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    Arquitectura

    Lisboa terá em 2019 “primeiro empreendimento para a nova geração”

    Bruna Serralheiro, CEO & Founder do gabinete Tek studio, revela do que se trata

    Ana Rita Sevilha
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    Lisboa terá em 2019 “primeiro empreendimento para a nova geração”

    Bruna Serralheiro, CEO & Founder do gabinete Tek studio, revela do que se trata

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    Marvila, Xabregas, Beato…a zona oriental de Lisboa é também a nova zona hype da capital. Do carácter industrial à explosão criativa, duplicam os espaços cool, as lojas da moda, os ateliers, estúdios e coworks e claro, associado a tudo isto, uma nova oferta residencial, muitas vezes inspirada nos espaços industriais, mas com design urbano e contemporâneo.
    É dentro desta descrição que cabe “o primeiro empreendimento Lisboeta projectado para a nova geração”. Chama-se PRATEATO, resulta de um investimento de 16 milhões de euros por parte da empresa libanesa de desenvolvimento imobiliário FFA Real Estate e foi desenhado pelos arquitectos portugueses do gabinete Tek Studio.

    “Comunidade”
    Mas o que é e o que contempla um “empreendimento para a nova geração”?
    Pista de jogging, soluções high tech, lavandaria self service, energia solar, horta comunitária e espaço coworking são apenas algumas das particularidades pensadas para este novo empreendimento que, segundo os promotores, pretende promover a interação entre moradores e retomar o conceito de “comunidade”. Para Bruna Serralheiro, CEO & Founder do gabinete Tek studio, o PRATEATO “ permitiu-nos criar algo de novo e original em Lisboa, aliando um novo conceito de habitação ao design e às novas tecnologias”. Ao CONSTRUIR, a arquitecta revelou que o cliente “deu liberdade para inserir num programa colectivo elementos normalmente presentes em habitação particular de forma a criar a casa do futuro para gerações futuras”. Rodeado por antigos armazéns e fábricas lisboetas de Marvila e “respirando” uma atmosfera industrial e “única”, como definem os promotores, o condomínio vai oferecer 51 Design Lofts e ainda áreas comerciais, ocupando quase 7.000 m2 de área bruta na Rua Pereira Henriques.
    “Lofts e Jardim” são as palavras-chave do novo condomínio, diz Bruna Serralheiro. “O PRATEATO permite ao seu utilizador desfrutar de novas tecnologias e de um estilo de vida contemporâneo. Cada tipologia do empreendimento PRATEATO promove um espaço funcional que respeita as necessidades diárias através do seu design inovador e inteligente”, garante a arquitecta ao CONSTRUIR. “Cada casa tem uma forte ligação com os espaços verdes exteriores que parecem fluir suavemente para o interior através das janelas de pé-direito total”, continua Bruna Serralheiro, sublinhando que, “a  arquitectura do PRATEATO pertence ao seu lugar e expressa uma nova interpretação da tipologia dos antigos armazéns inerentes a esta área: coberturas inclinadas e grandes vãos oferecem interiores abertos e flexíveis, repletos de luz e atmosfera natural. O carácter das texturas naturais do betão reforça uma sensação de Loft e de um ambiente industrial que permeia os espaços através de todas as soluções de design”.
    O condomínio contempla seis tipologias de Lofts – Green, Hybrid, Terraces, Villas, Life e Classic – alguns deles com jardins privativos e amplos terraços para promover o contacto directo com os espaços verdes que desta forma se fundem com o interior da habitação através das janelas de pé-direito total.

    Investimento
    Georges Abu Jaoude, CEO da FFA Real Estate confessa:” Ficámos apaixonados por Lisboa desde o primeiro momento e temos já vários investimentos na cidade. Este projecto, em Marvila, é o primeiro de alguns investimentos que temos delineados para esta zona que, acreditamos, tem um potencial incrível, e onde começam a proliferar inúmeros conceitos ligados à tecnologia, ao design, ao empreendedorismo e à criatividade”, refere. “O PRATEATO é um conceito voltado para as necessidades dos habitantes da cidade que procuram novas soluções de habitação e que privilegiam conceitos inovadores e criativos, pensados para servir o seu estilo de vida e dia-a-dia urbano”, acrescenta o responsável.
    Apresentado pela primeira vez no Websummit 2017, PRATEATO tem data prevista de conclusão em 2019 e promete surpreender os lisboetas com uma nova interpretação dos antigos armazéns característicos da zona de Marvila.

