesso directo ao interior da estação da Baixa-Chiado”.
Contudo, o projecto de construção do elevador nunca chegou a avançar e segundo Os verdes, a empresa deixou o prédio ficar devoluto tendo manifestado recentemente a intenção de proceder à sua alienação, anunciado no seguimento desta decisão que “o elevador já não seria construído na Rua Ivens, mas sim nas Escadinhas do Espírito Santo, que ligam a Rua do Crucifixo à Rua Nova do Almada”.
O Grupo Parlamentar lembra ainda que, em 2012, foi instalada “uma plataforma elevatória para cadeiras de rodas ou carrinhos de bebé, que demorou três anos a ser instalada e a entrar em funcionamento, que permite o acesso desde a Rua do Crucifixo à estação de metro. Contudo, este equipamento não pode ser comparado com um elevador, cuja capacidade de transporte e velocidade são superiors”.
Em jeito de conclusão Os verdes sublinham que sendo “a estação da Baixa-Chiado é uma das mais movimentadas e a mais profunda de toda a rede, localizada 45 metros abaixo da superfície, será imprescindível que se construa o referido elevador, garantindo uma efectiva acessibilidade plena aos utentes, em particular aos que têm mobilidade reduzida ou condicionada”.