Estratégia passa por reabilitar edificado e internacionalizar a marca Portugal
São vários os caminhos apresentados com base na Estratégia para o Turismo 2027, aprovada recentemente. Um crescimento que ser quer sustentável em três frentes: económica, social e ambiental. A promoção da reabilitação urbana e a internacionalização de Portugal são algumas das linhas de actuação
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Em 2016, atingiu números recorde na economia nacional, representando 16,7% das exportações de bens e serviços e 49% das exportações de serviços. O saldo da balança turística ascendeu a 8,8 mil milhões de euros, reflectindo, a par do crescimento da procura externa, a dinamização do mercado interno com mais portugueses a fazer férias em Portugal.
Sendo, actualmente, o sector do turismo o principal impulsionador da economia nacional, houve necessidade de criar uma estratégia que possa dar continuidade ao que já foi alcançado e que “promova a confiança e garanta a mobilização dos recursos necessários para a implementação de um plano que posicione Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos e sustentáveis do mundo”, de acordo com a Estratégia para o Turismo 2027 (EpT2027).
Reabilitar para valorizar
Numa óptica de sustentabilidade, o documento realça alguns pontos chave que devem ser desenvolvidos a curto e médio prazo, para que o objectivo a 10 anos possa ser concretizado. São diversos os projectos de execução e materialização desses objectivos e que assentam em cinco eixos estratégicos: Valorizar o Território; Impulsionar a Economia; Potenciar o Conhecimento; Gerar Redes de Conectividade e Projectar Portugal.
A reabilitação urbana dos centros históricos é um desses planos de acção que visa sobretudo “preservar a autenticidade e a promoção de um turismo acessível nas cidades” do qual fazem parte um conjunto de acções que a EpT2027 pretende desenvolver ao nível regional para que a actividade turística não se centre apenas nas grandes cidades.
Neste sentido, prevê-se a reabilitação do edificado, do espaço publico e eliminação de barreiras físicas, assim como a criação de novos usos dos equipamentos colectivos e de infra-estruturas, sem utilização ou em degradação para fins turísticos.
Reforçar a internacionalização de Portugal enquanto destino turístico é outro dos grandes objectivos do Governo. Mais do que um País para “férias”, pretende-se que Portugal sejam um local para investir, viver e estudar. Consolidar Portugal enquanto destino internacional de congressos e eventos desportivos e culturais é outra das acções previstas.
Turismo o ano todo
O documento preconiza uma estratégia sustentável com base em três pilares de desenvolvimento: económico, social e ambiental. E é com base nestes que a secretaria de Estado do Turismo (SET) pretende, até 2027, combater a sazonalidade do sector, alcançar um crescimento de 26 mil milhões de euros em termos de receitas e, fazer com que mais de 90%, das empresas adoptem medidas para uma utilização eficiente da energia, da água e dos resíduos.
Combater a sazonalidade da actividade turística é uma das metas a atingir com o EpT2027. Actualmente, o índice de sazonalidade encontra-se nos 37.5% e é expectável que até 2027 possa ficar pelos 33,5%. Para este efeito, o documento prevê um aumento de 31 mil dormidas contabilizadas até ao momento, para cerca de 80 mil dormidas daqui a 10 anos.
Com este aumento é esperado também um aumento da receita em quase 80%. O que significa passar dos 14 mil milhões de euros para 26 mil milhões de euros em 2027. A par deste crescimento, também o numero de dormidas deverá crescer e acompanhar esta evolução até aos 80 milhões de dormidas.
Segundo dados recolhidos pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), há 41 novos hotéis previstos para abrir no país em 2017, a que se acrescem mais 42 em 2018, com destaque para a região de Lisboa.