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    Engenharia

    Jeddah Tower: a simplicidade do projecto em altura

    Robert Sinn, vice-presidente da Thornton Tomassetti e director do gabinete de Chicago desta consultora de engenharia, esteve em Lisboa, onde dissertou sobre o projecto da torre mais alta do mundo, a Jeddah Tower (também conhecida como a Kingdom Tower), na Arábia Saudita. O engenheiro norte-americano esteve no Instituto Superior Técnico, numa palestra promovida pelo Fórum Civil, onde abordou as particularidades do projecto que desenvolveu para esta infra-estrutura em construção na Península Arábica, cuja conclusão está prevista para 2019

    Pedro Cristino
    Engenharia

    Jeddah Tower: a simplicidade do projecto em altura

    Robert Sinn, vice-presidente da Thornton Tomassetti e director do gabinete de Chicago desta consultora de engenharia, esteve em Lisboa, onde dissertou sobre o projecto da torre mais alta do mundo, a Jeddah Tower (também conhecida como a Kingdom Tower), na Arábia Saudita. O engenheiro norte-americano esteve no Instituto Superior Técnico, numa palestra promovida pelo Fórum Civil, onde abordou as particularidades do projecto que desenvolveu para esta infra-estrutura em construção na Península Arábica, cuja conclusão está prevista para 2019

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    20170317_143902Robert Sinn, vice-presidente da Thornton Tomassetti e director do gabinete de Chicago desta consultora de engenharia, esteve em Lisboa, onde dissertou sobre o projecto da torre mais alta do mundo, a Jeddah Tower (também conhecida como a Kingdom Tower), na Arábia Saudita. O engenheiro norte-americano esteve no Instituto Superior Técnico, numa palestra promovida pelo Fórum Civil, onde abordou as particularidades do projecto que desenvolveu para esta infra-estrutura em construção na Península Arábica, cuja conclusão está prevista para 2019.
    Códigos americanos
    O projecto para aquela que será a torre mais alta do mundo foi adjudicado através de um concurso internacional em 2009, a esta empresa de Chicago, que contou com o atelier Adrian Smith + Gordon Gill para o projecto de arquitectura e com a Langan para a geotecnia. “Concluímos o projecto em 2013”, afirmou Sinn perante a plateia do Técnico, destacando que a torre não demorou quatro anos a desenhar. De acordo com o engenheiro, o processo deparou-se com paragens e arranques e todo o projecto para o betão – “é uma torre quase totalmente em betão” – foi seguindo o Código 318 do American Concrete Institute, um código “muito vulgar no Médio Oriente”, como “quase todos os códigos dos EUA para o projecto de estruturas”. Aos presentes, Sinn fez o enquadramento contextual deste projecto, explicando que a cidade de Jeddah é, “historicamente, a entrada para as cidades sagradas de Meca e Medina”. “A maioria dos peregrinos muçulmanos que se deslocam a estas cidades sagradas, fazem-no através do aeroporto de Jeddah e essa é a história da cidade”, explicou. Neste contexto, revelou também que a torre será o centro de um “masterplan” de grandes dimensões. Segundo Robert Sinn, “a estratégia de construir uma torre muito grande, muito dispendiosa e, depois, rodeá-la com muitos outros edifícios é uma estratégia que funcionou já várias vezes e em diversos locais do Médio Oriente” e, neste contexto, revelou que existe “uma grande necessidade de habitação para o segmento alto em Jeddah, uma das cidades de mais rápido crescimento no reino saudita, e a torre terá um grande papel nisso”. A Jeddah Tower não será apenas o mais alto edifício do mundo, mas também “a primeira estrutura construída pelo homem a alcançar a altura de um quilómetro”. Primordialmente um edifício de habitação, esta estrutura terá algum espaço para escritórios na sua base e um hotel de cinco estrelas logo por cima.
    Simplicidade em altura
    “Pela forma como a torre se configura, vê-se que tem três “pernas” e afunila à medida que prossegue a sua ascensão vertical”, mostrou o autor do projecto, realçando também a simplicidade do mesmo. A estrutura é, segundo Robert Sinn, “muito simples”. “Não é de todo uma estrutura complexa: é um sistema de estruturas de suporte, um sistema muito antigo”, afirmou, explicando que, na realidade, são dois sistemas separados. “À medida que a estrutura afunila, a dois terços da sua altura torna-se tão estreita que não existem pisos na base superior desta torre, consistindo os últimos 300 metros apenas no pináculo – “um vazio de betão”. Para o resto da torre, o sistema consiste em estruturas de suporte. Todavia, os dois sistemas “estão ligados num ponto de transição”, não existindo “descontinuidade entre ambos”. Para explicar o seu projecto, o vice-presidente da Thornton Tomassetti remeteu para a história dos arranha-céus, dos quais sempre foi “um fã”. “O sistema que tentei desenhar é muito semelhante ao do Burj Khalifa, embora existam algumas diferenças bastante grandes”, destacou, afirmando que “nada é necessariamente 100% novo”. “Todos os sistemas que desenvolvemos para edifícios altos têm uma história consigo – temos tendência a dar passos curtos nestes edifícios em altura”, explicou.
    O segredo nas paredes
    Para este projecto, Sinn não recorreu a pilares, mas sim a estruturas – paredes – de suporte em betão, edificadas na base. “Basicamente, todas as paredes do sistema são verticais – embora existam algumas inclinadas – e estão todas ligadas através de vigas, colocadas acima das passagens e entradas”, afirmou o engenheiro, explicando também que não existe nenhuma parte da estrutura “desligada do resto”, uma vez que todas têm o seu papel no contexto das acções do vento e da resistência sísmica. “Costumo dizer às pessoas que não existe colunas, é tudo paredes”, assegurou, acrescentando que nenhuma destas paredes foi instalada em vigas de transição: as paredes verticais continuam pelo edifício acima, até às extremidades, a partir de um piso em lajes de betão. Apesar de se tratar do edifício mais alto do mundo, é, na realidade, “muito simples de construir”, de acordo com o autor do projecto, que revelou a ambição de “construir algo que pode ser feito com a tecnologia disponível no Reino da Arábia Saudita”, um aspecto que, para Sinn, é “fundamental”.

