Novas áreas impulsionam vendas da Fischer em 2017 para 2,7M€
O volume de negócio da Fischer em Portugal deverá ascender a 2,7M€ já este ano, fruto do alargamento da actividade a novas áreas como o mercado “do it yourself”. O grupo, especialista sobretudo em soluções de fixação, olha com atenção para o potencial de recuperação do mercado nacional e procura estar na linha da frente para responder aos desafios das grandes obras de engenharia e da reabilitação
Century 21 comercializa Telhal 72 Liberdade
NBS traz a Portugal o arquitecto paisagista Kongjian Yu
Siemens e a digitalização ‘taylor made’ da indústria
Lisboa mantém aumento do preço das casas em níveis idênticos aos de 2022
Simon participa na primeira edição do MIAD
Coldwell Banker fecha 2023 em crescendo
Home Tailors lança modelo de franchising com “condições especiais”
PRR: disparam os alertas sobre os riscos de execução do plano
Investimento em Construção cresce no 4º trimestre
Fercopor marca presença no ‘Moving to Portugal’ em Londres
“O nosso principal objectivo é sermos os melhores no que fazemos, o que não quer dizer necessariamente os maiores.” A garantia é dada ao CONSTRUIR pelo director-geral da Fischer em Portugal, multinacional alemã especialista em sistemas de fixação que está a apostar forte no crescimento no mercado nacional. Para João Fernandes, essa ambição está plasmada no recém-criado Departamento de Engenharia em Portugal que abrange todas as especialidades de engenharia, dependendo assim unicamente dos seus técnicos residentes para desenvolver, na íntegra, todo o tipo de projectos e respectivo aconselhamento Técnico. A Fischer, em Portugal, já participou em alguns projectos emblemáticos, como as obras de manutenção da Ponte 25 de Abril, em Lisboa, o Túnel do Marão, entre Amarante e Vila Real, o Shopping IKEA, em Loulé, vários hotéis e entre outros. A empresa encontra-se a apostar forte em Angola e Moçambique, dois mercados que se apresentam hoje como prioritários e estratégicos, passando por isso a ser objecto de um orçamento específico de vendas e um especial esforço de investimento comercial, nomeadamente na procura de parcerias comerciais Locais com Empresas de referência.
Novas áreas de negócio
A estratégia do grupo foi explicada numa iniciativa que concentrou, na sede do grupo em Waldachtal no norte da Floresta Negra, na Alemanha, jornalistas portugueses e brasileiros que puderam tomar contacto de perto com a realidade de um grupo que gerou, no último ano, vendas na ordem dos 755 milhões de euros, repartidas pelos 34 países onde está representada. Portugal representou, em 2016, 2,1 milhões de euros de vendas, números que deverão ascender a 2,7 milhões de euros no final deste ano. Segundo os responsáveis da Fischer, este crescimento reflecte a aposta no alargamento a novas áreas de negócio, até agora dominadas pela concorrência, o que proporcionará uma mais-valia para o mercado. Em 2017, estima-se que o mercado da construção, apesar de lentamente, continue a recuperar e que a tendência de crescimento se mantenha. A Fischer Portugal acredita que o potencial da marca no mercado DIY (Grandes Superfícies), na Reabilitação Urbana e na Engenharia, são os principais factores para um crescimento, sempre acima dos dois dígitos, nos próximos três anos. Para João Fernandes, “o mercado português está em crescimento para a Fischer”, e o principal objectivo é convertê-lo num “mercado de ‘referência’ a nível Mundial”, tendo em conta que, por um lado, “as expectativas de um regresso da economia portuguesa a um ritmo de actividade mais alto e sustentável estão a aumentar”, e, por outro, “o sector está a atravessar um momento mais positivo, que se deve a uma dinâmica do investimento privado e, em particular do mercado imobiliário (Reabilitação)”. A lógica é partilhada por Alexander Bässler, o responsável da Fischer para os mercados europeus que, em declarações ao CONSTRUIR, confirma que “Portugal tem apresentado números muito interessantes nos últimos anos e é, garantidamente, um país para onde olhamos com particular atenção até mesmo pela ‘proximidade’ a mercados como o de Angola e Moçambique”. Bässler sublinha que não há uma diferenciação particular entre a actividade em Portugal e em outros mercados europeus, pelo que não haverá uma abordagem particular no mercado nacional. Ainda assim, admite, há uma atenção particular ao embalamento dos produtos da Fischer na fase de comercialização em Portugal, atendendo à importância que os clientes atribuem ao aspecto visual dos produtos. Exemplo disso é o “window packaging, white packaging, plastic boxes” que são “mais apelativas para os clientes portugueses” e que estão disponíveis no Leroy Merlin, AKI, Maxmat, e Brico Depôt.
10 anos em Portugal
A história da Fischer em Portugal começou há 10 anos mas ao todo são já 70 os anos de inovação no seio da companhia, iniciados por Artur Fischer em 48 e continuados pelo filho, Klaus Fischer, desde 1980. No histórico estão já mais de 1500 patentes registadas, números que têm forte contributo dos colaboradores da companhia que permitem que na Fischer sejam registadas 20 vezes mais patentes por colaborador do que na média da economia alemã. Alexander Bässler admite que os “sistemas de fixação em edifícios estão a ficar mais importantes” no seio da Fischer. Mas é ao nível da inovação, em particular do número de patentes, que reside o seu “orgulho”, uma vez que “35% das patentes registadas resultam em novos produtos ou aplicações”. As receitas da Fischer passam 75% pela venda de sistemas de fixação. Por dia são vendidos 14,6 milhões destes sistemas, que tanto podem ser de aço (16%), fixações químicas (24%) ou de plástico (25%). A Alemanha, Itália, Noruega e a Suécia são os países que mais compram produtos sustentáveis, que podem ser encontrados na fischer como a gama greenline, produzidos com mais de 50% de matérias-primas renováveis. Em Portugal, esta gama não tem praticamente expressão.
Sistemas de fixação dominam
Com uma percentagem de volume de negócios de aproximadamente 75 %, os sistemas de fixação são a maior área de negócio do grupo de empresas. Nas últimas seis décadas, o especialista em elementos de fixação e ligação seguros e económicos para a indústria de construção, tornou-se um dos líderes de mercado. A gama de produtos vai desde sistemas químicos, passando por ancoragens em aço, até buchas de plástico, quer sejam fixações para cargas pesadas, utilizadas por profissionais na construção de túneis, pontes ou centrais eléctricas, ou buchas para paredes e cavidades utilizadas na bricolagem: a Fischer, garantem, tem uma solução adequada para cada problema de fixação. O portefólio de produtos abrange mais de 15 mil artigos. Estes incluem, entre outros, ancoragens dinâmicas para zonas sísmicas ou para edifícios sujeitos a grandes esforços dinâmicos, fixações de protecção contra incêndios, sistemas de fachadas inovadores e o primeiro suporte localizado para vidro onde o orifício não perfura o vidro. Uma vasta gama de parafusos, produtos especiais para sistemas de isolamento térmico compostos, instalações sanitárias, eléctricas e de AVAC, adesivos, vedantes, espumas e brocas comprovam a grande variedade dos sistemas de fixação Fischer.
O CONSTRUIR viajou a convite da empresa