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    Arquitectura

    “Sem a experiência no MoMa nem seria candidato a dirigir este museu em Lisboa”

    Acho que começámos muito bem, com um edifício que o Finantial Times descreveu como “espectacularmente modesto”

    Ana Rita Sevilha
    Arquitectura

    “Sem a experiência no MoMa nem seria candidato a dirigir este museu em Lisboa”

    Acho que começámos muito bem, com um edifício que o Finantial Times descreveu como “espectacularmente modesto”

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    Está sensivelmente a meio do percurso como director do MAAT, sendo esta também a primeira vez que assume um cargo desta natureza. Que balanço faz?
    Pedro Gadanho: Aparentemente, foi muito bem sucedido na medida em que todos os objectivos que fomos definindo desde que cheguei, em Outubro de 2015, foram sempre cumpridos. Entre eles está o lançamento da primeira identidade do museu enquanto marca, em Junho de 2016, com a remodelação das galerias da Central Tejo, que foi o primeiro passo, e também a primeira vez que a programação do MAAT foi anunciada. Depois, sublinho todo o momento de abertura em Outubro, que foi bastante marcante e um grande sucesso. Noto que foi importante, para nós, termos feito a abertura nesse período, apesar de algumas críticas, para podermos proporcionar o usufruto do espaço público e de parte do edifício logo a partir dessa altura e não nos guardarmos para ver o edifício totalmente acabado e só termos aberto em Março. Finalmente, a 21 de Março, o momento em que temos o edifício completo, em que temos as primeiras exposições e a programação a funcionar em regime completo ao mesmo tempo que é acabado o jardim do campus da Fundação. Em suma, tem sido muito intenso, mas sempre a cumprir os objectivos que fomos determinando para este período.

    Do que aprendeu enquanto curador de arquitectura contemporânea no MoMa, em Nova Iorque, o que lhe é mais útil hoje?
    Em primeiro lugar, tudo o que aprendi sobre management de museus. Foi uma experiência de estágio de quatro anos, hiper qualificada, num dos museus mais importantes do mundo, e foi realmente uma oportunidade para aprender seriamente como é que é feita a gestão de um museu num registo quotidiano. Foi uma experiência super exigente mas de um nível profissional altíssimo, onde era possível estar a inaugurar duas exposições na mesma noite sem sentir qualquer nível de stress. Tudo feito com grandes equipas, com um staff de 50 pessoas, uma estrutura realmente muito séria. Sem essa experiência, nem sequer seria candidato a dirigir este museu em Lisboa. E, de facto, ao formar aqui equipa e ao decidir como seria a nossa abordagem à produção das exposições no dia-a-dia, sentia quase diariamente aquilo que tinha aprendido nos Estados Unidos. Por outro lado, a nível mais curatorial, senti, quando foi inaugurada a exposição “Utopia/ Distupia”, que esta era finalmente a oportunidade para expandir, em termos de dimensão, algumas ideias que fui explorando no MoMa numa galeria muito mais pequena – primeiro num espaço de 200 metros quadrados, depois num de 600 metros quadrados -, e que, em muitos dos casos, envolvia arte e arquitectura, aproveitando a colecção do Museu de Arte Moderna. Finalmente, aqui tinha um espaço de outra dimensão para poder fazer uma experiência de diálogo entre artistas e arquitectos. Portanto, senti que a exposição que foi feita aqui, no fundo, foi o resultado final também de uma aprendizagem curatorial feita no MoMa, a colocar justamente em diálogo trabalhos de artistas e trabalhos de arquitectos, a colocar em diálogo duas produções culturais diferentes mas com o mesmo índice de contribuição para o discurso cultural.

    Na altura em que se soube que o Pedro ia assumir a direcção do MAAT, António Mexia referiu: “o perfil e a experiência internacional de Pedro Gadanho são essenciais para a ambição que queremos para o MAAT”. Que ambição é esta?
    A ambição é, em primeiro lugar, a de fazer um museu de referência internacional, ou seja, um museu que ombreie e se relacione directamente com outros museus de arte contemporânea no contexto internacional. Isso é um desafio particularmente exigente porque obviamente estamos num momento em que o mundo da Arte Contemporânea é bastante competitivo e as estruturas já têm muita experiência a produzir aquilo que fazem bem de há muitos anos para cá. Portanto, sempre que surge um museu novo, querer atingir esse patamar é obviamente muito difícil, tem de haver alguma distinção que permita afirmar-se em primeiro lugar e, depois, conseguir ter um nível profissional que dê uma resposta continuada ao nível da programação, dos artistas que convida e a nível curatorial. Acho que começámos muito bem, com um edifício que o Finantial Times descreveu como “espectacularmente modesto”, ou seja, um edifício que sendo de arquitectura claramente contemporânea é um edifício que se integra muito bem na paisagem e que é muito convidativo e muito atractivo para os visitantes, justamente por ter uma linguagem diferente daquela que se encontra no dia-a-dia. Agora, o desafio é continuar, na programação, a corresponder às expectativas que foram geradas com a criação desta mega estrutura museológica em dois pólos diferentes e em dois grandes edifícios.

