Mota-Engil ganha obra ferroviária em Moçambique por 2,1MM€
“Já temos mais ou menos o preço fixado e estamos prontos já para assinar o contrato de adjudicação para a empresa começar com os trabalhos”, disse Abdul Carimo, presidente do CODIZA
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A Mota-Engil acaba de garantir a adjudicação da construção de uma linha férrea a partir de Moatize, em Tete, até Sopinho, uma obra avaliada em 2,3 mil milhões de dólares (perto de 2,1 mil milhões de euros) que vai representar também uma ligação ao porto de águas profundas de Macuse, na Zambézia.
A informação está a ser adiantada pela Rádio Moçambique na sequência de uma entrevista do presidente do CODIZA, o corredor de desenvolvimento da Zambézia, Abdul Carimo.
“Está em muito bom caminho, não só pelo facto do preço do carvão, quer térmico, quer de coque, carvão siderúrgico, terem aumentado significativamente de preço mas também pelo facto de que nós conseguirmos lançar o concurso internacional”, garante Carimo que garante que foram seis as empresas a concurso. “Durante seis meses estivemos a discutir, a analisar, a avaliar e neste momento já foi encontrada quem é a empresa vencedora. Já temos mais ou menos o preço fixado e estamos prontos já para assinar o contrato de adjudicação para a empresa começar com os trabalhos”, disse Abdul Carimo, presidente do CODIZA.
Para os analistas do Haitong a adjudicação desta obra à construtora portuguesa “pode ser muito positiva”. No entanto, sublinham que é preciso “perceber se este projecto está totalmente financiado” e se a Mota-Engil vai trabalhar em consórcio ou não.
“Pelo que percebemos, os candidatos iniciais para o projecto foram duas empresas chinesas e turcas não reveladas, bem como uma empresa brasileira e uma sul-coreana. Este projecto está em cima da mesa há alguns anos e, aparentemente, a recuperação dos preços do carvão ressuscitou o interesse em prosseguir com ele”, lê-se na mesma nota do ex-BESI.