    Sobre o Tek Studio
    O Tek Studio é um atelier de arquitectura e design situado que tem sede em Lisboa, Portugal, mas que opera também em Angola. Criado em 2011, a sua abordagem promove a inovação espacial nas áreas de arquitectura, urbanismo, paisagismo, design de interiores e design gráfico, com foco no impacto humano e sustentável da arquitectura. O trabalho é desenvolvido procurando encontrar soluções de design fascinantes e interessantes de acordo com os desejos do cliente. A equipa TEK STUDIO enquadra arquitectos, arquitectos de interiores e designers para garantir um serviço polivalente que se adapte às necessidades do cliente e discutido pelas várias áreas da arquitectura e do design. Por isso, o processo criativo varia desde a escala de uma peça de mobiliário à escala de um planeamento urbano, combinando a colaboração de uma rede de especialistas, técnicos de especialidades, engenheiros, arquitectos, designers, artistas e artesãos. A equipa trabalha no sentido de combinar a dialética entre técnica, processo criativo, arte, sistema construtivo, sustentabilidade e o desejo do cliente, de forma a criar soluções finais mais interessantes e optimizadas.

    https://tekstudioarchitects.com

     

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    Immersivus Gallery Porto acolhe exposição imersiva “A Cidade do Futuro”

    A galeria de arte imersiva desafiou alunos da licenciatura de Multimédia da Escola Superior de Media, Artes e Design a desenvolverem sete experiências artísticas multimédia que reflectem a visão dos jovens artistas sobre o futuro da humanidade

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    A partir de 23 de Março, a Immersivus Gallery, localizada na Alfândega do Porto, vai acolher a exposição multimédia “Immersivus X: Cidade do Futuro”, um conjunto de sete projecções a 360º graus que transportam o público, com todos os seus sentidos, para os futuros idealizados por 28 estudantes do segundo ano da licenciatura de Multimédia da ESMAD do Politécnico do Porto (P.Porto).

    Desenvolvida no âmbito do projecto “Immersivus X”, que pretende dar palco e visibilidade a talentos emergentes no domínio da arte multimédia, a exposição aborda diferentes perspectivas, partindo da tumultuosa realidade actual para criar interpretações artísticas impactantes, disruptivas e totalmente imersivas acerca do rumo da humanidade, dos espaços que esta habitará e das formas de vida que prevalecerão no planeta.

    Através desta iniciativa, os jovens artistas, na sua maioria entre os 19 e os 21 anos, vão poder aprofundar os seus conhecimentos ao nível da idealização, concepção e implementação de experiências imersivas e apresentar, pela primeira vez, os seus trabalhos a um público mais abrangente. “Immersivus X: Cidade do Futuro” terá uma duração total de cerca de 25 minutos e, no final, os visitantes poderão votar na sua projecção favorita, através de um QR Code.

    Para Edoardo Canessa, produtor executivo da Immersivus Gallery, “em plena era digital, é fundamental dar voz a novos talentos e conhecer o seu contributo não só para a arte, mas também para a reflexão acerca do rumo da humanidade e do futuro que eles próprios vão vivenciar. Nesta exposição é possível perceber claramente o impacto que as nossas acções já estão a ter na vida nos jovens e na forma como eles encaram o futuro, e sobre as quais é muito importante reflectir. Mas esta mostra é, acima de tudo, uma celebração do talento das novas gerações e um contributo para a construção do seu percurso artístico no contexto da Arte Digital, em Portugal e no mundo”, afirma.

    Para Rui Rodrigues, professor e um dos docentes da disciplina onde se desenvolveu este projecto, a par do professor Luís Félix, “cada vez mais é importante envolver os estudantes das universidades nas dinâmicas das cidades e na sua actividade artística/cultural. Esta iniciativa acaba por dar uma oportunidade única aos nossos estudantes da Licenciatura de Multimédia da ESMAD de pensar e desenvolver um projecto desde o seu início, e ao mesmo tempo mostrar a um público mais abrangente os resultados desta reflexão. O tema das Cidade do Futuro torna-se neste caso o mote para que os estudantes exibam, através de uma experiência imersiva, as suas inquietações, cenários e impacto das nossas acções num futuro que pode ser mais ou menos longínquo. Os jovens são o presente e o futuro de qualquer sociedade e é importante dar-lhes voz para que as suas preocupações ecoam e nos façam questionar constantemente”, sublinha o docente.

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    NBS traz a Portugal o arquitecto paisagista Kongjian Yu

    O arquitecto paisagista Kongjian Yu é presença confirmado do NBS Summit Urban Edition, o evento organizado Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV) e que irá decorrer entre 23 e 24 de Maio

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    Doutorado pela Harvard GSD (1995), decano da College of Architecture and Landscape Architecture Peking University e fundador da Turenscape, um dos mais proeminentes estúdios de arquitectura paisagista da China com mais de 500 colaboradores, Yu tornou-se numa das mais importantes e visionárias figuras da transformação urbana das cidades contemporâneas. A par da sua vasta prática projectual que procura integrar soluções conjuntas entre elementos tradicionais e contemporâneos chineses, Yu é igualmente reconhecido por ter desenvolvido o conceito de design ecológico Sponge City.