    O MAAT aparece numa altura em que Lisboa está nas “bocas do mundo”, é referência em muitas publicações internacionais, considerada uma cidade bastante atractiva e interessante e que recebe diariamente muitos turistas.
    Sim. Aliás, o MAAT aparece muitas vezes nesse contexto como um signo dessa renascença cultural. Acho que há um aspecto importante a sublinhar nessa dita renascença. Lisboa, enquanto capital europeia com um passado histórico muito consolidado, já era uma cidade muito atractiva para o turismo. O que talvez se nota neste momento é que a cidade começa a atrair pessoas de um turismo mais qualificado, city break, pessoas que procuram não só à procura da experiência gastronómica, o passado histórico e o passeio por uma cidade bonita, como também uma oferta cultural ao nível daquilo que estão habituadas nos grandes centros europeus.

    E o turismo de arquitectura, já tem expressão?
    O turismo de arquitectura já existia pelas razões óbvias, afinal temos dois Pritzkers em Portugal. Já existia no Norte do País e também aqui, mas claro que actualmente está reforçado. Contudo, devo dizer que a Casa da Música já tinha feito esse percurso muito antes de surgir o MAAT e, obviamente, sempre houve arquitectos a fazer o circuito Álvaro Siza. Digamos que isso vem reforçar essa componente de um turismo cultural mais exigente.

    E que transformações a cidade pode vir a sofrer derivadas deste fluxo de turistas?
    Isso está ligado a um fenómeno interessante e menos conhecido que pode, e até já está a ter, mais consequências, nomeadamente na Reabilitação Urbana. O fenómeno é o facto de a cidade atrair pessoas não só para a visitar, mas para viver. Falamos de pessoas com outro nível de exigência estética, outro nível de exigência económica, o que favorece a economia da Reabilitação e faz com que a cidade tenha uma pressão para mudar mais rapidamente. Traz alguns problemas consigo, nomeadamente a gentrificação e a subida das rendas, mas felizmente esses são problemas que já foram identificados previamente em outras cidades e que já estão a ser discutidos desde o início. Faz parte da trajectória habitual a que as cidades são sujeitas nesta situação. Portanto, entre a qualidade arquitectónica que existe tradicionalmente em Portugal, nomeadamente a nível de resposta à encomenda e o facto de haver essa consciência do que aconteceu noutros sítios, temos condições para fazer um crescimento com alguma qualidade. Mas dependerá dos actores que estão no campo.

    O Pedro tem um percurso bastante diversificado que passa pela arquitectura, curadoria, ensino, design (…). Essa capacidade camaleónica de se moldar e de actuar em várias frentes é hoje crucial para um arquitecto?
    Há muitas formas de ter “sucesso”, mas o sucesso mais consolidado tem que ver com uma visão relativamente tradicional da profissão em que o arquitecto tem um domínio cultural vasto e percebe de muitas áreas e é, como se costumava dizer, um especialista em coisa nenhuma. Um especialista em generalidades. Essa qualidade cultural do arquitecto é, quanto a mim, muito importante para garantir o sucesso mais sustentado e é uma coisa que eventualmente se perdeu nos últimos anos, até pelo desligamento que passou a existir entre escolas de arquitectura e escolas de arte, que garantiam esse acesso a uma cultura artística mais clássica. Acho que isso gerou um problema. Primeiro acho que os arquitectos se tornaram cada vez mais tecnocratas e mais falhos a esse nível da sensibilidade cultural, de modo a dar uma resposta mais directa e um serviço mais acrítico, relativamente aquilo que são as exigências de uma sociedade contemporânea. Apesar de tudo, nós ainda temos, precisamente por haver uma cultura arquitectónica importante, restícios dessa cultura a influenciar os comportamentos das pessoas. Ainda assim, é preciso estar atento a esse risco porque evidentemente se pode traduzir numa rápida perda de qualidade na arquitectura. Nós temos uma tradição de qualidade, acho que essa tradição ainda se nota e espero que prevaleça. Quando, aqui no museu, unimos a Arte e a Arquitectura, é um pouco para tentar restabelecer essa conexão que por outras vias se foi perdendo.

    Como é que fundem a Arte, a Arquitectura e a Tecnologia na programação do MAAT?
    Eu espero que as pessoas, ao visitarem a exposição “Utopia/Distopia”, percebam exactamente essa fluidez entre disciplinas e o facto de não ser preciso marcar fronteiras entre aquilo que é uma produção arquitectónica e aquilo que é uma produção artística, assim como a capacidade de ambas para reflectir sobre o mundo presente. A exposição fala por si e explica muito bem como, por detrás de ideias de edifícios e de construção, pode estar um pensamento cultural activo e crítico sobre aquilo que se passa à nossa volta.

