Investimento imobiliário na Europa atingiu os 230 mil M€
Enquanto Paris oferece a prime yield mais baixa, situada nos 3,5%, Lisboa tem a mais elevada, nos 5,5%. Para a Worx, as prime yields de escritórios e retalho revelam ainda margem de contratação nos próximos meses, “comportamento que deverá ser revertido no final de 2017”
Pedro Cristino
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De acordo com os mais recentes dados da Worx, o volume total de investimento imobiliário comercial na Europa no ano transacto ascendeu aos 230 mil milhões de euros.
Este valor advém do estudo do BNP Paribas Real Estate e revela uma descida de 10% relativamente aos valores recorde de 2015. França, Alemanha e Reino Unido foram os países com maior volume de investimento, representando dois terços do total do volume de negócios registado em 2016.
Todavia, a consultora imobiliária destaca que estes foram também os países que registaram a maior queda de investimento, em termos homólogos. O Reino Unido registou menos 28%, seguido da Alemanha, com menos 7%, e França, com menos 2%.
O segmento de escritórios observou “um dos menores decréscimos anuais” – 6% face a 2015 – com o volume de negócios total a cifrar-se nos 106 mil milhões”, valor que representa 46% do total de investimento.
Por sua vez, o investimento em retalho registou a maior queda – 22% face a 2015 – com um volume de negócios de 57 mil milhões de euros. Já o sector de industrial & logística, “após dois anos de dinamismo notável, continua a apresentar bons resultados com 25 mil milhões de euros de volume de negócios total”.
De acordo com a Worx, nos últimos 12 meses, os investidores estrangeiros foram responsáveis por 48% do volume total investido em imobiliário comercial, “uma tendência que vem decrescendo desde o início do ano”. Os investidores europeus voltaram a ser os mais representados (41%), com um volume de 45,8 mil milhões de euros.
Já os investidores americanos decresceram 38%, alcançando quase 26 mil milhões de euros em 2016, representando apenas 24% do total do volume de investimento estrangeiro na Europa (contra 31% há um ano).
Para a consultora, a fixação de preços e as incertezas políticas “conduziram os investidores à procura de altos rendimentos através de estratégias oportunistas e de valor agregado, a adoptar uma estratégia “wait and see” em relação à Europa”. Segundo a Worx, as incertezas económicas e politicas têm “travado” o investimento estrangeiro, que registou uma quebra de 19%, alcançando os 110 mil milhões de euros em 2016.
O peso dos negócios de grande dimensão decresceu 43% no ano passado, em comparação a 48% em 2015. Por sua vez, o volume de negócios abaixo de 20 milhões permaneceu estável entre 2015 e 2016.
Segundo a consultora, os valores de prime yields continuaram em queda no final do ano transacto. Na Europa Continental, as prime yields continuam “sob pressão”, com excepção no Reino Unido e Irlanda, onde foram registados movimentos de subida. Os activos prime continuam a oferecer um prémio de risco significativo, “devido ao cenário actual de baixas taxas de juro”.
Enquanto Paris oferece a prime yield mais baixa, situada nos 3,5%, Lisboa tem a mais elevada, nos 5,5%. Para a Worx, as prime yields de escritórios e retalho revelam ainda margem de contratação nos próximos meses, “comportamento que deverá ser revertido no final de 2017”.
Para o CEO da Worx, “apesar das incertezas políticas europeias e desafios económicos que o ano 2017 vai trazer para os principais mercados, o mercado de investimento continua com uma forte dinâmica”.
“Continuamos a assistir a uma procura pelo produto de rendimento imobiliário, que actualmente oferece yields mais competitivas e mais segurança comparativamente aos produtos financeiros”, reforça Pedro Rutkowski, salientando que Portugal “está a viver um bom momento no mercado de investimento e tem sabido posicionar-se junto dos investidores internacionais que apresentam actualmente elevados níveis de liquidez”.
“Os resultados alcançados em 2016 comprovam a recuperação gradual do mercado que se espera manter ao longo deste ano, com um forte arranque no mercado e investimento já no primeiro trimestre”, conclui o CEO.