    Yu é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho inovador na criação de espaços urbanos que harmonizam de forma única a natureza e a função humana nomeadamente pelo conceito Sponge Cities que visa enfrentar os desafios de inundações urbanas e escassez de água por meio de infraestruturas naturais e sustentáveis.

    As suas investigações sobre Ecological Security Patterns (1995) e Ecological Infrastructure, Negative Planning and Sponge Cities (2003) foram adotadas pelo Governo Chinês (2013) como directrizes para as campanhas de protecção e restauração ecológica. Tendo ajudado na transição das políticas ecológicas chinesas a nível nacional e tendo sido implementadas em mais de 200 cidades. Esta passagem de um urbanismo centrado no desenvolvimento económico para um urbanismo ecologicamente prudente deveu-se às mais de 600 palestras que Yu dirigiu a ministros, presidentes de câmara, e técnicos, assim como às numerosas cartas dirigidas aos principais dirigentes chineses.

    O conceito de Sponge Cities centra-se na problemática das inundações urbanas aceleradas pelas alterações climáticas, introduzindo zonas infra-estruturais em grande escala, como zonas húmidas construídas, vias verdes, parques, coberturas ajardinadas, entre outras, que actuem como dispositivos “esponja”, retendo a água em vez de drená-la. Através desta metodologia de Yu, é expectável que até 2030, 80% das cidades onde a estratégia foi implementada, sejam capazes de absorver 70% da sua precipitação.

    Ao longo de sua carreira, Kongjian Yu tem sido um defensor incansável das soluções baseadas na natureza, acreditando firmemente no poder transformador que têm para criar cidades mais sustentáveis, resilientes e habitáveis.

    Com o apoio do Município do Porto através da Águas e Energia do Porto, o evento decorre de 23 e 24 de Maio na Super Bock Arena, reunindo líderes, especialistas, investigadores e profissionais comprometidos com o avanço das Soluções Baseadas na Natureza (NBS) e do desenvolvimento urbano sustentável.

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    “Arquitecturas provocadas pela transição” dão o mote à 13ª edição da Open House

    Na sua 13.ª edição, a Open House Lisboa pretende ajudar a compreender a complexidade das mudanças em curso na cidade, explorando as continuidades e as rupturas que misturam formas, materiais, métodos, funções e vivências

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    Olhando para a transição como o processo que enquadra a mudança, qual o impacto que provoca na arquitectura, quando esta se expressa através de renovações, que abarcam diversas funções e valorizam a versatilidade e o hibridismo espacial? Esta é a questão que o Open House Lisboa levanta na sua 13.ª edição e que pretende ajudar a compreender a complexidade das mudanças em curso na cidade, explorando as continuidades e as rupturas que misturam formas, materiais, métodos, funções e vivências.

    Com data marcada para o fim-de-semana de 11 e 12 de Maio, a iniciativa, que inclui um programa de visitas e passeios, desvenda os primeiros espaços já confirmadas para a edição deste ano. São eles o campus do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil que ocupa uma área de 22 hectares, classificado Monumento de Interesse Público, a Capela de Santo Amaro. Desenhada pelo autor do claustro do Convento de Cristo em Tomar, é uma obra renascentista classificada Monumento Nacional, o palacete do século XVIII Santa Clara 1728 reconvertido em hotel pelo arquitecto Manuel Aires Mateus, o Palácio Sinel de Cordes, um espaço que já foi casa, embaixada e escola, passando agora a sediar um pólo cultural dedicado à arquitectura, uma livraria e uma cafetaria vegana com um projecto de reabilitação do atelier FSSMGN Arquitectos, o Centro Ismaili. Situado nas Laranjeiras, é um templo religioso de arquitectura imponente e jardins sumptuosos, da autoria de Frederico Valsassina Arquitectos e Raj Rewal Associates, o Teatro Thalia transformado num espaço multiuso, é reconhecível pelo seu corpo massivo de betão pigmentado de terracota da autoria de Gonçalo Byrne e Barbas Lopes Arquitectos e o antigo Hotel Vitória, actual sede do Partido Comunista Português, é um edifício da autoria do arquitecto Cassiano Branco que conjuga a solidez sóbria do Modernismo com o Art Deco. A lista, conhecida até agora, conta para já com duas novidades: a Galeria Avenida da Índia — Galerias Municipais, um amplo espaço de carácter industrial que foi recuperado em 2015 pela EGEAC para acolher uma programação de artes visuais e, o “ambicioso” Plano de Drenagem de Lisboa, que inclui uma visita à escavação do primeiro túnel que liga Monsanto-Santa Apolónia, preparando a cidade para os desafios futuros e das alterações climáticas

