Foto: Câmara Municipal do Barreiro
ARX Portugal coordena projecto em Quinta e Moinho no Barreiro
“A regeneração ascenderá a dezenas de milhões de euros”, avançou na sessão o Vereador responsável pelo Planeamento, Ambiente, Mobilidade, Gestão e Regeneração Urbana, sublinhando que “se encontra disponível um milhão de euros para investir, fruto de uma candidatura a fundos”
Ana Rita Sevilha
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O Moinho de Maré e envolvente paisagística da Quinta Braamcamp, no Barreiro, adquiridos recentemente pela Câmara Municipal, vão ser regenerados. O gabinete ARX Portugal é o responsável pelo coordenação do projecto de desenvolvimento de estratégia de intervenção.
No âmbito desta intervenção, a autarquia promoveu o debate “Quinta Braamcamp – Reflectir sobre o Território” que juntou um conjunto de responsáveis com o objectivo de recolher opiniões sobre o futuro daquele território e de definir uma linha orientadora para o espaço envolvente “cuja regeneração ascenderá a dezenas de milhões de euros”, avançou na sessão o Vereador responsável pelo Planeamento, Ambiente, Mobilidade, Gestão e Regeneração Urbana, Rui Lopo, sublinhando que “se encontra disponível um milhão de euros para investir, fruto de uma candidatura a fundos, a aplicar na recuperação do moinho de maré que existe no interior da Quinta e sua envolvente paisagística”.
Segundo a Câmara do Barreiro, Rui Lopo sublinhou ainda a necessidade de entender aquele espaço “como um todo” – recorde-se que a Quinta Braamcamp está situada na zona ribeirinha da parcela mais antiga da cidade, com o que muitos consideram “a melhor vista para Lisboa”. “Procuramos perceber o que é que de fundamental podemos fazer”.
O Vereador mostrou também o desejo de uma intervenção com “dimensão metropolitana”, lamentando a finitude de recursos – “mais tivéssemos a nível de fundos mais faríamos” – e recordou que “grande parte das áreas que podem transformar a cidade são privadas”. “Optámos por adquirir para podermos tomar decisões de transformação do território e não nos sujeitarmos às vontades privadas”, concretizou.
José Mateus, responsável pelo gabinete ARX Arquitectos, também marcou presença na sessão e reconheceu “o potencial deste território”, “bastante mais poderoso do que eu o intuía” – “de uma beleza absolutamente incrível”. Alertando para a necessidade de lhe “tocar com muito cuidado”, manifestou-se “absolutamente contra intervenções casuísticas, populistas”.
José Mateus sublinhou ainda a necessidade de uma “ligação muito forte ao tecido da cidade”, “mais fluida”, e manifestou o desejo de escutar as “opiniões” e “expectativas” dos presentes sobre o local.
Os territórios têm que ser trabalhados “para serem interessantes”, referiu Luís Araújo, arquitecto da CMB, que reconheceu a necessidade de iniciativas do género apelando à “participação mais ou menos descomprometida”, sendo desejado que no final das várias démarches do processo fosse possível perceber o que seria necessário para aquele território ficar “reestruturado”, tentado perceber os custos associados.
Carlos Humberto, presidente da autarquia, conclui dizendo que “Estamos a construir coisas para o nosso presente, para o nosso futuro e para o futuro de quem vem a seguir”. “Estamos a discutir coisas que que podem transformar o futuro do Barreiro”, desafio, que considerou “absolutamente central”.
O responsável salientou a necessidade de percepcionar o território com uma “visão integrada”. Esta intervenção, avançou, “vai marcar a próxima década do Concelho do Barreiro”.