    Que expectativas têm do público português?
    O público português tem de ser educado, pela simples razão de que a arte contemporânea, assim como a arquitectura e outras expressões criativas contemporâneas, não têm arenas para ser reconhecidas. Como as pessoas não nascem ensinadas, tem de haver um projecto pedagógico que explique o que podem beneficiar da sua experiência com a arte contemporânea, com a arquitectura e de como as produções culturais lhes podem fazer compreender um pouco melhor aquilo que são, aquilo que fazem e o modo como podem pensar o Mundo. Algumas reacções a exposições que já fizemos aqui no MAAT lembram-me o momento em que estive a fazer o Mestrado em Arte e Arquitectura, em Inglaterra, em meados dos anos 90, quando a arte contemporânea estava a surgir na cena mainstream em Inglaterra, muito antes da Tate Modern ser aquilo que é hoje. Na altura, os tablóides começaram a pegar na arte contemporânea para dizer “Isto não é arte”, “Isto também eu fazia”. Eu acho que Portugal, em certas áreas, ainda tem um atraso de 20, 30 anos e estamos agora a viver esse momento, em que de repente a televisão e os jornais pegam na arte como algo que pode ser consumido pelas pessoas. Portanto, há todo um projecto pedagógico a fazer para que as pessoas compreendam que a arte contemporânea, como a arquitectura, o cinema e outras áreas culturais, têm códigos. Nós temos de os saber descodificar ou ser ajudados para, depois, ter acesso às mensagens que aqueles objectos artísticos nos podem transmitir. Ultimamente, costumo pensar que ver uma obra de arte contemporânea sem o mínimo de explicação é como ver um filme finlandês sem legendas: até podemos perceber vagamente o enredo e que algumas personagens se relacionam, mas pode-nos passar completamente ao lado aquilo que realmente está a ser transmitido pelo filme. Portanto, nós temos esse cuidado, que certamente eu também trouxe da minha experiência do MoMa, que é uma preocupação em que as pessoas tenham acesso àquilo que é uma explicação mínima sobre a obra, para que depois possam construir a sua própria apreciação daquilo que estão a ver. Devo dizer que fizemos um inquérito que foi muito elucidativo a esse nível. Primeiro, perguntámos às pessoas se liam as legendas que acompanham as obras de arte e aquelas que liam disseram, depois, numa outra pergunta, que tinham 80% de satisfação na visita ao museu. As que não liam tinham 40% de satisfação . Acho que isso é bastante evidente sobre o que é necessário de pedagogia para as pessoas usufruírem melhor e de forma mais interessante para elas próprias do que a arte contemporânea lhes pode oferecer.

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    Ferran Baldirà, CEO Grupo Eurofred

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    Grupo Eurofred formaliza venda da sua filial Horeca Global Solutions

    Uma decisão que se prende com o plano estratégico do Grupo em concentrar os seus esforços nas unidades de negócio de climatização e refrigeração

    O Grupo Eurofred, holding multinacional especializada em soluções integrais de climatização, refrigeração e serviços, formalizou a venda da sua filial Horeca Global Solutions à Tefcold Group, especialista na distribuição de equipamentos de refrigeração comercial e com sede em Viborg, Dinamarca.

    Uma decisão que se prende com o plano estratégico do Grupo em concentrar os seus esforços nas unidades de negócio de climatização e refrigeração.

    “Este acordo responde à implantação de nosso Plano Estratégico e que nos permitirá centrar a atenção no nosso negócio ‘core’ de confort térmico e refrigeração, reforçando ainda mais a nossa posição no mercado”, afirma Ferran Baldirà, CEO do Grupo Eurofred.

    E acrescenta: “A Horeca Global Solutions conta com um catálogo de marcas de prestígio, um ‘expertise’ e uma equipa de profissionais que estou certo que permitirão continuar a crescer sob a direcção do Tefcold Group”.

    A Eurofred Group criou a empresa Horeca Global Solutions em 2022 a partir de sua unidade de negócio de equipamentos para restauração com o objectivo de impulsionar seu crescimento e dar resposta especializada às necessidades dos clientes do sector Horeca. A relação entre as duas empresas começou em 2006 com o desenvolvimento, por parte de Tefcold, da marca própria de produto da Horeca Global Solutions.

    Nascida em 1966, a Eurofred é uma holding multinacional, que conta, actualmente, com 11 empresas na Espanha, França, Portugal, Itália e Chile, além de joint ventures no Reino Unido e Irlanda.

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    KEO inaugura escritório em Lisboa e duplica número de colaboradores

    A KEO, arquitectura, design e engenharia, vai inaugurar os novos escritórios em Lisboa, no Parque das Nações, dando seguimento à estratégia de crescimento da marca na Europa. Presente em oito países e contando com 2600 profissionais, a KEO celebra este ano 60 anos de existência

    Em Portugal desde 2020, iniciou as suas operações na cidade do Porto, onde conta actualmente com mais de 70 colaboradores. A abertura do novo escritório em Lisboa visa ampliar a capacidade da empresa para responder à crescente procura pelos seus serviços.

    João Sales, director da empresa em Portugal, sublinha a importância da retenção de jovens talentos no país. “O facto de sermos uma grande empresa internacional, que oferece a possibilidade de desenvolver uma carreira aliciante e trabalhar em projectos ambiciosos, é fundamental para atrair e reter os melhores profissionais”, afirma.

    “A abertura deste novo espaço irá permitir a expansão da nossa equipa e continuar a desenvolver projectos de grande relevância internacional. Para alcançarmos esse objectivo, pretendemos atingir ainda este ano os 150 colaboradores em Portugal”, refere o responsável.

    Donna Sultan, presidente e CEO, destaca a qualidade dos profissionais nos escritórios da empresa em Portugal. “Os nossos escritórios em Portugal são um centro de excelência na concepção e execução de projectos”, afirma. “A experiência global da KEO permite-nos oferecer aos nossos clientes soluções inovadoras e personalizadas que atendem às suas necessidades específicas.”

    Em Portugal, a empresa procura arquitectos e engenheiros que irão desenvolver projectos nas suas várias áreas de actuação: arquitectura e design de interiores, planeamento urbano, arquitectura paisagista, infraestruturas e vias de comunicação, sustentabilidade e ambiente.

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    Twinkloo olha para o futuro do imobiliário em Portugal através de novo podcast

    Ao longo de 50 semanas, Massimo Forte, em conversa com reconhecidos especialistas em diversas áreas, analisa alguns dos grandes temas da actualidade, do imobiliário ao crédito, passando pelo empreendedorismo e desafios do financiamento. O primeiro episódio estreia a 22 de Abril

    A Twinkloo, especialista em crédito habitação e intermediário de crédito, acaba de lançar o podcast “Num Piscar de Olhos”. Apresentado por Massimo Forte, real estate influencer e autor de best sellers de mediação mobiliária, o podcast nasce com o objectivo de promover uma reflexão sobre os grandes desafios do sector, além de se debruçar também sobre outras temáticas de grande relevância como o empreendedorismo ou o papel do crédito no sucesso de projectos pessoais e profissionais.

