Estrangeiros adquiriram mais de 900 imóveis na ARU de Lisboa no princípio de 2016
Aquisições totalizaram um investimento de 313,9 milhões de euros, o que corresponde a 18,3% dos 1,7 mil milhões de euros transaccionados no total da ARU durante esse período
CONSTRUIR
Ordem dos Engenheiros lança ‘Prémios Nacionais’
“Redução de custos ambientais e operacionais” justifica importância do Aqua+ Escritórios
ACEMEL atinge os 20 associados com entrada da Nabalia e EZU Energia
Casa da Arquitectura abre concurso para bolsas de doutoramento
Fundão recebe o New European Bauhaus Festival
Segurança de trabalhos em altura no sector da construção
Câmara de Setúbal vai reabilitar Palácio do Quebedo por valor superior a 2 M€
Preços de escritórios e lojas aumentaram em média +20% durante a pandemia
TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha
Century 21 Portugal espera “crescimento” nos próximos anos
A Confidencial Imobiliário (Ci) revelou que, nos primeiros seis meses de 2016, os estrangeiros adquiriram 909 imóveis, tanto de uso residencial, como comercial, na Área da Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa.
Segundo o Sistema de Informação Residencial – Reabilitação Urbana (SIR-RU), que apura indicadores estatísticos sobre transacções imobiliárias nesta área, as aquisições totalizaram um investimento de 313,9 milhões de euros, o que corresponde a 18,3% dos 1,7 mil milhões de euros transaccionados no total da ARU durante esse período.
Os dados do SIR-RU concluem que os europeus foram os mais activos nas aquisições internacionais, com 52% das aquisições de imóveis, seguidos pelos asiáticos, com um peso de 34%. O continente africano teve um peso de 6% no total dos imóveis transaccionados, tal como o americano.
Neste contexto, Misericórdia e Santa Maria Maior, no centro de Lisboa, e Santo António, constituem as freguesias que concentraram o maior número de imóveis adquiridos por compradores internacionais, com mais de uma centena de transacções cada. Paralelamente, as freguesias de Arroios, Estrela, São Vicente e Avenidas Novas também se mostraram dinâmicas, com números de vendas entre 65 e 88 imóveis.
Os franceses e os chineses foram os que mais se destacaram, tanto em volume de investimento, como no número de imóveis adquiridos, apresentando ambos quotas de mais de 20% nos dois indicadores. No total, as duas nacionalidades foram responsáveis por 50% do volume investido – chineses com 29% e franceses com 21% – e por 48% dos imóveis adquiridos – chineses com 25% e franceses com 23% – por estrangeiros.
De acordo com a Ci, os chineses apresentam um ticket médio de investimento de 489 mil euros, preferindo as freguesias fora do Centro Histórico de Lisboa, que têm um peso agregado de 63% das transacções protagonizadas por esta nacionalidade. A consultora destaca, neste contexto, Arroios, que reuniu 20% do total das operações. Apesar desta performance, a freguesia da Misericórdia concentra 27% dos imóveis adquiridos por chineses.
A Ci destaca ainda o investimento médio dos franceses – 263 mil euros – que mostraram preferência pelo centro histórico, “especialmente nas freguesias da Misericórdia e São Vicente, que concentram, respectivamente, 23% e 20% dos imóveis adquiridos por esta nacionalidade”.