    Habitações criadas de raiz para outro fim; edifícios obsoletos com múltiplos destinos possíveis; novos conjuntos habitacionais construídos em vazios urbanos centrais; edifícios e equipamentos públicos reabilitados para novas actividades; ou ainda conventos, mosteiros e palácios que, ao longo da sua existência, tiveram inúmeras utilizações, mostrando a sua plasticidade funcional e a sua adaptabilidade às necessidades, mais ou menos espontâneas, do tempo são alguns dos géneros de espaços a visitar.

    Entretanto, encontra aberta a ‘chamada’ ao voluntariado, que está aberta até 20 de Abril e que integra um programa de intercâmbio europeu que dá oportunidade a quem participa nesta 13.ª edição de viajar até Bilbao (5 e 6/10), Barcelona (26-27/10), Tessalónica (por anunciar) e conhecer outras formas de fazer cidade.

    A rede de cidades do Open House Worldwide continua a crescer, passando em 2024 a incluir mais cinco cidades: Miami, Berna, Murcia, Hong Kong e Zaragoza.

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    Francisco Lobo e Romea Muryń

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    Locument escolhido para curadoria da 11ª edição do Arquiteturas Film Festival

    Francisco Lobo e Romea Muryń são os rostos do estúdio de pesquisa, sediado no Porto, que combina cinema, arquitectura e investigação urbana. O AFF acontece entre os dia 27 a 30 de Junho

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    O estúdio de pesquisa, sediado no Porto, que combina cinema, arquitectura e investigação urbana, Locument são os curadores convidados para a 11ª edição do Arquiteturas Film Festival (AFF). Com o tema “Aprender a Desaprender” e através de um programa de filmes, debates, instalações e passeios, o AFF irá reflectir sobre questões prementes como a justiça social, a crise ecológica e a descolonização, que acontece de 27 a 30 de Junho, no Porto. 

    Partindo de cenários contemporâneos, o colectivo viaja para locais únicos para desenvolver os temas da sua pesquisa. “Mergulhando nas histórias que reflectem problemas com ressonância global, o seu trabalho centra-se na recriação de enredos complexos escondidos sob a superfície do espectro visível”, destaca a organização do AFF.

    Fundado em 2015 por Francisco Lobo e Romea Muryń, os trabalhos dos Locument foram exibidos internacionalmente em exposições e festivais de cinema como a 15ª Exposição Internacional de Arquitectura – La Biennale di Venezia, em Itália; a 25ª Bienal de Design Ljubljana, na Eslovénia; Arquitecturas Film Festival, em Portugal; Archstoyanie Festival Festival no Nikola-Lenivets Art Park, na Rússia; In-Between Conditions Media Art Festival Tbilisi, na Geórgia; Commiserate Chicago Media Art Festival, nos EUA e no Architecture Film Festival, em Roterdão, entre outras colaborações.

    A par da curadoria, são também já conhecidos os realizadores convidados para a edição de 2024 do AFF. Focando o seu interesse sobretudo no modo como o ambiente construído molda e influencia a vida quotidiana, Ila Bêka e Louise Lemoine têm desenvolvido uma abordagem única e pessoal, que pode ser definida, seguindo o autor francês Georges Perec, como uma “antropologia do ordinário”. Apresentados pelo The New York Times como “figuras de culto do meio arquitectónico europeu”, o trabalho de Bêka & Lemoine tem sido amplamente aclamado como “uma nova forma de crítica” que “mudou drasticamente o modo como vemos a arquitectura”.

    O Arquiteturas Film Festival é organizado pelo Instituto e dirigido pelo arquitecto Paulo Moreira. Fundado em 2018, o Instituto é uma plataforma sediada no Porto para discutir e divulgar a arquitectura e as suas intersecções com as artes visuais e espaciais, o pensamento crítico e as colaborações interdisciplinares.

