Investigadores da UBC concluem que os códigos de segurança fazem disparar o custo de construção
“Concluímos que é desnecessário construir uma ponte com tanto reforço”, afirmou Alam, autor do estudo, explicando que os códigos “exigem muito material e a dimensão das colunas e das vigas é simplesmente demasiado grande”
Pedro Cristino
2024 será um ano de expanção para a Hipoges
Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa
Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024 já tem data marcada
Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho
Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais
Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia
Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€
‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%
‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024
Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”
Um estudo recente de investigadores do “campus” de Oganagan, da Universidade da British Colombia (UBC) concluiu que as pontes construídas segundo o Código Canadiano de Projecto de Pontes Rodoviárias (CCPR) sofrem de excesso de obras, o que aumenta, “de forma desnecessária” as despesas de construção.
Segundo Shahria Alam, docente da UBC, na fase de projecto, os engenheiros determinam a performance sísmica e prevêem os danos, perante a ocorrência de um sismo, calculando as cargas que o material consegue suportar. Estes mesmos engenheiros têm ainda de fazer cálculos para a provável funcionalidade da ponte num cenário de pós-sismo. “Concluímos que é desnecessário construir uma ponte com tanto reforço”, afirmou Alam, autor do estudo, explicando que os códigos “exigem muito material e a dimensão das colunas e das vigas é simplesmente demasiado grande”.
Alam, que lecciona Engenharia Civil no “campus” de Okanagan,explica que há muitos materiais utilizados nas pontes e, durante anos, o senso comum consistiu em acrescentar reforço de aço para torná-las mais fortes. Contudo, a sua investigação e os testes estruturais no seu laboratório e num pilar de uma ponte contam uma história diferente.
De acordo com o CCPR, o projecto de carga, durabilidade e sísmico – como o movimento durante um terramoto será disperso dentro da estrutura de forma a que a mesma se mantenha de pé – são todos parte dos elementos básicos no planeamento de pontes.
“A segurança pública é o aspecto mais importante e temos de construir estruturas que não colapsem durante um sismo”, afirma Alam, salientando que deveriam estar a ser construídas estruturas não apenas para “salvar vidas mas também para salvar a própria estrutura”. Como parte da sua investigação, Alam e a sua equipa têm estado a testar materiais reforçados com memória de forma e pilares de ponte pós-tensionados no Laboratório de Materiais e Estruturas Avançados da universidade.
“Propusemos um critério de desvio residual para o projecto assente na performance para pontes que têm capacidade de auto-centragem”, declarou o investigador, ressalvando que é “muito caro construir uma ponte com um certo critério, e depois não é financeiramente comportável demoli-la e substitui-la”.
Assim, os novos sistemas estruturais podem ser projectados seguindo as linhas propostas e, desta forma, “os engenheiros podem construir pontes quase à prova de danos, mesmo depois de um grande sismo”, concluiu Shahria Alam.