Stock de novos escritórios para os próximos dois anos está 75% ocupado
Apesar de já ser uma realidade em algumas empresas nacionais, a preferência por edifícios com grande eficiência energética é um requisito constante e comum da procura das empresas multinacionais. Desta forma, a carência de escritórios que vão ao encontro das características da procura é ainda mais significativa no mercado actual
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Durante os próximos dois anos, o mercado de escritórios de Lisboa contará com um aumento no stock de escritórios na ordem 58.000 m² de área de escritórios (ABC), através da conclusão de seis novos projectos.
A garantia é dada pela consultora imobiliária Aguirre Newman, que repassa alguns dos novos projectos, alguns dos quais ainda em fase de projecto.
Segundo a consultora, desta nova disponibilidade cerca de 75% da área que entrará no mercado já se encontra com contratos de pré-arrendamento, tendo estes sido estabelecidos mesmo antes do início da construção. Verifica-se assim que apenas cerca de 11.000 m² se referem a construção especulativa, referente aos edifícios Marquês de Pombal 14 e Camilo Castelo Branco 36 – 44.
Considerando os projectos em pipeline no mercado de Lisboa para os próximos anos, a zona ribeirinha é a que apresenta maior expressão, com 28.200 m² em construção. Em curso estão os seguintes três projectos: o Edifício Abreu Advogados, Edifício Vieira de Almeida e Av. 24 de Julho 62 – 44. A zona do Prime CBD contará com a conclusão do Edifício Fontes Pereira de Melo 41 e Marquês de Pombal 14, contribuindo com cerca de 23.000 m² para o aumento do stock.
Actualmente a construção especulativa é uma realidade pouco presente no sector de escritórios, muito justificada pela crise económica que o país atravessou, que levou a uma perda de confiança dos investidores no mercado imobiliário português.
A partir de 2012, a construção de novos escritórios veio a registar valores bastante inferiores aos que se verificavam até então. Em termos comparativos, os 35.500 metros quadrados construídos em 2016 são menos de metade dos 88.478 apurado em 2006, o pico mais elevado dos últimos doze anos.
A diminuição visível da entrada de novos projectos, aliada ao aumento da procura por espaços de escritórios de qualidade, tem tido como consequência directa uma diminuição da taxa de disponibilidade, em Lisboa. Actualmente, face ao stock de escritórios existente, a taxa de disponibilidade situa-se em cerca 10%, com o Parque das Nações e Prime CBD a registar os menores valores, 3,22% e 6,86%, respectivamente.
“Existe uma grande necessidade de construção de novos escritórios de qualidade”, reitera a consultora. Portugal, e com maior expressão a cidade de Lisboa, têm sido procurados por muitas empresas internacionais de grande dimensão, tais como a Teleperformance que instalou o Centro de Inovação Global do Grupo em Portugal ou a Janssen Cilag que ocupou os 4.900 m² do edifício Lagoas Park 9.
Apesar de já ser uma realidade em algumas empresas nacionais, a preferência por edifícios com grande eficiência energética é um requisito constante e comum da procura das empresas multinacionais. Desta forma, a carência de escritórios que vão ao encontro das características da procura é ainda mais significativa no mercado actual.
A longo prazo, espera-se uma expansão de zonas de Lisboa menos desenvolvidas, como é o caso das zonas ribeirinhas de Alcântara e da Matinha (junto à Expo). Adicionalmente, terrenos no centro da cidade com disponibilidade de construção, como o terreno na Feira Popular e Amoreiras, também surgirão como opção de resposta à necessidade de escritórios.