“A reabilitação profunda é muito diferente da reabilitação superficial”
Ao ReCONSTRUIR, o presidente executivo da Casais assegura que ““a reabilitação era inevitável e uma questão de tempo. Não era possível continuar a construir novo e deixar edificado existente a degradar”
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Tão importante como assegurar que há obra para fazer é acautelar a forma como é feita. Para o presidente executivo da Casais Engenharia e Construção, há que acautelar que há, tecnicamente, capacidade para perceber as implicações deste tipo de trabalhos e responder de forma adequada a esse desafio. António Carlos Rodrigues salienta que “a reabilitação profunda é muito diferente da reabilitação superficial. Se por um lado uma reabilitação superficial pode ser mais fiel na preservação do edificado existente; por outro lado, esse edifício reabilitado pode não oferecer a segurança estrutural que o comprador pensa que está a beneficiar quando adquire um edifício que foi recentemente reabilitado”. Ao ReCONSTRUIR, o presidente executivo da Casais garante que “a reabilitação era inevitável e uma questão de tempo. Não era possível continuar a construir novo e deixar edificado existente a degradar”.
Estratégia da cidade
Para António Carlos Rodrigues, “a reabilitação é catalisada essencialmente pela estratégia da cidade. As cidades que apostaram em investir na área pública e que canalizaram investimento de uma forma estruturada, viram uma reacção mais rápida na reabilitação urbana. As cidades existem se existir uma indústria e serviços geradores de emprego. Manter a vitalidade de uma região tem reflexo na regeneração da sociedade”. Aquele responsável assegura que “surgem novos negócios que potenciam a adaptação de espaços e é dessa dinâmica que emerge a reabilitação urbana. Nada seria reabilitado se não houvesse um propósito e uma necessidade que incitasse a reabilitação. Por exemplo, a reabilitação recente foi, em grande medida, provocada pelo crescimento na procura do alojamento local”. Questionado sobre o essencial de uma verdadeira estratégia nacional de Reabilitação, o CEO da Casais entende que “o tema central deve ser em torno de como criar uma cidade sustentável onde exista indústria, serviços e educação que estejam interligados entre si, que criem uma dinâmica na região e que, por sua vez, mantenham uma sociedade activa, vibrante que acompanha a mudança e gera, ela própria, a necessidade de mais mudança”. “É uma visão de longo prazo”, garante António Carlos Rodrigues, antecipando que “demora a implementar, porque os activos físicos que compõem uma cidade são tudo menos virtuais. Bem ou mal pensados e executados, são o que fica. Por isso, vale a pena apostar na estratégia e privilegiar uma execução de qualidade. Seremos muito mais assertivos e beneficiaremos todos”. “Os edifícios não duram para sempre e por isso construir novo e saber reabilitar têm de estar incluídos nas competências das empresas de construção”, assegura o CEO da Casais, recordando que “umas podem ser mais especializadas na construção nova e outras em reabilitação. No caso do Grupo Casais temos privilegiado a polivalência”.
Empreitadas em curso
A Casais tem em curso várias empreitadas de reabilitação e construção nova ligadas ao sector hoteleiro ( Bairro Alto Hotel, Hotel na Rua Castilho ou Calçada do Tijolo) e habitacional em Lisboa, “o que nos permite adiantar o impacto e importância da nossa actividade na melhoria da qualidade de vida dos habitantes mas também na oferta de serviços para os visitantes e turistas da cidade. Esta área geográfica tem apresentado uma representação considerável no nosso recente e actual volume de obras”.