    O primeiro episódio estreia no dia 22 de Abril, tendo como convidado José Cardoso Botelho, director geral da Vanguard Properties.

    Assim, através de conversas esclarecedoras e enriquecedoras sobre o futuro do imobiliário, o projecto é uma aposta da Twinkloo para aproximar os diversos especialistas ao longo de toda a cadeia de valor, num contexto muito desafiante do mercado de habitação em Portugal.

    “Centrado em pessoas de referência em áreas como imobiliário, investimento, crédito, poupança, serviço a cliente, empreendedorismo, literacia financeira ou casos de sucesso, ‘Num Piscar de Olhos’ não é apenas um podcast; é uma plataforma de partilha, aprendizagem e inspiração, pensada para ligar profissionais e entusiastas do sector, em formato vídeo e áudio”, afirma Rui Lima, executive managing director da Twinkloo.

    Com 50 episódios, “Num Piscar de Olhos” foi planeado para oferecer uma jornada de conhecimento, que se estende ao longo de um ano, conduzida por um dos principais protagonistas no sector imobiliário em Portugal. Para o efeito reúne uma selecção criteriosa de especialistas, onde se incluem líderes de opinião e profissionais de destaque no sector imobiliário, banca ou investimento, bem como personalidades influentes e figuras-chave do empreendedorismo. Para além de José Cardoso Botelho, irão participar, entre outros, Patrícia Barão, CEO da JLL, Miguel Carvalho, presidente da Startup Portugal, Sandra Alvarez, general manager da PHD Media, Paulo Faustino, head of growth da Get Digital.

    Cada episódio é desenhado para, em 30 minutos, abordar temas estruturantes que proporcionarão aos ouvintes uma compreensão mais profunda dos mercados imobiliário e de crédito, ao mesmo tempo que abordam os desafios e oportunidades relacionados com liderança, empreendedorismo e inovação.

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    Geberit volta a juntar-se a Miguel Muñoz para espaço na Casa Decor 2024

    O novo projecto de Miguel Muñoz chama-se ‘Templo Shamash: a Alvorada’ e é uma homenagem à civilização da antiga Mesopotâmia que, com as suas inovações e contribuições culturais, mudou a evolução do mundo

    Depois do sucesso alcançado no ano passado com o espaço ‘Magnum Lignum’, que ganhou o prémio de Melhor Projecto Casa Decor 2023, a Geberit, especialista em louça sanitária e tecnologia para a casa de banho, voltou a apostar no elegante design de interiores de Miguel Muñoz Estudio.

    O novo projecto de Miguel Muñoz para a Geberit chama-se ‘Templo Shamash: a Alvorada’ e é uma homenagem à civilização da antiga Mesopotâmia que, com as suas inovações e contribuições culturais, mudou a evolução do mundo. Shamash, o deus sumério do sol, dá nome a este espaço e é representado como um sol nascente, no mármore do chão da casa de banho.

    Este “sol no seu amanhecer” é, também, uma homenagem ao principal lançamento da Geberit que se apresenta no espaço: a sanita com sistema integrado de lavagem AquaClean Alba. Na casa de banho ‘Templo Shamash: a Alvorada’, cores puras como o branco e o preto, junto com tons áridos e alaranjados transportam-nos até às terras da antiga Mesopotâmia. Nas paredes, um revestimento têxtil de requintada delicadeza fala-nos da Babilónia, a capital desta civilização e evoca os relevos que se representaram nos seus templos sagrados, denominados zigurat.

    Na Casa Decor 2024, as soluções Geberit também foram incluídas noutros espaços do palácio da Trinidad, nomeadamente no Espaço Woodmodulor e no Espaço Niessen.

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    WellBe (Parque das Nações)

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    Análise: Mercado de escritórios em Lisboa em “forte recuperação”

    Neste período, a ampla maioria das operações foram mudanças de instalações, representando cerca de 90% da área colocada, onde se assinala, ainda, a entrada de três novas empresas na região de Lisboa

    O primeiro trimestre de 2024 foi marcado por um crescimento significativo da absorção de espaços de escritórios em Lisboa, que ascendeu aos 76.131 metros quadrados (m2). Depois de uma dinâmica mais moderada assinalada em 2023, os primeiros meses de 2024 demonstraram a “!resiliência e a atractividade” do mercado, que apresentou sinais de “forte recuperação” no volume de operações que quase triplicou face ao período homólogo, destaca a Worx Real Estate.

    “Vermos o mercado a recuperar novamente e a voltar aos valores pré-pandemia, deixa-nos confiantes em relação ao restante ano de 2024. Até agora, a Worx foi responsável pela colocação de mais de um terço da área total absorvida, com aproximadamente 29.200 m2 e foi responsável por quatro das cinco maiores operações deste início de ano. Estes resultados são o reflexo do nosso trabalho de equipa e do nosso posicionamento diferenciado perante os desafios do mercado de escritórios em Lisboa”, afirma Bernardo Zammit e Vasconcelos, head of Agency da Worx Real Estate Consultants.