    Em termos do funcionamento arquitectónico, a torre dispõe de três entradas, uma para cada utilização – escritórios, hotel e habitação – em cada uma das “pernas” deste edifício. Em cada uma das extremidades situam-se algumas das paredes de suporte desenhadas por Robert Sinn e à medida que alguém passa por uma entrada, passa por debaixo das vigas a que o engenheiro recorreu para ligar o sistema estrutural. Para Sinn, este sistema é, porventura, “melhor para unidades residenciais”, uma vez que estas não requerem “grandes espaços para a estrutura”. No topo do edifício, as três alas distintas têm o mesmo comprimento. “Cada uma delas afunila num ângulo para a totalidade da altura do edifício e, assim, uma ala irá arquear-se em três graus e outra terá um ângulo ligeiramente diferente”. Cada uma destas alas tem uma curva diferente e atinge o cimo do edifício a uma elevação diferente. A ala que está defronte para a cidade sagrada de Meca é a mais alta e tem o ângulo mais vertical das três.
    Recusar a descontinuidade
    De acordo com Robert Sinn, “não existem descontinuidades” nesta estrutura. O que sucede, segundo o engenheiro, “é que as paredes de suporte, no final de cada ala, aproximam-se cada vez e, num dado ponto, quase se tocam”. Quando tal acontece, é feita uma transição entre a área habitável do edifício e o pináculo. “Por isso existe uma transição – uma peça de betão de quatro metros que liga as paredes da parte inferior ao pináculo da parte superior”, explicou o responsável da consultora. Todavia, as paredes em si “iniciam-se na fundação e seguem até ao topo do edifício sem nenhuma interrupção”. Segundo Sinn, a linha entre a parede de suporte e o pináculo “é idêntica – têm o mesmo declive e quando digo que são dois sistemas interligados é a isso que me refiro”. Neste desenho, as paredes de suporte têm “alguma hierarquia”, com base na forma como são olhadas “de um ponto de vista estrutural”. “A primeira é uma parede triangular e uma grande parte da sua função consiste na rigidez e forças torsionais”, indicou o engenheiro, referindo-se a este elemento como “uma secção fechada”, sem muitas aberturas, uma vez que estas se encontram noutro local, e como “uma parede quase sólida, com espessura de 800 milímetros na base do edifício”. O segundo ponto desta hierarquia reside na forma como as paredes se organizam ao longo dos corredores. “As paredes que têm mais aberturas estão todas ligadas com vigas, que têm 1,6 metros de profundidade”, em pisos com alturas médias de quatro metros. Estas paredes têm a espessura de 1 metro na base da torre. “Depois há as paredes transversais com vigas de ligação, que vão desde uma ponta à outra do edifício”, apontou, explicando que designou estes elementos de “paredes de estabilização, pois aumentam a estabilidade da torre”. Para este engenheiro, as paredes mais importantes “são as únicas que afunilam”. “As paredes das extremidades são altamente tensionadas porque são as que estão mais longe do eixo central do edifício”, explica, referindo que estas têm 1,2 metros de espessura na base, a espessura máxima de todas as paredes de suporte do edifício, e algo que, segundo Robert Sinn, “chocou o empreiteiro” – Saudi Binladin Group. “Há edifícios com cerca de um terço da altura da Jeddah Tower com paredes dessa espessura, mas estamos a utilizar todas as paredes do edifício para resistir às cargas gravitacionais e às cargas do vento”, ressalvou o projectista.
    Betão de alta resistência
    Relativamente a materiais, “diria que são materiais de alta resistência mas não invulgares”, afirmou Robert Sinn, indicando que o betão tem uma força de 85 megapascal. O engenheiro revelou a sua preferência por betão de 100 megapascal, contudo, “o empreiteiro estava algo preocupado com o controlo de qualidade para esse betão de alta resistência”. Com a possibilidade de utilizar um betão mais resistente, apesar de não se alterar a espessura das paredes de suporte, iria ser reduzida a quantidade de reforço aplicada. De acordo com Sinn, “todo o betão da torre é auto-compactável e esse é, cada vez mais, o padrão”. Por outro lado, o facto de se tratar de um projecto para um arranha-céus obrigou à especificação não só da resistência, mas também da rigidez do betão, o que levou à realização de testes de elasticidade, o que criou um desafio, uma vez que “não há no Médio Oriente ou na Europa laboratórios com capacidade para testar este betão de maior resistência para efeitos de encolhimento e retracção”, o que exigiu que os materiais fossem transportados para um laboratório perto de Chicago, onde foram testados. Por outro lado, apesar de não existir “praticamente actividade sísmica na Penísula Árabe”, teve de ser tido em conta o projecto sísmico. “O dimensionamento para todas as torres em altura tem como base o vento – é todo o critério de projecto para estes edifícios”, salientou o engenheiro norte-americano, revelando que, para esta torre, teve de recorrer a dois laboratórios canadianos para realizar os testes em túnel de vento. Os resultados de cada um dos laboratórios foram similares.
    Fundação
    O sistema de fundações consistiu num ensoleiramento reforçado por estacas – 270 em série, que variam em comprimento e ligadas, na sua totalidade, por uma laje de fundo. No centro, foram instaladas as estacas mais longas, com 150 metros. Estas são “as que têm a carga mais leve e a razão por serem tão longas explica-se com o sistema de paredes de suporte”. “Na altura em que as cargas atingem a base da torre, as tensões nas paredes têm de ser todas iguais – é fundamental!”, destacou Robert Sinn. Segundo o engenheiro, “o sistema é tão rígido para as cargas gravitacionais da torre, com todas as vigas de ligação, que é necessário haver uma fundação muito rígida, não apenas resistente”. Neste sentido, “tem de haver rigidez suficiente para limitar o diferencial entre o centro e as extremidades do edifício”. E é precisamente isso que as estacas mais longas, no núcleo, fazem. “A maioria das fundações para este tipo de edifícios tende a ter a maioria do assentamento no centro e menos nas extremidades”, referiu o projectista, explicando que a forma de contrariar esta situação consiste em colocar as estacas no centro. “Se não o fizermos – se não tivermos uma fundação com rigidez suficiente – não sobrecarregaremos as estacas ou a fundação, mas corremos o risco de sobrecarregar o edifício”, explicou, afirmando que, assim, “estamos a proteger mais a estrutura da torre do que a fundação”. Por outro lado, à medida que estas torres de grande altura vão sendo construídas, tendem a pressionar, no sentido descendente, toda a envolvente, no que concerne a assentamentos. “Prevemos cerca de 10 centímetros de assentamento, a longo prazo, para esta torre”, salientou, afirmando que, se a construção das estruturas à volta deste edifício tivesse arrancado paralelamente à construção do edifício, “estas afundar-se-iam juntamente com a torre”. Assim, teve de ser adiada a construção de todas as estruturas imediatamente à volta da Jeddah Tower. Apesar de, uma vez construída, a Jeddah Tower passar a ser o edifício mais alto do mundo, Robert Sinn não tem ilusões: “há sempre um próximo edifício mais alto”. Todavia, até que ponto é exequível a construção de edifícios com alturas superiores à deste? “Podemos projectá-lo, mas quem irá querer construí-lo? Estou convencido de que não será no meu tempo”, concluiu Robert Sinn.

