Os milhões que prometem valorizar Tavira
O novo cais e a rampa de varadouro pretendem potenciar os locais existentes de embarque e desembarque e de cargas e descargas, propondo estruturas mista de betão e aço “modernas e mais seguras”
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O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, presidiram à assinatura do protocolo de intervenção na zona marítima que inclui a construção do novo cais e da rampa varadouro na Ilha de Tavira.
As intervenções na lota e no cais de descarga e as dragagens representam um investimento global de 4,7 milhões de euros, sendo que 2,5 serão destinados à construção do novo cais e da rampa.
Na sessão na Câmara Municipal de Tavira, o ministro do Ambiente afirmou que “este é um projecto construído a três de uma forma serena e firme”, fazendo referência à cooperação entre a autarquia, a Docapesca e a Polis Litoral Ria Formosa.
A ministra do Mar referiu que este projecto “engloba um conjunto de factores que valorizam a economia do mar” e acrescentou que “é ao defender o território que se dá o primeiro passo para defender as pessoas”.
Para João Pedro Matos Fernandes, esta intervenção resume a estratégia de valorização do território numa área protegida como o Parque Natural da Ria Formosa: “É preciso saber cuidar dele e valorizá-lo”.
Objectivos da intervenção
A obra tem o objectivo de garantir melhores condições de segurança e conforto para o transporte de passageiros e para a descarga de veículos e resíduos.
O Ministro do Ambiente reiterou que a obra “vai permitir maior conforto e segurança para quem quer ir para a praia na ilha”, destacando a estratégia do município de reconhecer o território de excelência no Algarve.
Ana Paula Vitorino acrescentou que a requalificação da lota, o ordenamento do cais de descarga e dragagens acessórias são «obras extremamente importantes».
“É importante porque existe uma recuperação da lota, mas também da rampa varadouro e de todas as infra-estruturas ligadas à pesca, existe uma importância indesmentível em matéria urbanística e de impacto visual e há a questão das ligações fluviais que passam a ter condições completamente diferentes”, disse.
A ministra afirmou ainda que as obras cumprem dois objectivos: garantir a sustentabilidade ambiental destas intervenções e aumentar a segurança e eficiência energética e económica destas actividades (pesca, turismo e náutica de recreio). A intervenção prevê a demolição e remoção do actual cais, que se encontra em “avançado estado de degradação”, a construção de um cais polivalente, a construção de uma rampa de varadouro, para carga e descarga de equipamentos diversos, e a dragagem na área de manobra da infra-estrutura portuária.
O prazo estimado para a execução da obra será, previsivelmente, de um ano.
O novo cais e a rampa de varadouro pretendem potenciar os locais existentes de embarque e desembarque e de cargas e descargas, propondo estruturas mista de betão e aço “modernas e mais seguras”.
Está previsto ainda um estudo sobre a iluminação nos diversos ancoradouros e pequeno cais, bem como nos seus acessos directos mais próximos, para além da proposta de iluminação através de energias alternativas.
A estrutura de financiamento será tripartida entre a Sociedade Polis Litoral Ria Formosa (50%), a Câmara de Tavira (25%) e a Docapesca (25%).
Alvor, Fuzeta e Armona
Matos Fernandes disse ainda que, até ao final de 2017, “o Ministério do Ambiente terá em concurso e em execução investimentos que ultrapassam os 22 milhões de euros em intervenções muito importantes para reforçar o cordão dunar, como a dragagem da Ria de Alvor e as dragagens das barras da Fuzeta e Armona, a Ria de Faro, sendo que tudo o que for dragado será reposto nas dunas para as consolidar face ao avanço do mar”.
O governante destacou ainda “um conjunto relevante de infra-estruturas que têm cabimento no programa Polis e que terão de estar em concurso até ao final do ano”, como a ponte para a praia de Faro, o novo plano de praia do Ancão e o Parque Urbano de Olhão.
Os investimentos valorizam “a atracção que a Ria Formosa já tem para as actividades humanas mais tradicionais e para o turismo, com espaços muito qualificados e respeitadores da sensibilidade, fragilidade e riqueza destes ecossistemas”.