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    Crédito: Tom Welsh // Pritzker

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    Riken Yamamoto, o arquitecto que define ‘comunidades’, vence o Pritzker de 2024

    “Pela forte e consistente qualidade dos seus edifícios, ele visa dignificar, melhorar e enriquecer as vidas dos indivíduos – desde crianças até idosos – e as suas conexões sociais”, afirmou ainda o júri. “Para ele, um edifício tem uma função pública mesmo quando é privado.”, acrescenta a nota do júri que reconhece, pela nona vez, a arquitectura japonesa

    Ricardo Batista

    Está encontrado o nome do vencedor do Prémio Pritzker de 2024. A distinção deste ano de um dos mais prestigiados galardões da área da arquitectura vai ser entregue ao japonês Riken Yamamoto, arquitecto “que promove o sentido de comunidade” e que, segundo o júri, consegue produzir arquitectura tanto como pano de fundo quanto como primeiro plano para a vida quotidiana, confundindo as fronteiras entre as suas dimensões públicas e privadas, e multiplicando oportunidades para as pessoas se encontrarem espontaneamente por entre estratégias de design precisas e racionais”.

    Yamamoto torna-se assim o nono arquitecto japonês a vencer esta distinção, o que coloca o Japão como a nação com maior número de galardoados, superando assim os Estados Unidos. Para Alejandro Aravena, presidente do júri e vencedor do troféu em 2016, “uma das coisas de que mais precisamos no futuro das cidades é criar condições através da arquitectura que multipliquem as oportunidades para as pessoas se reunirem e interagirem. Ao esbatermos cuidadosamente a fronteira entre público e privado, Yamamoto contribui de forma positiva para além do objetivo, permitindo a formação de comunidade”, pode ler-se na nota justificativa da escolha de Yamamoto. “Pela forte e consistente qualidade dos seus edifícios, ele visa dignificar, melhorar e enriquecer as vidas dos indivíduos – desde crianças até idosos – e as suas conexões sociais”, afirmou ainda o júri. “Para ele, um edifício tem uma função pública mesmo quando é privado.”, acrescenta a mesma nota.

    Em declarações à Fundação Pritzker a partir de Yokohama, onde está sediado, Yamamoto afirmou que se sentia orgulhoso e “surpreendido” por ganhar o prémio, visto como o Nobel da arquitetura, nesta fase da sua carreira. “Em breve farei 79 anos”, disse. “Este prémio é um momento importante para mim. No futuro próximo, penso que muitas pessoas me ouvirão muito atentamente. Talvez eu possa expressar a minha opinião mais facilmente do que antes.” O arquiteto explicou que a sua arte não é apenas desenhar edifícios, mas desenhar no contexto dos seus arredores e, esperançosamente, impactar também esses arredores.

    Um dos exemplos mais paradigmáticos da linguagem arquitectónica de Yamamoto é o quartel da corporação de Bombeiros de Hiroshima Nishi, projetado em 2000, com uma fachada, paredes interiores e pisos feitos de vidro. O edifício convida o público a experienciar as actividades diárias dos bombeiros, algo que raramente se vê. O resultado encoraja os transeuntes “a observar e interagir com aqueles que protegem a comunidade, resultando num compromisso recíproco entre os funcionários públicos e os cidadãos que servem”, afirmaram os organizadores. Normalmente, explicou Yamamoto, uma estação de bombeiros seria construída em betão. Ele tinha uma perspectiva diferente, que apresentou num concurso com outros arquitetos.

    “Propus uma ideia muito radical,” disse Yamamoto. “A ideia era que a estação de bombeiros deveria ser o centro da comunidade. Não apenas o seu trabalho de combate a incêndios, mas a sua vida diária deveria ser o centro, porque eles vivem no local e durante 24 horas têm atividades.” Ele descreveu os bombeiros a treinar com cordas e escadas num átrio central visível do exterior.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Arquitecto chileno Iván Bravo em conferência no Porto

    Sob o título ‘Obra/Obra’, Iván Bravo, marca presença em mais um ciclo de conferências ‘Matéria: conferências brancas [Matter: the white conferences]’, que terá lugar esta quinta-feira, dia 7 de Março, às 18h30, no Auditório Fernando Távora da FAUP

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    O arquitecto chileno Iván Bravo vai marcar presença em mais um ciclo de conferências ‘Matéria: conferências brancas [Matter: the white conferences]’. A sessão está agendada para esta quinta-feira, dia 7 de Março, às 18h30, no Auditório Fernando Távora da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP).

    Sob o título ‘Obra/Obra’, Iván Bravo reflectirá sobre a identidade da prática do seu atelier, com o mesmo nome, enquanto apresenta um conjunto de obras recentes, associadas ao tema do habitar, de diferentes escalas, do processo de projecto ao resultado construído.

    “Seja pictórico, musical, literário ou arquitectónico, o conceito de obra significa a realização de um processo criativo realizado por um artista. Pelo contrário, os projectos realizados por um arquitecto raramente são chamados de “obra”, mas sim pelo programa a que respondem: casa, cabana, edifício. Poderíamos dizer que, ao contrário de outras disciplinas criativas que se consagram quando realizadas como obras de arte, a arquitectura é uma obra, no seu sentido artístico, que é, simultaneamente, entendida como um artefacto em construção, um mecanismo vivo feito de matérias-primas e governado apenas por restrições estruturais e técnicas de construção”, afirma o arquitecto.