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    Andreia Teixeira, head of Project Management do Grupo Openbook

    Arquitectura

    Andreia Teixeira assume cargo de Project Management do Grupo Openbook

    Esta contratação visa “reforçar a coordenação, gestão de recursos e riscos, bem como a monitorização e controlo de projectos” dentro da empresa

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    Andreia Teixeira é a mais recente contratação do Grupo Openbook para o cargo de head of Project Management. Com uma formação sólida em arquitectura e uma vasta experiência na gestão e coordenação de projectos, planeamento e desenvolvimento urbanístico, vem fortalecer a capacidade interna de gestão de projectos, em resposta ao crescimento contínuo do Grupo e à expansão do seu portfólio de projectos em curso, de grande dimensão.

    Esta contratação visa reforçar a coordenação, gestão de recursos e riscos, bem como a monitorização e controlo de projectos dentro da empresa. Além disso, alinha-se com a estratégia definida pela Openbook, que visa a melhoria contínua da eficiência, qualidade e produtividade.

    “A contratação de Andreia Teixeira é um passo significativo para fortalecer a nossa capacidade de gestão de projectos. A sua experiência e expertise serão inestimáveis para aprimorar as nossas operações e alcançar os nossos objetivos estratégicos”, justifica Rodrigo Sampayo, partner do Grupo Openbook.