    Da análise realizada ao mercado da capital, a consultora destaca o Parque das Nações (zona 5) como a zona “com maior procura neste período”, com 41% da absorção total, tendo assinalado igualmente a maior transacção do trimestre, com a colocação da Caixa Geral de Depósitos no edifício WELLBE.

    Por outro lado, a Prime CBD (zona 1) registou o maior número de operações, evidenciando uma maior apetência da procura por espaços em localizações centrais e de prestígio, ainda que com áreas mais reduzidas.

    Neste período, a ampla maioria das operações foram mudanças de instalações, representando cerca de 90% da área colocada. Neste âmbito, foi ainda assinalada a entrada de três novas empresas na região de Lisboa, entre as quais a empresa de flex offices Monday.

    No que toca ao perfil da procura, as empresas de serviços financeiros captaram a maior área absorvida, impulsionada em grande medida por duas transacções acima dos 10 mil m2, contudo, as TMT’s continuam a representar o maior número de operações.

    Perante este arranque de ano, as perspectivas de evolução do mercado continuam “optimistas”, face ao crescente número de empresas a quererem instalar-se em Lisboa, pela sua “localização estratégica, boas infraestruturas e pelo ambiente calmo e seguro” do País, ainda mais relevante no actual contexto que a Europa atravessa.

    “Não temos dúvidas de que o mercado vai continuar a crescer, dado que as empresas continuam a investir na melhoria das suas instalações e a apostar em boas localizações, como forma de atrair os seus colaboradores para um regresso ao escritório, no pós-pandemia”, conclui Bernardo Zammit e Vasconcelos.

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    Soluções do Grupo Preceram para a reabilitação e reconversão do edificado

    Por trás da beleza visível está a excelência invisível. Os materiais não ficam à vista do olhar, mas são eles que proporcionam o conforto, a eficiência e a qualidade de vida

    Dando resposta à urgência em disponibilizar mais habitação, o Grupo Preceram apresenta soluções para construção nova, mas também para a reabilitação e reconversão dos edifícios existentes.

    Segundo dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 20,8% da população reportava não ter capacidade financeira para manter a casa adequadamente aquecida, o equivalente a mais de dois milhões de pessoas.

    No verão o cenário piora: 38% da população não consegue manter a casa fresca também por falta de dinheiro, quase o dobro da média europeia. Portugal, é aliás, um dos cinco países da União Europeia em que esta incapacidade era das mais elevadas.

    Poupança energética, silêncio, segurança e ambiente interior saudável, são as preocupações que estão na base do desenvolvimento dos produtos das empresas do Grupo, nomeadamente as placas de gesso Gyptec, a lã mineral Volcalis, a argila expandida Nexclay e os tijolos Preceram.

    Estes materiais que normalmente ficam ocultos, integrados na envolvente opaca – paredes, tetos e pavimentos – para além de fundamentais para a materialidade dos espaços, contribuem significativamente para a eficiência dos edifícios e o conforto e qualidade de vida de quem os utiliza.

    Não podendo ser exaustivo na enumeração, saliento os sistemas de construção a seco integrando placas de gesso Gyptec e lã mineral Volcalis.

    Estas soluções construtivas são utilizadas, em todo o tipo de obra, por serem rápidas, eficientes, económicas e seguras. Isto de uma forma genérica. No entanto, para se adequarem às exigências legais e expetativas dos consumidores, é necessário que se tenham em atenção todos os passos, desde a caracterização dos materiais à solução final.

    Trabalhando com alguns laboratórios de referência internacional, como o ITECONS em Coimbra, a TECNALIA em Espanha e o CSTB – LNE em França, tanto no desenvolvimento como na certificação de produtos e soluções, a Gyptec Ibérica e a Volcalis disponibilizam um invejável conjunto de sistemas caracterizados.  Estes estão disponíveis agregados numa plataforma de pesquisa e seleção, permitindo até a ordenação por preço. Isto facilita a especificação da solução mais eficaz e económica para o projeto ou obra em causa.

    Existem algumas características dos materiais que afetam o desempenho das soluções. São características técnicas, detalhadas nas declarações de desempenho e nas fichas dos materiais, resultantes de exigências normativas de marcação CE ou de certificação voluntária.

    A condutibilidade térmica de um isolamento, quando essa característica é relevante, por exemplo nas fachadas. As propriedades de absorção acústica de uma lã mineral quando detalhamos uma compartimentação. A classe de reação ao fogo em todas as aplicações. Estas são algumas das características técnicas que devem ser comparadas, não outras que erradamente e frequentemente aparecem referidas como exigência. Caso da densidade das lãs de isolamento. Ou do peso de uma solução como apanágio da sua robustez.

    Caminhamos para um futuro que se quer mais sustentável, com menor consumo de recursos, descarbonização e reutilização. Só o conseguimos se desde o fabrico à utilização dos materiais haja racionalidade e competência técnica.

    https://solucoesparaconstrucao.com/

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    OERS acolhe primeira edição dos ‘Prémios de Excelência na Academia’

    O prémio distinguiu 18 vencedores em 12 especialidades da Academia, promovendo assim a “valorização do mérito” dos seus membros em formação

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    A sede da Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS), em Lisboa, recebeu esta quarta-feira, dia 17 de Abril, a primeira edição da cerimónia de entrega dos Prémios de Excelência na Academia, uma iniciativa promovida pelo Conselho Directivo da Região Sul (CDRS) em colaboração com entidades patrocinadoras.

    Com o objectivo de “reconhecer e celebrar” o desempenho académico dos membros estudantes da Ordem dos Engenheiros, inscritos na Região Sul, são reconhecidos vencedores em 12 especialidades da Academia, promovendo assim a “valorização do mérito” dos seus membros em formação.