    Iván Bravo é arquitecto e mestre em fotografia e dedica-se à prática da arquitectura desde 2002, sobretudo com projectos de pequena e média escala, em cujo desenvolvimento se combinam materiais e práticas de diferentes disciplinas artísticas.

    Iván Bravo complementa a prática em atelier com a prática académica, em diferentes universidades do Chile. O seu trabalho foi apresentado, em conferência, em diferentes países da América do Sul, e em exposição, nomeadamente, nas Bienais de Arquitectura e Design do Chile e de Buenos Aires. Foi publicado nas revistas Domus, Arquitetura Viva e Summa+, entre outras.

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    CCB debate habitação e construção ‘comum’

    Para aprofundar os argumentos em torno da propriedade e dos cuidados não especulativos no âmbito da exposição Habitar Lisboa, o CCB convidou o filósofo francês Pierre Dardot, que conta com a participação dos arquitectos Joanne Pouzenc e Alex Römer, do Construlab

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    Perante a grave crise de habitação e as sérias consequências da privatização da terra, como subverter o sistema convencional de propriedade para implementar uma propriedade coletiva de bens comuns? Como podem os arquitectos contribuir para qualificar a compreensão da produção e do cuidado do habitat colectivo? Pode o design reforçar a pertença à comunidade e aumentar o sentido de lugar?

    Para aprofundar os argumentos em torno da propriedade e dos cuidados não especulativos no âmbito da exposição Habitar Lisboa, o CCB convidou o filósofo francês Pierre Dardot para desenvolver a actividade prática do Comum e articular a forma como o Comum se tornou o princípio definidor e uma ferramenta conceptual crítica para os movimentos políticos alternativos no século XXI.

    A mesa-redonda, que acontece dia 17 de Março, no Centro de Arquitectura / Garagem Sul, junta, ainda, a Dardot, os arquitectos Joanne Pouzenc e Alex Römer, do Construlab, que defendem que a união pode ser fomentada através do design e que o nosso objectivo deve ser o de construir terrenos não apenas comuns mas também de convívio. A conversa é moderada pela crítica e curadora Julia Albani.

    Esta conversa é a primeira de uma série de eventos em torno do Comum, iniciada e organizada pelo Institut Français du Portugal e pelo Goethe-Institut Portugal, em parceria com o Centro de Arquitectura / Garagem Sul, desenvolvida no âmbito do programa paralelo da exposição Habitar Lisboa (comissariada por Marta Sequeira), por ocasião do próximo festival “Uma Revolução Assim — Luta e Ficção: A questão da habitação”, uma iniciativa do Goethe-Institut Portugal, em parceria com a Culturgest – Fundação Caixa Geral de Depósitos, com curadoria de Julia Albani.

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    Guia dá a conhecer a arquitectura bioclimática e eficiência energética nos Açores

    Na primeira parte do Guia é abordado a arquitectura e o clima em mudança, com passagem pela arquitectura bioclimática e a eficiência energética, Já na segunda parte, são reunidos contributos que oferecem uma visão sobre o ambiente construído e os edifícios, face às exigências de um clima instável e de recursos naturais limitados

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    A Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitectos (SRAZO), apresentou o ‘Guia de Formação em Arquitectura Bioclimática e Eficiência Energética nos Açores’. Um documento que contou com a colaboração de profissionais das áreas da ecologia do ambiente construído, da arquitectura bioclimática e das eficiências energética e que, segundo o arquitecto Nuno Costa, resultou do “convite” do departamento da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas do Governo dos Açores.

    Este Guia, desenvolvido no âmbito do projecto “Planclimac”, que procura promover a Macaronésia como um laboratório de estudos sobre as alterações climáticas, destina-se, sobretudo, a profissionais de arquitectura e engenharia, sendo o seu principal objetivo “permitir o desenvolvimento das suas competências na execução de projectos que melhorem o comportamento térmico, a eficiência energética e a circularidade ao longo de toda a vida dos edifícios, permitindo a redução de emissões poluentes, especialmente de CO2”.

    Atentos à crescente importância que temáticas como o ambiente e as alterações climáticas têm vindo a ter junto da sociedade, mostrando-se a arquitectura como um importante contributo para a melhoria da qualidade e sustentabilidade do ambiente construído, este documento tem como objectivo divulgar uma “visão informada e crítica” sobre o edificado, a infraestrutura e a prática da arquitectura, num momento de reencontro com os princípios da arquitectura bioclimática, condicionado por um quadro regulamentar da construção denso e evolutivo no domínio do desempenho energético dos edifícios.