    Além da contratação de Andreia Teixeira, o Grupo Openbook também anunciou a chegada de outros profissionais para reforçar e expandir a sua equipa em diferentes áreas de actuação. Nesse sentido, Margarida Fonseca e Gonçalo Reis juntam-se à Openbook Architecture como arquitectos seniores, trazendo consigo um vasto conhecimento e experiência no campo da arquitectura. Edgar Franco vai integrar a equipa de 3D ArchViz do Grupo e Fátima Filipe, arquitecta de interiores, faz agora parte da Openbook Studio. Por fim, Joana Pimentel, designer, foi contratada para se juntar à equipa de Marketing e Comunicação.

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    CE atribui 245M€ em subvenções a projecto de hidrogénio em Sines

    A Comissão Europeia anunciou os vencedores de um leilão altamente competitivo do Banco Europeu de Hidrogénio, tendo sido atribuídos ao projecto MadoquaPower2X (MP2X), em Sines, 245 milhões de euros em subvenções operacionais

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    O MP2X, localizado em Sines, Portugal, é uma instalação Power-to-X que produzirá hidrogénio verde e amoníaco, principalmente para o transporte marítimo. O projecto está dividido em duas fases, com uma capacidade inicial de electrolisador de 500 MW, seguida da Fase 2, que procurará implantar mais 700 MW de capacidade de electrolisador, elevando a capacidade total para 1,2 GW.

    Este projecto emblemático é uma pedra angular para o futuro da descarbonização dos sectores energéticos europeus de difícil acesso, como o transporte marítimo e as indústrias pesadas.

    A MP2X foi agora convidada a preparar um acordo de subvenção com a Comissão Europeia. A MP2X receberá um prémio fixo de 0,48 EUR/kgH2 por ~51.000 tH2 por ano durante um período de 10 anos, num total previsto de 245 milhões de euros.

    “Estamos muito orgulhosos por o nosso projecto ter recebido esta subvenção e aplaudimos os decisores políticos por reconhecerem a importância da economia do hidrogénio em Portugal e na Europa. O anúncio de hoje reafirma a capacidade da CIP para realizar projectos de hidrogénio verde para construir uma futura economia do hidrogénio na Europa. Gostaríamos de agradecer aos nossos parceiros em Portugal, bem como ao Governo português, às instituições públicas e às comunidades locais por trabalharem connosco na criação de um futuro mais verde para as gerações vindouras”, refere Philip  Christiani, partner da Copenhagen Infrastructure Partners (CIP).

    Por sua vez Marloes Ras, directora Não-Executiva da MadoquaPower2X, afirmou que “a nossa equipa trabalhou incansavelmente para fazer da MP2X um sucesso. O anúncio de hoje da Comissão Europeia é um reconhecimento dos esforços incansáveis da equipa em Portugal e na Dinamarca. Com este reconhecimento vem a responsabilidade, a viagem apenas começou, estamos agora prontos para entregar o projecto e esperamos continuar a colaborar com as instituições públicas e as comunidades locais para fazer do MP2X um sucesso pioneiro para Portugal”.

    Subsídio até ao final do período de subvenção

    O projecto receberá o financiamento concedido a partir da data de exploração comercial até ao final do período de subvenção de 10 anos. A subvenção aproxima a MP2X da decisão de investimento financeiro, reduzindo a diferença entre o preço de custo e o preço de venda, e constitui um importante factor de sucesso do projecto. A subvenção depende do facto de a MP2X estar operacional no prazo de cinco anos após a assinatura do acordo respectivo. A MP2X  estima que o projecto deverá ficar operacional, o mais tardar, em 2028.

    O projecto inicial utilizará uma ligação à rede de 560 MVA para produzir anualmente 51.000 toneladas de hidrogénio e 300.000 toneladas de amoníaco verdes utilizando electricidade renovável. Incluindo a segunda fase, o projecto utilizará uma ligação à rede de 1400 MVA para produzir um total de 150.000 toneladas de hidrogénio verde e mais de 1 milhão de toneladas de amoníaco verde por ano.

    A MP2X é e continuará a ser um impulsionador directo de outros investimentos nacionais na cadeia de valor da produção de hidrogénio em Sines, com parcerias técnicas e comerciais para a compra de hidrogénio produzido por terceiros.

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    Fonte: site da Câmara Municipal de Paredes

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    Município de Paredes investe mais de 64,3 M€ em habitação com apoio do PRR

    Alexandre Almeida, presidente da Câmara, destaca a importância “de aumentar a oferta de arrendamento acessível para a população mais jovem e privilegiar a qualidade de vida e a promoção da fixação da população em Paredes”

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    O Município de Paredes entregou um conjunto de candidaturas a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de habitações sociais e habitações a rendas acessíveis para “mitigar as necessidades habitacionais no concelho”.

    Alexandre Almeida, presidente da Câmara, destaca a importância “de aumentar a oferta de arrendamento acessível no concelho especialmente para a população mais jovem e privilegiar a qualidade de vida e a promoção da fixação da população em Paredes”.

    A construção de imóveis destinados à promoção de arrendamento a custos acessíveis, a disponibilizar às famílias da classe média e a jovens que não encontram respostas no mercado, serão 182, no valor de 27,1 milhões de euros, nas freguesias de Baltar, Gandra, Mouriz, Rebordosa, Sobreira e Paredes.

