Recuperação do Palácio Gama Lobos em Loulé vai avançar
O processo de reabilitação passará pela preservação e recuperação do edifício, sem grandes alterações estruturais, mas com a introdução de algumas contemporaneidades arquitectónicas e artísticas
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A Câmara de Loulé anunciou a assinatura do auto de consignação da obra de reabilitação do Palácio Gama Lobos, um dos principais projectos na área da cultura previstos para 2017 no concelho. Com esta intervenção, pretende-se acolher neste edifício com uma forte carga histórica um pólo de criatividade.
Localizado na malha urbana actual, o palácio é um dos mais importantes edifícios brasonados da arquitectura civil e do estilo chão em Loulé. O edifício é composto por duas zonas distintas, uma de construção Pombalina da segunda metade do séc. XVIII, que será alvo desta intervenção, e outra menos nobre correspondente à ampliação efetuada provavelmente no princípio do séc. XX, onde funcionam actualmente algumas actividades desportivas.
Com carácter habitacional, a sua estrutura espacial é marcada por uma sucessão de espaços de habitar característicos de um palácio urbano com ligações ao mundo rural. É também conhecido por Palácio dos Espanhóis, pelo facto de ter acolhido os refugiados Jesuítas durante a Guerra Civil Espanhola.
Intervenção abrangerá dois pisos
A intervenção abrangerá dois pisos do Palácio Gama Lobos, com aproximadamente 1557 m² de área de construção, localizados na Rua Nossa Senhora de Fátima. O processo de reabilitação passará pela preservação e recuperação do edifício, sem grandes alterações estruturais, mas com a introdução de algumas contemporaneidades arquitectónicas e artísticas. Serão utilizados materiais e técnicas sustentáveis e ecológicos. O edifício será dotado de conforto e funcionalidade, tendo em conta todas as exigências programáticas.
Quando a obra estiver concluída o edifício tornar-se-á um pólo de criatividade. Para aqui estão previstas iniciativas no âmbito do projecto “Loulé Criativo”, que aposta na valorização da identidade do território tendo como força motriz a criatividade e a inovação, dinamizando residências criativas e eventos culturais, apoiando a instalação e actividade de artesãos e profissionais do sector criativo e estimulando a investigação e experimentação nestas temáticas.
A empreitada terá um prazo de execução de 18 meses e um valor estimado de 1,3 milhões de euros.