    São, assim, abordados no Guia os desafios energéticos e climáticos glocais no ambiente construído; os princípios de arquitectura bioclimática; a térmica de edifícios; e, os requisitos de contenção e eficiência energética. Na primeira parte do documento é feita uma introdução à arquitectura e ao clima em mudança, seguida de breves textos sobre arquitectura bioclimática e sobre eficiência energética, em edifícios e nos Açores. Na segunda parte, são reunidos contributos que oferecem uma visão sobre o ambiente construído, e os edifícios, face às exigências de um clima instável e de recursos naturais limitados.

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    Broadway Maylan assina renovação do Hotel Mundial

    O projecto de requalificação, que visa recuperar o glamour dos anos 60, terá uma duração prevista de três anos. Além da renovação dos quartos, o ponto central do projecto será a abertura da entrada original, criando uma conexão ao bar do hotel. No primeiro andar, irá ser remodelado o terraço exterior, criando ligação directa com o restaurante

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    Marcado pelo movimento modernista de meados do século XX, o Hotel Mundial, em Lisboa, vai ser objecto de uma profunda remodelação para responder “à crescente procura de alojamento turístico de alta qualidade na cidade”.

    Gerido pela PHC Hotels – Portuguese Hospitality Collection, o “icónico” hotel foi projectado por Porfírio Pardal Monteiro, que com a sua “vincada e distinta” personalidade, marcou a trajectória estética citadina. Desde a sua inauguração, em 1958, o hotel foi alvo de quatro extensões diferenciadas. Para 2024 está previsto o início do projecto de requalificação, numa visão totalmente integrada e que visa recuperar o glamour dos anos 60 e cuja “missão” foi atribuída à Broadway Malyan.

    “O Hotel Mundial ocupa um lugar importante na transformação de Lisboa numa cidade moderna e global e estamos muito satisfeitos por trabalhar com a Broadway Malyan, para garantir que o hotel continue a fascinar e a encantar os seus hóspedes e clientes durante muitos anos. Estamos a trabalhar no presente e a preparar o future”, afirma Miguel Andrade, director geral de Operações da PHC Hotels.

    Como parte do projecto, a Broadway Malyan irá remodelar as áreas comuns do hotel, incluindo a recepção, lobby e bar, que vai passar a ter esplanada e que apresenta um novo conceito de restauração. No piso 1, toda a área de restauração vai ganhar uma nova disposição, tirando maior partido da luz natural e da vista para a futura Praça do Martim Moniz. Ainda neste piso nasce uma área de reuniões e eventos que de seis passam oito salas, todas com luz natural.

    “O Hotel Mundial era diferente de tudo o que existia na cidade quando foi inaugurado há 65 anos, criando um marco contemporâneo impressionante num dos bairros mais históricos de Lisboa. Nos últimos anos, a cidade registou uma explosão de investimento, com a Baixa Pombalina a emergir como um dos bairros mais vibrantes da cidade, e estamos muito entusiasmados por ter a oportunidade de ajudar a transformar o Hotel Mundial e recuperar a sua posição como um dos principais destinos hoteleiros da cidade”, destaca Margarida Caldeira, directora global hospitality da Broadway Malyan e responsável pelo escritório de Lisboa.

    As obras de requalificação, com uma duração prevista de três anos, terão início nos pisos 0 e 1 e nos seguintes anos com a renovação dos seus quartos, que passam a ser 317, com 10% de suites nos pisos 8 e 9 e 10% comunicantes.

    O ponto central do projecto será a abertura da entrada original, criando uma conexão ao bar do hotel, que ajudará a potenciar uma nova ligação entre a unidade e a sua localização urbana privilegiada e que vai permitir criar uma relação de maior proximidade entre as áreas do lobby/recepção e bar.

    No primeiro andar, o Hotel Mundial irá remodelar o terraço exterior, criando ligação directa com o restaurante, bem como um centro de negócios com uma nova recepção para um conjunto de salas de reuniões. Está, ainda, previsto a criação de um jardim no pátio já existente.

    Além do Hotel Mundial, o portfólio da PHC Hotels inclui o Portugal Boutique Hotel e a My Suite Lisbon Guest House – Príncipe Real, e, recentemente, o Convent Square Hotel Vignette Collection. Todas localizadas no coração de Lisboa, cada unidade hoteleira tem a sua própria identidade e conceito diferenciador.