    António Carias de Sousa, presidente da OERS, destacou a importância de “valorizar os jovens talentos” para o futuro da engenharia, “cujo reconhecimento proporciona, também, uma plataforma para os estudantes se destacarem e estabelecerem conexões cruciais com o mundo profissional, impulsionando assim o seu crescimento e desenvolvimento”.

    Este ano, os prémios foram atribuídos com base num rigoroso processo de selecção, entre os membros estudantes, reconhecendo os melhores desempenhos nos ciclos de licenciatura e mestrado.

    Os vencedores deste ano foram premiados no valor de 750 euros para o ciclo de licenciatura e mil euros para o ciclo de mestrado, em reconhecimento do seu excepcional percurso académico e contribuição para o desenvolvimento do sector da engenharia.

    Além disso, os vencedores têm ainda a possibilidade de serem recrutados pelas empresas patrocinadoras do evento, nomeadamente: Consulai; EACE – Engenheiros Associados, Consultores em Engenharia; Hovione; Imperialum; JET SJ – Geotécnia; LS Engenharia Geográfica; Navigator; Noesis; OTIS; Quadrante; Somincor; Vera Navis.

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    B. Prime coloca modelo “inovador” da Regus em Lisboa

    Dos candidatos, a IWG (Regus) acabou por ser a seleccionada devido ao “profundo conhecimento de mercado local, know how e track record”, destaca a consultora

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    O proprietário do edifício Fontainhas, em Alcântara, que foi totalmente reabilitado, pretendia potenciar a rentabilidade do activo através da exploração de um flex space, tendo, para o efeito, mandatado a B. Prime.

    A consultora começou por seleccionar uma série de operadores neste segmento, interessados numa parceria em modalidade de “Managed Client Agreement” – Contrato de Gestão – em que o operador garante a operacionalização do negócio, mas em que o proprietário é responsável pelo edificado e manutenção da infraestrutura. Este modelo inovador parece ser uma tendência neste segmento de mercado, em Portugal.

    Dos candidatos, a IWG (Regus) acabou por ser a seleccionada devido ao “profundo conhecimento de mercado local, know how e track record”. A B. Prime vai igualmente colaborar com a Regus, na colocação de empresas neste espaço.

    “O nosso modelo está cada vez mais assente em parcerias com os proprietários dos edifícios que investiram na plataforma IWG para criar espaços de trabalho flexível nos seus edifícios. As parcerias permitem que proprietários e investidores aumentem o retorno dos seus imóveis capitalizando a rápida expansão da procura de soluções de trabalho híbrido”, afirma Jorge Valdeira, country manager Portugal da IWG.

    A IWG mandatada pelo proprietário, vai comercializar e gerir um novo flex space da marca Regus no decorrer do primeiro semestre de 2024. O novo centro vai oferecer uma oferta diversificada de espaços privados e de coworking numa zona da cidade em franca renovação e muito carenciada deste tipo de serviços.

    Com a Regus Alcântara, a IWG aumentará a sua rede para 21 unidades em Portugal, já que as suas marcas – Regus, Spaces e HQ – cobrem o território continental desde o Minho até ao Algarve e estão presentes em mais de 120 países, em todo o mundo.

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    Enrique Rodriguéz, responsável de Filiais Península Ibérica

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    Porcelanosa: “2024 será marcante para o desenvolvimento da construção offsite em Portugal”

    Em entrevista à Traço, Enrique Rodriguéz, responsável de Filiais Península Ibérica, destacou o crescimento do Grupo, a estratégia e a consolidação da presença em Portugal, para onde está prevista a aberturas de novas lojas ainda este ano. A construção offsite é uma das grandes tendências para 2024. Com duas grandes encomendas em Portugal, a expectativa é de “crescimento” na ordem dos 6%

    Cidália Lopes

    O Grupo Porcelanosa celebra este ano a sua 30ª feira internacional, onde a multinacional espanhola tem dado a conhecer as novidades das diferentes empresas do Grupo, que além da própria empresa ‘mãe’, inclui, ainda, a Gamadecor, L’Antic Colonial, Butech, Noken, Krion e Xtone. Até 22 de Março, a sede do Grupo, em Vila Real, Espanha, contou com um conjunto de iniciativas marcadas pela “inovação, sustentabilidade e design”. Nos diferentes showrooms foi possível conhecer as últimas novidades, tanto em produtos cerâmicos, equipamentos para casas de banhos e cozinhas e sistemas construtivos, como as últimas tendências em design para 2024.

    No que diz respeito à Porcelanosa, com revestimentos e pavimentos inspirados no cimento, pedra calcária e mármore, estão em destaque no Xlight, ao qual dedicou um dos seus showrooms. Mais de mil metros quadrados nos quais se mostram as possibilidades deste material porcelânico através da recriação de um restaurante e duas casas, onde o espaço, formado por diferentes arcos revestidos.

    Também a Krion renovou completamente o seu showroom com a ajuda da estudi{H}ac. O novo espaço foi concebido como um ponto de encontro onde os profissionais do sector e os particulares podem conhecer, de forma física e sensorial, as múltiplas aplicações na arquitectura e no design de interiores. K-ONCENTRICO 360º é o novo conceito de exposição em que a circularidade se torna a chave de tudo.