    O programa prevê, ainda, um total de 223 habitações sociais, destinadas a agregados familiares com rendimentos mais baixos. O investimento que ascende a 28,8 milhões de euros, serão edificadas nas freguesias de Paredes, Lordelo, Rebordosa, Vandoma, Gondalães, Cete, Vilela e Duas Igrejas.

    Já as reabilitações de habitações sociais incidirão em 122 fogos já existentes, cujas empreitadas estão estimadas em 8,4 milhões de euros em Cristelo e em Paredes, no edifício O Sonho e no Bairro O Sonho.

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    IP lança concurso de 77M€

    Um total de 378 milhões de euros de investimento IP no PRR estão já concluídos, em fase de execução ou em fase de contratação, na componente rodoviária, ao que se irá somar agora o concurso para a substituição do actual sistema de sinalização nas estações de Campolide, Oriente, Alverca e Azambuja

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    A Infraestruturas de Portugal lançou no início da semana o concurso público para empreitada “Linha de Cintura e Linha Norte – Estações de Concentração de Campolide, Oriente, Alverca e Azambuja – Sinalização” (Digitalização do Transporte Ferroviário).

    Com um preço base de 77 milhões de euros, esta empreitada em regime de concepção-construção, prevê a substituição do actual sistema de sinalização (tipo ESTW L90P) nas estações de concentração de Campolide (Linha de Cintura), Oriente, Alverca e Azambuja (Linha do Norte), tendo como objectivo compatibilizar as ligações físicas e funcionais da Linha do Norte, da Rede Ferroviária Nacional (RFN), com a futura Linha de Alta Velocidade (LAV), permitindo uma utilização combinada, relevante para o objectivo de coesão territorial da LAV.

    A extensão total a intervencionar será de aproximadamente 55 km de vias dupla e quádrupla.
    O procedimento inclui o investimento destinada ao sistema de sinalização, financiado, num total de 49 milhões de euros no âmbito da “Digitalização do Transporte Ferroviário”, na Componente “Mobilidade Sustentável” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e inclui também a manutenção subsequente à recepção provisória da componente de investimento.

    A concretização deste projecto irá contribuir para a criação de corredores ferroviários interoperáveis, bem como incrementar a disponibilidade e fiabilidade da infraestrutura ferroviária, em segurança, e ainda promover a interoperabilidade e a interligação internacional de e para Portugal.

    Dos 27 projectos rodoviários PRR, a IP tem já 23 obras lançadas, corresponde a um total de cerca de 378 milhões de euros de investimento. Dessas, duas empreitadas estão concluídas, a melhoria da ligação à Área Industrial de Fontiscos e Reformulação do Nó de Ermida (Santo Tirso) e a Variante à EN248 em Arruda dos Vinhos, 11 estão em fase de contratação e 10 em execução.

    O concurso agora lançado no âmbito do investimento “Digitalização do Transporte Ferroviário” vem materializar a responsabilidade atribuída à IP através da assinatura, em 2023, de um novo contrato de financiamento com a Estrutura de Missão Recuperar Portugal.

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    Empresas

    Knauf apresenta nova identidade corporativa

    A reformulação da marca Knauf, que tem como slogan “Build on us”, responde à necessidade de oferecer uma experiência simplificada e unificada com uma identidade única em qualquer lugar do mundo onde o grupo opera

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    A Knauf, fabricante de placas de gesso laminado e materiais de construção secos, em conjunto com a Knauf Insulation, fabricante de isolamentos térmicos e acústicos, apresentam a sua nova identidade corporativa, protagonizando o rebranding de toda a sua identidade a nível e alinhamento global com a sua estratégia K100, que homenageia o centenário que a empresa celebrará em 2032.

    Esta nova identidade de marca estreia-se com o slogan “Build on us.”, um conceito que reúne uma promessa da marca definida e unida por valores que reflectem o compromisso da Knauf com os clientes através da qualidade, confiança, inovação e sustentabilidade em tudo o que faz.

    A reformulação da marca Knauf responde à necessidade de oferecer uma experiência simplificada e unificada com uma identidade única em qualquer lugar do mundo. Todas as divisões do Grupo Knauf estão unidas sob um único conceito de marca, apoiado por uma promessa clara: “Build on us”. Esta mudança sublinha o compromisso da Knauf de estar sempre ao lado dos seus clientes, pronta para colaborar estreitamente para construir um futuro conjunto. Além disso, a mudança de marca alinha-se com as exigências emergentes dos ambientes digitais e de um ecossistema em constante evolução, reconhecendo a importância de manter uma presença forte e coerente no mundo digital.

    A nova identidade da marca Knauf abre as portas para um novo tipo de diálogo, tanto com os clientes como entre os membros da organização. A clareza sobre o que representa, o que o torna único e por que os clientes devem escolher a Knauf é crucial para estabelecer relacionamentos sólidos e uma posição robusta no mercado.

    Esta imagem renovada torna transparente o que a empresa representa, aumentando a consciência da sua identidade, da sua singularidade e da razão pela qual os clientes devem considerar a Knauf como a sua escolha preferida.

