SIL aposta na internacionalização
No ano em que celebra a 20ª edição, o Salão Imobiliário de Lisboa (SIL) afirma-se como um local de referência no imobiliário nacional e internacional. É esperada uma retoma ao nível dos expositores presentes no salão, com um aumento na ordem dos 10%. O investimento estrangeiro em Portugal está também em destaque
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“Ao longo destes 20 anos a fundação AIP tem muitos motivos para estar satisfeita já que tem vindo a acompanhar as tendências do sector, nomeadamente no contacto directo com os promotores e investidores nacionais e internacionais”. Sandra Bértolo Fragoso, gestora do SIL, fala com orgulho do trabalho desenvolvido ao longo de duas décadas e considera que, tal como o sector, também o Salão Imobiliário vive um momento de retoma ao nível dos expositores presentes no salão. “Este ano vamos ter expositores que já não estavam há alguns anos, fruto da conjuntura económica que se vive actualmente, tanto a nível interno, como do investimento estrangeiro”, reforça Sandra Fragoso.
A adesão ao SIL tem sido, por isso, muito favorável e “é esperado um aumento de empresas na ordem dos 10% em relação ao ano de 2016”. Um crescimento que tem vindo a cimentar-se nos últimos dois anos e que tem uma relação directa com as politicas nacionais de incentivo ao investimento.
Além do SIL ser uma mostra do que existe em termos nacionais para quem quer comprar casa, o investimento internacional potencia a existência de produtos muito específicos, ao nível da reabilitação e do turismo residencial.
“Vamos ter muitos projectos de reabilitação nos centros das cidades. Este é um produto muito vendável e uma aposta de muitos promotores, em particular para o mercado estrangeiro que procura muito este tipo de imóveis. Depois, temos projectos novos e alguns que estão a entrar na sua 2ª ou 3ª fase de desenvolvimento, tanto de turismo residencial como para habitação própria”.
Ao nível das presenças, é de salientar também as representações do Brasil e de Cabo Verde, que continuam a ser destinos apetecíveis para os portugueses na perspectiva do investimento e da segunda habitação.
Investir em Portugal está na moda
Em termos de investimento estrangeiro Portugal foi desde há muito um local preferencial, relativamente ao preço / qualidade. Primeiramente ao nível da habitação e depois escritórios e também ao nível do comércio. Um mercado que “arrefeceu” com a crise do subprime, mas que tem a vindo a ganhar folego novamente.
Por outro lado, se até há algum tempo, eram os portugueses que procuravam destinos internacionais para comprar uma segunda habitação por exemplo, actualmente existe um mercado bastante consolidado de estrangeiros que procuram casa em Portugal e, em muitos casos, para habitação própria.
Todos estes factores têm um reflexo naquilo que é actualmente o mercado imobiliário e desenvolvimento de novos projectos e outros que ainda não tinham avançado por falta de investimento ou financiamento.
Sandra Fragoso reforça que muitos investidores, embora não estejam presentes enquanto expositores, “têm interesse em vir ao SIL para conhecer o mercado e promover contactos”. Além dos britânicos, que há muito têm no Algarve um destino de eleição, verifica-se uma crescimento cada vez maior de negócios realizados com franceses, brasileiros e chineses.
O clima, a estabilidade económica e a segurança são os principais factores de atracção do investidor estrangeiro. Mas também os benefícios fiscais, nomeadamente os conhecidos Vistos Gold, ao abrigo do Regime Fiscal dos Residentes Não Habituais, assim como a competitividade ao nível do valor por m2 dos activos imobiliários em relação a outras capitais europeias, são factores diferenciadores para o investimento estrangeiro.
A própria AIP colabora na divulgação as empresas portuguesas no estrangeiro através da presença em feitas internacionais, tais como, Xangai, Pequim, Londres ou Paris. Por outro lado, também apoia a vinda de players do sector internacional que queiram estar presentes no SIL.
“Esta é uma estratégia que se irá manter”, reforça a gestora do SIL, que acredita que Portugal reúne todas as condições para continuar a captar investimento estrangeiro e a crescer neste sentido.
Rightmove pela primeira no SIL
Um dos maiores portais de mediação imobiliária no Reino Unido, o Rightmove, vai marcar presença pela primeira no SIL 2017. Para Chris Please, responsável pelo departamento internacional da Rightmove, esta é “uma óptima oportunidade para conhecer o mercado imobiliário em Portugal e conversar com os agentes e promotores sobre o que tem sido feito recentemente”.
Portugal não é um mercado novo para a Rightmove, já que a empresa comercializa há vários anos imóveis no Algarve para o mercado inglês. Esta região continua a ser “um dos cinco destinos mais populares procurados pelos residentes no Reino Unido que pretendem comprar casa no estrangeiro”, acrescenta.
Contudo, nos últimos meses, a Rightmove tem também registado uma grande procura por outras regiões, sendo por isso, a presença no SIL uma oportunidade “para conhecer a oferta existente e dar a conhecer aos britânicos uma selecção ainda maior do que está à venda em Portugal”.
Novas iniciativas
Entre as várias iniciativas desenvolvidas no SIL 2017, a 20º edição destaca três novidades: o Meeting Cocktail SIL, direccionado para os investidores estrangeiros, a Hasta Pública de Arrendamento, organizada pela Direccão Geral do Tesouro e Finanças e o espaço “Pergunta aos Arquitectos”, que consiste em aconselhamento gratuito com os arquitectos para quem pretende comprar ou reabilitar a sua casa.
Além destas, o SIL conta também com as já habituais reuniões B2B, o International Meeting Point, o leilão da Caixa Geral de Depósitos, a hasta pública de venda de imóveis organizada pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças e os Prémios SIL 2017, que ocorrem no dia 18. Em simultâneo, e enquanto complemento ao SIL, mantem-se a Intercasa, o LxD – Lisboa Design Show e o Vintage Festival.