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    Recém inaugurada Ala Álvaro Siza recebe primeiras exposições

    As exposições C.A.S.A Colecção Álvaro Siza – Arquivo e Anagramas Improváveis abrem ao público este Sábado, dia 24 de Fevereiro

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    A Fundação de Serralves inaugura esta semana um conjunto de exposições que inauguram a Ala Álvaro Siza. Assim, a partir deste Sábado, dia 24 de Fevereiro, ficam patentes a Colecção Álvaro Siza – Arquivo e Anagramas Improváveis.

    A exposição C.A.S.A – Colecção Álvaro Siza – Arquivo, centra-se, assim, no Arquivo Álvaro Siza da Fundação de Serralves, particularmente nas experiências seminais das primeiras casas, bem como nos projectos de habitação social do pós-revolução que arrebataram a Europa, e na criação de uma espécie de Casa para a Cidade, na inacabada Avenida da Ponte, ou de uma Casa para a Nação, no então vazio Pavilhão de Portugal. Mais tarde, Siza proporia Casas para a própria Arquitectura, uma não construída na sua terra natal, Matosinhos, outra recentemente concluída no Parque de Serralves.

    A mostra incluirá um amplo espectro de projectos para lá dos muros de Serralves, outras Casas de Cultura, Casas de Conhecimento, Casas de Fé, Casas de Lazer, Casas de Comércio, Casas de Família, Casas do Povo, Casas de Trabalho. O escritório de Siza é, por vezes, mais a sua casa do que o apartamento onde habita e por isso os noves segmentos da exposição, um para cada década da sua vida, serão complementados pela arte que o arquitecto produz à parte, por puro prazer, e que generosamente doou à Colecção de Serralves.

    Já ‘Anagramas Improváveis’ é a primeira exposição apresentada na recém-inaugurada extensão do Museu, a Ala Álvaro Siza, dedicada a acolher no futuro todas as mostras da colecção, ou dedicadas à arquitectura e aos vários arquivos depositados na Fundação de Serralves.

    Embora concebido pelo arquitecto que desenhou o Museu de Serralves inaugurado há 25 anos, este novo edifício propõe uma experiência de circulação muito diferente, na medida em que a permite aos curadores pensarem numa exposição que desafia quaisquer percursos ou ideias pré-definidas sobre a Colecção de Serralves, apostando em relações inéditas e intrigantes entre obras de artistas de diferentes gerações e nacionalidades.

    A partir da figura do anagrama, pensou-se uma exposição que contivesse em si mesma uma grande pluralidade de possibilidades de escrita e de leitura. Ao mesmo tempo, o seu título remete para uma das características principais da arte contemporânea portuguesa – a relação com a linguagem – e para um grupo de artistas (nomeadamente Ana Hatherly e E.M. de Melo e Castro) que tiveram, através da Poesia Experimental, um papel fundamental na eclosão e desenvolvimento da contemporaneidade artística portuguesa.

    ‘Anagramas Improváveis’ contempla a ancoragem da Colecção de Serralves nestes movimentos artístico-literários dos anos 1960–70 – bem como na mítica exposição portuguesa Alternativa Zero (1977) e na exposição-manifesto que inaugurou o Museu e Serralves, Circa 1968 (1999), mas olha para o passado com os olhos do presente, nomeadamente, através de diálogos entre obras produzidas em tempos e geografias muito distantes.

    Assim, além de uma encomenda (a artista portuguesa Luísa Cunha produziu uma peça sonora especificamente para o novo edifício), apresenta-se uma série de obras adquiridas recentemente de artistas relativamente jovens (Martine Syms, Juliana Huxtable, Korakrit Arunanondchai, Zanele Muholi, Julie Mehretu, Arthur Jafa, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira, João Maria Gusmão & Pedro Paiva, Alexandre Estrela, Trisha Donnelly, entre outros), algumas adaptadas ao espaço com a cumplicidade dos seus autores, lado a lado com obras de artistas pertencentes a gerações mais antigas, ou considerados históricos (exemplos de Joan Jonas, Lourdes Castro, Lothar Baumgarten, Cabrita, Julião Sarmento, Paula Rego, Lygia Pape, Ana Jotta e Marisa Merz, entre muitos outros).

    Recorde-se que a Ala Álvaro Siza, constitui um marco na história da Fundação de Serralves, ao mesmo tempo que presta uma merecida homenagem ao seu autor, assinalando a relação próxima entre Serralves e o genial arquitecto, há mais de três décadas. Tendo-se iniciado com a construção do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, em 1999, que celebra este ano o seu 25º aniversário, a que se seguiram, a construção da Casa do Cinema Manoel de Oliveira, em 2019, a recuperação da Casa de Serralves, em 2021, a construção da Casa dos Jardineiros, também em 2021 entre muitos outros projectos realizados em estreita colaboração.

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