    Outra das empresas do grupo que renovou o seu showroom foi a L’antic Colonial, que este ano cumpre o seu 25º aniversário. Para esta transformação, contou com o Summumstudio. Uma proposta “inspiradora” e “carregada de simbolismo”, que tem como objectivo mostrar a profunda conexão da L’Antic Colonial com a natureza. A empresa apresentou, ainda, a sua nova marca de cerâmica decorativa de pequeno formato, o S-Tile.

    A empresa de designs e materiais para mobiliário de cozinhas, salas de estar e casas de banho, Gamadecor, destacou, este ano, o estilo minimalista, assim como a versatilidade e possibilidade de personalização das suas soluções.

    Pensados para os espaços de banho, a Noken aposta em novos modelos de duche com a tecnologia mais avançada. E pelo aniversário do 15º aniversário das torneiras Lounge, da autoria do designer italiano Simone Micheli, é apresentada na feira a nova versão, a Lounge Fluid.

    Os grandes formatos estão, igualmente, em destaque na Xtone, a empresa do Grupo que reproduz em porcelânico o aspecto do mármore, da madeira e do cimento. Sem esquecer, a Butech, a empresa que actua na área das fachadas e na indústria offsite. Uma área com um “crescimento consolidado” e que pretende responder à escassez de mão de obra e necessidades urgentes de habitação. No showroom é possível não só acompanhar o processo produtivo como verificar alguns exemplos de casas de banho e cozinhas construídas através de módulos e previamente em fábrica.

    Qual o balanço do Grupo em 2023? E quais as áreas da Porcelanosa que mais contribuíram?
    O Grupo Porcelanita terminou o ano com uma facturação de 900 milhões de euros em 2023, conseguindo manter a sua solidez no mercado internacional, num contexto político e económico incerto no mercado da construção. A empresa tem vindo a levar a cabo um plano de investimento estratégico sustentado nas suas instalações para utilizar a tecnologia mais avançada e eficiente nos seus processos, no qual investiu 81 milhões de euros em 2023.
    Todas as áreas do Grupo manifestaram um crescimento similar e sustentável no ano passado, destacando-se a crescente procura pelas peças de grés porcelânico de grande formato. Este crescimento alinha-se com o investimento de 55 milhões de euros na sua última fábrica automatizada, com uma superfície de 36 mil metros quadrados. Situada na sede central da multinacional, em Vila Real, em Espanha, este novo centro de produção está especializado na produção de porcelânico e pedra sintetizada de grande formato que se comercializa pela marca XTONE.

    Novas lojas em Portugal
    Que estratégia definiram para este ano e que poderão representar o maior investimento do Grupo?
    Em 2024, o Grupo Porcelanosa planeia continuar a crescer a sua rede comercial por todo o território ibérico e de forma internacional. No que respeita ao mercado português, a empresa prevê a abertura de novas lojas, nomeadamente no Funchal, na ilha da Madeira, no segundo semestre de 2024, e está constantemente à procura de novas localizações que lhe permitam continuar a sua aposta e crescimento em todo o País.
    A nível global, a empresa continuará a sua estratégia de expansão noutros mercados com a abertura e remodelação de novos pontos de venda em Marbella, Málaga, Galiza, Bilbau e no estrangeiro, nos Estados Unidos, América do Sul e Norte da Europa.

    Design e Inovação
    Que principais tendências destacam no sector onde actuam e que se vão reflectir em 2024?
    Um dos principais compromissos do Grupo Porcelanosa para 2024 é continuar com a introdução do processo de construção industrializada com os novos sistemas industrializados de casas de banho, cozinhas e fachadas.
    Além disso, a Porcelanosa continua a apostar na inovação, no design e na qualidade dos seus produtos, a nível cerâmico. Aproveitando as vantagens dos azulejos de grande formato, que reduzem o número de juntas, estas peças também serão utilizadas em 2024 para revestir volumes como bancadas de cozinha, ilhas e mesas de jantar, juntamente com outros materiais como os painéis decorativos.
    Quanto às tendências para 2024, no mobiliário de cozinha, a empresa do grupo Gama Decor destaca a bancada dupla invisível, conhecida como SmartKitchen, que combina o sistema de indução e electrificação para electrodomésticos, proporcionando uma transmissão de energia de até 2.000 watts, sem baterias ou cabos externos. Um sistema que revoluciona a fusão da inovação e do design, utilizando a tecnologia mais avançada. Os designs sustentáveis e naturais continuarão a estar muito presentes, com materiais orgânicos e naturais, como a madeira e a pedra, bem como novos sistemas de poupança nas torneiras e loiças sanitárias.

    Crescer mais 6%
    Em relação a Portugal, qual o seu peso no volume de vendas do Grupo?
    Apesar da forte aposta na exportação que marca o crescimento do Grupo praticamente desde o início, Espanha continua a ser o mercado com maior dimensão no volume de vendas para o Grupo Porcelanosa. No entanto, a aposta no mercado português tem-se verificado bastante positiva, com um crescimento muito significativo nos últimos anos. A nível ibérico, Portugal representa hoje entre 9 a 10% do volume de vendas do Grupo, o que representa o reconhecimento e grande crescimento da marca no mercado português.

    Como avalia e antecipa o mercado português? Perspectivam algum crescimento?
    Como mencionado, o mercado português tem desenvolvido significativamente nos últimos anos, apresentando um crescimento de 47,6% nos últimos cinco anos, resultado do aumento da procura em várias áreas do sector da construção, quer na reabilitação como construção nova. Em 2024, perspectiva-se a continuidade do aumento de vendas no mercado português, estimando-se um crescimento na ordem dos 6%.