    Cria assim uma nova base de sinergia e colaboração dentro da Knauf, permitindo partilhar, trabalhar e obter melhores resultados em toda a organização. Também facilita a cada colaborador e parceiro do Grupo Knauf actuar como embaixador da marca, representando a empresa e estabelecendo os diálogos com os clientes ou parceiros que desejam ter.

    A Knauf desenvolveu uma identidade visual mais limpa, moderna e atractiva, que se adapta às plataformas actuais, garantindo óptima visualização em diversos dispositivos e canais online. Esta actualização do logótipo reflecte a evolução da marca, mas também a sua aposta na inovação e adaptação às tendências tecnológicas.

     

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    Luís Augusto, presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting

    Imobiliário

    Financiamento especializado atinge máximo histórico

    Desempenho em 2023 dos três sectores representados pela Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting foi o mais alto de sempre, o único sinal negativo surgiu na locação financeira imobiliária

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    A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF) acaba de divulgar as estatísticas de 2023 dos três sectores em que representa mais de 90% do mercado português, revelando um crescimento homólogo de 5,9% no apoio dado à economia nacional. O somatório de 47,8 mil milhões de euros é equivalente a cerca de 20% do PIB português em 2023.

    Num movimento uniforme, os três sectores representados pela ALF fecharam o ano de 2023 com ganhos, desde os 5% do valor de créditos tomados do Factoring aos expressivos 53% do valor das viaturas novas contratadas em Renting, passando ainda pelos 8,5% do reforço do valor dos investimentos em Leasing. Os 47,8 mil milhões de euros resultantes da soma dos contratos de Leasing e Renting, juntamente com as facturas adquiridas pelas Factors em 2023, representa um aumento de quase 2,7 mil milhões de euros, face a 2022. Este aumento é composto por um crescimento de 350 milhões de euros na produção de Renting, 200 milhões no Leasing e uns expressivos 2,1 mil milhões de euros no Factoring.

    “O ano 2023 desafiou todas as previsões, conjugando um segundo conflito com impacto na Europa, a incerteza na política monetária do BCE, e, em Portugal, a queda de um Governo com maioria e convocação de eleições antecipadas. Apesar de tudo, o financiamento especializado revelou um crescimento robusto, contribuindo para o crescimento da economia portuguesa”, destaca Luís Augusto, presidente da ALF, concluindo: “Os dados de 2023 contrariam eventuais visões pessimistas e as projeções da ALF para 2024, o ano do nosso 40.º aniversário, reforçam o papel do financiamento especializado no apoio à formação do PIB”.

    Em claro crescimento estão o Factoring e o Renting. O Factoring, que em 2021 valia 34,5 mil milhões de euros e no ano seguinte atingiu os 42 mil milhões de euros, encerrou o ano de 2023 com um total de 44,2 mil milhões de euros em facturas tomadas. Em apenas dois anos, o desempenho do factoring aumentou em 18%, equivalente a cerca de 10 mil milhões de euros. Destaque para o confirming (gestão dos pagamentos das empresas junto dos seus fornecedores), que registou um crescimento de 7,4%, correspondendo a um acréscimo de 1.370 milhões de euros em relação ao ano anterior, e para o factoring internacional. O factoring à importação, que consiste no apoio ao pagamento de facturas de um cliente nacional ao seu fornecedor estrangeiro, assume o maior protagonismo, superando o valor de 2022 em 51%, num salto de 360 milhões de euros para os 544,6 milhões de euros. Quanto ao factoring à exportação, que proporciona apoio no recebimento de facturas de clientes localizados no estrangeiro, registou um crescimento de apenas 2,4%, em torno dos 121 milhões de euros a mais que no ano anterior, totalizando 5,15 mil milhões de euros, muito relevante no apoio às exportações nacionais. No factoring doméstico, a modalidade com recurso manteve-se estável, face a um crescimento de 4,3% da modalidade sem recurso.
    Por sua vez, o Renting prossegue o seu caminho de consolidação enquanto solução para gestão de frotas de empresas e também de particulares. Durante 2023, o renting colocou 36 mil viaturas novas em circulação nas estradas portuguesas, num valor que superou os mil milhões de euros, uma expressiva evolução de 53% face aos 667 milhões de euros de contratos novos em 2022. Esta subida resulta também do crescimento do valor médio por viatura, impulsionado pela crescente contratação de veículos electrificados, e pela inflacção verificada no sector automóvel. Tal como acontece no leasing verde – em que se beneficia a aquisição de equipamentos com menor pegada carbónica – o renting de viaturas híbridas plug-in e eléctricas reforça o papel deste sector na descarbonização nacional da mobilidade.

