Fotografia: Do mal o menos
“Pode uma casa ter duas pelo meio?”
A pergunta é feita pela própria equipa do gabinete Aurora Arquitectos, e a resposta está na solução encontrada para o Edifício nos Prazeres
Ana Rita Sevilha
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Sofia Couto e Sérgio Antunes são os fundadores do atelier Aurora Arquitectos, um gabinete que nasceu em 2010 e que surgiu no legado da experiência que ambos tiveram no atelier Kaputt!. Em seis anos o gabinete foi desenvolvendo trabalho nos mais variados programas – da habitação aos equipamentos culturais, passando por, escolas e edifícios culturais. Em todos eles a mesma metodologia: “agarrar as singularidades das condições que assistem cada projecto como o princípio de cada um”. O Edifício nos Prazeres é um dos trabalhos que compõem o portfólio do colectivo. A construção deste projecto foi da responsabilidade da MAP Engenharia.
Projecto
“Quando se intervém num edifício de apartamentos há uma questão que se repete com frequência. Para ter um jardim é necessário abdicar da vista. Por sua vez, para ter vista opta-se pelo último piso ou próximo deste, normalmente longe dos pisos onde está o jardim”, começam por explicar Sofia Couto e Sérgio Antunes.
Neste caso, o cliente comprou um prédio para transformar em casa própria e onde a intenção foi a de incluir dois apartamentos independentes para alugar. Nesse sentido, explicam, “a ideia fundadora do projecto partiu do cliente que não queria abdicar de nada. O desafio seria compatibilizar o desenho dos apartamentos simultaneamente com o desejo de ter um jardim e vista na sua habitação”.
A solução, contam Sofia Couto e Sérgio Antunes, “passou por localizar a área social da casa ao nível térreo, onde está o jardim, e a área privada no último piso, para que possa usufruir da vista”, sendo que a ligação privada entre estes dois pisos é feita através de elevador, enquanto que as escadas são partilhadas com os ocupantes dos pisos intermédios.
Como explicam no sítio da Internet do gabinete, “em cada projecto podemos reconhecer ou criar/acrescentar momentos de excepção (…) operar sobre situações regulares transformando-as em experiências ricas, com qualidade de vida. Momentos dentro de um edifício que dão sentido ao resto e onde todos os esforços se concentram”. “Pode uma casa ter duas pelo meio?, perguntam os arquitectos. A resposta é: sim.