Metropolitano de Lisboa com duas novas estações até 2022
O prolongamento do Rato ao Cais do Sodré, com as novas estações da Estrela e Santos, irá ligar as linhas Amarela e Verde, “fechando o anel e transformando-se numa única linha circular”
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O Governo anunciou esta segunda-feira que vai avançar para a construção de duas novas estações,que vão complementar a rede do Metropolitano de Lisboa. Até 2022, serão concluídos os trabalhos de construção das estações da Estrela e Santos, um investimento estimado em 216 milhões de euros, com recurso a fundos comunitários e a empréstimo no BEI — Banco Europeu de Investimento.
Ao contrário do que chegou a ser avançado durante o último fim-de-semana pelo próprio Governo, que chegou a avançar com a construção de quatro novas estações (Campolide, Santos, Amoreiras e Estrela) o ministério do Ambiente clarificou esta segunda-feira que, nesta fase, vão ser apenas duas as novas estações a construir. As outras duas estão, igualmente, previstas mas, para já, sem qualquer data definida.
Com a construção das estações da Estrela e de Santos será feita a ligação entre o Rato e o Cais do Sodré. A linha verde transforma-se numa linha circular e com comboios a cada 3 minutos e 40 segundos.
De acordo com o plano de desenvolvimento operacional da rede, apresentado em conferência de imprensa, em Lisboa, está previsto o prolongamento da Linha Amarela do Rato ao Cais do Sodré, com duas novas estações na Estrela e em Santos. Os concursos devem avançar no 2.º semestre de 2018, estando prevista a entrada ao serviço no final de 2021.
Está também prevista a aquisição de 33 novas carruagens, num investimento estimado de 50 milhões de euros, bem como a remodelação das estações de Arroios, Areeiro, Colégio Militar, Olivais e Baixa-Chiado, para permitir a circulação de comboios de seis carruagens em toda a Linha Verde, com um investimento estimado em 16,2 milhões de euros.
O plano foi apresentado pelo presidente do conselho de administração da empresa, Vitor Domingues dos Santos, numa cerimónia com as presenças do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
O prolongamento do Rato ao Cais do Sodré, com as novas estações da Estrela e Santos, irá ligar as linhas Amarela e Verde, “fechando o anel e transformando-se numa única linha circular”.
A expansão será feita através de um túnel de dois quilómetros até à Estrela e daqui para Santos, sendo a última fase de ligação entre Santos e o Cais do Sodré uma construção a céu aberto. Está previsto que a estação da Estrela fique junto ao antigo Hospital Militar e em frente à Basílica, cuja praça deverá ser requalificada, enquanto a de Santos ficará junto ao edifício dos Sapadores Bombeiros de Lisboa.
O documento prevê o prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Campo de Ourique, com duas estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique. Este prolongamento tem um custo estimado de 186,7 milhões, mas neste caso não há uma data de conclusão prevista, “por ausência de garantias de financiamento”. No entanto, a empreitada “deverá vir a ser financiada durante o próximo ciclo de fundos comunitários”, segundo o plano.
O prolongamento da Linha Vermelha a Campo de Ourique representa mais dois quilómetros de linha, estando previsto que a nova estação das Amoreiras seja localizada na Avenida Conselheiro Fernando de Sousa, junto ao cruzamento com a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, enquanto a de Campo de Ourique será junto à Escola de Saúde Pública Militar.
Será ainda construída uma ligação pedonal subterrânea entre a estação do Rato à Praça de Santa Isabel, permitindo o acesso às Amoreiras. Para este ano, o Governo prevê ainda ampliar o cais da estação de Arroios e reabilitar instalações, nomeadamente as escadas mecânicas da estação Baixa-Chiado.