“Sete Colinas” investe 280 milhões de euros na regeneração do centro histórico de Lisboa
O Fundo Sete Colinas pretende regenerar a vivência no centro histórico de Lisboa, através da preservação do património da cidade, com soluções inovadoras de reabilitação urbana
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“Das neue leben von Sete Colinas”. Que é como quem diz “a nova vida do Sete Colinas”. O Fundo existe desde 2007, mas desde 2014 que os euros provenientes da Alemanha lhe deram uma nova vida. E uma nova filosofia. Esta é pelo menos a forma como Luis Carita apresenta o Fundo Sete Colinas, um veículo de investimento representado pela Silvip e que promete aplicar, numa primeira fase, aproximadamente 280 milhões de euros na aquisição e reabilitação de um conjunto de 10 projectos imobiliários. Ao CONSTRUIR, o board advisor da Silvip explica que o investidor alemão que tomou conta do fundo “tem uma visão simples sobre Portugal e sobre Lisboa: queria concentrar esforços na reabilitação urbana e dos diversos portfolios que analisou concentrou as suas atenções no fundo Sete Colinas”. Segundo Luís Carita, “o Fundo acabou por sair reinventado, numa altura em que a conjuntura é bastante favorável. O primeiro propósito do fundo, que era desenvolver projectos no Centro de Lisboa, agora, com uma nova dinâmica e um novo capital”. O Fundo Sete Colinas pretende regenerar a vivência no centro histórico de Lisboa, através da preservação do património da cidade, com soluções inovadoras de reabilitação urbana. Com uma intervenção integrada, procura novos públicos e operadores, desenvolvendo projectos de referência, integrando novos conceitos e tendências, centrados nas áreas residencial e turística.
Para o responsável da Silvip, numa primeira fase, ainda este ano, o Fundo vai arrancar com dois edifícios. “O primeiro lançamento comercial é o do Cais da Rosa, depois devemos ter um novo projecto no 3º trimestre deste ano”. Segundo Carita, “no próximo ano, devemos avançar com outros seis projectos, para os quais estamos a concluir a fase de licenciamento”, acrescentando que para 2019 está agendado o lançamento do maior dos projectos. “Estamos a falar do Quarteirão da Portugália, um projecto que está a ser tratado com todo o cuidado pela sua dimensão e pelas disciplinas envolvidas”, garante.
Estreia no Cais da Rosa
Promovido pelo Fundo Sete Colinas e com projecto de arquitectura assinado por Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, o empreendimento Cais da Rosa é composto por 10 apartamentos exclusivos, que se caracterizam por interiores funcionais e luminosos, qualidade do isolamento térmico, acústico e elevado nível dos seus acabamentos. O empreendimento apresenta uma originalidade: um projecto de Curadoria de Arte que contempla uma intervenção artística para cada um dos apartamentos. O imóvel tem 5 pisos, com dois apartamentos por andar, sendo 8 com tipologia T2 (com áreas entre os 96 e os 117 m2), um T0, com 64 m2, e um T1, com 68 m2. Estas duas últimas tipologias situam-se no piso de cobertura. A partir do 4º piso os residentes beneficiam de uma privilegiada vista de rio. Os preços variam entre os 330 mil euros para o T0 e os 655 mil euros para um T2 no 4.º piso. O projecto resulta da remodelação de um edifício pombalino, conservando a sua volumetria original. O seu interior foi recuperado para uma nova vida, recolhendo, dentro da complexa e austera linguagem exterior, uma coerência espacial agora dirigida às necessidades do século XXI, comprovando que a qualidade das caixas construídas pode sobreviver muitos séculos, encontrada que seja a sua “alma”, por dentro dos mistérios que o tempo foi acolhendo – dizem os arquitectos.
Visão distinta
Sobre a perspectiva dos investidores, o representante do Fundo assegura que é uma visão distinta. “É um fundo que quer fazer bem mas não quer fazer bem a qualquer custo. Querer fazer bem permite uma relação próxima com a Câmara de Lisboa”, diz, explicando também o papel do município na sessão de apresentação do Sete Colinas, que decorreu no palácio renascentista de Almada-Carvalhais, no largo do Conde Barão, em Lisboa. O Fundo pretende criar valor nos imóveis que detém e para tal tem vindo a reflectir sobre a melhor estratégia de criar projectos inovadores e diferenciadores, suportados por projectos de arquitectura cuja autoria seja um veículo de qualidade no quadro do processo de reabilitação urbana de Lisboa.
É um processo que decorre com transparência e isenção e que vai contribuir para a competitividade de Lisboa e do País nos mercados turísticos internacionais, para a internacionalização do turismo e para a consolidação do seu papel relevante na nossa balança de pagamentos. Sobre a actividade do Fundo, Luis Carita explica ao CONSTRUIR que as expectativas são optimistas. “A Reabilitação Urbana não é uma actividade fácil, é uma actividade que reforça a interdisciplinaridade que existe no Imobiliário e reforça a necessidade de endereçar diversos tipos de problemas. Trata-se de uma actividade mais complexa que a própria promoção imobiliária. Nesse sentido, as expectativas são elevadas mas tudo tem de ser tratado com extremo cuidado. Estamos optimistas”, conclui.