    O ‘salto’ do offsite
    Uma das vossas áreas de actuação é a construção offsite, que também tem sido impulsionada em Portugal. São muitos os profissionais do sector da construção que acreditam nesta forma de construir como forma de acelerar a colocação no mercado de mais habitação, por exemplo. Como vê a Porcelanosa este segmento em Portugal?
    O paradigma do sector da construção enfrenta sérias dificuldades que conseguimos aligeirar com a construção offsite, nomeadamente a falta de mão de obra e a variação dos preços dos materiais de construção. Além das várias vantagens que os sistemas offsite oferecem, como a mão de obra qualificada, redução dos prazos de execução e a eliminação do risco da variação dos preços, estes sistemas apresentam-se, ainda, como mais sustentáveis e eficientes.
    Em Portugal começa a assistir-se a uma procura crescente por este tipo de soluções, principalmente quando falamos de empreendimentos ou outros edifícios de grande dimensão, sejam residenciais ou comerciais e acreditamos que 2024 será marcante para o desenvolvimento da construção offsite em Portugal.
    Neste sentido, a Porcelanosa tem vindo a desenvolver um trabalho no sentido de apresentar e dar formação a profissionais do sector e outros players, nomeadamente promotores, sobre as suas características e vantagens dos sistemas.

    Em que principais projectos a Porcelanosa se encontra a participar em Portugal?
    A nível de construção offsite, encontra-se a desenvolver dois projectos de grande importância, que reconhece como impulsionadoras para o desenvolvimento desta forma de construção em Portugal. Desta forma, a Porcelanosa Offsite uniu-se à Garcia Garcia Design & Build para introduzir Monobaths (casas de banho modulares) pela primeira vez em Portugal, com a primeira instalação realizada em Santo Tirso. Um projecto que demonstra como a colaboração estratégica e a procura de soluções avançadas podem conduzir a resultados excepcionais na construção industrializada.
    Por outro lado, destaca-se ainda o projecto Naus Eco Village, no Barreiro, que combinará, pela primeira vez. em Portugal os dois sistemas de construção industrializada, a Monobath e Monofachadas (fachadas modulares). Para este projecto, a Porcelanosa Offsite irá fornecer e instalar 88 casas de banho modulares e toda a fachada dos edifícios, o que irá permitir uma redução significativa do tempo de execução da obra, uma vez que tanto os módulos de casa de banho como os módulos de fachada serão produzidos em fábrica e entregues e aplicados em obra totalmente finalizados. Prevê-se o começo da obra em Junho de 2024 e o início da instalação dos sistemas de construção offsite no primeiro trimestre de 2025. Com o desenvolvimento destes projectos, perspectiva-se que surjam novas oportunidades de fornecimento e instalação de construção offsite em Portugal.

    (A jornalista viajou a convite da empresa)

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Dstgroup integra laboratório vivo para a descarbonização “Afurada LL”

    Este projecto conta com quatro eixos oficiais verticais e um eixo horizontal: economia circular, mobilidade, energia, edifícios e o eixo do capital humano

    CONSTRUIR

    O consórcio que inclui o Dstgroup, através das suas empresas Dstsolar, Innovationpoint e MOSAIC (Hub de inovação do grupo para as smart cities – cidades do futuro sustentáveis), lançou o projecto ‘Afurada LL’, que surge da urgência de reduzir a pegada carbónica, tendo alcançado o objectivo de poupar mais de 13 toneladas de dióxido de carbono.

    Este projecto conta com quatro eixos oficiais verticais e um eixo horizontal: economia circular, mobilidade, energia, edifícios e o eixo do capital humano.

    Contempla um Laboratório Vivo para a Descarbonização e Mitigação das Alterações Climáticas, com base na experimentação de soluções tecnológicas, de mobilidade, de energia e de edifícios, incluindo os cidadãos no processo e na dinamização das artes.

    De forma integrada, o Dstgroup entregou uma solução chave-na-mão para a implementação da Comunidade de Energia Renovável do ‘Afurada LL’, com a instalação de Unidades de Produção para Autoconsumo, sistemas de armazenamento e uma plataforma na cloud que gere toda a energia da comunidade, baseada em inteligência artificial.

    O impacto positivo junto dos mais de 1000 habitantes da Afurada traduz-se na consciencialização da população para a literacia energética e para a urgência da mudança de comportamentos, numa iniciativa que permitiu a geração de energia responsável por 44% do autoconsumo dos edifícios, num total de 27,4 MWh.

    As soluções para a descarbonização testadas com sucesso na Afurada poderão ser aplicadas a outras freguesias de Vila Nova de Gaia, mas também a nível nacional e internacional.
    O Dstgroup colaborou também na implementação de actividades que visaram a promoção de literacia energética e sensibilização ambiental, com o intuito de ligar a comunidade ao projecto, transmitindo conhecimento e sentimento de pertença.

    “Este projecto demonstra que o Dstgroup está a construir cidades à prova de futuro. O desafio era grande e apontámos à lua. Hoje, a Afurada e Vila Nova de Gaia já estão num futuro onde a sustentabilidade, a tecnologia e a arte convergem e é bom sermos parte integrante desse sucesso”, afirmou Raul Junqueiro, head of smartcities & business development do Dstgroup.

    O Afurada Living Lab materializa uma parceria entre a Associação CEDES, o município de Vila Nova de Gaia, a GAIURB, a Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia de Trondheim, a Dstsolar, a Innovationpoint, a Watt Is, a UBIWHERE e o CEiiA.

    Sobre o autorCONSTRUIR

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