“Cluster” português da água em “tímida recuperação”
Em termos globais, o exercício de 2016 “continuou a apresentar uma evolução tendencialmente mais favorável no plano internacional, apesar do diferencial face ao mercado nacional se ter reduzido comparativamente a anos anteriores”
Pedro Cristino
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papa
O inquérito “Balanço de Internacionalização de 2016”, realizado pela Parceria Portuguesa para a Água (PPA), confirma “sinais de uma tímida recuperação do nível da actividade global iniciada o ano passado” no “cluster” português da água.
Segundo este inquérito realizado às empresas e centros de investigação que integram a PPA, esta recuperação é ainda acompanhada de “algum abrandamento do grau de internacionalização do “cluster” português da água”, com muitos associados a continuarem a sentir os efeitos recessivos da evolução em alguns mercados-chave, “cujos orçamentos públicos estão muito expostos aos preços internacionais do petróleo”.
Todavia, em termos globais, o exercício de 2016 “continuou a apresentar uma evolução tendencialmente mais favorável no plano internacional, apesar do diferencial face ao mercado nacional se ter reduzido comparativamente a anos anteriores”.
Segundo o relatório, cerca de uma em cada 10 empresas conseguiu, em 2016, internacionalizar linhas de serviço/produto até à data “circunscritas apenas ao mercado português”. Também no ano transacto, cerca de 40% das entidades conseguiu iniciar actividade num novo mercado geográfico, embora algumas “fora do âmbito tradicional de enfoque das empresas portuguesas”.
Cerca de metade dos associados da PPA participou activamente em concursos internacionais financiados primordialmente por instituições financeiras bilaterais. De acordo com a PPA, a participação em concursos internacionais financiados por instituições multilaterais, por parte de cerca de metade das entidades representadas, concentrou-se geograficamente na África sub-sahariana e em projectos financiados pela União Europeia no quadro do H2020.
Neste contexto, a PPA faz notar que o “cluster” nacional da água representa cerca de um quinto do número de contratos adjudicados por multilaterais a empresas portuguesas e 14% do valor total adjudicado no quinquénio 2011-2015, “com destaque para o Banco Mundial”.