    Leasing mobiliário cresce e compensa imobiliário
    Durante 2023, o único sinal negativo surgiu na locação financeira imobiliária, embora o crescimento de 20,5% no leasing mobiliário mais que tenha compensado esse decréscimo. Face a 2022, a locação financeira imobiliária teve uma quebra de 14,7%, totalizando 686 milhões de euros. A perturbar o desempenho deste produto estão constrangimentos no enquadramento fiscal do produto que afastam os locadores do mesmo e, naturalmente, o aumento das taxas de juro de referência do Banco Central Europeu.
    Já o leasing mobiliário, ao registar um crescimento de 20,5%, alcança uma produção de 1,87 mil milhões de euros. As viaturas contribuem com a maior parte deste valor, com 24 533 viaturas ligeiras, para um valor de 777 milhões de euros, e 5 520 pesadas, no valor de 491 milhões de euros. As viaturas têm um peso de 68% do volume do leasing mobiliário, enquanto os equipamentos atingiram os 602 milhões de euros.

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    Greens Vilamoura assinala cerimónia de Pau de Fileira com 70% já comercializado

    O projecto, que compreende a construção de perto de 90 apartamentos, já atingiu 70% de comercialização, estando prevista a conclusão das vendas até ao final da construção, no primeiro semestre de 2025

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    O Greens Vilamoura celebra a cerimónia de Pau de Fileira, antiga tradição que assinala a conclusão da estrutura da empreitada, dando agora início à terceira fase de comercialização, numa altura em que 70% já está comercializado. A comercialização do projecto está a cargo das consultoras Portugal Sotheby’s Realty e Garvertur International.

    O Greens Vilamoura deverá estar concluído no primeiro semestre de 2025, com o integral cumprimento dos prazos previstos. Localizado no Algarve, em Vilamoura, o condomínio situa-se entre o Pinhal Velho Vilamoura Condominium e o Anantara Vilamoura Algarve Resort, estando rodeado pelo parque ambiental, uma área protegida de 170 hectares, pelo Vitoria Golfe Course, o campo de golf flagship da Dom Pedro Golf e o Vilamoura Equestrian Centre.

    Este projecto tem aspectos únicos que o diferenciam, com características de sustentabilidade e excelência de construção que são fundamentais para quem procura um projecto diferenciador e uma experiência mais enriquecedora e envolvente. A localização conjuga o cosmopolitismo da proximidade ao centro de Vilamoura com um enquadramento natural único que tem levado a uma forte procura por parte de potenciais clientes. A nossa expectativa, face aos contactos que temos recebido, é que também esta terceira fase venha a ter uma forte adesão por parte dos interessados em usufruir da experiência de viver num local único”, afirma em comunicado o promotor.

    O projecto, da autoria do atelier Ventura + Partners, conjuga “as mais avançadas técnicas de arquitectura e engenharia sustentável, com uma criteriosa selecção dos materiais utilizados, para proporcionar uma experiência residencial de proximidade a todos os serviços essenciais, mas também com a natureza, que faz parte integrante de Vilamoura”. Nesse sentido, escolha dos materiais obedeceu aos mais exigentes critérios de sustentabilidade, por forma a optimizar a eficiência e minimizar a sua pegada de carbono.

    Entre as características de sustentabilidade deste empreendimento contam-se a utilização de painéis fotovoltaicos para iluminação das zonas comuns, alimentar o sistema de rega e a estação de tratamento de águas existente, a disponibilidade alargada de carregamento eléctrico para cada uma das fracções, a criação de jardins verticais que reflectem a ligação com a natureza que o rodeia e permitem uma melhor eficiência térmica.

     

     

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    Novo crédito à habitação regista crescimento de 26,1% até Fevereiro

    Entre Janeiro e Fevereiro de 2024 o consumo de cimento cresceu 13,4%, o número de fogos licenciados totalizou 4,811 alojamentos e o novo crédito à habitação cresceu 26,1%. A mais recente “Síntese estatística”, da AICCOPN, selecciona a região do Oeste e Vale do Tejo para destaque 

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    Nos primeiros dois meses de 2024, o consumo de cimento no mercado nacional perfez 646 milhares de toneladas, o que traduz um aumento homólogo de 13,4%. Tendo-se registado, ao nível do licenciamento municipal, até ao final de Fevereiro, uma diminuição de 0,9%, em termos homólogos, no total de licenças emitidas para obras de construção nova ou de reabilitação de edifícios residenciais. Relativamente, ao número de fogos licenciados em construções novas, observa-se um decréscimo de 12,4%, em termos homólogos, para um total de 4.811 alojamentos.

    No que concerne ao volume de novo crédito à habitação concedido pelas instituições financeiras, excluindo renegociações, regista-se um aumento homólogo de 26,1%, nos primeiros dois meses do ano, para um total de 2.321 milhões de euros. Em Fevereiro, a taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou-se em 4,64%, o que traduz um aumento de 2,11 pontos percentuais, face a Fevereiro de 2023. Quanto ao valor mediano de avaliação de habitação para efeitos de crédito bancário, no mês de Fevereiro, observou-se uma valorização de 5,5%, em termos homólogos, em face de variações de 2% nos apartamentos e de 6.1% nas moradias.
    A mais recente “Síntese Estatística” da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) destaca a região do Oeste e Vale do Tejo, onde o número de fogos licenciados em construções novas, nos doze meses terminados em Fevereiro de 2024, foi de 2.315, o que traduz um aumento de 3,3%, face aos 2.241 alojamentos licenciados nos doze meses anteriores. Destes, 8% são de tipologia T0 ou T1, 21% são de tipologia T2, 54% de tipologia T3 e 18% de tipologia T4 ou superior. Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação, verificou-se, nesta região, uma variação homóloga de 10,8% no mês de Fevereiro.

     

     

     

     

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    Preços das casas aceleram nos primeiros meses de 2024

    Os preços de venda das casas em Portugal Continental aumentaram 2,2% no 1º trimestre do ano, face ao período homólogo. Sinal de uma reversão do padrão de suavização das subidas de preços sentido ao longo do último ano, a qual, a confirmar-se, contraria a expectativa dominante no mercado

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    Os preços de venda das casas em Portugal Continental aumentaram 2,2% no 1º trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. Um valor que representa uma aceleração face aos 1,6% registados no 4º trimestre de 2023. Os dados resultam do Índice de Preços Residenciais apurado pela Confidencial Imobiliário.

    Sem prejuízo de se tratar de uma variação trimestral bastante inferior à exibida um ano antes, no 1º trimestre de 2023 (+4,3%), o indicador agora atingido sinaliza uma reversão do padrão de suavização das subidas de preços sentido ao longo do último ano, a qual, a confirmar-se, contraria a expectativa dominante no mercado.

    De qualquer forma, em reflexo do comportamento acumulado dos preços ao longo do último ano, a valorização homóloga voltou a reduzir o ritmo, atingindo 9,6% em Março de 2024. Este indicador fica 7,6 pontos percentuais abaixo da taxa de variação homóloga de 17,2% registada no 1º trimestre do ano passado.

    “Nos últimos três meses, o índice inverteu a trajectória de curto-prazo, alcançando uma variação trimestral de +2,2%, depois de ter este indicador em 1,6% em Dezembro. Estes números confirmam os últimos resultados do Portuguese Housing Market Survey, reflectindo um comportamento mais positivo da procura e trazendo as expectativas de vendas para terreno positivo. Espera-se que as taxas de juro comecem a cair nos próximos meses, e isso está a melhorar a confiança dos compradores, o que acaba por colocar pressão adicional sobre os preços”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

    De acordo com as projecções realizadas a partir das vendas reportadas ao Sistema de Informação Residencial, SIR, no 1º trimestre deste ano terão sido transaccionados cerca de 34.300 fogos em Portugal Continental. Este volume supera em cerca de 5% a média de 32.800 vendas por trimestre registada em 2023, confirmando a trajectória de recuperação, lenta, mas consistente, da actividade que se faz sentir desde a segunda metade do ano passado.

    Em termos de preços, as vendas residenciais no território Continental realizaram-se por um valor médio de 2.447euros/m2 no 1º trimestre deste ano, posicionando-se em 3.413euros/m2 na habitação nova e em 2.326euros/m2 na habitação usada.

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    Sierra renova espaço de restauração no Centro Vasco da Gama

    Projeto River Deck conta com um investimento de 9 milhões de euros e terá a assinatura da Reify

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    A Sonae Sierra, em parceria com a CBRE Investment Management, anuncia a implementação de um “novo e inovador” projecto de restauração no Centro Vasco da Gama. O River Deck, nome dado ao projecto, terá como inspiração as mais recentes tendências europeias ao nível de zonas de restauração e contará com 15 novos espaços que darão resposta a um vasto conjunto de opções gastronómicas nacionais e internacionais.

    Com um investimento que rondará os 9 milhões de euros, as primeiras intervenções tiveram início em Setembro de 2023, com a instalação das escadas de emergência no exterior do edifício e neste momento já são visíveis as primeiras alterações no espaço.

    Ricardo Vilaça, director de Asset Management da Sierra em Portugal e Roménia expressa o seu entusiasmo quanto ao futuro do River Deck: “Estamos confiantes de que o River Deck será um marco na experiência dos visitantes do Centro Vasco da Gama. Procurámos dotar este activo de referência com um espaço moderno, com uma oferta gastronómica diversificada e de elevada qualidade, em linha com o que podemos encontrar nas principais capitais europeias, e à semelhança do que temos vindo a fazer noutros centros do nosso portfólio. Temos a certeza de que, uma vez aberto, este novo espaço irá elevar a experiência de visitantes e de lojistas”.

    Com o River Deck, a Sierra mantém a sua aposta ao nível da sustentabilidade, garantindo que as intervenções vão de encontro das directivas impostas pela certificação BREEAM. O novo espaço alia, assim, um design “moderno”, gastronomia diversificada e preocupação ambiental com o objectivo de “dotar o Centro Vasco da Gama com um projecto de referência ao nível da restauração”.

    Todo o conceito de arquitectura, planeamento e obra está a cargo da Reify. que se destaca pela utilização de elementos “distintivos” e que respondem aos mais elevados padrões internacionais, através de um desempenho ambiental e energético de “excelência”. A conclusão da obra está prevista para o último trimestre de 2024.

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